TRANSCENDE-TE E SÊ DIVINO,POR INSTANTES, CONTEMPLA, SE
PUDERES, O CENÁRIO IMPAR DAS GIESTAS EM FLOR - ALÉM DA PRIMAVERIL FLOR DA
AMENDOEIRA -Vive o silêncio introspetivo da tua alma e transcende-te na quase
invisibilidade com a tua aura porque todas as cores existem no arco-íris quando
o céu se ilumina de Luz ou quando as trevas desaparecem e as auroras
desabrocham sublimes de brilho e claridade - Sim, acalma-te que a vida humana é
o maior milagre divino e não surgiu por obra do acaso!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
domingo, 24 de fevereiro de 2019
Portugal e os três efes: Futebol, Fado e Fátima – Vistos pela sensibilidade artística de Arlindo Homem – Exposição fotográfica na Casa Quinhentista Manuel Guimarães, em Tomar. Não adie o prazer de visitar um conjunto de excelentes trabalhos do fotojornalista que soube captar a mais apaixonante trilogia dos portugueses - Além do seu riqussimo folclore e de outras tradições - O FACEBOOK - a moda universal - que, nesta exposição, veio mais em jeito de apresentação e a lembrar os muitos admiradores e amigos que o seguem nesta rede social e o especial destaque, carinho e atenção que conferem ao seu talento artístico
Jorge Trabulo Marques - Jornalista e foto-jornalista -
Abriu ao
público, neste último sábado à tarde, a exposição de Arlindo Homem, patente na
Casa Manuel Guimarães, em Tomar de 23 a 31 de Março - Ponto obrigatório, nesta cidade para quem goste de admirar a arte fotográfica e poder ver ou certificar-se, através de um conjunto de excelentes imagens, de como, um país de vários séculos de história, situado no extremo mais ocidental da Europa, de costas para o velho continente mas de peito aberto aos confins do eterno azul do oceano, sim, COMO “O PORTUGAL DO SÉCULO XXI CONTINUA A SER PAÍS DE FÁTIMA, FUTEBOL E FADO - AGORA ACRESCIDO COM OS APANHADOS DA MODA UNIVERSAL DO FACEBOOK
“O olhar do fotógrafo Arlindo Homem com instantâneos únicos que espelham bem a sociedade portuguesa atual. Cada fotógrafo tem um olhar específico. No caso de Arlindo Homem, fotojornalista há 20 anos, realço a sua capacidade de captar a essência num instante, dada a sua sagaz intuição aliada à sua vasta experiência”, disse à agência Lusa João Nuno Reis, comissário da exposição.
O evento artístico, sublinhado com momentos musicais e de declamação poética por Joao Gomes, contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, além de outras personalidades, bem como de uma assistência entusiástica, composta por muitas pessoas amigas e admiradoras, e de outras pessoas atraídas pela curiosidade de contemplarem a exposição, dados os profundos laços que unem o conceituado fotojornalista a esta cidade, que para ele também tem sido a expressão do seu profissionalismo e a grande paixão pela fotografia, de que se destacam os seus muitos tesouros históricos e os famosos tabuleiros de Tomar, que ele, tão majestosament, tem sabido fotografar..
Uma vez mais, pois, o meu abraço amigo e os meus parabéns pela excelente mostra que ali expuseste naquele espaço pelo qual perpassam também memórias de um património arquitetónico, já bem antigo.
Obrigado, pois, pelos momentos de surpreendente beleza, com que ali pude rever e contemplar a tua arte. Mas agora de forma ainda mais bela e expressiva, pois sabes bem, como eu, que uma boa imagem, em tamanho pequeno, por mais qualidade que tenha, é sempre uma pequena fotografia, dificilmente poderá transmitir a verdade da emoção que o instante perpetua, senão quando sublinhada a uma dimensão mais próxima do real.
Claro que toda a mostra fotográfica não foi em tamanho muito grande ou monumental, pois, se assim fosse e o espaço o não permitisse, naturalmente que terias de expores menos fotografias e a incorreres no risco de perderes em variedade documental, porém, a dimensão com que ali expuseste os teus belos trabalhos, creio que foi a bastante, em painéis de lúcida harmonia, em colunas de silèncio e palmas ou de imbilidade esplendorosa, para dares ao observador a oportunidade de poder contemplar, de forma sóbria mas iluminada de frémito ou de vibrátil tranquilidade, a feliz fusão da luz, a força da emoção e a pureza íntegra da perpetualidade de um tempo específico, de como eternizaste o mágico clique ou o sortilégio e a fixidez do intacto instante em memória de linguagem perpétua e o estilo inconfundível e enquadrado do seu autor
O GOSTO DE CONTAR HISTÓRIAS ATRAVÉS DE IMAGEM E DE SENTIR AS PESSOAS FELIZES QUANDO AS CONTEMPLAM
“O olhar do fotógrafo Arlindo Homem com instantâneos únicos que espelham bem a sociedade portuguesa atual. Cada fotógrafo tem um olhar específico. No caso de Arlindo Homem, fotojornalista há 20 anos, realço a sua capacidade de captar a essência num instante, dada a sua sagaz intuição aliada à sua vasta experiência”, disse à agência Lusa João Nuno Reis, comissário da exposição.
João Gomes . - Momentos de poesia |
O evento artístico, sublinhado com momentos musicais e de declamação poética por Joao Gomes, contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, além de outras personalidades, bem como de uma assistência entusiástica, composta por muitas pessoas amigas e admiradoras, e de outras pessoas atraídas pela curiosidade de contemplarem a exposição, dados os profundos laços que unem o conceituado fotojornalista a esta cidade, que para ele também tem sido a expressão do seu profissionalismo e a grande paixão pela fotografia, de que se destacam os seus muitos tesouros históricos e os famosos tabuleiros de Tomar, que ele, tão majestosament, tem sabido fotografar..
