Jorge Trabulo Marques - Jornalista e foto-jornalista -
“O olhar do fotógrafo Arlindo Homem com instantâneos únicos que espelham bem a sociedade portuguesa atual. Cada fotógrafo tem um olhar específico. No caso de Arlindo Homem, fotojornalista há 20 anos, realço a sua capacidade de captar a essência num instante, dada a sua sagaz intuição aliada à sua vasta experiência”, disse à agência Lusa João Nuno Reis, comissário da exposição.
João Gomes . - Momentos de poesia |
O evento artístico, sublinhado com momentos musicais e de declamação poética por Joao Gomes, contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, além de outras personalidades, bem como de uma assistência entusiástica, composta por muitas pessoas amigas e admiradoras, e de outras pessoas atraídas pela curiosidade de contemplarem a exposição, dados os profundos laços que unem o conceituado fotojornalista a esta cidade, que para ele também tem sido a expressão do seu profissionalismo e a grande paixão pela fotografia, de que se destacam os seus muitos tesouros históricos e os famosos tabuleiros de Tomar, que ele, tão majestosament, tem sabido fotografar..
Uma vez mais, pois, o meu abraço amigo e os meus parabéns pela excelente mostra que ali expuseste naquele espaço pelo qual perpassam também memórias de um património arquitetónico, já bem antigo.
Obrigado, pois, pelos momentos de surpreendente beleza, com que ali pude rever e contemplar a tua arte. Mas agora de forma ainda mais bela e expressiva, pois sabes bem, como eu, que uma boa imagem, em tamanho pequeno, por mais qualidade que tenha, é sempre uma pequena fotografia, dificilmente poderá transmitir a verdade da emoção que o instante perpetua, senão quando sublinhada a uma dimensão mais próxima do real.
O GOSTO DE CONTAR HISTÓRIAS ATRAVÉS DE IMAGEM E DE SENTIR AS PESSOAS FELIZES QUANDO AS CONTEMPLAM
Arlindo Homem é fotojornalista
na Agência Ecclesia, e colabora com outras entidades como a Academia Portuguesa
de História, tendo fotografais suas publicadas em várias obras, entre elas,
“Marcelo Rebelo de Sousa/ O Presidente dos Afetos”, de Cláudia Sebastião, e
“Portugal Católico”, de José Eduardo Franco.

A imprensa conferiu-lhe especial destaque, de que citamos alguns excertos quer da que agora foi inaugurada: quer de anteiores, subordinadas aos temas: “Futebol, Fátima, Fado…e Facebook’, comissariada por João Nuno Reis, nasquais contou com excecional acolhimento.

No discurso que proferiu, Rui Lavrador, destacou, que “numa jogada arriscada e em pleno contra-ataque perante as correntes fúteis que pairam no digital, como por exemplo o Facebook, Arlindo Homem mostra através do clique do seu olhar o quão mágico podem ser o Futebol, a Fé, o Fado e até…o Facebook”, acrescentando que “Futebol é paixão que salta do relvado para as bancadas. É juntar amigos e rivais numa junção de ideais e onde no final do jogo vence a amizade. A amizade por alguém que pode ser das maiores demonstrações de Fé que poderemos ter e na qual Fátima assume papel relevante em Portugal e no Mundo. Mundo que se rendeu e viu o Fado ser elevado a Património da Humanidade. As palavras dos poetas, os trinados das guitarras e a alma do Povo unem-se e transformam a mais simples realidade num mundo infinito de possibilidades. É esse mundo infinito de possibilidades que o Facebook também nos oferece. Separar o trigo do joio depende de nós”.
Recordou a
ligação entre ambos, dizendo que “não é do Alentejo mas foi lá que os nossos caminhos se cruzaram.
Inicialmente distantes, as estradas em que cada um caminhava foram
aproximando-se e hoje damos os primeiros passos. O futuro…esse fica nas mãos de
Deus e na vontade de Fátima. Porque na peregrinação, mais importante do que os
passos, são os valores que carregamos. Cabe-nos nunca os perder”.
