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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Foz Côa - Jorge Castro Lopes - Faleceu o cidadão, nado e criado, nas terras do xisto - Deixou-nos aos 73 anos, que iria completar no próximo dia 3 de Março - Era um dos nossos amigos dos Tempolos do Sol

Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador - Coordeandor dos eventos nos Templos do Sol - Vamos celebrar o Equinócio da Primavera, em 20 de Março, Domingo, pelas 07 horas, se puder, não falte 

O seu funeral, realiza-se, nesta terça-feira, pelas 11 horas, sua terra natal – Onde plantou as belas vinhas, amendoeiras e olivais, sobranceiras do Douro – Repartindo a sua vida, depois da sua formação académica e durante vários anos, nos arredores da cidade do Porto, na atividade empresarial e por V. N. de Foz Côa , onde também era um dedicado agricultor, ativista político e social – De seu nome completo, Jorge Donas Botto Castro Lopes., nascido em 03-03-1949

Associo-me à dor, ao luto e às lágrimas dos seus familiares e amigos, que, no fundo, são todos aqueles que o conheceram ou com ele privaram.

Na celebração do Equinócio da Primavera, do próximo dia 20 de Março, pelas 07 horas da manhã, não deixaremos de o recordar, junto ao altar sacrificial da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, arredores da aldeia de Chãs, V. N. de Foz Côa, Maciço dos Tambores, já conhecido pelos Templos do Sol – Entretanto, aqui lhe oferecemos algumas imagens da sua participação no equinócio da Primavera de 2011

 UM FERVOROSO ENTUSIASTA DOS TEMPLOS DOS SOL – Tendo participado, algumas vezes, nas celebrações dos equinócios e dos Solstícios – E querendo mesmo ter-me acompanhado, numa das minhas peregrinações noturnas, a que me referi, neste blogue, em  Novembro de 2011 https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2011/11/halloween-que-maravilhosa-noite-no.html dizendo, a dado passo o seguinte:

Saindo de casa depois da meia-noite, tal como convinha - Para mal dos meus pecados, levara comigo o telemóvel - e não tive outro remédio senão atender dois telefonemas de um amigo (depois tive que o desligar) que, embora estando na sede do concelho, insistia em levar com ele mais uns três amigos para me ouvirem tocar o jambê, com os quais se havia encontrado no Café do Zé Pilério, seu primo.

É bom amigo de longa data - É nativo Peixes - e, como genuíno filho de Neptuno, o Deus da inspiração e da sensibilidade, também ele sente uma inata curiosidade para a chamada fenomenologia do ocultismo e do paranormal - Ele trabalha e reside próximo da cidade do Porto, mas vai regularmente à sua terra - uma pequena cidade da província. Eu vivo em Lisboa, e também, sempre que posso me desloco à minha aldeia - Por isso, e como já lhe falei das minhas peregrinações nocturnas pelos montes, quis saber algo mais sobre o assunto. Numa ocasião, apostei com ele de que era capaz de fazer um determinado percurso mais rápido de que ele no seu jipe - Já passava da meia-noite e não havia luar.

Pedi-lhe que me desse apenas um avanço de 5 minutos, garantindo-lhe que era capaz de (por caminhos e atalhos) chegar mais depressa ao Vale dos Areais, junto ao cruzamento da EN. 102 - É que, do planalto, até lá lá ao fundo, com as curvas e as contracurvas da estrada alcatroada, ainda são 4 Km - Enquanto, se se for pelos atalhos e alguns troços do milenar caminho romano, a distância é bastante mais encurtada - Só que, como, raramente, alguém ali passa e, parte deles, já estão quase intransitáveis, não faltam silvas, ervas e giestas a dificultar a passagem. Mesmo assim logrei chegar primeiro de que ele.

Ora, isso aconteceu naquele dia - porque estava inspirado - Mas nada agora me garante que possa voltar a dispor (para efeitos de aposta) de idêntica volatilidade e inspiração. É tal qual como a poesia nos poetas ou a prestação de um atleta numa pista de corta-mato ou de um jogador num campo de futebol: nem sempre a predisposição física e mental, é seguramente a mesma. Por isso, e também porque, nessa noite, gostava de estar sozinho, obviamente não acedi prestar-me a qualquer outro tipo de incursão nocturna, que não fosse ir ao encontro de um certo devaneio espiritual, que, mais uma vez, me iria conduzir aos meus tempos de criança, quando tomara parte no culto da Irmandade do Anjo da Luz, o anjo que surge nas noites de céu estrelado ao irromper a Estrela da Manhã - Mesmo assim, vim a saber que o voluntarioso grupo noctívago ainda foi de carro até à Quinta do Monte - Situada, lá para os alto da margem esquerda do Côa, por lugares já afastados da aldeia - Aí é a área do xisto, eu andava pelos morros do granito. Estiveram, pois, longe de imaginarem o meu verdadeiro itinerário

Caro Jorge, se a vida não termina quando se parte para a outra margem, então, lá nos encontraremos todos, quando Deus nos chamar – Descansa em paz, pois bem bastaram as canseiras e os sacrifícios em que te envolveste ao longo da tua vida terrena – Recebe o meu abraço de saudade.

 

 





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