Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise - É
frequente o ataque às redes sociais pela burguesia “erudita” e pela media
convencional, que vê perdido o seu domínio absoluto sobre as consciências mas
que também se vai servindo das mesmas redes sociais, que condena,
para se promover e não perder de todo o comando do barco.
Não
é fácil a mudança das mentalidades, aliás é o mais difícil numa sociedade e num
individuo: “O
ser humano é um ser que resiste à mudança por conta do conjunto de hábitos e
crenças no qual foi sendo “acondicionado” desde que nasceu” –
Ainda
há quem não largue a velha máquina de escrever pela sua incapacidade ou
inadaptação às novas tecnologias:
O
mesmo sucede com as novas regras do acordo ortográfico: em não largar certas
bengalas da escrita, como se a língua não fosse um processo vivo e
evolutivo - A
oposição ao Acordo Ortográfico de
alguns setores intelectuais em Portugal e as resistências à sua ratificação por
parte de Angola e Moçambique - o Brasil implantou-o, mas os outros
países ainda «estão a esperar» porquê? Mas felizmente que os “falantes de português que usam acordo ortográfico sobem
para 215 milhões” https://observador.pt/2016/01/01/acordo-ortografico-falantes-portugues-sobem-215-milhoes/
As redes sociais
deram voz aos imbecis, afirma Umberto Eco – Sim, por via da brutalização da cultura
dos programas pirosos e fúteis, que as televisões, sob controlo liberal, vêm impondo
– Antes do seu reinado, as pessoas até conviviam umas mais com as outras e no
seio da família e não se tornavam meros robôs
dependentes do que ouvem e veem nas estopadas brejeirices televisivas. Onde a
informação é também objeto de manipulação do culto liberal.
“Normalmente, eles [os
imbecis] eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à palavra
que um Prémio Nobel” – Pois a imbecibilidade não é expressão de apenas os iletrados ou analfabetos.
Claro
que nem tudo são pés de roseiras floridas, há muito quem se limite a divulgar
nas redes sociais, o que come e o que defeca, editando no espaço que lhe é concedido pela Internet
(uma das maiores conquistas da informação e comunicabilidade dos novos tempos)
sim, meros ramalhetes de frases feitas
ou atrativos postais, mas a verdade é que só digere os espinhos, quem quer
Diz
o conhecido escritor, filósofo,
semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional – (Alexandria
05-01-1932 – Milão 19-02-2016) que “as
redes sociais foram um fenómeno que nos permitiu ter acesso a conteúdos que, de
outra forma, seriam muito difíceis de ter conhecimento. Mas… nem tudo são
rosas e, a verdade, é que muitas pessoas não estão ‘educadas’ para saberem
estar na Internet no geral e nas redes sociais em particular ... afirmando
que as redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que, antes destas plataformas, apenas falavam nos
bares, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a colectividade.
OBVIAMENTE
QUE AS VERDADES FEREM OS TÍMPANOS DE QUEM AS NÃO GOSTA DE
OUVIR – Neste ponto, discerne bem o conhecido semiólogo e
romancista italiano Umberto
Eco ,
investigador da Arte e beleza da estética medieval,
Frisando que “uma
das maiores dificuldades comunicativas diz respeito à capacidade de expor
pontos de vista sem exagerar no tom impositivo ou mesmo agressivo com que se
defendem argumentos, mesmo os mais incoerentes. Cada vez mais intolerantes, as
pessoas parecem precisar revestir seus discursos de agressividade, para que
pareçam convincentes.
Com o advento da Internet, todos possuímos espaços virtuais onde podemos nos expressar, expondo nossos pontos de vista sobre assuntos vários. Ilusoriamente protegidos pela distância que a tela fria traz, muitas vezes excedemos no radicalismo com que pontuamos nossos comentários, sem levar em conta a maneira como aquelas palavras atingirão o outro.
A frieza do
cotidiano e a concorrência de mercado acabam por contaminar nocivamente os
relacionamentos humanos, que se tornam cada vez menos afetivos, tão robóticos
quanto as máquinas de café que nos entopem os sentidos. Importamo-nos quase
nada com os sentimentos alheios, com a historia de vida alheia, com a
necessidade de entender as razões que não são nossas, pois queremos a todo
custo extravasar tudo isso que se acumula dentro de nós em meio à velocidade
estressante de nossas vidas.
