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domingo, 12 de março de 2017

Festa da Amendoeira em Flor – 2017 – Decorre hoje o tradicional desfile Etnográfico, à 14 horas e 30 – Na capital de dois patrimónios da Humanidade - Douro Vinhateiro e das Gravuras Rupestres do Vale do Coa – No dia 20, celebra-se, na aldeia de Chãs, o Equinócio da Primavera 2017

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador 




É, justamente ao principio da tarde deste domingo, pelas 14h30  - que se espera seja um belo dia de cores  e de cheiros primaveris, que tem inicio o Desfile Etnográfico – Alegórico 2017 , com a tradicional participação  dos vários carros alegóricos e  grupos apeados, de todas as freguesias do concelho,  que, com após  se  concentrarem-se ao longo das ruas Poço do Olmo, Conde de Pinhel e Mouzinho da Silveira,  na emblemática rotunda, junto à Escola Secundária Adão Carrapatoso, irão desfilar pela principais artérias da cidade: Av. Cidade Nova, a Av. Gago Coutinho, Rua de S. Miguel, Tablado, Praça do Município, (rampa entre o edifício da Câmara e o edifício de Paulo Zuada) Castelo, Praça do Município, Rua do Açougue, Largo do Bombeiros, Avenida Dr. Artur de Aguilar, Avenida Gago Coutinho

Desta vez, não temos o prazer de  lá nos encontrarmos, mas nem por isso querermos de deixar de aqui assinalar este importante acontecimento cultural, com algumas imagens de eventos anteriores.

É hoje um dos dias mais  desejados do ano, quer  pelos Foz-Coenses, naturais da sede do concelho e dos habitantes das suas 17 freguesias, quer pelos milhares de visitantes, que demandam, neste domingo,  a capital da amendoeira em flor, a terra de dois Patrimónios da Humanidade: das famosas gravuras rupestres, cujas imagens, já correram mundo, e do chamado Douro Vinhateiro, em cuja área se insere o concelho de Vila Nova de Foz Coa, com os seus afamados vinhos, desde o Barca Velha  aos inigualáveis néctares brancos, tintos e generosos produzidos nesta região duriense.

XXXI Festa da Amendoeira em Flor e dos Patrimónios 2017  - Este o título  do cartaz, com que o municio foscoense, anunciava  mais um dos importantes eventos do concelho, referindo que “As amendoeiras em flor, nesta época do ano, atraem milhares de turistas ao concelho de Vila Nova de Foz Côa. Este ano, com um tempo incaracterístico, em que predomina um tempo frio e bastante seco, faz com que a região do Douro Superior esteja, relativamente, atrasada na floração da amendoeira http://www.cm-fozcoa.pt/index.php/centro-multimedia/arquivo-noticias/405-xxxi-festa-da-amendoeira-em-flor-e-dos-patrimonios-mundiais

Todavia, o concelho de Foz Côa, é um caso singular nas chamadas terras quentes do Douro, pelo que,  por esta altura, a avaliar pelas imagens, de que temos tido conhecimento, já muitas das colinas e ladeiras, se cobrem com as suas maravilhosa manchas brancas e cor-de-rosa, como se manchas de uma neve irreal mas perfumada, se tratasse.  





O QUE DIZ A ORGANIZAÇÃO DO EVENTO – (…) A fim de abrilhantar o Cortejo, poderão ser incluídos no mesmo, bandas musicais, grupos de animação, fanfarras, ranchos folclóricos ou outros, que sejam convidados pela Organização, não sendo sujeitos a qualquer classificação e cuja despesa orçamental depende exclusivamente da Organização da Quinzena. Compete ao Júri e à Organização da Quinzena a sua integração e disposição geográfica no Desfile Etnográfico. Artigo 4º Ordem do Desfile e Normas Gerais de Participação

O Desfile far-se-á por ordem alfabética do nome das Freguesias presentes; se por cada Freguesia houver mais de um carro ou grupo, estes serão ordenados pela ordem de inscrição durante o prazo legal. 2. Cada freguesia será identificada por uma faixa indicativa, (conforme desenho anexo nº 2) e transportada por dois participantes. A elaboração desta faixa é da responsabilidade dos organizadores da Quinzena, cabendo ao conjunto dos participantes a responsabilidade pelo seu transporte durante o cortejo (2 pessoas). 3. Para além da identificação efectuada pelos responsáveis do cortejo relativamente a cada freguesia, os responsáveis por cada carro ou grupo apeado deverão identificar os mesmos com um placard onde se referirá o nome da instituição e o motivo alegórico (conforme desenho anexo nº 3). Excertos do regulamento file:///C:/Users/jorgeLuisMarques/Downloads/Regulamento%20do%20Cortejo%202017.pdf

