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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Daniel Sampaio - Escritor, Psiquiatra e Professor – Autor de “Ninguém Morre Sozinho”, de Lavrar o Mar” ; “Vivemos Livres Numa Prisão” - De 26 livros dedicados aos problemas da juventude – Diz que atualmente os jovens são mais livres que há 50 anos, mas bastante dependentes dos computadores – O próximo livro é dedicado aos pais

Daniel Sampaio - 2011
Jorge Trabulo Marques - Jornalista

Daniel Sampaio, confessou-me que até agora  tem trabalhado muito  a família mas muito sob a perspetiva dos adolescentes, na vida dos filhos, "agora queria escrever um livro sobre o que é ser pai e mãe ao longo do ciclo de vida” – Vai ser o nosso convidado especial na celebração do Equinócio da Primavera, ao nascer do sol do dia 20 de Março, às 07H00, junto ao altar sacrificial do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Sra, aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa.



Daniel Sampaio, autor de 26 livros, cerca de 660 mil exemplares, 53 anos dedicados à psiquiatria, sobretudo aos jovens em risco no Hospital de Santa Maria – O seu último livro chama-se "Sala de Espera", foi publicado em 2016 e reúne uma série de crónicas, da revista 2 do Público, dos anos 2014 e 2015, sobre temas muito variados; sobre a família, os adolescentes, a escola, crítica de livros e de cinema, para um leque variado de leitores – Num interessantíssimo conjunto de temas dos nossos dias como  a utilização excessiva dos computadores pelos mais novos, alienação parental, guarda partilhada e responsabilidades parentais em divórcios litigiosos, pais tóxicos e como podem os filhos reagir ou por que razão está tão difícil a relação entre o professor e o aluno nas nossas escolas, entre muitos outros.



Alinhamento Sagrado - Com os Equinócios da Primavera e Outono -  Uma das maravilhas da pré-história, que ainda hoje pode ser contemplada milénios depois ao nascer do sol do dia em que as trevas e a luz se repartem equitativamente 




Daniel Sampaio, foi um dos pioneiros da introdução, em Portugal da terapia familiar. Rejubilou-se, em 26 de Outubro do ano passado, como professor Doutor da Faculdade de Medicina de Lisboa, no Grande Auditório do Edifício Egas Moniz, oportunidade que aproveitou para, na sua lição de despedida, na sua última aula, recordar aspetos marcantes da sua enriquecida experiência, fazer um balanço de  uma vida de entrega e de paixão ao ensino e à  saúde mental de muitos jovens  e casais que o procuraram, perante  a presença de familiares, amigos, jovens médicos e colegas do oficio,  da partilha dos afetos e dos mesmos esforços pela causa pública.


O breve diálogo, que aqui tenho o prazer de apresentar, registado para vídeo, ocorreu num encontro casual, na Feira do Livro de Lisboa, com o prestigiado escritor e psiquiatra - pessoa que muito admiro pela sua afabilidade e simplicidade, desde os meus tempos de repórter na ex. RDP-Rádio Comercial – e foi aproveitado para que me falasse do seu mais recente livro, de algumas das obras da sua extensa lista de títulos e do livro que tinha em vista ou já em preparação. 

“NINGUÉM MORRE SOZINHO” – Um dos livros que destaca na sua longa e profícua carreira literária

Questionado sobre qual das obras destacaria, refere “Ninguém Morre Sozinho”, considerado uma referência na área do suicídio adolescente, assim como “Tudo o Que Temos Cá Dentro", um livro sobre os jovens e a sua relação com a família, baseado na história real de um jovem cuja namorada se tinha suicidado, e, mais recentemente, Labirinto de Águas, um livro sobre os casais e as crises do casamento