Depois de
recordar algumas das menções e prémios de carreira, relembrou que “Marcelo
Rebelo de Sousa, o presidente dos Afectos, e o Papa Francisco que de Afectos
promove a fé, são dois nomes maiores que sabem o que é ser ‘apanhado’ pelo
olhar, também ele, emocional de alguém que nem com a máquina na mão é muito
racional. O Clique é o momento em que o afecto dispara e o momento eterniza”.
Explicou ainda que “a sua inserção na equipa que lidero foi natural, sem planeamento
ou pedidos de parte a parte. Conheço-lhe as manhas, os defeitos e as virtudes.
Sei como elogiar ou criticar o que me apresenta. Sei como o guiar, porque ele
assim também o permite”, deixando o conselho aos presentes
e a todos os que visitem a exposição, “mais do que imagens, apreciem a Arte. Porque a Fotografia é a Arte
que não precisa de descrição e que dá a cada um a possibilidade de a descrever
consoante o que a alma capta”. https://infocul.pt/cultura/futebol-fatima-fado-e-facebook-de-arlindo-homem-inaugurada-em-tomar/
"Cada fotógrafo
tem um olhar específico. No caso de Arlindo Homem, fotojornalista há 20 anos,
realço a sua capacidade de captar o instante, dada a sua experiência e
desenvoltura técnica", disse à agência Lusa o comissário da exposição,
João Nuno Reis, técnico na área do Património Cultural.
A exposição "privilegia a forma como capta o
instantâneo", disse João Nuno Reis, que citou algumas das fotografias
expostas, designadamente da seleção nacional de futebol, da peregrinação anual
da imagem N.S. de Fátima, em 2015, do papa Francisco em Fátima, em maio de
2017, da fadista Gisela João, a par de fotografias do atual Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, do ator João Baião, da cantora Aurea ou da
guitarrista Luísa Amaro,
A exposição inclui fotografias da romaria de N.S. da
Agonia, em Viana do Castelo, em 2016, do cortejo dos Tabuleiros, em Tomar, em
2017, de uma "corrida de touros de gala à antiga portuguesa", na
praça do Campo Prqueno, em Lisboa, em 2017, ou de um baile de máscaras, em
fevereiro último, no Palácio Pimenta, em Lisboa, a par de eventos oficiais como
as exéquias do ex-Presidente da República Mário Soares, no Mosteiro dos Jerónimos,
em janeiro do ano passado, ou a visita oficial dos reis de Espanha a Lisboa, em
novembro de 2016.
Arlindo Homem tem fotografias publicadas em vários
livros, entre os mais recentes cite-se "Fátima 1917-2017. 100 anos da
História das Aparições", de José de Carvalho, "Fátima sou
peregrino", de António Rego, "Fátima Lugar Sagrado Global", de
José Eduardo Franco e Bruno Cardoso Reis, e de "São Francisco de Paula. O
Santo Terrível como um leão", de Giovanni Sole.
A EXPOSIÇÃO JÁ ESTEVE PATENTE EM OUTROS ESPAÇOS ONDE TEVE
IGUALMENTE CALOROSO ACOLHIMENTO
A apresentação da exposição, neste último sábado em Tomar, esteve a
cargo de Rui Lavrador, diretor do
Infocul, , projecto no qual Arlindo Homem também colabora
No discurso que proferiu, Rui Lavrador, destacou, que “numa jogada arriscada e em pleno contra-ataque perante as correntes fúteis que pairam no digital, como por exemplo o Facebook, Arlindo Homem mostra através do clique do seu olhar o quão mágico podem ser o Futebol, a Fé, o Fado e até…o Facebook”, acrescentando que “Futebol é paixão que salta do relvado para as bancadas. É juntar amigos e rivais numa junção de ideais e onde no final do jogo vence a amizade. A amizade por alguém que pode ser das maiores demonstrações de Fé que poderemos ter e na qual Fátima assume papel relevante em Portugal e no Mundo. Mundo que se rendeu e viu o Fado ser elevado a Património da Humanidade. As palavras dos poetas, os trinados das guitarras e a alma do Povo unem-se e transformam a mais simples realidade num mundo infinito de possibilidades. É esse mundo infinito de possibilidades que o Facebook também nos oferece. Separar o trigo do joio depende de nós”.
