Jorge Trabulo Marques - Jornalista, investigador e
coordenador do evento
Venha celebrar connosco o Equinócio do Outono, 22 de Setembro 2020, respeitando as orientações das autoridades sanitárias, às 08.00 horas, na nossa já tradicional festividade aos ciclos da Mãe-Natureza, em perfeita comunhão com a beleza e amplitude dos espaços envolventes, das poderosas energias telúricas revitalizadoras que ali se refluem, como poderosos condensadores -refletores, entre o infinito dos céus e a terra, num sagrado local, junto ao majestoso pórtico numa das mais surpreendentes maravilhas da Pré-história., no sopé do altar sacrificial do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira, arredores da aldeia de Chãs, Monte dos Tambores, Vila Nova de Foz Côa
PROF.ADRIANO VASCO RODRIGUES - PRIMEIRO INVESTIGADOR A IR AO ENCONTRO DA HERANÇA
DOS TEMPLOS DO SOL . - A
quem tencionámos também dirigir daqui um caloroso abraço .
VAMOS SAUDAR O PRIMEIRO DIA DO OUTONO HOMENAGEANDO O POETA MANUEL
DANIEL, natural de Meda, concelho limítrofe do termo desta aldeia - Atualmente invisual - O ano passado, lembrámos a poesia de João de Deus,
Se as condições atmosféricas o permitirem, os participantes "poderão ali viver momentos de raro esplendor, alegria e misticismo, tal como, em tempos idos, os antepassados, que ali se fixaram, os teriam vivido, quando ali celebravam e saudavam os seus ídolos. Num local Sagrado de cura, cruzado pelas energias benfazejas terrestres, que os homens da era da pedra lascada edificaram, cultuaram e veneravam com o seus ritos ancestrais - 40º 59´ 39.94" N - 7º 10´ 35-46"
com versos
cantados pela esposa de António Ponces de Carvalho,
que também teve a amabilidade de calorosamente nos surpreender com
poemas directamente lidos do magnífico livro, Campo de Flores
Vem aí o auge da época das vindimas e da
maturação completa dos frutos e também das folhas começarem a despirem-se
das videiras e das árvores, em mil matizes de coloridas e mágicas
aguarelas - Vamos celebrar o primeiro dia do Outono, no próxima Terça-feira, dia 22,
ao nascer do sol, a partir das oito horas da manhã - De uma forma singela, com
alguns momentos de poesia e de encantamento, tendo como esplendor os raios
solares a atravessarem a graciosa gruta, em semi-arco do frontispício de um
antiquíssimo Santuário Rupestre, que o povo batizou da Pedra da Cabeleira
de Nª Srª
Equinócio: instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas dia e noite têm igual duração,
Se as condições atmosféricas o permitirem, os participantes "poderão ali viver momentos de raro esplendor, alegria e misticismo, tal como, em tempos idos, os antepassados, que ali se fixaram, os teriam vivido, quando ali celebravam e saudavam os seus ídolos. Num local Sagrado de cura, cruzado pelas energias benfazejas terrestres, que os homens da era da pedra lascada edificaram, cultuaram e veneravam com o seus ritos ancestrais - 40º 59´ 39.94" N - 7º 10´ 35-46"
AQUI, NOS TEMPLOS DO SOL,
DESLUMBRAM-SE OS OLHOS E BATE MAIS FORTE O CORAÇÃO NO VENTO DA EMOÇÃO - O
EQUINÓCIO DO OUTONO, –" Tu és belo no
céu... oh! Sol vivo! Quando te levantas a leste /enches todas as terras com tua
beleza!"
Aqui, maravilham-se os
olhos e poesia fala mais ao sentimento!