Um dos titulo, que me prendeu especialmente atenção, e que estava na mesinha, onde concedia autógrafos, chama-se “Lavrar  o Mar “– Explicou-me que  é uma metáfora, que pretende falar do período da adolescência o do relacionamento entre pais e filhos. “Sabemos que é a época mais difícil para os pais, porque os filhos querem ter a sua independência, a sua autonomia, e, muitas vezes há uma zona de conflitualidade entre pais e filhos, sobre os adolescentes e as várias situações do dia a dia  

OS JOVENS ATUAIS SÃO MAIS INDEPENDENTES E AUTÓNOMOS DE QUE OS DA SUA GERAÇÃO MAS TÊM OUTROS PROBLEMAS

 Perguntei-lhe como é que via os tempos da sua adolescência, com os atuais, respondeu-me:

Não tem nada a ver: de uma forma geral, pela positiva, porque os jovens de hoje têm mais independência de que há 50 anos atrás, nós talvez fossemos mais introspetivos, que houvesse menos conflitos entre pais e filhos, os jovens de hoje têm muito mais liberdade, mais autonomia, isso é uma grande conquista. E o relacionamento, entre pais e filhos, apesar das dificuldades, é mais afetuoso, que era no meu tempo, em que os pais eram muito distantes.

Há novos desafios: a Internet é um novo desafio, temos muito jovens que estão bastante dependentes  dos computadores, que é uma coisa, que é preciso estarmos atentos a isso e também existem, muitas vezes, dificuldade no relacionamento entre pais e filhos: consumo de álcool, consumo de tóxicos: são novos desafios, nos últimos anos, que é preciso encontrar respostas




O PRÓXIMO LIVRO É DEDICADO AOS PAIS

Confessou-se que agora queria escrever um livro sobre os pais:  “tenho trabalhado muito  a família mas muito sob a perspetiva dos adolescentes, na vida dos filhos, agora queria escrever um livro sobre o é ser pai e mãe ao longo do ciclo de vida: ou seja, quando se começa por  ser pai de um bebé, depois pai de uma criança, depois pai de um adolescente depois pai de uma adulto, até à velhice. Este é o projeto. Vai começar agora  no Verão"

Por que é que se debruçou sobre estas questões? – questionei por fim:

Foi um bocado relacionado com a minha vida profissional, porque eu, há muitos anos. Eu comecei por me dedicar justamente ao tratamento de adolescentes, porque, os pedopsiquiatras dedicavam-se sobretudo às crianças, e eu, como sou psiquiatra de adultos, comecei a perceber que havia ali uma zona, entre os 15 e os  18 anos que era uma terra de ninguém. E, portanto, comecei a estudar particularmente, essa idade, entre os 15 os 20 anos e depois especializei-me nessa época da vida e fui ganhando paixão por essa época e também experiência e também experiência para tratar esse tema

Com os netos - Revista Nova Gente
DANIEL SAMPAIO. 27/12/2015 Quando era adolescente escrevia num jornal, o Diário de Lisboa Juvenil. Pensava que um dia seria jornalista ou escritor, e que as pessoas de sessenta anos eram velhíssimas e correriam grande perigo de ser atropeladas. Fiz muitas coisas na vida: tenho três filhos, escrevi 22 livros, plantei só uma árvore, uma cerejeira na Escola Secundária Daniel Sampaio (de que sou patrono). Incursões na política foram poucas, mas sempre apoiei o meu irmão, que foi dez anos Presidente da República. Hoje sou sexagenário e tenho outros planos: escrever mais livros (espero que muita gente leia o novo, Labirinto de mágoas, sobre o casamento); ensinar cada vez melhor na Faculdade de Medicina de Lisboa (onde sou catedrático de Psiquiatria); estar bem com a família e os amigos, com tempo para brincar com os sete netos; e continuar a ler e a ouvir música clássica. http://www.publico.pt/autor/daniel-sampaio

"SALA DA ESPERA" - De seguida tomámos a liberdade de aqui transcrever duas suas interessantíssimas crónicas, das que foram reunidas sob o título em epígrafe

 1-Março 2015 – Reviver o passado
Muitos casais que me procuram por dificuldades no, seu relacionamento conjugal revivem o seu passado, sem que daí resulte qualquer benefício para os problemas de agora.

