expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Celebração do Equinócio do Outono, 22 de Setembro 2020, 08.00 horas, em Chãs-Foz Côa, no Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª. respeitando as recomendações das autoridades sanitárias da Covid-19 – Com momentos de poesia, ante o olhar deslumbrado dos esplendorosos raios solares atravessarem a graciosa gruta, no momento em que o sol, ali se ergue no horizonte.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista, investigador e coordenador do evento



Venha celebrar connosco o Equinócio do Outono, 22 de Setembro 2020, respeitando as orientações das autoridades sanitárias, às 08.00 horas, na nossa já tradicional festividade aos ciclos da Mãe-Natureza, em perfeita comunhão com a beleza e amplitude dos espaços envolventes, das poderosas energias telúricas revitalizadoras que ali se refluem, como poderosos condensadores -refletores,  entre o infinito dos céus e a terra, num sagrado local, junto ao majestoso pórtico numa das mais surpreendentes maravilhas da Pré-história., no sopé do altar sacrificial do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira, arredores da aldeia de Chãs, Monte dos Tambores, Vila Nova de Foz Côa


PROF.ADRIANO VASCO RODRIGUES - PRIMEIRO INVESTIGADOR A IR AO ENCONTRO DA HERANÇA DOS TEMPLOS DO SOL . -  A quem tencionámos também dirigir daqui um caloroso abraço .



VAMOS SAUDAR O PRIMEIRO DIA DO OUTONO HOMENAGEANDO O POETA MANUEL DANIEL, natural de Meda, concelho limítrofe  do termo desta aldeia - Atualmente invisual - O ano passado, lembrámos a poesia de João de Deus,

com versos
cantados pela esposa de António Ponces de Carvalho, que também teve a amabilidade de  calorosamente nos surpreender com  poemas directamente lidos do magnífico livro, Campo de Flores


Vem aí o auge da época das vindimas  e da maturação completa dos frutos e também das folhas  começarem a despirem-se  das videiras e das árvores,  em mil matizes de coloridas e mágicas aguarelas - Vamos celebrar o primeiro dia do Outono, no próxima Terça-feira, dia 22, ao nascer do sol, a partir das oito horas da manhã - De uma forma singela, com alguns momentos de poesia e de encantamento, tendo como esplendor os raios solares a atravessarem a graciosa gruta, em semi-arco do frontispício de um antiquíssimo Santuário Rupestre, que o povo batizou  da Pedra da Cabeleira de Nª Srª    


Equinócio: instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. A palavra de origem latina aequinoctium agrega o nominativo aequus (igual) com o substantivo noctium, genitivo plural de nox (noite). Assim significa “noite igual” (ao dia), pois nestas datas dia e noite têm igual duração,

Se as condições atmosféricas o permitirem, os participantes "poderão ali viver momentos de raro esplendor, alegria e misticismo, tal como, em tempos idos, os antepassados, que ali se fixaram, os teriam vivido, quando ali celebravam e saudavam os seus  ídolos. Num local Sagrado de cura, cruzado pelas energias  benfazejas terrestres, que os homens da era da pedra lascada edificaram, cultuaram e veneravam com o seus ritos ancestrais  -  40º 59´ 39.94" N - 7º 10´ 35-46"
  



AQUI, NOS TEMPLOS DO SOL, DESLUMBRAM-SE OS OLHOS E BATE MAIS FORTE O CORAÇÃO NO VENTO DA EMOÇÃO - O EQUINÓCIO DO OUTONO,  –" Tu és belo no céu... oh! Sol vivo! Quando te levantas a leste /enches todas as terras com tua beleza!"
Aqui, maravilham-se os olhos e   poesia fala mais ao sentimento!

Aqui, nos Templos do Sol, aldeia de Chãs, de Vila Nova de Foz Côa, celebramos as estações do ano com emocionantes momentos de poesia e o esplendor dos raios solares, quer quando se despedem no dia maior do ano – como seja no solstício do Verão -  quer, quando, pouco depois do o sol se levantar a nascente,   atravessam a gruta do  mais impressionante e monumental  leque de granito, que parece desafiar as leis da gravidade  


 -
PEDRA DA AUDIÇÃO - O LADO DA PEDRA DA CABELEIRA - LUGAR DE ORAÇÕES  - PARA MAIS FACILMENTE A SUA VOZ SOAR PELO UNIVERSO  DE DEUS 

Quis um feliz caso, que eu pudesse ser o privilegiado dessa fabulosa descoberta, em 2001, tal como a dos monumentos megalíticos que se seguiram, especialmente o da Pedra do Solstício, mercê de continuada investigação, este alinhado com o solstício do Verão, junto do qual, graças a algumas boas vontades, têm decorrido outras celebrações.
 O objetivo destes eventos, não visa  promover qualquer espécie de culto ou de sacrifício, como talvez os povos, que se abrigavam por estas penedias, o terão feito,  mas tão somente o de recuperar, o que,  esses ancestrais costumes ou rituais, teriam de mais belo, energético, sagrado e purificador: o estreitamento com as maravilhas concedidas pela Mãe-natureza, de que a sociedade atual, tanto se tem divorciado, em favor do supérfluo,  do superficial e do ruidoso