Aqui, nos Templos do Sol,
aldeia de Chãs, de Vila Nova de Foz Côa, celebramos as estações do ano com
emocionantes momentos de poesia e o esplendor dos raios solares, quer quando se
despedem no dia maior do ano – como seja no solstício do Verão - quer, quando, pouco depois do o sol se
levantar a nascente, atravessam a gruta
do mais impressionante e monumental leque de granito, que parece desafiar as leis
da gravidade
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PEDRA DA AUDIÇÃO - O LADO DA PEDRA DA CABELEIRA - LUGAR DE ORAÇÕES - PARA MAIS FACILMENTE A SUA VOZ SOAR PELO UNIVERSO DE DEUS
Quis
um feliz caso, que eu pudesse ser o privilegiado dessa fabulosa
descoberta, em 2001, tal como a dos monumentos megalíticos que se
seguiram, especialmente o da Pedra do Solstício, mercê de continuada
investigação, este alinhado com o solstício do Verão, junto do qual,
graças a algumas boas vontades, têm decorrido outras celebrações.
O
objetivo destes eventos, não visa promover qualquer espécie de culto
ou de sacrifício, como talvez os povos, que se abrigavam por estas
penedias, o terão feito, mas tão somente o de recuperar, o que, esses
ancestrais costumes ou rituais, teriam de mais belo, energético, sagrado e
purificador: o estreitamento com as maravilhas concedidas pela
Mãe-natureza, de que a sociedade atual, tanto se tem divorciado, em
favor do supérfluo, do superficial e do ruidoso
A pedra fica situada no Maciço dos Tambores-Mancheia, no perímetro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, arredores da aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa
Este enorme megálito com 4, 5 metros de altura e sensivelmente o mesmo de comprimento, é atravessado pelos raios solares do nascer do dia e está alinhado com os Equinócios da Primavera e do Outono O fenómeno pode ser observado no próximo dia 20, instantes depois da sete horas da manhã
Pedra da Audição - Uma estereofonia voltada ao Espaço |
Os
homens da pedra lascada, dispunham apenas de rudimentares utensílios de
sílex, daí, talvez a razão pela qual empregassem apenas a sua primitiva
ferramenta para dar as formas naquilo que lhes era estritamente
indispensável ou necessário. De resto, a estilização da arte
pré-histórica, verifica-se desde as gravuras do paleolítico, e é do que
nos maravilham alguns dos caprideos desenhados nas pedras xistosas do
Côa.
Este fenómeno solar não é único. Muitos desses blocos ( tais como, menires, estelas, dólmenes, recintos megalíticos), fazem parte de uma antiga herança do passado e, de facto, muitos deles, devido à posição que tomam, são geralmente conhecidos por alinhamentos sagrados, visto estarem em perfeito alinhamento com o sol, a lua ou outros corpos celeste
Podendo desfrutar de uma imagem verdadeiramente invulgar aos olhos rendidos e pasmados de quem queira gozar do privilégio de se postar frente ao eixo do monumental megálito, assistindo e vendo abrir-se através de uma graciosa câmara, em forma de uma surpreendente pupila ocular, rasgada de poente a nascente, a que no antigo Egito chamavam de Olho de Hórus, o piscar faiscante de um feixe de luminosos raios solares, como se de repente, algo de um outro mundo, lhe pudesse ofertar o mais belo cristal ou manjar dos deuses .
ESTA É OUTRA MARAVILHA EXISTENTE NAQUELA ÁREA – ALINHADA COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO O VERÃO
Na
verdade, sítios há que são uma tentação, um verdadeiro centro de
emanações e de eflúvios, propensos ao deleite, ao esquecimento e à
sublimação. Muitos destes espaços graníticos, são um permanente convite,
áurea unção e arroubamento aos sentidos. Aparentemente,
mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer
pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o
milenar musgo ressequido destas cinzentas fragas, ao inebriar-se com
os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos
vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
“O MAR DA MINHA TERRA É DE GRANITO” – Diz o poeta Manuel Daniel -Agora cego – Mas, em 2011, a sua voz ergueu-se na Pedra dos Poetas para homenagearmos Assis Pacheco - Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas, ditos por António Lourenço ou José Lebreiro - São indissociáveis, de entre os poetas que aqui vamos evocar na manhã do dia 22
“O MAR DA MINHA TERRA É DE GRANITO” – Diz o poeta Manuel Daniel -Agora cego – Mas, em 2011, a sua voz ergueu-se na Pedra dos Poetas para homenagearmos Assis Pacheco - Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas, ditos por António Lourenço ou José Lebreiro - São indissociáveis, de entre os poetas que aqui vamos evocar na manhã do dia 22
HOJE SEUS OLHOS JÁ NÃO PODEM CONTEMPLAR A LUZ DO DIA - ESTÁ COMPLETAMENTE CEGO - Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas nos Templos do Sol - São indispensáveis.