A exposição reúne 21 fotografias, de 50X70 centímetros, todas
a cores, que refletem o trabalho do fotojornalista, nas áreas do futebol, da
religião católica e da música em Portugal, entre 2011 e 2018- Designadamente
temas, como a seleção nacional de futebol, a peregrinação anual da
imagem N.S. de Fátima, o papa Francisco em Fátima, Gisela João, Marcelo Rebelo
de Sousa, João Baião, Áurea, Luísa Amaro ou a romaria de N.S. da Agonia, em
Viana do Castelo integram a exposição
Fui uma das pessoas que tive o privilégio de partilhar do
caloroso e amistoso convívio, de fruir da intensa alegria e do encantamento proporcionado
durante a sessão inaugural da exposição fotográfica de Arlindo
Homem, abrilhantada por animados momentos musicais e de recitais de
poesia de muita verve e emoção.
Uma vez mais, pois, o meu abraço amigo e os meus parabéns pela excelente mostra que ali expuseste naquele espaço pelo qual perpassam também memórias de um património arquitetónico, já bem antigo.
Viajamos na mesma viatura de Lisboa a Tomar e vice-versa, com o teu irmão
e mais dois amigos: por tudo isso, foi uma tarde de sábado inesquecível!
- Conhecemo-nos nas lides do fotojornalismo no futebol, pelo que,
além de te ver fotografar, nos muitos momentos de amizade que partilhamos lado a
lado, junto aos relvados, pude comprovar o zelozo cuidado, o teu expotàneo empenho em cultivares uma saudável e
amistosa camaradagem, prenhe de simplicidade e de calorosa
sinceridade - E, curiosamente, além desta tua extraordinária faceta
humana, aquela preocupação, muito profissional e muito tua, em procurares os melhores ângulos na busca do regito das mais
expressivas imagens, quer no plano documental como artístico,
Obrigado, pois, pelos momentos de surpreendente beleza, com que ali pude rever e contemplar a tua arte. Mas agora de forma ainda mais bela e expressiva, pois sabes bem, como eu, que uma boa imagem, em tamanho pequeno, por mais qualidade que tenha, é sempre uma pequena fotografia, dificilmente poderá transmitir a verdade da emoção que o instante perpetua, senão quando sublinhada a uma dimensão mais próxima do real.
Claro que toda a mostra fotográfica não foi em tamanho muito grande ou monumental, pois, se assim fosse e o espaço o não permitisse, naturalmente que terias de expores menos fotografias e a incorreres no risco de perderes em variedade documental, porém, a dimensão com que ali expuseste os teus belos trabalhos, creio que foi a bastante, em painéis de lúcida harmonia, em colunas de silèncio e palmas ou de imbilidade esplendorosa, para dares ao observador a oportunidade de poder contemplar, de forma sóbria mas iluminada de frémito ou de vibrátil tranquilidade, a feliz fusão da luz, a força da emoção e a pureza íntegra da perpetualidade de um tempo específico, de como eternizaste o mágico clique ou o sortilégio e a fixidez do intacto instante em memória de linguagem perpétua e o estilo inconfundível e enquadrado do seu autor
Pois, como disse, ambos fazemos fotojornalismo, uma faceta que vim juntar ao de
repórter e de jornalista da imprensa e da rádio, desde há 40 anos, pelo que,
embora conhecendo o nível poético e artístico dos seus trabalhos, ou
mesmo a espontaneidade e os prodigiosos flagrantes, o registo espetacular
ou documental quando as situações o proporcionam e que tu sabes captar de forma
muito tua, inteligente e singular, sim, a sensibilidade intuitiva e genial, que aflora à retina do teu olhar, em fixares a suprema metamorfose da luz e de a transformares em perpetua e apoetótica matriz ou partitura do tempo passado com o tempo perene ou presente, ao misto e latejante sentido ou sopro de oportunidade, ali constatei, sem margem para dúvidas, como és capaz de perpetuar a quietude ou o esplendor do instante e traduzi-lo
em singular beleza e arte, quer na multiplicidade dos enredos do quotidiano,
quer do espetáculo desportivo, musical ou teatral, quando não mesmo do
imprevisto acidente, a pose e o retrato de pessoas ou coisas, as
expressões mais bem conseguidas das nossas tradições musicais, profanas e
religiosas, sim, em todas essas díspares vertentes, pude comprovar que, o
Arlindo Homem, é, sem dúvida alguma, um grande profissional da fotografia e
um Homem profundamente humano, místico, sensível e vertical.
O GOSTO DE CONTAR HISTÓRIAS ATRAVÉS DE IMAGEM E DE SENTIR AS PESSOAS FELIZES QUANDO AS CONTEMPLAM
Segundo Arlindo, “o interesse pela
fotografia, surgiu quando tinha 20 anos, num estágio na secção fotográfica da
BA3 em Tancos”, mas porque “a fotografia é contar histórias, fonte e registo de
memória, testemunhar momentos, fazer gente feliz… fotografia é paixão!” o
fotojornalista não mais parou. Em 1992, viu pela primeira vez, as suas fotos
serem incluídas no livro “Fátima 75 Anos” (Livro Oficial das Comemorações dos
75 anos do Santuário de Fátima). A partir daí as colaborações sucederam-se
sendo “O Peregrino da Esperança”, da Editora Prime Books, o mais recente livro
publicado a incluir trabalhos seus.
