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domingo, 30 de junho de 2013

Marcha do Clube de Campismo do Porto e S. João da Madeira – No Solstício da Pedra do Sol, Ribeira dos Piscos veredas do Vale do Côa





É um facto que a magia destas terras, não só encantou os antigos povos  que por aqui se fixaram e ergueram os seus majestosos Templos do Sol, sítios onde veneravam os seus deuses e regulavam o principio das estações do ano, desde as sementeiras, passando pela floração, às colheitas, como constituem um atrativo para todos aqueles que demandem estes montes e planalto, estes larguíssimos horizontes, que seduzem o corpo e o espírito, parecendo levar o olhar aos confins do Mundo ou do Universo.

 










Um grupo de caminheiros do Clube de Campismo do Porto  e do Clube de Campismo de São João da Madeira Secção de Montanha, que, desde há nove anos,  organizam um passeio por ocasião do Solstício do Verão, desta vez partiu à descoberta da já mítica Pedra do Sol e dos lugares envolventes – Soubemos da sua passagem, por uma feliz coincidência, justamente, quando os dez caminheiros e uma caminheira, com idades dos 30 aos 75, se encontravam na esplanada de um dos cafés da aldeia, saboreando alguns refrigerantes e o vinho da terra, pois bem, mesmo assim, pese o facto de a hora ser de tórrido calor , com as temperaturas dos termómetros, naqueles montes, a subirem  acima dos 36º), sim, pois não obstante virem lá dos fundos das ladeiras da margem esquerda do Côa (Quinta da Ervanoira e Quinta da Barca) e  já estarem prestes  a encetar o regresso,  houve quem não recuasse o convite que lhe propusemos para uma visita mais pormenorizada à Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora e à Pedra do Sol (ou do Solstício), afinal, a grande atração da sua 9ª Marcha  Solsticial - Compreendemos que alguns optassem pela justificada retemperação à sombrinha fresca da esplanada.
PROGRAMA BEM INFORMADO E DELINEADO

Não partiram ao caso – Editaram panfletos e um gracioso crachá  com a imagem do Santuário  Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora,







A organização esteve a cargo da Secção de Montanha do Clube de Campismo do Porto, a que se associou, idêntica secção do Clube de Campismo de S. João da Madeira, tendo, os responsáveis feito um prévio reconhecimento dos lugares que iam visitar e por onde iam caminhar. Recolhendo informações detalhadas deste site e também do livro Por veredas do Vale do Côa : roteiros de Chãs -“ No entanto, a melhor informação ainda é aquela que pode ser dada, pessoalmente,  por quem, como nós foi o autor da descoberta de dois dos três alinhamentos solares.  A Pedra da Cabeleira, estudada por Adriano Vasco Rodrigues, nos anos 80, como local de culto ou de sacrifícios, muito embora fosse já uma lenda antiquissima, um sítio de peregrinação obrigatório para as gentes da aldeia, desconhecia-se, no entanto,  a sua relação solar.

9ª MARCHA  DO SOLSTICIO  - 29 e 30 de Junho – 2013 – Ribeira dos Piscos – Rio Côa


Partiram deslumbrados, porque também vinham bem informados e os lugares por onde andarilharam, encheram-lhe os pulmões de ares puros e o coração de beleza e paz  - Eis o que editaram no folheto promocional: “Na aldeia de Chãs, lugar dos Tambores (antigo castro...) situa-se o Santuário Rupestre da Pedra da  Cabeleira (de Nossa Senhora) ea imponente Pedra do Solstício  (ou Pedra do Sol), orientada com o pôr-do-sol. no solstício do Verão, onde é saudado o dia mais longo do ano..








O altar sacrificial existente naquele local é um verdadeiro observatório astronómico primitivo, que os antigos povos sabiamente teriam aproveitado não só como calendário, mas também para ali realizarem os seus cultos, festividades e rituais, com uma forte ligação à agricultura, à fertilidade e às estações do ano. Trata-se de um local mágico, pleno de história e de misticismo, dos poucos lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área”.