MANUEL DANIEL – UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR, DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA
A
sua vida tem sido pautada pela dedicação mas também pela descrição.
Atualmente, debatendo-se com extremas limitações da sua vista, por via
de ter ficado completamente cego, no entanto, pese tão dura limitação,
nem por isso a verbe do poeta se esgota e, dentro do que lhe é
possível, com apoio amigo da família, lá vai compondo os seus versos e
editando livros. Em cujos poemas perpassa o que de melhor têm a poesia
portuguesa - Domina com mestria os mais diversos géneros poéticos e
neles se expressa, a par de um profundo sentimento de religiosidade, o
amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos, suas
inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida e o destino
do Homem - Em Manuel Pires Daniel, não há jogo de palavras mas palavras
que vêm do coração, que brotam naturalmente, como água da melhor
fonte, que corre das entranhas do xisto ou do granito da nossa terra.
Manuel
Joaquim Pires Daniel, nasceu em Vila de Meda (hoje cidade) em 18 de
Novembro de 1934. Sem dúvida, um admirável exemplo de labor e de
tenacidade, de apaixonado pelas letras e de sentido e dedicação ao bem
comum. Mal concluiu a instrução primária, aos 11 anos, ei-lo a fazer-se à
vida - Era ainda uma criança mas já tinha de começar a pensar no
futuro.
Uma
vida intensa e preenchida - A partir dos 20 anos de idade , propôs-se e
fez os exames do ensino secundário e frequentou, como voluntário, o
curso de 1973-1978 da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra,
por onde veio a ser licenciado.
Advogado,
escritor, poeta, dramaturgo, estudioso, um homem de cultura, tendo
dedicado muitos anos da sua vida à função pública e à vida
autárquica. A par de vários livros de poesia, colaborações de artigos e
poemas na imprensa regional e nacional, bem como em jornais
brasileiros, prefácios e a coordenação em várias obras, é também autor
de 40 peças de teatro, nomeadamente para crianças, 20 das quais ainda
inéditas. Muitos dos seus poemas foram lidos por Carmem Dolores e Manuel
Lereno, aos microfones da extinta Emissora Nacional, em “ Música e
Sonho”, de autoria de Miguel Trigueiros – Considerado, na época, o
programa radiofónico mais prestigiado - Mesmo assim objeto de exame
censório, tal como atestam os arquivos.
Mas
não menos relevantes são as letras que vêm a ser musicadas e gravadas
em discos e cassetes - Interpretadas por Ramiro Marques, em EP nas
canções “Amor de Mãe” e “Amor de Pai”, pela Imavox, em 1974 – E,
também, anos mais tarde, as letras para um “Missa da Paz” e coletâneas
temáticas sobre “Natal e Avós” E, com música de Carlos Pedro, as “Bolas
de Sabão”, “Ciganos”, “Silêncio” e outros poemas.
MANUEL DANIEL - NUMA HOMENAGEM AO POETA FERNANDO ASSIS PACHECO -
No Solstício do Verão de 2011 - Na Pedra dos Poetas - Nessa altura, seu
olhos ainda podiam contemplar os largos e belos espaços onde aqui
ergueu a sua voz
Homenagem Fernando Assis Pacheco - que visitou estas pedras, um mês antes da sua morte e que ali ergueu os braços, depois de ter ido fazer uma reportagem à Canada do Inferno para a revista Visão
Moisés Espírito Santo - Também já nos deu a honra e o prazer da sua presença neste local, tendo-nos oferecido um valioso estudo . O qual veio juntar-se a outros contributos científicos, muito relevantes – de Adriano Vasco Rodrigues; Lima Garcia, Adriano Sá Coixão e do astrónomo Máximo Ferreira – cujas observações apontam no sentido de que, os dois monumentos pré-históricos que ali se situam, teriam sido usados como postos de observação astronómica, bem como altares sacrificiais em várias festividades, dedicadas aos deuses da fertilidade da terra e de outras crenças, por antigos povos que ali se fixaram.