Arlindo Homem é fotojornalista
na Agência Ecclesia, e colabora com outras entidades como a Academia Portuguesa
de História, tendo fotografais suas publicadas em várias obras, entre elas,
“Marcelo Rebelo de Sousa/ O Presidente dos Afetos”, de Cláudia Sebastião, e
“Portugal Católico”, de José Eduardo Franco.
No discurso que proferiu, Rui Lavrador, destacou, que “numa jogada arriscada e em pleno contra-ataque perante as correntes fúteis que pairam no digital, como por exemplo o Facebook, Arlindo Homem mostra através do clique do seu olhar o quão mágico podem ser o Futebol, a Fé, o Fado e até…o Facebook”, acrescentando que “Futebol é paixão que salta do relvado para as bancadas. É juntar amigos e rivais numa junção de ideais e onde no final do jogo vence a amizade. A amizade por alguém que pode ser das maiores demonstrações de Fé que poderemos ter e na qual Fátima assume papel relevante em Portugal e no Mundo. Mundo que se rendeu e viu o Fado ser elevado a Património da Humanidade. As palavras dos poetas, os trinados das guitarras e a alma do Povo unem-se e transformam a mais simples realidade num mundo infinito de possibilidades. É esse mundo infinito de possibilidades que o Facebook também nos oferece. Separar o trigo do joio depende de nós”.
A EXPOSIÇÃO JÁ ESTEVE PATENTE EM OUTROS ESPAÇOS ONDE TEVE
IGUALMENTE CALOROSO ACOLHIMENTO
A imprensa conferiu-lhe especial destaque, de que citamos alguns excertos quer da que agora foi inaugurada: quer de anteiores, subordinadas aos temas: “Futebol, Fátima, Fado…e Facebook’, comissariada por João Nuno Reis, nasquais contou com excecional acolhimento.
A apresentação da exposição, neste último sábado em Tomar, esteve a
cargo de Rui Lavrador, diretor do
Infocul, , projecto no qual Arlindo Homem também colabora
No discurso que proferiu, Rui Lavrador, destacou, que “numa jogada arriscada e em pleno contra-ataque perante as correntes fúteis que pairam no digital, como por exemplo o Facebook, Arlindo Homem mostra através do clique do seu olhar o quão mágico podem ser o Futebol, a Fé, o Fado e até…o Facebook”, acrescentando que “Futebol é paixão que salta do relvado para as bancadas. É juntar amigos e rivais numa junção de ideais e onde no final do jogo vence a amizade. A amizade por alguém que pode ser das maiores demonstrações de Fé que poderemos ter e na qual Fátima assume papel relevante em Portugal e no Mundo. Mundo que se rendeu e viu o Fado ser elevado a Património da Humanidade. As palavras dos poetas, os trinados das guitarras e a alma do Povo unem-se e transformam a mais simples realidade num mundo infinito de possibilidades. É esse mundo infinito de possibilidades que o Facebook também nos oferece. Separar o trigo do joio depende de nós”.
Recordou a
ligação entre ambos, dizendo que “não é do Alentejo mas foi lá que os nossos caminhos se cruzaram.
Inicialmente distantes, as estradas em que cada um caminhava foram
aproximando-se e hoje damos os primeiros passos. O futuro…esse fica nas mãos de
Deus e na vontade de Fátima. Porque na peregrinação, mais importante do que os
passos, são os valores que carregamos. Cabe-nos nunca os perder”.
Depois de
recordar algumas das menções e prémios de carreira, relembrou que “Marcelo
Rebelo de Sousa, o presidente dos Afectos, e o Papa Francisco que de Afectos
promove a fé, são dois nomes maiores que sabem o que é ser ‘apanhado’ pelo
olhar, também ele, emocional de alguém que nem com a máquina na mão é muito
racional. O Clique é o momento em que o afecto dispara e o momento eterniza”.
Explicou ainda que “a sua inserção na equipa que lidero foi natural, sem planeamento
ou pedidos de parte a parte. Conheço-lhe as manhas, os defeitos e as virtudes.
Sei como elogiar ou criticar o que me apresenta. Sei como o guiar, porque ele
assim também o permite”, deixando o conselho aos presentes
e a todos os que visitem a exposição, “mais do que imagens, apreciem a Arte. Porque a Fotografia é a Arte
que não precisa de descrição e que dá a cada um a possibilidade de a descrever
consoante o que a alma capta”. https://infocul.pt/cultura/futebol-fatima-fado-e-facebook-de-arlindo-homem-inaugurada-em-tomar/
"Cada fotógrafo
tem um olhar específico. No caso de Arlindo Homem, fotojornalista há 20 anos,
realço a sua capacidade de captar o instante, dada a sua experiência e
desenvoltura técnica", disse à agência Lusa o comissário da exposição,
João Nuno Reis, técnico na área do Património Cultural.
Sobre o título escolhido, o comissário da mostra referiu
que "joga com um chavão conhecido 'Fado, Fátima e Futebol', a que se junta
o F de 'Facebook', a rede social onde tudo se discute e observa, e onde Arlindo
Homem divulga também o seu trabalho".
A exposição "privilegia a forma como capta o
instantâneo", disse João Nuno Reis, que citou algumas das fotografias
expostas, designadamente da seleção nacional de futebol, da peregrinação anual
da imagem N.S. de Fátima, em 2015, do papa Francisco em Fátima, em maio de
2017, da fadista Gisela João, a par de fotografias do atual Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, do ator João Baião, da cantora Aurea ou da
guitarrista Luísa Amaro,
A exposição inclui fotografias da romaria de N.S. da
Agonia, em Viana do Castelo, em 2016, do cortejo dos Tabuleiros, em Tomar, em
2017, de uma "corrida de touros de gala à antiga portuguesa", na
praça do Campo Prqueno, em Lisboa, em 2017, ou de um baile de máscaras, em
fevereiro último, no Palácio Pimenta, em Lisboa, a par de eventos oficiais como
as exéquias do ex-Presidente da República Mário Soares, no Mosteiro dos Jerónimos,
em janeiro do ano passado, ou a visita oficial dos reis de Espanha a Lisboa, em
novembro de 2016.
