Oh, sim, às vezes só quero irmanar-me com
a liberdade destas formas dispersas e transcender-me!...Por isso, agora que me
interrogo e revejo – à distância do tempo e do lugar - aqui, tranquilamente, recostado
no isolamento do leito do meu humilde quarto, sem dormir há dois dias a fio,
ouvindo as vozes dos coros do silêncio gregorianos, neste fim de tarde e
vésperas de anoitecer, pergunto-me. Ó Celestial Reconciliador, se a Divina Paz não se alcança com a festa do
Espírito e a Claridade dos Cânticos…
Regresso à Pátria
Ó brisas suaves! Arautos da Itália!
E tu, amado rio com os teus choupos!
Montanhas ondulantes!Ó vós todos!
Cumes soalheiros, sois de novo vós?
Ó lugar tranquilo! Em sonhos surgias de longe
À minha alma saudosa após dia sem esperança;
E tu, minha casa, e vós companheiras
Tão familiares, árvores da colina!
Há quanto tempo, há quanto tempo!, a paz da infância
Se foi, e a juventude, o amor e o prazer;
Mas tu, minha Pátria, santa e
Paciente, tu ficaste.
E, para isso, para que sofram contigo, contigo
Se alegrem, é que tu, queria!, educas
Os teus e os advertes em sonhos, quando longe
Vagueiam e erram, os infiéis.
E quando no peito ardente do jovem
Os arbitrários desejos se acalmam
E calam perante o Destino, é então
Que o purificado prefere a ti dares-se.
Adeus , pois, dias da juventude, caminho de rosas
Do amor , e vós todos, caminhos do vagamundo,
Adeus! E tu recebe e abençoa de novo
A minha vida, ó céu da Pátria
Holderlin
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