Este local de culto ou de sacrifícios, a curta distância de outra zona castreja, Castro do Curral da Pedra, encontra-se alcandorado  sobre a vertente escarpada  do aprazível Vale da Ribeira Centieira, sobranceira à falha sísmica de Longroiva,  - um fértil vale – que desemboca na Ribeira dos Piscos , em curso situa-se um dos principais núcleos das gravuras rupestres  na área do Parque Arqueológico  do Vale do Côa, classificado como património da Humanidade  desde Dezembro de  1998.








Nesta epígrafe à nossa marcha, propomos-te, ainda daqui – Chãs – a uma viagem ao Paleolítico Superior, do Neolítico ao Romano,  da  Idade Média ao Moderno... testemunhados em calçadas, vestígios encontrados em castros, castelos e quintas (de Santa Maria/Museu da Ervamoira e da Barca), até ao Rio Côa...


Aliás, com o florescimento destas quintas, deve  ter-se dado igualmente o florescimento, senão mesmo o desabrochar  deste povoado concentrado , que viu a sua velha Torre (topónimo) ruir, ruindo com ele o nome e a memória, pois os novos povoadores estavam embrenhados, de alma e coração, no devastar dos matagais daquelas terras “férteis de Chãs”
Informações.
Percurso/dificuldades: Marcha circular, tipo travessia, por caminhos tradicionais, trilhos e caminhos vinhateiros, com alguns declives acentuados, dada a extensão a percorrer em autonomia para 2 dias, com transporte de tenda para pernoita.
Distância prevista: No 1º dia – 18 km (5/6horas)


Desníveis: Chãs-478m, Qta Ervamoira-130, Sta Barba-520 m...= 348/390m



Participantes: Destinado a todos os participantes portadores de Licença de Montanheiro ou tenham/solicitem um seguro de acidentes pessoais.
Descrição sumária: Início na aldeia de Chãs, Lapas (...Santuário Pedra da Cabeleira/Solstício), Canada Grande (castro/castelo), Rib. dos Piscos, Quinta de N. Senhora do Monte/Muchões, Qta. Santa Maria (pernoita), Qta. Barca, Sta. Barba, Chãs.
Como chegar:


Percurso aconselhado: Porto- Chãs-V.N. de Foz Côa, 185km (56Km Auto))3h40m – 23,82 euros (4,00 portagem): seguir pela A4-IP4 até Amarante: continuar IP4 (direção Vila Real), saída 18 (direção Mesão Frio – Régua, Baião, Padronelo), continuar N15  (direção Mesão Frio-Régua), (atravessar) Gondim, na rotunda1ª saída para N2, próxima por N222 durante 77 km, na rotunda 2ª saída para IP2, perto de Muxagata virar à dtª, depois esqª IP2-N102 durante 5Km, virar esqª para EM607 durante 3km, entrar em Chãs, estacionar oposto ao 1º café.
Percurso Alternativo: Porto – Chãs/VNFozCôa,228Km (171Km Auto) 3h – 34.07euros (14,00) portagem): Seguir A1 Albergaria, sair daída 16 para A25-IP5 (direção Aveiro/Viseu), sair saída 24 (direção Seia, Gouveia, Celorico da beira), ir por Celorico da Beira, atravessar e ir por IP2-E802, depois  N102 e depois EM607 durante 3km, entrar em Chãs, estacionar ao oposto do 1º Café

Organização: António José, António Luís, Bruno Loureiro, Hélder Cerejo
Do panfleto constavam também os contactos e a ficha de inscrição
Nomeadamente: http://www.ccpmontanha.com/index2.php; E-mail: geral@ccpmontanha.com
Um abraço a todos os amigos caminheiros - António Almeida; António Luis; Álvaro Valente; Tony; Cristina; Moreira; André; Miguel; Figueiredo; Bruno; Fernando - Temos pena não poder editar a imagem que fizémos a todo o grupo; o excesso de luz fez com que a foto ficasse praticamente irreconhecível

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