Arlindo Homem tem fotografias publicadas em vários
livros, entre os mais recentes cite-se "Fátima 1917-2017. 100 anos da
História das Aparições", de José de Carvalho, "Fátima sou
peregrino", de António Rego, "Fátima Lugar Sagrado Global", de
José Eduardo Franco e Bruno Cardoso Reis, e de "São Francisco de Paula. O
Santo Terrível como um leão", de Giovanni Sole.
Arlindo Homem é fotojornalista na área do desporto,
trabalhando entre outros meios, na agência noticiosa católica Ecclesia, e a
exposição vai estar patente até ao próximo dia 22. https://www.dn.pt/lusa/interior/fotografo-arlindo-homem-expoe-futebol-fatima-fado-e-facebook-em-lisboa-9327910.html
A recente vaga de emigração, motivada pela crise que o
país tem vivido, é também, segundo a historiadora, uma das razões que tem
contribuído para a atualidade da trilogia, uma vez que a religiosidade, o fado
e futebol “são fatores que remetem para a saudade de Portugal”.
Para os historiadores
Francisco Pinheiro e Ricardo Serrado, a ideia de que o “Portugal dos três efes”
era uma marca do Estado Novo é um mito. Os dois autores consideram que se trata
de uma criação recente, que nasceu no pós-25 de abril, com o objetivo de
associar o país salazarista a estes três fenómenos sociais – a época da mudança
de regime é, aliás, pródiga em trilogias, porque este foi também o momento de
Democratizar, Descolonizar e Desenvolver. – Excerto de https://portugaldostresefes.wordpress.com/o-mito-dos-tres-efes/
O QUE É DITO ACERCA DOS TRÈS EFS
Os três “efes” de há 50 anos, quando Paulo VI visitou
Portugal durante a ditadura do Estado Novo, modernizaram-se e Fátima apostou no
marketing, o fado procurou novos sons e o futebol profissionalizou-se.
“Fátima soube adaptar-se aos tempos através do
marketing, o fado evoluiu para novas sonoridades e o futebol
profissionalizou-se e tem conseguido conquistas importantes, como o recente
título europeu”, argumenta a historiadora Irene Flunser Pimentel, para defender
a atualidade dos três ‘efes’, frequentemente referidos como os
"pilares" da ditadura do Estado Novo.
“Salazar não era adepto de fado, nem de futebol, mas
não há dúvida de que o regime utilizou, e bem, figuras como a Amália Rodrigues
e o Eusébio”, afirma a historiadora em entrevista à agência Lusa, lembrando que
o homem que liderou Portugal entre 1933 e 1968, manteve com a Igreja “uma
relação cordial, mas nunca de grande proximidade”.
(…) Nos 50 anos das “aparições”, Paulo VI tornou-se no
primeiro papa a visitar o santuário de Fátima. Meio século depois Francisco
será o terceiro papa a marcar presença na Cova da Iria, depois de três visitas
de João Paulo II, e de uma de Bento XVI.
Com o país envolvido numa guerra colonial, a ‘colagem’
do Estado Novo ao desporto surge nos anos 60, numa “fase
em que Salazar está envelhecido, amargurado e enredado numa guerra
desgastante em África”.
As duas Taças dos Clubes Campeões Europeus
conquistadas pelo Benfica, nas épocas de 1960/1961 e 1961/1962, às quais se
somam três presenças em finais, e o terceiro lugar da seleção portuguesa no
Mundial de 1966, contribuíram de forma decisiva para a massificação do futebol,
“num regime avesso a espetáculos de multidões”.
“Salazar não gostava de multidões, não era um ditador
carismático como Hitler ou Mussolini”, refere a investigadora, considerando que
“a ditadura não foi nada boa para o desporto, que é sempre uma via de afirmação
social das camadas mais populares”. https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/portugal-do-seculo-xxi-continua-a-ser-pais-de-fatima-futebol-e-fado
O mito dos
três efes
Quase como se fosse uma verdade
inquestionável, há quem diga que Portugal é um país de “três efes” – Fátima,
Futebol e Fado. A ideia surge frequentemente associada ao Estado
Novo. Diz-se que Salazar uniu os portugueses em torno da religião
católica, além de ter impulsionado o Futebol, sobretudo através das conquistas
do Benfica e do Sporting, e de ter mantido uma relação próxima com Amália
Rodrigues, maior expoente do Fado.
