feira, dia 20 de Março, às 21h58 (hora de Lisboa) e o dia amanheceu
deslumbrante e limpo, tendo sido assinalada, nas já
tradicionais celebrações dos Templos do Sol, no maciço dos Tambores, aldeia de
Chás, de Vila Nova de Foz Côa, com momentos esplendorosos de luz e de
poesia –
De manhã, no interior do recinto amuralhado do Santuário Rupestre do monumental megálito da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, antiquíssimo local de culto e de sacrifícios, mas também verdadeiro posto de observação astronómico , alinhado com o nascer do sol nos equinócios -
Numa cerimónia simples mas de belíssima transcendência mística e significado, com a leitura de poemas de vários poetas.
E, uma vez mais graças à preciosa colaboração, de António Lourenço, ex-autarca desta freguesia e atual Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de V N de Foz Côa. Desta vez, com uma participação, reduzida a uma presença quase simbólica de amigos, mas o suficiente para o cineasta, Pedro Paiva, residente em Lisboa, ter ficado encantado com os filmes que ali fez e noutros pontos da minha aldeia. Encantamento, igualmente partilhado pelo Eng. Pedro Daniel, que ali se deslocou para fazer um apontamento de reportagem, tal como já tem feito em anteriores eventos para o portefólio e arquivos do município
ESTUDIOSOS DOS CHAMADOS LUGARES MÁGICOS OU DE
PODER, TESTEMUNHARAM O ALINHMANETO DO PÔR DO SOL COM A PEDRA DO CARANGUEIJO - TENDO
FICADO MARAVILHADOS PELA CONSTATAÇÃO.
O primeiro
dia da Primavera, no maciço dos Tambores, ficaria ainda assinalado, junto à que eu batizei de Pedra do Caranguejo, que é de facto a configuração que toma um outro megálito,
na mesma área, encimado na laje, cuja basse
é atravessada pelos raios solares do pôr do sol. Neste caso, não se
tratou, propriamente de ali se dar continuidade à celebração, que decorrera de
manhã, mas tão somente de se prosseguir
no estudo da sua observação.
Quiseram os bons acasos – acasos que geralmente
acontecem a quem por bem os procura – que, ali pudésse contar com a presença de
um grupo de estudiosos e entusiastas pelos chamados lugares de poder, . António Oliveira, Eng Informático; Antonio
Filipe , de Coimbra; Leandro Batista, Terapeuta, Teresa, Engª Geotécnica
Haviam agendado a sua visita para tomarem conhecimento
direto com os alinhamentos sagrados, existentes nos Templos do Sol e quis um feliz acaso que, ao regressarem, me pudesse cruzar com estes estudiosos investigadores
peregrinos, que, tendo-os informado de
que me dirigia para fazer o registo fotográfico a um megálito alinhado com o pôr-do-sol, igualmente
com o equinócio da Primavera, mas ainda em fase de estudo, de imediato aceitassem
acompanhar-me até junto do mesmo.
Curiosamente, deu-se a circunstância de poderem
fotografar e testemunhar outras das maravilhas existentes nesta área, o que, aconteceu,
praticamente sobre o instante em que sol pousava sobre um dos pontos da cordilheira a oeste, na cumeada das
encostas xistosas que se erguem na margem
esquerda da Ribeira Centeeira, que
separa o aprazível e fertilíssimo vale, dos contrafortes graníticos dos “Tambores”,
cujo depoimentos, conto poder vir a editar num vídeo que ali registei – Tendo ficado
combinado que, na manhã de hoje, quinta-feira, os poderia acompanhar à Pedra da
Cabeleira, para ali também testemunharem o alinhamento com o nascer do sol, uma
vez, que, dois dias antes ou dois dias depois, ainda é possível contemplar o espantoso
alinhamento.
O
QUE SÃO OS LUGARES DE PODER?
São definidos
como locais antigas civilizações, “entendiam
que os locais de poder eram curativos, davam vigor, e geralmente é uma
experiência particular. Locais especiais nos ajudam a que possamos reconstruir
um momento de plenitude, onde nosso espírito se abre, sentindo abarcar o mundo.
http://astroclick.com.br/lugares-de-poder/
ALINHADOS COM O O FIM E O INÍCIO DE CADA UMA DAS ESTAÇÕES DO ANO
Local mágico, pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar podem repetir-se à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.
São conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – No maciço dos Tambores
SETE ALINHAMENTOS
No Maciço dos tambores, até à presente data, foram descobertos sete alinhamentos: Pedra da Cabeleireira de Nª Senhora, atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios; a Pedra do Solstício, alinhada com o pôr do sol do Solstício do Verão; "As Portas do Sol, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno e o pôr do sol do Verão; Pedra Phallus Impudicus, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno ;a Pedra da Ursa Maior com as sete fossetes, alinhada com os Equinócios e com simbologia ou enquadramento com Ursa Maior e a Pedra Caranguejo, atravessada pelos raios solares do pôr do sol dos equinócios
Espantoso achado, encontrado nos Tambores – pelo autor deste site – Denota faltar-lhe uma parte e a ponta - J. Leite de Vasconcelos, em Religiões da Lusitânia, designa um parecido, de troféu
“Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos
De facto, a avaliar pelos vestígios
arqueológicos, já estudados, o maciço dos Tambores, é um importantíssimo livro aberto da pré-história: sobranceiro a um dos mais belos e férteis vales da hidrografia do Vale do Côa, ali se refugiaram povos muito antigos, nomeadamente do neolítico, calcolítico, da idade do ferro e do bronze, que, aproveitando os naturais abrigos, as cavernas abertas nos enormes megálitos, as concavidades e grutas dos encastelados afloramentos, ali implantaram os seus acampamentos, valendo-se de grotescas lascas e pedras soltas, de cujas construções ainda prevalecem abundantes vestígios -
Ali sepultaram os seus mortos, cultuaram os seus deuses, ergueram sagrados altares, que tanto podiam servir como locais de culto e de sacrifícios, como de espantosos observatórios astronómicos. - Assim o testemunham os vários alinhamentos sagrados, já descobertos - direcionados com o fim e o inicio de cada estação do ano - Assim o testemunha o olhar maravilhado de todos aqueles que têm assistido às nossas festas e celebrações, junto desses mesmos altares.
