RETRIBUIÇÃO -
Jorge Trabulo Marques - Jornalista, fotógrafo e investigador
JOÃO DE DEUS - ORAÇÃO
Olha por ela tu, dos céus que habitas,
Do mundo oh Criador!
Ampara o lírio delicado e frágil,
Ampara a débil flor!
Do manto que te envolve e donde pendem
Sóis sem conto, dos céus,
Ela baixou à terra, estrela tua,
Anjo dos anjos teus.
Exalaste-a do seio à terra ingrata
Num suspiro de amor:
Ou na terra a protege, ou sobre nuvens
Volva a teu seio, Senhor!
Não permitas que a dor seus lábios murche,
Senhor, que és Deus e Pai!
Senhor, a cujo hálito vacila
O mundo, e o cedro cai.
Ah nunca os olhos seus lágrimas turvem
De acerba ansiedade,
Nunca, Senhor, por til que em sóis te firmas
Dos céus na imensidade.
Se o raio que as nuvens sobre nós disparam
Veloz rasgando os ares
À voz tua, bom Deus, lá vai sumir-se
Nas entranhas dos mares;
Se à flor, filha do Sol, que à luz só vive,
A luz mandas, oh Deus!
E saudoso no Céu, na glória esperas,
Bom Pai, os filhos teus;
Do mundo oh Criador, que o mundo abranges
Dentro em tua clemência,
Ampara o lírio delicado e frágil,
Protege a inocência !
IN - CAMPO DE FLORES
AO NASCER DO SOL DO EQUINÓCIO DA PRIMAVERA 2019 - NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DA CABELEIRA DE NªSRª
VAMOS LER ALGUNS DO SEUS BELOS POEMAS - DÊ-NOS O PRAZER DA SUA PRESENÇA - EM TROCA CONTEMPLARÁ O BRILHO SOLAR NUM DOS MAIS MARAVILHOSOS CALENDÁRIOS PRÉ-HISTÓRICOS
Casa Museu João de Deus destaca Pessoa e Maria da Luz de Deus Ramos em
Julho e Agosto
A Casa Museu João de Deus prossegue com a sua programação
regular durante o mês de Julho e Agosto, apresentando, também, uma exposição do
artista plástico Luís Liberato e continuando a dar destaque à obra de Fernando
Pessoa e a Maria da Luz Deus Ramos.
A dinamização de um ciclo comemorativo sobre Fernando Pessoa,
exposição documental “Nós, os de Orpheu”, continuará disponível para visita do
público até dia 16 de Julho, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
A homenagem a Maria da Luz de Deus Ramos, neta do poeta e
pedagogo João de Deus, integrada na atividade “Cultura e Pedagogia” continuará
patente até dia 26 de Julho, através da exposição “Maria da Luz de Deus Ramos 1
vida 1 obra – excertos biográficos”.
Esta mostra pretende enaltecer e destacar esta personalidade
ligada à região do Algarve, ao concelho de Silves e à freguesia SB Messines –
terra Natal do seu avô – destacando e relembrando o seu importante papel na
criação dos lugares de memória do pedagogo (com destaque para o monumento
escultório de Raúl Xavier, o Jardim Escola João de Deus e a Casa-Museu).
Esta atividade integra as comemorações do centenário do
nascimento de Maria da Luz de Deus Ramos, referência no panorama nacional da
educação pré-escolar.
Por último e no âmbito das artes plásticas, terá lugar, no dia
01 de Agosto, a abertura da exposição “Sopro Vital” de Luís Liberato, pelas
18h30, na Casa Museu João de Deus. Esta exposição baseia-se em registos de
memórias com a contemporaneidade de técnicas mistas, deixando ao espetador a
visualização do imaginário.
Estas atividades são dirigidas ao público em geral.
Mais informações sobre a programação poderão ser recolhidas
junto da Casa Museu ou através do telefone 282 440 892 ou do email casamuseu.joaodeus@cm-silves.pt.
BIOGRAFIA - João de Deus
nasceu em São Bartolomeu de Messines em 8 de Março de 1830, filho de Isabel
Gertrudes Martins e de Pedro José dos Ramos, modestos proprietários dali
naturais e residentes. O pai, também comerciante, era conhecido entre os seus
patrícios por Pedro Malgovernado, não que merecesse o cognome pelo mau governo da
sua casa, mas pela facilidade em satisfazer as vontades dos filhos, com os
quais gastava mais do que podia.[2]
O seminário e os anos de
Coimbra
João de Deus era o quarto
de catorze irmãos, não lhe permitindo a situação sócio-económica da família
aspirar a uma carreira universitária. Estudou latim na sua terra natal e
ingressou no Seminário de Coimbra, então o único caminho para prosseguir
estudos aberto aos menos abonados. Em 1850, aos 19 anos de idade, não tendo
vocação para a vida eclesiástica, ingressou na Universidade de Coimbra como
estudante de Direito.[1]
Preferindo as belas artes
à ciência do direito, envolvido na vida boémia coimbrã, teve na universidade um
percurso académico conturbado, com diversas interrupções e reprovações por
faltas. Apenas se formou dez anos depois de ter ingressado, em 13 de Julho de
1859, e mesmo assim por instâncias e ameaças dos seus condiscípulos, entre os
quais se incluía a melhor intelectualidade da época.
Logo no ano de ingresso
na universidade revelou o seus dotes líricos, escrevendo versos que circularam
manuscritos no meio académico e com os quais obtinha modestos rendimentos que
ajudavam na sua parca subsistência. De 1851 conhece-se o poema Pomba e a elegia
Oração, a qual foi a sua primeira obra publicada, tendo saído a público na
Revista Académica em 1855, tendo merecido imediata aclamação pública.[1] –
Prossegue em https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Deus_de_Nogueira_Ramos
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