Nesse contexto,
quando expomos aquilo que pensamos sobre determinado assunto, principalmente
relacionados à política e/ou à religião, acabamos sendo vítimas de
contra-ataques violentos que não rebatem o que expusemos, mas tão somente
tentam neutralizar nossa verdade com destemperos emocionais isentos de
criticidade. Aceitável seria, entretanto, uma contra-argumentação pautada por
reflexões plausíveis, o que não ocorre, em grande parte dos casos.
(…) Portanto, é
necessário que aprendamos a nos expressar e a debater nossas ideias com quem
realmente estiver pronto para trocar conhecimentos, com quem possui uma postura
receptiva para com o novo e que não se importa com a quebra de certezas. Não
percamos nosso precioso tempo com quem só ouve o que quer e da forma que lhe
convém, diminuindo-nos por conta da diversidade de opiniões. Esses
definitivamente não merecem nem mesmo nossa presença.https://www.contioutra.com/umberto-eco-alerta-nem-todas-as-verdades-sao-para-todos-os-ouvidos/
A GRANDE MEDIA - TAMBÉM NÃO É O
MELHOR EXEMPLO – “Grande parte das notícias "são rumores perigosíssimos –
Diz Francisco Pinto Balsemão, o maior empresário da media portuguesa, patrão
da Impresa, ".https://www.dn.pt/tv-e-media/media/interior/grande-parte-das-noticias-sao-rumores-perigosissimos-1851077.html
. POR OUTRO LADO, VEM AFIRMAR QUE: as redes
sociais e nos motores de busca são uma "lixeira
gigantesca" https://www.dn.pt/media/interior/pinto-balsemao-critica-lixeira-gigantesca-nas-redes-sociais-e-nos-motores-de-busca-8672863.html
QUER IMPOR CENSURA
– POIS CLARO A PRETEXTO DAS FALSAS NOTICIAS OU DA CONCORRÊNCIA? - Fake
News': Balsemão fala em ameaça global e defende código de conduta de
jornalistas nas redes sociais. https://www.dn.pt/lusa/interior/fake-news-balsemao-fala-em-ameaca-global-e-defende-codigo-de-conduta-de-jornalistas-nas-redes--10480917.html
POIS ENTÃO – ESTE É O DILEMA
DOS PATRÕES QUE VÊM NA INTERNET O PRINCPAL CONCORRENTE Balsemão: Comunicação social tem de ganhar
dinheiro para não perder a independência….. as
pessoas ainda acham que o que está na Internet deve ser gratuito.
Balsemão diz que RTP é "um monstro -Presidente
da Impresa, Francisco Pinto Balsemão, defende que a RTP é "um
monstro" que não cumpre o serviço público e considera que devia haver
apenas um canal digital para programas de alta qualidade e outro dedicado a
todos os desportos. https://expresso.pt/actualidade/balsemao-diz-que-rtp-e-um-monstro=f542765
NÃO CULPABILIZEM AS REDES
SOCIAIS MAS O MAU USO CULTIVADO PELO
EXACERBADO INDIVIDUALISMO, EXIBICIONISMO
E EGOÍSMO - QUE TEM COMO PROMOTORA
A MASSIFICAÇÃO DA NOVA ORDEM GLOBAL EM PROL DOS RICOS E ENDINHEIRADOS, EM
DETRIMENTO DE UMA IMENSA LEGIÃO DE ALIENADOS
E ESCRAVOS - “Estamos formando uma
geração de egoístas, egocêntricos, alienados e inconsequentes! “ – Diz estudo
de uma investigadora brasileira “A molecada acorda cedo, vai pra escola. Chega
em casa, almoça ao mesmo tempo que assiste TV, atualiza a conversa no WhatsApp,
checa sua ‘TimeLine’ no Facebook, curte páginas dos amigos, coloca em dia as
curtidas do Instagram e comenta de forma superficial” –Desta vez o Grito do
Ipiranga vem do Brasil
Mas a culpa não é do Facebook, da infinidade de recursos das redes sociais, sem as quais, a sociedade teria que ficar prisioneira da beberagem ou bebedeira imposta pelos media liberais, pela prioseira dos seus programas fúteis e alienantes, mas da maneira como cada qual a usa -
Infelizmente, os comportamentos promovidos pelos media da massificação global liberal, conduzem ao salve-se quem puder: às acentuadas desigualdades sociais - E quem se safa são os privilegiados do grande capital, numa sociedade alienada e escravizada; em que, cada vez os ricos são mais ricos e os pobres ainda mais pobres -
Dai que os maiores ataques às redes sociais, provenham da grande media liberal e do liberalismo selvagem, que não gosta de se ver denunciado através de meios de informação que não controle integralmente.
"Entramos num café ou restaurante e as pessoas em vez de conversarem olhos nos olhos, rirem, estão focadas cada uma no seu telemóvel. Parecem zombies ... "Um solitário estar entre as pessoas"! Faz -me confusão - Desabafa de quem olha â sua volta e refllete.
De facto, quem viaje de metro, em Lisboa, raramente vê alguém a ler um livro ou jornal. Por isso mesmo, eu sou uso o computador em minha casa para trabalhar, fazer jornalismo, perdendo muitas horas; mas não pondo de lado a leitura; o meu telemóvel é dos baratos, não tem Internet: levo sempre algo para ler quando saio de casa. - Uso o Facebook para divulgar os meus trabalhos jornalísticos, pelo que me é impossível ler ou responder às muitas mensagens que me enviam - Grande parte das quais mera divagação.de frases feitas e de vídeos para alienar e entorpecer
ALERTA INTELIGENTE QUE TOMÁMOS A LIBERDADE DE TRANSCREVER “Estamos formando uma geração de egoístas, egocêntricos, alienados e inconsequentes!
(... ) ...parece que perdemos a capacidade de raciocinar, de entender o contexto e complexidade de tudo os que nos cerca. Ninguém discute com seriedade o que está levando a nossa sociedade a viver na idade das trevas.
Acabaram as festas, Janeiro começou e em breve o ano letivo ganhará vida. Novos calouros ávidos por uma “nova” vida de descobertas desembarcarão em Adamantina. Nem faz um ano uma garota, em sua primeira semana de aula na faculdade, teve suas pernas queimadas em um dia de acolhimento de calouros. Jovem, em seus 17 anos e feliz por realizar o sonho de ingressar em uma faculdade. Mas em um dia que deveria ser de festa foi interceptada por “colegas” veteranos. Foi pintada com tintas e esmalte até que sentiu que jogaram um líquido em suas pernas. Nada notou até que a água da chuva, por ironia, em lugar de lavar e limpá-la provocou uma reação química que resultou em queimaduras de terceiro grau em suas duas pernas. O mesmo aconteceu com uma colega de turma que teve as pernas queimadas e outro rapaz que correu o risco de perder a visão. O líquido? Uma provável mistura de creolina e ácido!
Casos amplamente noticiados pela imprensa local, regional e nacional. Mas relatos contam mais sobre este dia trágico, como inúmeros casos registrados de coma alcoólico, além de meninas que tiveram suas roubas rasgadas e sofreram toda uma série de constrangimentos.
Fatos como estes contribuem para nos trazer de volta à realidade e, guardadas as devidas proporções, ilustra que vivemos sim em um país onde
(…) a“barbárie” ganha força e impera em diversos núcleos de nossa sociedade e se alastra com uma rapidez de rastilho de pólvora. Casos se repetem em diversos estados e cidades, o caso dos calouros da FAI de Adamantina não é e nem será o último, quantas tristes histórias já foram relatadas, como a do o jovem morto atirado em uma piscina da USP, amanhã mais um homossexual ou um negro, ou mais uma mulher que não se “deu o valor” e andou por aí exibindo seu corpo.
Vivemos em uma sociedade de alienados, sujeitos que não conseguem sequer interpretar um texto, nossas crianças são “condicionados nas escolas” jamais educados. Infelizmente não há cultura neste país da desigualdade. Parece que perdemos a capacidade de raciocinar, de entender o contexto e complexidade de tudo os que nos cerca. Ninguém discute com seriedade o que está levando a nossa sociedade a viver na idade das trevas.
O apresentador Chico Pinheiro do Bom dia Brasil, revoltado com os trotes violentos, afirmou que estes alunos deveriam voltar para o ensino fundamental. Discordo radicalmente dele, estes alunos deveriam voltar para o seio de suas famílias e lá, sim, receber educação básica, educação para a vida.
Os pais estão terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso. Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida!
Nos dias de hoje o tempo passa rápido demais. Muito rápido, tão rápido que nem dá tempo de tentar entender e processar o que foi vivido nas poucas horas atrás.
A molecada acorda cedo, vai pra escola. Chega em casa, almoça ao mesmo tempo que assiste TV, atualiza a conversa no WhatsApp, checa sua ‘TimeLine’ no Facebook, curte páginas dos amigos, coloca em dia as curtidas do Instagram e comenta de forma superficial – pois não compreende o contexto e complexidade – as reportagens da TV. Se perguntar quem dividiu a mesa com eles (os pais também estão brincando com o celular) é possível que nem tenham se dado conta, pois estão mais próximos dos amigos “virtuais” do que daqueles que compartilham o mesmo espaço, a mesma mesa e a mesma comida com eles.
Mas o mais trágico nisso tudo é que os pais, também, estão sentados à mesa assistindo TV, atualizando a conversa no WhatsApp, checando sua ‘TimeLine’ no Facebook, colocando em dia as curtidas do Instagram e comentando de forma superficial as reportagens da TV.
Depois do almoço os pais irão para o trabalho e os filhos para a aula de computação, inglês, academia…
À noite ficarão no quarto em frente ao note, navegando por sites que jamais se lembrarão, conversando pelo skype, jogando online, até a hora de dormir.
No final de semana estes jovens dormirão a maior parte do tempo para se preparar para a noite, para a balada, onde pegarão todos e todas e beberão até cair.
Estes jovens entram muito cedo em sua vida pretensamente “adulta”. Já “brincam” de papai e mamãe antes mesmo de brincar de casinha. Estes jovens são lançados da infância, cada vez mais curta, direto para a vida “adulta”, passando sem piscar pela adolescência.
Nesse “nosso” mundo do “parecer”, do “fake”, do consumo do corpo perfeito, da mentira perfeita, do dinheiro a qualquer custo, do consumir e exibir, da exposição sem limites, da falsa propaganda que vende vidas “perfeitas” somos “forçados” a fazer parte dessa sociedade de “mentirinha”.
Na sociedade do consumo do corpo perfeito, da vida perfeita, do ser perfeito, não existe espaço pra “ser humano”, não existe lugar “para sermos quem somos”, aqueles que exibem suas imperfeições, pois o imperfeito não cabe na aparência perfeita do mundo da mentira.
Todos nós queremos fazer parte de algo, ser parte de algo. Principalmente quando somos jovens. Nossa turma é nossa razão de ser e estar no mundo. Comportamo-nos como tribos, somos territorialistas e, fazer parte deste “algo” nos confere identidade. E aí para fazer parte desse mundo, o jovem segue a turma, mesmo em muitos casos, sem saber por que está fazendo isso, mesmo sabendo que muitas coisas que fazem são erradas, vale a pena correr o risco para “ser” parte da turma!
E neste mundo, empoeirado, intenta-se forçar o sujeito a aderir sem contestação ao padrão de ser e estar neste “mundo”, reduzindo sublimes e maravilhosas peculiaridades e particularidades, ou seja, nossas magníficas diferenças, em uma uniformidade que se encaixa na perfeita adequação a uma sociedade tamponada, uniforme, opaca, moralista, hipócrita. REDELITORAL NORTE SP” | Acesse aqui seu perfil no Facebook.https://osegredo.com.br/estamos-formando-uma-geracao-de-egoistas-egocentricos-alienados-e-inconsequentes/?fbclid=IwAR115jn4JGUsZeYvmpfY6Eq6dZYMQHB_OgieLxXKaVHcxxVAUSj4zWtulQo
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