A pedra fica situada no Maciço dos Tambores-Mancheia, no perímetro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, arredores da aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa
Este enorme megálito com 4, 5 metros de altura e sensivelmente o mesmo de comprimento, é atravessado pelos raios solares do nascer do dia e está alinhado com os Equinócios da Primavera e do Outono  O fenómeno pode ser observado no próximo dia 20, instantes depois da sete horas da manhã



Pedra da Audição - Uma estereofonia voltada ao Espaço
Os homens da pedra lascada, dispunham apenas de rudimentares utensílios de sílex, daí, talvez a razão pela qual empregassem apenas a sua primitiva ferramenta para dar as formas naquilo que lhes era estritamente indispensável ou necessário. De resto, a estilização da arte pré-histórica, verifica-se desde as gravuras do paleolítico, e é do que nos maravilham alguns dos caprideos desenhados nas pedras xistosas do Côa. 


Este fenómeno solar não é único. Muitos desses blocos ( tais como, menires, estelas, dólmenes, recintos megalíticos), fazem parte de uma antiga herança do passado e, de facto, muitos deles, devido à posição que tomam, são geralmente conhecidos por alinhamentos sagrados, visto estarem em perfeito alinhamento com o sol, a lua ou outros corpos celeste
Venha, pois, descobrir e viver momentos de rara beleza e de esplendor!  Partilhar connosco da alegria e do brilho de um espetáculo solar de sublime transcendência, que a leitura de uns belos versos vêm ainda mais sublimar  - 
Podendo desfrutar de uma imagem  verdadeiramente invulgar aos olhos rendidos e pasmados de quem queira gozar do privilégio de se postar frente ao eixo do monumental megálito, assistindo  e vendo abrir-se através de uma graciosa câmara, em forma de uma surpreendente pupila ocular, rasgada de poente a nascente, a que no antigo Egito chamavam de Olho de Hórus,  o piscar faiscante de um feixe  de  luminosos raios solares, como se de repente, algo de um outro mundo,  lhe  pudesse ofertar  o mais belo cristal ou manjar dos deuses .
ESTA É OUTRA MARAVILHA EXISTENTE NAQUELA ÁREA – ALINHADA COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO O VERÃO





Na verdade, sítios há que são uma tentação, um verdadeiro centro de emanações e de eflúvios, propensos ao deleite, ao esquecimento e à sublimação. Muitos destes espaços graníticos, são um permanente convite, áurea unção e arroubamento aos sentidos. Aparentemente, mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o milenar musgo ressequido destas  cinzentas  fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos vastos  horizontes que se  rasgam  por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e  representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco 

“O MAR DA MINHA TERRA É DE GRANITO” – Diz o poeta Manuel Daniel -Agora cego – Mas, em 2011, a sua voz ergueu-se na Pedra dos Poetas para homenagearmos Assis Pacheco  -  Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas, ditos por António Lourenço ou José Lebreiro  -    São indissociáveis, de entre os poetas que aqui vamos evocar na manhã do dia 22

HOJE SEUS OLHOS JÁ NÃO PODEM CONTEMPLAR A LUZ DO DIA  - ESTÁ COMPLETAMENTE CEGO  -  Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas nos Templos do Sol   - São indispensáveis.

MANUEL DANIEL –  UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR, DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA
 A sua vida tem sido pautada pela dedicação mas também pela descrição. Atualmente, debatendo-se com extremas limitações da sua vista, por via de ter ficado completamente cego, no entanto, pese tão dura limitação, nem por isso a verbe do poeta se esgota  e, dentro do que lhe é possível, com apoio amigo da família, lá vai compondo os seus versos e editando livros.  Em cujos poemas  perpassa o que de melhor têm a poesia portuguesa -  Domina com mestria os mais diversos géneros poéticos e neles se expressa, a par de um  profundo sentimento de religiosidade, o amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos,  suas inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida  e o destino do Homem - Em Manuel Pires Daniel, não há jogo de palavras mas palavras que vêm  do coração, que brotam  naturalmente, como água da  melhor fonte, que corre das entranhas  do xisto ou do granito da nossa terra.

Manuel Joaquim Pires Daniel, nasceu  em Vila de Meda (hoje cidade) em 18 de Novembro de 1934. Sem dúvida,  um admirável exemplo de labor e de tenacidade, de apaixonado pelas letras  e de sentido e dedicação ao bem comum. Mal concluiu a instrução primária, aos 11 anos, ei-lo a fazer-se à vida  -   Era ainda uma criança mas já tinha de começar a pensar no futuro.