domingo, 17 de fevereiro de 2019
BIBI “PIAF” - 1988 - O MUSICAL QUE ATRIZ E CANTORA, BIBI FERREIRA, CONSAGROU NO BRASIL E EM PORTUGAL- ENTREVISTA E OS SONS NA ESTREIA DA SUA PEÇA NO TEATRO DO CASINO ESTORRIL MEU TRIBUTO À DIVA DO MUSICAL DA LÍNGUA PORTUGUESA – 0 Adeus 96 anos
JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
MEU TRIBUTO À DIVA DO MUSICAL DA LÍNGUA PORTUGUESA – 0 Adeus aos 96 anos – Partiu para a eternidade, mas o seu legado artístico, o seu talento e seu estilo invulgar, também continuará a brilhar no firmamento das mais brilhantes estrelas da canção e do teatro
REGISTO GRAVADO EM 1988 - EXCERTOS -
De seu nome,
Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, nascida no
Rio de Janeiro, em 1 de junho de 1922,
cidade onde faleceu em 13 de Fevereiro
de 2019 - De ascendência portuguesa,
espanhola, a sua longa carreira, consagrou-a como umas das atrizes mais admiradas do seu pais,
quer como intérprete das mais diferentes personagens, quer como cantora,
apresentadora e compositora:
“O teatro é um jogo: é sempre uma incógnita: é tomar uma
caravela e ver se há terra no outro lado; a gente faz a coisa para
o sucesso mas nunca se sabe se vai agradar”
- Declarou-me, em 1988, a legenda
do musical e dos palcos do Brasil
, momentos antes da estreia da sua peça
Edith Piaf, no teatro do Casino Estoril, após um grande sucesso pelo seu
país.
Jorge Trabuo Marques - Jornalista~- Antigo repórter da R´´adio Comercial-RDP
ALGUNS DOS DADOS BIOGRÁFICOS DIVULGADOS PELA IMPRENSA
Jorge Trabuo Marques - Jornalista~- Antigo repórter da R´´adio Comercial-RDP
GLOBO "Ela amanheceu normal, acordou tomou seu
café da manhã e tudo. Depois ela só se queixou que estava se sentindo um pouco
com falta de ar. Então como tem enfermeira, tem tudo, tiramos a pressão, o
pulso estava fraco. Imediatamente chamamos o Pró-Cardíaco. Eles vieram muito
rápido, muito rápido mesmo, ambulância, médico, tudo, mas quando chegaram ela
já tinha partido. Ela morreu dormindo, tranquila", explicou Tina.
A Secretaria
Estadual de Cultura e Economia Criativa informou que o velório vai ser no
Theatro Municipal do Rio. A cerimônia, aberta ao público, ocorre de 10h às 15h.
Depois, o corpo de Bibi deve ser cremado. – MAIS PORMENORES EM Bibi Ferreira, diva dos musicais brasileiros, morre aos 96
anos
BIBI FERREIRA, A MAIOR ESTRELA DO TEATRO,
LUSO-BRASILEIRO, PARTIU PARA A ETERNIDADE AOS 96 ANOS - ENTREVISTEI-A HÁ 31 ANOS - POR UM ESTRANHÍSSIMO MAS COMOVENTE ACASO, DOIS DIAS DEPOIS DA SUA
MORTE, DESCOBRI O REGISTO NO MEU VASTO ARQUIVO,
DE REPÓRTER NA EXTINTA RÁDIO COMERCIAL-RDP
Tal como foi
noticiado, Bibi Ferreira, diva dos musicais brasileiros, atriz, diretora,
cantora, compositora e apresentadora morreu em seu apartamento, no Rio de
Janeiro, no passado dia 13 de Fevereiro, no seu apartamento na zona sul do Rio
De seu nome completo Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreir, nascida no Rio
de Janeiro, em 1 de junho de 1922, cidade donde partiria para a eternidade - De
ascendência portuguesa, espanhola e argentina. Era filha da bailarina Aída
Izquierdo e de Procópio Ferreira, artista que
brilhou por décadas no teatro e nas telas. –
Curiosamente, tenho um amigo, com este
nome, nascido em Castelo Melhor, do concelho de V. Nova de Foz Côa – Quem sabe
se não haverá por ali algum rasto familiar.
ESTRANHA COINCIDÊNCIA
Dois dias da sua morte, descubro a
gravação, não sei porque estranha coincidência - Quando procedia à digitalização
de algumas entrevistas e apontamentos de reportagem do meu vasto arquivo, como
repórter da Rádio Comercial, deparo com a entrevista e o registo do espetáculo, em que
foi cabeça de cartaz, em 1988, no Teatro do Casino Estoril
De seguida, vou ao meu computador, ver se
ainda era viva, quando descubro que tinha falecido há dois dias - Confesso, que,
além de emocionado, me questionei de tão invulgar acaso. – Mas, enfim, não se
sabe como e porquê. serão, por certo, das tais coincidências, que o fundo das memórias
do subconsciente vai buscar para depois subirem ou aflorarem à tona do consciente,
Residindo, nessa altura, num andar próximo do Casino Estoril, com a minha companheira
Elizabeth – nascida numa antiga colónia francesa - e , tendo recebido um amável convite do meu
amigo Dr. Lima de Carvalho, aproveitámos para assistir à estreia do espetáculo de Bibi Ferreira ,tanto mais
que tinha como principal personagem do peça, a vida de Edith Piaf, um dos mais notáveis ícones
da música francesa, tendo, por isso, gravado
uma boa parte do mesmo espetáculo – Porém, dada a sua extensão, para o editar
no Youtube, tive que lhe fazer alguns
cortes, uma vez que a versão inicial só aceitava o som e não o peso das imagens..