A SAUDOSA POETISA, MARIA DE ASSUNÇÃO CARQUEJA - TAMBÉM AQUI ESTEVE COM O SEU ESPOSO, ADRIANO VASCO RODRIGUES Disse, Manuel Pires Daniel, no Jornal “OFOZCOENSE” - "Descobri o seu nome pelos idos de 50, pela mão do meu querido amigo Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que veio a ser o seu marido e que, então, coordenava no quinzenário "Luz da Beira'', da Meda, um suplemento literário que veio a inserir trabalhos de jovens como José Augusto Seabra, Eurico Consciência e outros.
Homenagem Fernando Assis Pacheco - que visitou estas pedras, um mês antes da sua morte e que ali ergueu os braços, depois de ter ido fazer uma reportagem à Canada do Inferno para a revista Visão
Moisés Espírito Santo - Também já nos deu a honra e o prazer da sua presença neste local, tendo-nos oferecido um valioso estudo . O qual veio juntar-se a outros contributos científicos, muito relevantes – de Adriano Vasco Rodrigues; Lima Garcia, Adriano Sá Coixão e do astrónomo Máximo Ferreira – cujas observações apontam no sentido de que, os dois monumentos pré-históricos que ali se situam, teriam sido usados como postos de observação astronómica, bem como altares sacrificiais em várias festividades, dedicadas aos deuses da fertilidade da terra e de outras crenças, por antigos povos que ali se fixaram.
A SAUDOSA POETISA, MARIA DE ASSUNÇÃO CARQUEJA - TAMBÉM AQUI ESTEVE COM O SEU ESPOSO, ADRIANO VASCO RODRIGUES Disse, Manuel Pires Daniel, no Jornal “OFOZCOENSE” - "Descobri o seu nome pelos idos de 50, pela mão do meu querido amigo Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que veio a ser o seu marido e que, então, coordenava no quinzenário "Luz da Beira'', da Meda, um suplemento literário que veio a inserir trabalhos de jovens como José Augusto Seabra, Eurico Consciência e outros.
Maria
da Assunção Carqueja era já uma excelente poeta, natural do Felgar -
Moncorvo e estudante da Universidade de Coimbra. Desde logo a fixei. Os
seus versos fluíam, como água corredia, quase em surdina, mas dizendo
muito. Poesia daquela que nos fala à alma e que se exprime tao bem que
chega a dizer muito em muito pouco.
Fui
acompanhando as felizes aventuras do casal, vicissitudes à altura das
suas reais capacidades, e, em contraponto, a poesia da Dr' Maria da
Assunção Carqueja, impunha-se-me como uma das belas vertentes do casal.
Com o avolumar dos currículos de cada um, ia-se avolumando igualmente o
acervo de livros que o casal produzia, como se outros filhos fossem além
dos sue quatro belos rebentos.
DOM
MANUEL DOS SANTOS - Natural de São
Joaninho, pequena aldeia de Castro Daire, distrito de Viseu, ordenado
pela Diocese de Lamego, a mesma à qual pertencem estas terras
Bispo
da Diocese de STP - Deu-nos a honra e o prazer da sua presença, há 4 anos - DOM MANUEL DOS SANTOS -
Natural de São Joaninho, pequena aldeia de Castro Daire, distrito de
Viseu, ordenado pela Diocese de Lamego, a mesma à qual pertencem estas terras - Bem-Haja, Caro Sacerdote da Palavra de Deus - Que a
sua divina luz o proteja.
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