Sobre o título escolhido, o comissário da mostra referiu
que "joga com um chavão conhecido 'Fado, Fátima e Futebol', a que se junta
o F de 'Facebook', a rede social onde tudo se discute e observa, e onde Arlindo
Homem divulga também o seu trabalho".
Arlindo Homem é fotojornalista na área do desporto,
trabalhando entre outros meios, na agência noticiosa católica Ecclesia, e a
exposição vai estar patente até ao próximo dia 22. https://www.dn.pt/lusa/interior/fotografo-arlindo-homem-expoe-futebol-fatima-fado-e-facebook-em-lisboa-9327910.html
Os três “efes” de há 50 anos, quando Paulo VI visitou
Portugal durante a ditadura do Estado Novo, modernizaram-se e Fátima apostou no
marketing, o fado procurou novos sons e o futebol profissionalizou-se.

A recente vaga de emigração, motivada pela crise que o
país tem vivido, é também, segundo a historiadora, uma das razões que tem
contribuído para a atualidade da trilogia, uma vez que a religiosidade, o fado
e futebol “são fatores que remetem para a saudade de Portugal”.
(…) Nos 50 anos das “aparições”, Paulo VI tornou-se no
primeiro papa a visitar o santuário de Fátima. Meio século depois Francisco
será o terceiro papa a marcar presença na Cova da Iria, depois de três visitas
de João Paulo II, e de uma de Bento XVI.
As duas Taças dos Clubes Campeões Europeus
conquistadas pelo Benfica, nas épocas de 1960/1961 e 1961/1962, às quais se
somam três presenças em finais, e o terceiro lugar da seleção portuguesa no
Mundial de 1966, contribuíram de forma decisiva para a massificação do futebol,
“num regime avesso a espetáculos de multidões”.
Quase como se fosse uma verdade
inquestionável, há quem diga que Portugal é um país de “três efes” – Fátima,
Futebol e Fado. A ideia surge frequentemente associada ao Estado
Novo. Diz-se que Salazar uniu os portugueses em torno da religião
católica, além de ter impulsionado o Futebol, sobretudo através das conquistas
do Benfica e do Sporting, e de ter mantido uma relação próxima com Amália
Rodrigues, maior expoente do Fado.
Para os historiadores
Francisco Pinheiro e Ricardo Serrado, a ideia de que o “Portugal dos três efes”
era uma marca do Estado Novo é um mito. Os dois autores consideram que se trata
de uma criação recente, que nasceu no pós-25 de abril, com o objetivo de
associar o país salazarista a estes três fenómenos sociais – a época da mudança
de regime é, aliás, pródiga em trilogias, porque este foi também o momento de
Democratizar, Descolonizar e Desenvolver. – Excerto de https://portugaldostresefes.wordpress.com/o-mito-dos-tres-efes/
O QUE É DITO ACERCA DOS TRÈS EFS
“Fátima soube adaptar-se aos tempos através do
marketing, o fado evoluiu para novas sonoridades e o futebol
profissionalizou-se e tem conseguido conquistas importantes, como o recente
título europeu”, argumenta a historiadora Irene Flunser Pimentel, para defender
a atualidade dos três ‘efes’, frequentemente referidos como os
"pilares" da ditadura do Estado Novo.
“Salazar não era adepto de fado, nem de futebol, mas
não há dúvida de que o regime utilizou, e bem, figuras como a Amália Rodrigues
e o Eusébio”, afirma a historiadora em entrevista à agência Lusa, lembrando que
o homem que liderou Portugal entre 1933 e 1968, manteve com a Igreja “uma
relação cordial, mas nunca de grande proximidade”.
Com o país envolvido numa guerra colonial, a ‘colagem’
do Estado Novo ao desporto surge nos anos 60, numa “fase
em que Salazar está envelhecido, amargurado e enredado numa guerra
desgastante em África”.
“Salazar não gostava de multidões, não era um ditador
carismático como Hitler ou Mussolini”, refere a investigadora, considerando que
“a ditadura não foi nada boa para o desporto, que é sempre uma via de afirmação
social das camadas mais populares”. https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/portugal-do-seculo-xxi-continua-a-ser-pais-de-fatima-futebol-e-fado
O mito dos
três efes
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