VAI EM 31 ANOS QUE BIBI FERREIRA APRESENTOU EM PORTUGAL O
ESPETÁCULO "PIAF" DE PAM GEMS., COMO CABEÇA DE CARTAZ
Depois de ter se apresentado muitas vezes em Lisboa,
nomeadamente no Parque Mayer (55-60), a grande atriz Bibi Ferreira volta a
Portugal, EM 1988.. Contracenando com Henriqueta Maya - Helena Isabel – Carlos Quintas-
Vitor Ribeiro – Norberto Barroca – Dulce Guimarães – Diogo Dória – Nuno Melo - Luis Aleluia - Luís Vicente e Luís Esparteiro
Volta, uns anos depois, com
outro espetáculo onde recorda os maiores
sucessos de Edith Piaf - Bibi Canta Piaf
- que teve uma curta série no Teatro
Tivoli
Em 2012, ano
em que comemora 90 anos, Bibi Ferreira protagoniza um espetáculo onde
lembra as grandes comédias musicais que fez. Depois segue com um passeio
pela música popular brasileira, apresentando canções de diversos géneros e
décadas, desde o repertório romântico de Elizeth Cardoso à música de
Sergio Ricardo, passando por Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Chico Buarque
e Paulo Pontes, entre outros. Destaque ainda para a interpretação de temas
de Amália Rodrigues e de Edith Piaf, outra grande mulher vivida em palco
por Bibi Ferreira.
ESTES OS
ESPETÁCULOS EM QUE PARTICIPOU EM LISBOA– NA DÉCADA 50/60
1957 —
"Há Horas Felizes!" - Teatro Variedades[3]
1957 —
"Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória[4]
1958 —
"Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória[5]
1958 —
"Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória[6]
1958 —
"Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória[7]
1959 —
"Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória[8]
1959 —
"Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória [9]
1960 —
"Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória [10
ALGUNS DOS DADOS BIOGRÁFICOS DIVULGADOS PELA IMPRENSA
PÚBICO -(...) Abigail Izquierdo Ferreira nasceu no Rio
de Janeiro, em 1922. Aos três anos entrava já num espectáculo a cantar
zarzuelas em espanhol, integrada na companhia Revista Espanhola Velasco, onde a
mãe trabalhava como bailarina. Cantou ainda em óperas e bailados e chegou a
fazer parte do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, antes de
ir estudar para Londres, onde se dedicou às artes dramáticas.
Em 1936 estreou-se no cinema, no
filme Cidade-Mulher, de Humberto
Mauro, em que cantava o samba Na Bahia, de Noel Rosa e José Maria de Abreu. A sua última
participação no grande ecrã, foi a fazer de si própria em O teatro na Palma da Mão (2011), de
Flávio Rangel.
Na televisão, participou na
minissérie Marquesa
de Santos (1987),
de Wilson Aguiar Filho, personificando a rainha Carlota Joaquina.
Em 1941, estreou no Brasil a peça
cómica La
Locandiera,
de Carlo Goldoni, protagonizando Mirandolina. Três anos depois fundou a sua
própria companhia, na qual fez Sétimo Céu. Deu ainda aulas de interpretação e
direcção no Teatro Duse e na Fundação Brasileira de Teatro, no Rio de Janeiro,
na década de 1950. - Excerto
Bibi
Ferreira cantou ainda em óperas e bailados e chegou a fazer parte do Corpo de
Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, antes de ir estudar para Londres,
onde se dedicou às artes dramáticas.
Em
1936 estreou-se no cinema, no filme “Cidade-Mulher”, de Humberto Mauro, em que
cantava o samba “Na Bahia”, de Noel Rosa e José Maria de Abreu.
A
última participação de Bibi Ferreira no grande ecrã, foi a fazer de si própria
em “O teatro na palma da mão” (2011), de Flávio Rangel.
Na
televisão participou na minissérie “Marquesa de Santos” (1987), de Wilson
Aguiar Filho, personificando a rainha Carlota Joaquina.
Em
1941, estreou no Brasil a peça cómica “La Locandiera”, de Carlo Goldoni,
protagonizando Mirandolina.
Três
anos depois fundou a sua própria companhia na qual fez “Sétimo céu”.
Bibi
Ferreira deu aulas de interpretação e direção no Teatro Duse e na Fundação
Brasileira de Teatro, no Rio de Janeiro, na década de 1950.
Em
1957, trouxe o seu repertório de revista para Portugal, apresentando-se no
Parque Mayer, com “Horas Felizes” e “Curvas perigosas”, no Teatro Variedades e
no Maria Vitória, respetivamente.
No
ano seguinte, continuou no Parque Mayer, em Lisboa, para protagonizar três
comédias no Teatro Maria Vitória, entre as quais “Com o amor não se brinca” e,
em 1959, no mesmo teatro, protagonizou dois sucessos: “Encosta a cabecinha e
chora…” e “Tudo na Lua”.
“Taco
a taco”, de novo no Maria Vitória, em 1960, foi a última peça que a atriz
representou no Parque Mayer.
Bibi
voltou ao Brasil em 1960 e começou a trabalhar com a televisão, em teleteatros
como o que apresentava no programa Bibi ao Vivo, da TV Tupi.
Na
década seguinte, em plena ditadura, dirigiu Maria Bethânia e Ítalo Rossi, Paulo
Gracindo e Clara Nunes, no musical “Brasileiro, Profissão: Esperança”, no Rio
de Janeiro.
Em
1975, estreou “Gota d’Água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes, pelo qual recebeu
os prémios Molière e Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA), ao
interpretar Joana.
“Deus
lhe pague”, onde contracenou com Walmor Chagas e Marília Pera, entre outros,
foi outro dos espetáculos que representou, mas foi “Piaf, a vida de uma estrela
de canção”, estreado em 1983, o espetáculo mais coinhecido de Bibi Ferreira.
Na
década de 1990, voltou ao palco com “Brasileiro, Profissão: Esperança” e a um
musical dedicado à cantora francesa.
Em
1996, foi homenageada no Prémio Sharp de Teatro. Três anos depois dirigiu a
“Carmen”, de Bizet.
“Bibi
vive Amália” foi a peça escrita pelo português Tiago Torres da Silva que Bibi
Ferreira protagonizou numa homenagem a Amália Rodrigues, em 2001, no Centro
Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e numa digressão pelo Brasil.
