Completam-se hoje sete anos sobre a morte de Mário Cesariny - do poeta e do pintor surrealista. "26 de Novembro, dia exato em que passam 7 anos sobre a data da morte de Mário Cesariny, a Perve Galeria de Alfama inaugurou o 2º polo expositivo da mostra inaugural da Casa da Liberdade com a exposição “HOMENAGEM A CESARINY”(patente até 21 de Dezembro). A exposição de evocação contou com a intervenção de vários artistas que, por via da afinidade artística e da admiração nutrida por Mário Cesariny, se quiseram associar a este tributo"
(não deixe de ver a postagem seguinte sobre a foto inédita de Mário Cesa
A irreverência, o talento, a originalidade de Mário Cesariny, quer na poesia, quer na pintura, sim, a sua personagem, porque ele era realmente uma personagem, tanto nas palavras como nos atos, conquistaram-lhe muitos amigos e admiradores - . Era um surrealista à sua maneira, em tudo. Também tive o prazer de ser seu amigo. Por isso, não o esqueço. E quem, das pessoas que o conheceu, deixará de se lembrar dele?
Agradeço à pintora, Adelaide Freitas, ter sido ela a dar-me conhecimento da realização deste evento.
De facto, foi uma extraordinária surpresa. Pena, quando me falou na exposição, não ter percebido que era dedicada a Cesariny, perderam-se alguns momentos poéticos e da apresentação do 1º volume da obra “POÉTICAS PÓS-PESSOA. ANTOLOGIA DO SURREALISMO E SUAS DERIVAÇÕES EM PORTUGAL”.
De facto, foi uma extraordinária surpresa. Pena, quando me falou na exposição, não ter percebido que era dedicada a Cesariny, perderam-se alguns momentos poéticos e da apresentação do 1º volume da obra “POÉTICAS PÓS-PESSOA. ANTOLOGIA DO SURREALISMO E SUAS DERIVAÇÕES EM PORTUGAL”.
Uma edição artística bilingue, português e francês, da autoria de Isabel Mayrelles, realizada ao longo de 30 anos e assinados e numerados pelos autores –
Todavia, ainda lá encontrei, entre outros convidados, Cruzeiro Seixas e o meu amigo Eurico Gonçalves, pintor e crítico de arte, juntamente com Dalila d' Alte Rodrigues, sua companheira e também uma boa amiga
Todavia, ainda lá encontrei, entre outros convidados, Cruzeiro Seixas e o meu amigo Eurico Gonçalves, pintor e crítico de arte, juntamente com Dalila d' Alte Rodrigues, sua companheira e também uma boa amiga
EM CESARINY NEM MORREU O POETA NEM A SUA OBRA
Foi naquela madrugada fria de Novembro, de 26 de Novembro de 2007, que a morte o chamou no silêncio de sua casa. Os bons amigos nunca se esquecem daqueles que admiraram em sua vida - É o caso de Carlos Cabral Nunes, Diretor da Galeria Perve, que resolveu recordá-lo através de duas importantes iniciativas – Com uma exposição coletiva de obras de Mário Cesariny e de outros dos melhores surrealistas portugueses, tendo sido antecedida, no passado dia 8, com abertura da CASA DA LIBERDADE MÁRIO CESARINY.
Trata-se, com efeito, "de um espaço artístico, polivalente, com características museológicas, que presta homenagem ao poeta e pintor surrealista Mário Cesariny de Vasconcelos. Localiza-se no centro histórico da cidade de Lisboa, em Alfama e em articulação com a Perve Galeria, que lhe é contígua, acolhe um espólio artístico e documental legado pelo artista que lhe dá nome e uma coleção que começou a ser reunida nos anos 90, constituída por diferentes núcleos temáticos, dedicados a áreas artísticas distintas. É de um espaço multifacetado que tem por base o conceito aglutinador de liberdade de Mário Cesariny e mais do que obras que se inscrevam no que se pode definir por Surrealismo ‘ortodoxo’, nesse espaço, são apresentadas obras cujo horizonte é delineado pela liberdade, seja ela formal, narrativa, epistemológica, ideológica, conceptual, política, ou religiosa.
“Tive a honra de me deixar ser seu amigo e, especialmente, de me tratar como se fosse se seu igual fosse seu igual, o que era manifestamente uma enorme gentileza
Ao longo dos anos em que nos encontrávamos com regularidade e até no penúltimo dia da sua existência física, nunca deixou de me surpreender, capacidade criativa e alegria de viver, mesmo nos momentos mais difíceis, prova disso foi a conversa que mantivemos, nesse seu quase derradeiro momento de existência e o facto de ter querido que lhe fizesse um retrato, que se publica neste catálogo, onde aparece fumando, como que num gesto de afronta à morte próxima, querendo fazer-se acompanhar por uma obra emblemática, a Naniora, a sua boneca Poesia, aqui em formato serigráfico, onde se pode ler um fragmento do brilhante poema “Olho o côncavo azul” (in Pena capital). Essa obra, a original, é um dos tesouros que apresentamos nesta exposição de homenagem, a par com outras, como a maravilhosa pintura-colagem “Everything to learn 60 yeas ago”, realizada em Londres, na década de 1960” – Excerto do catálogo HOMENAGEM A CESARINY
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