Adriano Vasco Rodrigues |
E, assim, o tem comprovado, a especial atenção, dispensada por vários investigadores e estudiosos: nomeadamente, Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro investigador a debruçar-se sobre o estudo da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora; bem como das monografias (Chãs - de Foz Côa e "Por Veredas do Vale do Côa), de Joaquim Manuel Trabulo)dos achados (punhal em bronze) do Eng. Paulo Almeida); dos valiosos contributos dos arqueólogos, Sá Coixão e Gonçalves Guimarães, que, igualmente, desde há vários anos, se têm debruçado sobre o estudo desta área - Além das observações do astrónomo Máximo Ferreira – , que já ali se deslocou por duas vezes, assim como Mila Smões e das visitas de arqueólogos do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no perímetro do qual os vários monumentos megalíticos, se encontram localizados - De recordar, particularmente, as escavações levadas a cabo, nas Quebradas, na mesma área, relativamente perto da Pedra da Cabeleira, por António Faustino de Carvalho Carvalho, A. F. (1999) - Os sítios de Quebradas e de Quint Faltava-nos um especialista em Arqueoastronomia mas também já contamos com os seus valiosos estudos - é o Dr. Albano Chaves.
Assim, como Tom Graves: o radiestesista e escritor inglês,
vindo
"Eu sou a Luz do Mundo, diz o Senhor" |
Diz o distinto investigador - Moisés Espírito Santo - "Visitei o monte dos Tambores para observar o calendário rupestre e dei particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras que constituíram o calendário. Vou interpretá-los neste artigo"
"Tambores é nome do monte onde encontramos o calendário rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do vocábulo cananita e hebraico tabor que, literalmente, significa «umbigo» e, metaforicamente, «centro da terra, parte mais elevada da terra, umbigo da terra», quer dizer, um monte sagrado. Jerusalém é classificada de «umbigo da Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu na Palestina (antiga Fenícia) um monte Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes, 9:38, Deuteronómio 33:19)"
"Pedra da Cabeleira. É o nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o sol nascer nos equinócios. Excluímos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí deixou» por ser uma adaptação recente do nome original à religião católica popular. Como a fenda da pedra serve para ver, nos equinócios, o nascer do sol, Cabeleira é uma corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em que qabal (do acádico) significa «no meio, mediano, posição ao meio», e awra (do cananita e hebraico) «aurora, nascer do sol». Portanto qabal awra significou literalmente «posição ao meio do nascer do sol», isto é, «posição do nascer do sol ao meio» do ano, «posição mediana do nascer do sol», sendo os equinócios a posição do sol «ao meio» do seu aparente percurso celeste." - Moisés Espírito Santo - Mais pormenores em - estudo inédito do prof. moisés espírito santo, associa nomes à toponimia dos Templos Históricos, no Monte dos Tambores aldeia de Chãs.
AS IMPORTANTES DESCOBERTAS DE ALBANO CHAVES
Não usa a técnica da varinha do vedor mas um apuradíssimo sentido de observação. E o mais curioso é que, mesmo sem se conhecerem, analisando os estudos de um e do outro, até parece que andaram por lá juntos – Já que, as pedras que chamaram atenção de Albano Chaves, também haviam despertado idêntica curiosidade de Tom Graves – Simples coincidências?... Nada disso, estas coisas vão ao encontro de quem as procura: de quem anda neste mundo com olhares de ver, de sentir e observar, profunda e atentamente, o que o rodeia: de quem se interroga: sobre donde vimos e para onde vamos.
Era assim que, Albano Chaves, numa postagem publicada neste site, começava por se referir à sua descoberta, a que deu o nome de Portas do Sol - Três anos depois, novas observações levam-no a concluir que a mesma pedra está também alinhada, quer com o solstício do Inverno, quer com o Solstício do Verão.
"Um sono milenar está a chegar ao fim.". Pedras, enormes umas, mais pequenas outras, emitem sons, balbuciam palavras continuamente desde há muito. Dez, quinze, vinte, cinquenta mil anos? Ninguém as ouvia, no entanto. Falam por si, entre si, estabelecem ligações. Formam figuras geométricas no terreno, que é preciso olhar, ver, identificar, ler, entender, integrar em expressões, frases, períodos, textos, crónicas.
Era assim que, Albano Chaves, numa postagem publicada neste site, começava por se referir à sua descoberta, a que deu o nome de Portas do Sol - Três anos depois, novas observações levam-no a concluir que a mesma pedra está também alinhada, quer com o solstício do Inverno, quer com o Solstício do Verão.
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