Em
novembro de 2012, apresentou-se de novo em Lisboa, num espetáculo integrado no
Ano do Brasil em Portugal”, no qual interpretou temas variados de
repertório brasileiro, sem esquecer de novo as canções de Amália.
Fez a digressão de despedida em 2017, “Bibi, por toda a minha vida”.
Ao longo da carreira Bibi Ferreira recebeu perto de 30 prémios, entre os
quais, por quatro vezes, o principal galardão para teatro de imprensa do Brasil
e, por duas vezes, o prémio Molière, do seu país. Morreu Bibi Ferreira - PT Jornal
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
O ASSALTO AO CARRO CELULAR DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE LISBOA, QUE IA LEVAR RECLUSOS AO HOSPITAL DE CAXIAS – Nos anos 80 - Enquanto o guarda dorme, o marginal imagina na cabeça para ver qual é o programa fuga e a coisa realmente realiza-se! - CONFISSÕES DE UM DOS CÚMPLICES, REVELA OS DETALHES DO PLANO QUE ACABARIA POR PROVOCAR A MORTE DE UM GUARDA PRISIONAL E VÁRIOS FERIDOS COM GRAVIDADE - Entrevista divulgada pela primeira vez
JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
LIVRO AO LADO – Com entrevistas de minha autoria mas não aquela que AQUI revelo pela primeira vez
Título: Cadernos de Reportagem Fevereiro/ Março 1984
"Quando mato alguém fico um bocado deprimido"
Criminosos entrevistados na cadeia por Jorge Trabulo Marques
Direcção Fernando Dacosta
Relógio D'Água Editores Lda
"Quando mato alguém fico um bocado deprimido"
Criminosos entrevistados na cadeia por Jorge Trabulo Marques
Direcção Fernando Dacosta
Relógio D'Água Editores Lda
Dir-se-ia que entrevistei a nata do crime portuguesa, além de um elemento da ETA, em Las Palmas : Desse lote destaco as que fiz a Manuel Alentejano, Muleta Negra, Dragão, Zé da Tarada e muitos outros tarados - Um dos quais me encostou o cano da pistola à garganta à saída do metro dos Restauradores: "eu sou o pai do rapaz que tu entrevistaste quando foi apanhado a roubar numa montra" - Sim, era verdade, numa rusga à civil que acompanhei com a PSP) - "Perdoo-te porque gostei da entrevista que me fizeste num dia de Natal"
Mas não só entrevistei cadastrados; no meu arquivo ainda guardo o registo de centenas de entrevistas a pessoas anónimas, sob os mais variados pretextos e às mais diferentes personalidades . Incluindo as mais altas patentes militares - num convívio da Academia Militar
A entrevista que hoje aqui divulgo, pela primeira vez, era para ser incluída no apontamento que ontem dediquei ao dia mundial da Rádio, tendo optado por editar a a que fiz ao Rui Veloso, nos anos 80
A CRIMINALIDADE VIOLENTA BAIXOU EM PORTUGAL - Ainda bem
Referem noticias de que a "Criminalidade em Portugal baixou "significativamente" – Mas nos anos 80, a violência criminosa, deixou rastos das piores memórias, notabilizou-se pelos episódios mais graves e insólitos: desde fugas maciças das cadeias a assaltos armados e mortíferos a carros celulares – Entrevistei alguns desses perigosos figurantes: entre os quais um dos cúmplices do assalto à carrinha celular e o autor da fuga de Alcoentre - DN A última evasão prisional, de dois presos de Leiria, parece uma brincadeira quando comparada com a maior fuga coletiva, de 124 presos, em 1978, ou a dos Cavacos de Pinheiro da Cruz, em 1986” - . – E é verdade
CONFISSÕES DE UM DOS AUTORES DA FUGA E MORTE NO ASSALTO AO CARRO CELULAR , REVELA OS
DETALHES DO PLANO QUE ACABARIA POR PROVOCAR A MORTE DE UM
GUARDA PRISIONAL E VÁRIOS FERIDOS COM GRAVIDADE - Entrevista
divulgada pela primeira vez
A ENTREVISTA, não chegou a ser
transmitida na extinta Rádio Comercial-RDP, onde era repórter, em virtude
de, uns dias depois, ter sido procurado
pela mesma pessoa, com ameaças de morte, para não o fazer.
“Houve ali dinheiro, pá!
Umas massas e coisa e tal! E um planeamento!.. O Garrido, o guarda, não era
para ser morto! Não era para ser morto ninguém! É pá! Lamento!!.. Nunca matei
ninguém! Nunca roubei ninguém! Passei uns cheques sem cobertura, sim senhor! É
pá! Mas a coisa tinha que se dar!... Porque havia alguém internacional! Neste caso era o Kadir!... O Kadir era
um rapaz com quem eu me dava bem dentro da cadeia! Magnificamente Era um gaijo simpático!
Toda
a malta sabe como é que isso se processa!.. Os estrangeiros são totalmente diferentes
dos Portugueses! Não compreendem a nossa língua! Abanam a cabeça, como o chinês
Enquanto o guarda dorme, o
marginal imagina na cabeça para ver qual é o programa fuga e a coisa realmente
realiza-se! Isto não quer dizer que os guardas são otários! É tão otário o
preso, como é otário o guarda!... É assim mesmo! Mas, de qualquer das maneiras,
a coisa realizou-se! Houve mortes, realmente! Eu ainda tratei o motorista! Que
levou duas balas!
Mas você creia numa coisa! É que, os
Serviços prisionais, não vivem só de palavras! Não vivem só de irem à TV a dizer meia dúzia de larachas, como eu já assisti
ao Sr. Dr. Fernando Duarte, que é uma pessoa que eu considero muito!, - parece-me
a mim que está afastado do serviço – para
irem lá falar da escola de Leiria, pá!
Isso não interessa!
O que interessa é que, os serviços, quando
ponham um recluso em liberdade!
Ponham-no mesmo a sério com garantias! Para um quarto e com alimentação e que o
trabalho seja mesmo a sério! Não é só aquele papel de trabalho fuleiro! – Como a
gente diz: que é da padaria do sr. fulano tal!.
A malta passa fome! A malta não tem dinheiro
e é necessário voltar a roubar para comer e para beber
Mas o que lhe digo uma coisa! É que, o Diretor
que a Penitenciária tem, que a malta chama na gíria, o Leão da Estrela!...não é
gajos para essas, pá!
Também há lá muita gente que não prejudicou a sociedade e há muita gente
cá fora, que anda a passear de autocarro
É um problema muito grande quando os
reclusos sabem o dia das consultas! E a partir daí começaram a fazer o plano! E transmitiram para as pessoas o dia, que o
carro celular saía.. Então eles, através daquelas gradezinhas, introduziam um
papelzinho ! Punham uma indicação no carro em que eles iam
Eu acho que os serviços prisionais nunca devem
indicar a ninguém qual é o trajeto do carro celular! Eu vou-lhe explicar
porquê? É necessário falar com os
médicos para que as consultas não sejam marcadas nos mesmos dias: cirurgia à terça!
Oftalmologia! Porque a malta cá fora
sabe!
Ainda bem que, a criminalidade violenta diminuiu,
porém, há outro fenómeno que recrudesceu: o extremismo racial e religioso, em
toda a parte: e sem distinção de cor.
Recentemente, o Ministro
da Administração anunciou, no Parlamento, uma descida considerável no número de
crimes violentos e graves
Portugal tem vindo a ser reconhecido como um
dos países mais seguros do mundo e 2018 reforçou essa tendência com uma nova
baixa muito significativa, perto de 9%, dos últimos valores ainda não finais
disponíveis, da criminalidade violenta e grave”, disse Eduardo
Cabrita. https://tvi24.iol.pt/sociedade/crime/criminalidade-em-portugal-baixou-significativamente
Guarda prisional “conheceu
os piores criminosos de Vale de Judeus – Eu entrevistei alguns deles em várias
cadeias.
Real
Soares foi guarda prisional durante 30 anos. Testemunhou uma grande fuga,
privou com homicidas e tentou controlar traficantes de droga. Vive perto da
cadeia, mas não quer abandonar Alcoentre. “Esta já é a minha casa”, confessou a
O MIRANTE
(…) Está reformado há dez
anos, mas Tina, a esposa, ainda trabalha no refeitório daquele que já foi
considerado o estabelecimento prisional mais seguro do país.
´”E verdade que lidou com os
reclusos mais perigosos, mas gosta de recordar os “bons rapazes”: muitos deles
criminosos condenados a penas pesadas, mas que as cumpriam sem tiques de
submissão. “Ainda tinham vida dentro deles e refilavam...”. Mas Real Soares não
era o guarda “bacano”: “Verbalmente eu podia ser bastante duro, mas não gostava
de complicar. Havia quem gostasse de o fazer”.
Por isso, aconteciam os motins... “Há muita tensão dentro das cadeias. Lembro-me que existia um chefe que obrigava os reclusos a andarem com o colarinho apertado mesmo em dias de muito calor, quando isso nem sequer estava no regulamento”.
(…) violência
sempre existiu, assim como a violação dos novos que chegavam: “Não havia muito
que pudéssemos fazer. A não ser que eles se queixassem e, claro, eles não se
queixavam, com medo de represálias”. Os dramas e os terríveis episódios da vida
dentro da cadeia, Real Soares sempre deixou do lado de fora de casa. “Não eram
coisas que eu gostasse de contar à mesa de família”. Contou-as num livro que
chamou “30 anos de vida nas prisões e outras estórias”, uma edição de autor,
que ofereceu aos amigos.
Em três décadas, conheceu
a “pior geração de bandidos”, ali a meio dos anos 80, mas também a passagem
para outra realidade - a do tráfico de drogas. “Conheci homicidas, mas estes
geralmente cumprem as regras da prisão. Os traficantes são um conflito em si
mesmos”.
Fugitivos foram beber café e
regressaram à cadeia - Dos 124 reclusos que escaparam pelo túnel, a grande
maioria foi capturada nos dias que se seguiram à fuga. “As pessoas de Alcoentre
garantem que alguns deles até foram tomar café e regressaram, pelo túnel, à
prisão”. Um dos locais por onde um dos fugitivos terá passado foi precisamente
o Café Ponderosa, ao km 57, na EN1. “Só os cabecilhas da fuga é que tinham tudo
planeado e meios para desaparecerem, uma vez cá fora. Alguns, ainda hoje, não
se sabe para onde foram nem o que lhes aconteceu”, conta Real Soares. https://omirante.pt/semanario/2016-09-15/sociedade/2016-09-15-Ele-conheceu-os-piores-criminosos-de-Vale-de-Judeus
A
maior fuga de sempre envolveu 124 presos e um túnel de 35 metros
A última
evasão prisional, de dois presos de Leiria, parece uma brincadeira quando
comparada com a maior fuga coletiva, de 124 presos, em 1978, ou a dos Cavacos
de Pinheiro da Cruz, em 1986. https://www.dn.pt/portugal/interior/a-maior-fuga-de-sempre-envolveu-124-presos-e-um-tunel-de-35-metros-4229652.html
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