A BREVE HISTÓRIA DE COMO O HOMEM SONHA E A OBRA NASCE

No início da década de 80, um grupo de jovens e professores, conversando sobre a necessidade de animação cultural em Vila Nova de Foz Côa e concelhos limítrofes, propôs-se constituir uma associação, que nasceu com o nome de "Côa Cultural". Entre as primeiras preocupações desta surgiu a de se levarem a efeito certos eventos ao longo de três fins de semana, aproveitando o período da floração da amendoeira. Desse modo se poderiam divulgar os valores do Concelho, as potencialidades turísticas e o seu património humano, cultural e económico. Por outro lado, o programa, que se queria variado, deveria provocar a participação das populações. Sugeria-se a realização de um desfile de bandas musicais, uma récita com variedades ou uma peça de teatro, jogos tradicionais, exibição de ranchos folclóricos, um concerto de música clássica e, a coroar a iniciativa, um desfile de carros com motivos etnográficos. Para tanto, seria necessário o apoio das Escolas, da Paróquia, de outras associações, da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia. http://www.nescapadinhas.com/evento/vila-nova-de-foz-coa/festa-da-amendoeira-em-flor/513/


No dia 20 de Março, às 07.00 – A Celebração do Equinócio da Primavera

De forma simples e singela, vai também decorrer mais outra interessante festividade: a celebração do equinócio da primavera, 2017, nos arredores da aldeia de Chás, deste mesmo concelho, junto ao altar sacrificial do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Senhora, aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa.

Data e hora, em que poderá ser contemplada outras das maravilhas da pré-história, tal como há milénios, a terão contemplado os antigos povos que ali se abrigavam nos encastelamentos graníticos dos rochedos do chamado maciço dos Tambores e Quebradas.




"Vila Nova de Foz Côa é uma cidade sede de concelho, situada no Alto Douro vinhateiro no distrito da Guarda e no enlace do rio Douro com o rio Côa.  

O concelho de Vila Nova de Foz Côa, situa-se numa zona de grande interesse arqueológico, onde já foram descobertos e classificados cerca de 195 sítios de importante valor patrimonial. Tais como castelos, castros, igrejas, capelas, pelourinhos, solares, pontes e estradas romanas, que nos revelam a passagem dos vários povos que aqui habitaram e escreveram a história durante séculos.
(..)Vila Nova de Foz Côa recebeu o seu primeiro foral em 1299, concedido por D. Dinis, tendo sido renovado pelo mesmo monarca em 1314. Em 1514, foi concebido um novo foral por D. Manuel I.

Situada em terras xistosas ou “Terra Quente”, Vila Nova de Foz Côa viu o seu nome percorrer o mundo pela descoberta e classificação como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO das gravuras rupestres paleolíticas situadas no vale do rio Côa. Estes achados arqueológicos de arte rupestre, são um dos maiores da Europa

DOIS PATRIMÓNIOS DA HUMANIDADE

"Vale do Côa Património Mundial da UNESCO
O Vale do Côa é considerado “o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. Aventure-se pelas belíssimas paisagens que emolduram o rio Côa e venha conhecer a arte primitiva da Humanidade


Inscrito na Lista da Unesco como Património da Humanidade em 1998, o Vale do Côa é considerado “o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. O sítio arqueológico divide-se em dois eixos fluviais principais: 30 quilómetros ao longo do rio Côa – Faia, Penascosa, Quinta da Barca, Ribeira de Piscos, Canada do Inferno – e 15 quilómetros pelas margens do rio Douro – Fonte Fireira, Broeira, Foz do Côa, Vermelhosa, Vale de José Esteves, Vale de Cabrões.

Arte gravada na pedra

Como uma imensa galeria ao ar livre, o Vale do Côa apresenta mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 70 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 25.000 anos. http://www.centerofportugal.com/pt/vale-do-coa/

Alto Douro Vinhateiro - O Alto Douro Vinhateiro é uma zona particularmente representativa da paisagem que caracteriza a vasta Região Demarcada do Douro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo. A paisagem cultural do Alto Douro combina a natureza monumental do vale do rio Douro, feito de encostas íngremes e solos pobres e acidentados, com a ação ancestral e contínua do Homem, adaptando o espaço às necessidades agrícolas de tipo mediterrâneo que a região suporta. Esta relação íntima entre a atividade humana e a natureza permitiu criar um ecossistema de valor único, onde as características do terreno são aproveitadas de forma exemplar, com a modelação da paisagem em socalcos, preservando-a da erosão e permitindo o cultivo da vinha."
DOURO VINHATEIRO


A região produz o famoso vinho do Porto, representando o principal vetor de dinamização da tecnologia, da cultura, das tradições e da economia local. O grande investimento humano nesta paisagem de singular beleza tornou possível a fixação das populações desde a longínqua ocupação romana, e dele resultou uma realidade viva e em evolução, ao mesmo tempo testemunho do passado e motor do futuro, solidamente ancorado na otimização dos recursos naturais e na preservação das ambiências. Alto Douro Vinhateiro - Património Mundial em Portugal - 


Porque hás-de ser teimosa, amendoeira,
cobrindo-te de flores, de branco e rosa,
se a nada nos conduz tanta canseira?
Vale a pena insistir e ser teimosa?!

Vê bem… O lavrador, desesperado,
não tem compensação para os produtos,
e já não te dá mais o seu cuidado,
nem retira dos ramos os seus frutos.


Pelos vistos, não tens qualquer valia.
P´la amêndoa que nos dás ninguém dá nada.
Se eu fosse a ti, para o ano nem floria…
Ficava muda, queda e ensimesmada…


E só tal não faria , se um sinal
nos desse alguma esperança renascida
que fizesse alegrar o amendoal
e te desse razões para estares florida.

- Extraído do Livro A PORTA DO LABIRINTO
Um livro de “poemas, textos e teatro”
De Manuel Daniel

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