Margarida, de 43 anos, professora, de «baixa» prolongada por depressão, falou-me assim: «Sinto-me presa à minha infância. Os meus pais eram muito exigentes, eu não podia falhar. Ainda hoje me lembro da negativa que tive a Estudo do Meio, uma coisa que se dava na primária e a que nunca achei muita graça. Parecia que tinha sido o fim do mundo! E foi assim pela vida fora. Sempre que falho sinto a sombra dos meus pais sobre a minha cabeça. Agora, quando eles caminham para os 70 anos, ainda não estou à vontade quando nos encontramos. Sinto o seu olhar crítico em tudo! Neste momento, em que o meu casamento está a falhar e procuro a ajuda do Professor, ainda menos desejo estar com eles. Tenho a sensação de que me vão culpar pelo insucesso conjugal! E não me admirava que me atribuíssem a culpa de tudo, esquecendo que o meu marido arranjou outra pessoa ... »

Pedro, de 38 anos, programador informático, vive há dois anos em segunda união de facto. Separou-se da primeira mulher por conflitos do quotidiano: «A Marta criticava-me todos os dias, acusava-me de ser fraco, de não me impor no emprego e de não ser firme com o Afonso, o nosso filho. Exatamente as mesmas críticas que o meu pai me fez toda a vida! Sempre me disse que eu tinha medo de tudo e que por isso não se admirava por eu ser gozado na escola, nem se surpreendia com os meus fracassos amorosos na adolescência. Agora tudo se repete com a Leonor, lá está ele a dizer que ela é uma mulher espantosa e que eu não sei a sorte que tive! É como se eu transportasse as críticas do meu pai a cada segundo que passa ... Talvez com vinte anos de psicanálise se resolva ... »

Tentei dizer à Margarida e ao Pedro que o passado é importante, mas que não podemos ser reféns de factos ocorridos há dezenas de anos. O passado é decisivo para construirmos a nossa identidade, mas jamais a conseguiremos consolidar se não formos capazes de ser autónomos em relação à nossa família de origem. Ao Pedro expliquei que vinte anos de psicanálise deveriam ser excessivos e muito caros, com a agravante de aos 58 anos ser bem mais difícil conseguir uma relação conjugal com futuro ...

Margarida e Pedro são bons exemplos de filhos que persistem presos a relações tóxicas com os seus progenitores, impeditivas da construção de relacionamentos gratificantes com os parceiros amorosos. No fundo, é como se ambos continuassem a necessitar da «autorização» parental para poderem viver a sua vida de adultos, esquecendo-se de que a permissão não está nos seus pais mas sim na sua pouca autónoma dimensão interna.

Margarida e Pedro ignoram que é urgente verificar a limitações dos seus pais, senhores talvez empenhados e que tentaram fazer o melhor possível. Na verdade, já não precisam da validação parental para se empenharem em projetos tão importantes como a sua realização conjugal, nem necessitam do conhecimento da realidade de outrora trazida pelos seus progenitores. E crucial que se conheçam melhor a si mesmos, a partir dos problemas do aqui e agora, sem que se preocupem com o ajuste de contas com um passado já distante.

Pode acontecer que os parceiros amorosos de Margarida e de Pedro sejam alvo de conflitos relacionais que nem sempre têm a ver com a sua maneira de ser. E importante que também deixem de ser vítimas da prisão familiar dos seus companheiros.

 18 de Janeiro de 2015  - Porque sim: A terapia com a família

Feira do Livro,Lisboa 2011

Neste ano de 2015 completam-se 30 anos de publicação, em Portugal, do primeiro livro de terapia familiar. Foi em 1985 que eu e o José Gameiro publicámos Terapia Familiar, nas Edições Afrontamento. Esta obra está hoje, como é evidente, um pouco desatualizada, mas na altura constituiu um marco na divulgação da terapia familiar sistémica como forma de intervenção em saúde mental. Vários cursos, realizados nos anos seguintes, utilizaram o livro como manual de aprendizagem e muitos formandos elaboraram trabalhos tendo como base as nossas páginas.

