Jorge Trabulo Marques - Jornalista e filho desta terra



Pois, referem noticias de que “Por estes dias, Portalegre, Coimbra, Guarda, Bragança e Braga vão estar algumas horas sob temperaturas abaixo de zero; Porto, Castelo Branco, Évora e Beja vão descer (desceram) aos zero graus. A máxima será de 14 graus, em Faro, com Guarda a não passar dos 3º e Bragança dos 6º. Mas nenhuma capital de distrito se vai aproximar dos seus registos mais negativos.
Em Bragança, a temperatura
mínima tocou nos 7,7º abaixo de zero,
longe dos -12º em janeiro de 1945 ou dos -11,6º em fevereiro de 1983. Há três
anos, Mirandela, outra cidade de Trás-os-Montes, havia chegado aos -7,4º.
Refere ainda o público, que, Já nas Penhas Douradas,
em plena Serra da Estrela, registaram-se -5,8º nesta madrugada, a quinta
consecutiva abaixo de zero, mas nada de admirar para um inverno em Portugal.
“Estamos dentro dos padrões de temperatura para esta época do ano”, remata
Vanda Pires.
http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2018-02-06-Esta-um-frio-de-rachar--Normal-e-inverno
Que a vida foge é toda a ciência que eu
pude aprender, e tudo o mais mentira.
A flor que foi é flor que já morreu.
Do poeta Omar
Khayyam – - século
XII – Excerto da antologia “Poesia de 26
séculos, por Jorge de Sena
"Ah, encha a Taça: - de que vale repetir
Que o Tempo passa rápido sob nossos Pés:
Não nascido no amanhã, e falecido Ontem,
Por que angustiar-se frente a eles se o Hoje pode ser doce?"
Se uma rosa guardaste, no teu coração,
Se a um Deus supremo e justo endereçastes
Tua humilde oração, se com a taça erguida
Contaste um dia o teu louvor à vida:
Tu não viveste em vão!”
Se a um Deus supremo e justo endereçastes
Tua humilde oração, se com a taça erguida
Contaste um dia o teu louvor à vida:
Tu não viveste em vão!”


No ano de 1074 foi chamado por Malique Xá
I para reformar o antigo calendário persa, que deu um erro de um dia em 5000
anos. A reforma do calendário foi substituída mais tarde pelo calendário lunar
islâmico.
Nixapur suportou guerras e terremotos, e
em 1221 foi saqueada pelos mongóis. O túmulo de Omar Khayyam superou todas as calamidades
e está conservado até hoje. a. Excerto de https://pt.wikipedia.org/wiki/Omar_Khayyam
Pensamentos do mesmo poeta:
Daí a insistência do persa no uso do vinho. Bebe! Bebe! É toda a
sua filosofia prática. Não é o beber da alegria, que bebe por que mais se
alegre, por que mais seja ela mesma. Não é o beber do desespero, que bebe para
esquecer, para ser menos ele mesmo. Ao vinho junta a alegria a acção e o amor;
e há que reparar que não há em Khayyam nota alguma de energia, nenhuma frase de
amor. Aquela Sàki, cuja figura grácil entrevista surge (mas surge pouco) nos
rubbayat, não é senão a «rapariga que serve o vinho». O poeta é grato
à sua esbelteza como o fora à esbelteza da ânfora, onde o vinho se contivesse.
![]() |
A casa onde nasci |
A filosofia prática de Khayyam reduz-se pois a um epicurismo
suave, esbatido até ao mínimo do desejo de prazer. Basta-lhe ver rosas e beber
vinho. Uma brisa leve, uma conversa sem intuito nem propósito, um púcaro de
vinho, flores, em isso, e em não mais do que isso, põe o sábio persa o seu
desejo máximo. O amor agita e cansa, a acção dispersa e falha, ninguém sabe
saber e pensar embacia tudo. Mais vale pois cessar em nós de desejar ou de
esperar, de ter a pretensão fútil de explicar o mundo, ou o propósito estulto
de o emendar ou governar. Tudo é nada, ou, como se diz na Antologia Grega,
«tudo vem da sem-razão», e é um grego, e portanto um racional, que o diz. http://arquivopessoa.net/textos/1772 .https://pt.wikipedia.org/wiki/Omar_Khayyam
De Carmina Burana – séc. XII e XII
Nu taberna quando estamos.
De mais nada nós curamos,
Que
do jogo que jogamos,
Mais cio vinho que bebemos.
Quando juntos na taberna,
Numa confusão superna ,
Que fazemos nós por lá?
Não sabeis? Pois ouvi cá.
Nós jogamos, nós bebemos,
A tudo nos atrevemos.
O que ao jogo mais se esbalda
Perde as bragas , perde a fralda,
E num saco esconde o couro,
Pois que um outro conta o ouro.
E a morte não vai' um caco
Pra quem só joga por Baco.
Nossa primeira jogada
É por quem paga a rodada.
Depois se bebe aos cativos,
E a seguir aos que estão vivos.
Quarta roda, aos cristãos juntos.
Sexta, às puras nossas manas,
E
sete às bruxas silvanas.
Oito, aos manos invertidos.
Nove, aos frades foragidos,
Dez, se bebe aos navegantes,
Onde é para os litigantes.
E doze, dos suplicantes,
E treze, pelos viandantes.
Pelo Papa e pelo Rei
Bebemos então sem lei.
Bebem patroa e patrão.
Bebem padre e capitão.
Bebe o amado e bebe a amada,
Bebem criado e criada.
Bebe o quente e o piça fria,
Bebe o da noite e o do dia,
Bebe o firme, bebe o vago,
Bebe o burro e bebe o mago.
Bebe o pobre e bebe o rico,
Bebe
o pico-serenico
Bebe o Infante, bebe o cão.
Bebem cónego e deão.
Bebe a freira e bebe o frade ,
Bebe a besta, bebe a madre,
Bebem todos do barril,
Bebem cento e bebem mil.
Nenhuma pipa se aguenta
Com esta gente sedenta,
Quando bebe sem medida
Quem de beber faz a vida.
E quem de nós s´ fiou,
Sem cheta s´ arrebentou.
E quem de nós prejulgava,
Se quiser que vá à fava.


Os manuscritos refletem um movimento
europeu "internacional", com canções originária de Occitânia, França,
Inglaterra, Escócia, Aragão, Castela e do Sacro Império https://pt.wikipedia.org/wiki/Carmina_Burana
Nenhum comentário:
Postar um comentário