Uma vida intensa e preenchida - A partir dos 20 anos de idade , propôs-se  e fez os exames do ensino secundário e frequentou, como voluntário, o curso de 1973-1978 da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, por onde veio a ser licenciado.
Advogado, escritor, poeta, dramaturgo,  estudioso, um homem de cultura, tendo dedicado muitos anos da sua vida  à função pública e à  vida autárquica.  A par de vários livros de poesia, colaborações de artigos e poemas na imprensa regional e nacional, bem  como em jornais brasileiros,  prefácios e a coordenação em várias obras, é também autor de 40 peças de teatro, nomeadamente para crianças, 20 das quais ainda inéditas. Muitos dos seus poemas foram lidos por Carmem Dolores e Manuel Lereno, aos microfones da extinta Emissora Nacional, em “ Música e Sonho”,  de autoria de Miguel Trigueiros – Considerado, na época, o programa radiofónico mais prestigiado  - Mesmo assim objeto de exame censório, tal como atestam os arquivos.
Mas não menos relevantes são as letras que vêm a ser musicadas e gravadas  em discos e cassetes -   Interpretadas por  Ramiro Marques, em EP nas canções   “Amor de Mãe” e “Amor de Pai”, pela Imavox, em 1974 – E, também, anos mais tarde, as letras para um “Missa da Paz” e coletâneas temáticas sobre “Natal e Avós” E, com  música de Carlos Pedro, as “Bolas de Sabão”, “Ciganos”, “Silêncio” e outros poemas.



MANUEL DANIEL - NUMA HOMENAGEM AO POETA FERNANDO ASSIS PACHECO - No Solstício do Verão de 2011 - Na Pedra dos Poetas - Nessa altura, seu olhos ainda podiam contemplar os  largos e belos espaços onde aqui ergueu a sua voz



Homenagem Fernando Assis Pacheco   - que visitou estas pedras, um mês antes da sua morte e que ali ergueu os braços, depois de ter ido fazer uma reportagem à Canada do Inferno  para a revista Visão


Moisés Espírito Santo - Também já nos deu a honra e o prazer da sua presença neste local, tendo-nos oferecido um valioso estudo . O qual veio juntar-se a outros contributos científicos, muito relevantes – de Adriano Vasco Rodrigues; Lima Garcia, Adriano Sá Coixão e do astrónomo Máximo Ferreira – cujas observações apontam no sentido de que, os dois monumentos pré-históricos que ali se situam, teriam sido usados como postos de observação astronómica, bem como altares sacrificiais em várias festividades, dedicadas aos deuses da fertilidade da terra e de outras crenças, por antigos povos que ali se fixaram.



 A SAUDOSA POETISA, MARIA DE ASSUNÇÃO CARQUEJA  - TAMBÉM AQUI ESTEVE COM O SEU ESPOSO, ADRIANO  VASCO RODRIGUES Disse,  Manuel Pires Daniel, no Jornal “OFOZCOENSE”   - "Descobri o seu nome pelos idos de 50, pela mão do meu querido amigo Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que veio a ser o seu marido e que, então, coordenava no quinzenário "Luz da Beira'', da Meda, um suplemento literário que veio a inserir trabalhos de jovens como José Augusto Seabra, Eurico Consciência e outros.
Maria da Assunção Carqueja era já uma excelente poeta, natural do Felgar - Moncorvo e estudante da Universidade de Coimbra. Desde logo a fixei. Os seus versos fluíam, como água corredia, quase em surdina, mas dizendo muito. Poesia daquela que nos fala à alma e que se exprime tao bem que chega a dizer muito em muito pouco.

Fui acompanhando as felizes aventuras do casal, vicissitudes à altura das suas reais capacidades, e, em contraponto, a poesia da Dr' Maria da Assunção Carqueja, impunha-se-me como uma das belas vertentes do casal. Com o avolumar dos currículos de cada um, ia-se avolumando igualmente o acervo de livros que o casal produzia, como se outros filhos fossem além dos sue quatro belos rebentos.







DOM MANUEL DOS SANTOS - Natural de São Joaninho,  pequena aldeia de Castro Daire, distrito de Viseu, ordenado pela Diocese de Lamego, a mesma à qual pertencem estas terras
Bispo da Diocese de STP - Deu-nos a honra e o prazer da sua presença, há  4 anos - DOM MANUEL DOS SANTOS - Natural de São Joaninho,  pequena aldeia de Castro Daire, distrito de Viseu, ordenado pela Diocese de Lamego, a mesma à qual pertencem estas terras - Bem-Haja, Caro Sacerdote da Palavra de Deus - Que a sua divina luz o proteja.

Nenhum comentário: