Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informsação e análise
As estatísticas relativas a 2015 indicam que o número de membros do clero no mundo é de 466.215, com 5.304 bispos, 415.656 sacerdotes e 45.255 diáconos permanentes.
Em termos percentuais, o peso do continente africano aumenta em relação ao total de católicos, que sobe de 15,5% para 17,3%. A Europa representa hoje 22% do total, quando em 2010 era de 23,8%.
A América permanece o continente a que pertencem quase 49% dos católicos batizados, ao passo que no continente asiático esse número representa 11% e, na Oceânia, 0,8%.
Brasil é o país com maior número de católicos
O conjunto dos dez países com maior número de católicos batizados é liderado pelo Brasil (172,2 milhões, que representam 26,4% do total dos católicos do continente americano).
Seguem-se o México (110,9 milhões), as Filipinas (83,6 milhões), os EUA (72,3), Itália (58), França (48,3), Colômbia (45,3), Espanha (43,3), República Democrática do Congo (43,2) e Argentina (40,8). https://www.snpcultura.org/novos_dados_sobre_igreja_no_mundo_mais_batizados_menos_vocacoes.html
De facto, as estatísticas falam em queda das vocações sacerdotais: sim, os tempos do culto das aparências e da superficialidade, não deverão ser propícios às coisas do espírito mas a um certo salve-se quem puder e da ostentação, quando, afinal, a interiorização do sobrenatural ou do sagrado, é uma necessidade fundamental para uma vida saudável, mentalmente e fisicamente.
Pelo que, segundo observadores, “estão à vista de todos as consequências da forte diminuição de vocações sacerdotais que carateriza a idade contemporânea. Uma diminuição que se explica de forma evidente não só com a grande onda de secularização que atravessou os países industrializados e que agora chega também aos do terceiro mundo, mas inclusive com a crise demográfica que, restringindo de forma crescente o número dos componentes das novas gerações, reduz obviamente a percentagem dos que escolhem o sacerdócio
Daí se advogar a urgência das vocações femininas: sendo certo de que “a Igreja não é composta apenas por sacerdotes: em particular, atualmente são as religiosas que substituem muitas vezes, pelo menos na medida que lhes é possível, a presença sacerdotal em vastas zonas do mundo. E hoje, infelizmente, também as vocações femininas, ainda numerosas até há um decénio – sobretudo em relação às masculinas – estão a diminuir rapidamente e de maneira evidente.
O dano que esta diminuição de vocações femininas pode provocar na vida da Igreja é imenso, e deveria ser percebido na gravidade das consequências que comporta. Com efeito, sobre as freiras pesa a responsabilidade de testemunhar a presença da Igreja nas situações mais desfavorecidas, frequentemente nos serviços mais humildes e cansativos, que contudo são precisamente os que dão a medida concreta do testemunho cristão. Sem contar o trabalho gratuito, incansável e pouco reconhecido das religiosas em fazer funcionar as instituições a todos os níveis de colaboração - Excerto de http://www.osservatoreromano.va/pt/news/urgencia-das-vocacoes-femininas
Por isso, num tempo, em que as vocações religiosas e sacerdotais, tendem a diminuir, a cerimónia da ordenação, mesmo que seja apenas de único sacerdote, é sempre um motivo de júbilo e de alegria para família Cristã - É justamente do que se depreende da cerimónia de ordenação, que decorreu no passado domingo, em Lamego, tal como é referido através da noticia que aqui transcrevemos.
Lamego, 08 jul 2019 (Ecclesia) – D.António Couto ordenou este domingo um novo sacerdote na diocese de Lamego a quem disse ter sido “escolhido por Deus” para “um trabalho de alegria”.
“É Jesus que te chama e te envia num trabalho de evangelização. Não fiques parado ou paralisado em qualquer sítio. O teu sítio é Jesus. Terás sempre de regressar a Jesus”, afirmou o bispo de Lamego durante a homilia na celebração a que presidiu.
D. António Couto lembrou que a missão a que Diogo Martinho foi chamado é um trabalho de alegria.
O bispo referiu os lamentos sobre “os tempos que correm” pouco favoráveis à Igreja.
“Lamentamo-nos muito nos tempos que correm, dizendo mais ou menos isto: cada vez vai menos gente à igreja; a prática dominical caiu quase 50%; há uma quebra acentuada de batizados e casamentos; há poucas crianças na catequese, e não querem saber de nada; quem é que as atura?; depois do Crisma, vão todos embora; ninguém quer saber da mensagem do Evangelho; este mundo está perdido…”, afirmou.
Mas, frisa o bispo de Lamego, o trabalho “a que Jesus envia” é um trabalho de alegria.
“Diocese de Lamego, sente-te amada e agraciada. Caríssimo Eleito, parte com alegria para a ceifa. Confia como um filho! Ama como uma mãe! E não esqueças nunca que o teu sítio é Jesus”, finalizou. – Excerto https://www.flickr.com/photos/aiic/albums/72157709507559791/with/48230014416/
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