Trinta anos depois, a terapia familiar sistémica evoluiu muito. Já não temos a ideia, um pouco romântica, de que uma intervenção bem feita, proposta por um terapeuta experiente, poderia conduzir a uma grande mudança. Nem temos a convicção de outrora, de que certas perturbações psiquiátricas derivavam de comunicações distorcidas nas famílias de origem. Hoje sabemos que as doenças da mente resultam da interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que a intervenção deve reunir uma série de procedimentos terapêuticos ajustados a cada caso, de modo a potenciarmos sinergias para podermos ser cada vez mais eficazes.

A terapia familiar sistémica, todavia, continua a ser fundamental em muitas situações. Refiro-me a problemas relacionados com crianças, adolescentes e suas famílias, bem como as questões originadas pelas interações com sistemas sociais como a escola, o grupo juvenil e os tribunais (sobretudo na relação com o divórcio dos pais). Ouvindo a família e interagindo com ela, o terapeuta fica na posse de informações essenciais para a condução da terapia, ao mesmo tempo que mobiliza e ajuda as famílias na sua missão de cuidar.

Quando oiço dizer, na televisão, que faltam camas de internamento para tratar as perturbações psiquiátricas da infância e da adolescência não posso deixar de concordar. Em vários distritos existe apenas um pedopsiquiatra. Alguns psicólogos que se ocupam dos casos, apesar do seu meritório trabalho, necessitariam do apoio de médicos para poder levar a cabo um atendimento correto. Em muitas situações, teria sido importante falar com a família, em vez de propor um internamento, porque todas as organizações familiares, em maior ou menor grau, têm possibilidade de responder às crises e de encontrar alternativas ao seu funcionamento. A minha experiência de 35 anos de trabalho com famílias mostra que, muitas vezes, basta sermos capazes de estruturar uma conversa - em que todos os membros da família podem fazer ouvir a sua voz e escutar a de outro - para que aquele grupo de pessoas que vive em conjunto passe a ser capaz de conseguir um nível mais tranquilo de comunicação, de onde vão emergir soluções para os seus problemas

Num caso recente de que tive conhecimento, em que: uma adolescente de 16 anos se recusa a frequentar a escola, a intervenção tem consistido em sessões mensais com pai e mãe, conduzidas por dois médicos, enquanto a jovem é seguida individualmente por uma psicóloga. Segundo relato dos pais, as intervenções terapêuticas surgem descoordenadas, sobretudo os progenitores não se sentem ajudados a lidar com a filha. Seria muito mais simples se todos falassem em conjunto, numa sessão de terapia familiar sistémica!

A terapia familiar deveria ser hoje chamada «terapia com a família», no sentido em que precisamos de a mobilizar e depois ajudar, qualquer que seja a sua configuração atual.

1986 -Jorge Sampaio 
Daniel Sampaio: “A psiquiatria não me fez entender o amor mas tornou-me mais humano”

EXPRESSO - 23/10/2016 - Na véspera de completar 70 anos, saiu do Hospital de Santa Maria. Contaram-me que estava triste.

É natural, entrei no hospital com 18 anos e saí com 70. Entrei como estudante de Medicina, fiz o curso, a especialidade, toda a carreira académica até professor catedrático e acabei como diretor do Serviço de Psiquiatria. Sim, estava emocionado.
Parece um homem que não se desfaz em lágrimas como as que o seu irmão habituou o país. Como lidou com a emoção?
Nesta despedida até houve lágrimas. Pequenas. Sou contido para quem não me conhece, não sou muito alegre nem exuberante, mas consigo ser muito próximo das pessoas. O grande problema da reforma é que o quotidiano não será feito junto delas. A adrenalina do hospital também me faz falta. No dia seguinte à despedida foi a minha festa de 70 anos, com os amigos e a família. Depois senti um vazio que estou a tentar preencher.-

Há dez anos dizia que o sexagenário era um idoso e não pensava reformar-se. Sente-se velho?
Não. A Medicina tornou a vida mais longa e talvez devêssemos rever o limite obrigatório de 70 anos. Os terapeutas familiares dizem que temos de nos adaptar aos diferentes ciclos da vida e acredito que sou capaz. Espero ter mais tempo para escrever.
É o que fará primeiro?
Tenho um livro pensado, que começo a seguir à lição de jubilação. Vou falar do que é ser pai, desde o projeto, passando por todas as fases, até ser pai de um adulto. Acompanhar a função parental ao longo da vida.
Escreveu 26 livros, cerca de 660 mil exemplares, um sucesso num país como Portugal. No seu círculo de amizades há grandes escritores. Nunca foi tentado pelo romance?
Uma pessoa muito importante na minha escrita foi o editor Zeferino Coelho, com quem trabalho há 25 anos. Ele sempre disse que a minha imagem não é de romancista, é de quem escreve sobre adolescentes, pais e escolas, e quando escrevi livros que se afastaram destes temas tive menos êxito. Não fecho essa porta, mas já tive mais vontade. Quando escrevi “Tudo o Que Temos Cá Dentro”, baseado na história real de um jovem cuja namorada se tinha suicidado, pensei nisso, mas percebi que perderia influência junto do público Excerto de Expresso | Daniel Sampaio: “A psiquiatria não me fez entender o amor

Biografia:
Psiquiatra conceituado e terapeuta familiar, Daniel Sampaio nasceu em 1946, em Lisboa. Fez os seus primeiros anos de escolaridade na Escola Sport União Sintrense e viveu em Sintra até aos seus 15 anos, altura em que se mudou para Lisboa, onde continuou os seus estudos no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, do qual saiu no ano lectivo de 1963-64.

Iniciou o curso de Medicina em 1964 na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde se formou em 1970, tendo concluído a especialidade em Psiquiatria em 1976. Obteve o doutoramento em Medicina, na especialidade de Psiquiatria, em 1986. É Professor Catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e tem coordenado, no Hospital de Santa Maria, unidades de intervenção para adolescentes em crise. Foi um dos introdutores da Terapia Familiar em Portugal, a partir da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, que fundou em 1979.
Publicou diversos livros sobretudo sobre a adolescência e os seus problemas, destacando-se entre eles, “Vozes e Ruídos – Diálogos com adolescentes”, em 1993, e “Inventem-se Novos Pais”, em 1994. Com este livro, o professor Daniel Sampaio ajuda os pais a interpretar esses sinais, a elaborar a resposta certa. E ainda “A Cinza do Tempo”, em 1997, que reúne cerca de 60 crónicas publicadas pelo autor na imprensa entre 1993 e 1997. São, no fundo, algumas reflexões de Daniel Sampaio sobre o ensino, a família, a droga, o suicídio juvenil, a adolescência, etc.
Editou ainda “A Arte da Fuga”, em 1999, a mais célebre e polémica obra de Daniel Sampaio, “Tudo o Que Temos Cá Dentro”, em 2000, que retrata a questão do suicídio e baseia-se em factos reais, num caso clínico de um adolescente que perdeu uma amiga que se suicidou e, em 2002, “Lições de Abismo”, onde fala sobre a sua experiência enquanto psiquiatra no Hospital de Santa Maria. Tem tido um papel fundamental em intervenções várias em diversos meios de comunicação, tais como nos jornais, rádio e televisão, sempre numa abordagem da adolescência. Tem-se dedicado ao estudo dos problemas dos jovens e das suas famílias através de trabalhos de investigação na área da psiquiatria e da adolescência.


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