De 29 de Setembro a 2 de Outubro, Foz Côa virou Meca de cinema – A oferta é de qualidade e diversificada, com a exibição de mais de 20 filmes, desde o cinema mudo dos irmãos Auguste e Louis Lumière e Charlie Chaplin, com destaque a uma selecção de obras rodadas na região transmontana e duriense, pelos realizadores Manoel de Oliveira; João Botelho, José Leitão de Barros ;António Reis e outros cineastas nacionais e internacionais .Nick Park and Steve Box***.Jean-Luc Bouvret***Hayao Miyazaki (em - Ponyo à Beira Mar).***Vincent Laforet***Maya Rosa*
Os Irmãos Lumière inventaram o cinematógrafo. Mas os primeiros passos da simulação da arte em movimento, foram dados pelos homens do paleolítico do Vale do Côa. Há gravuras que vão além da mera representação figurativa, simulam o próprio movimento. Este foi um dos aspectos que mais surpreendeu e encantou os arqueólogos. Gustavo Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, conhecedor desse importantíssimo património e dos estudos do Parque Arqueológico do Vale do Côa, achou que a realização anual de um,CINECOA, podia perfeitamente interligar-se com o espírito dos homens da pré-história: celebrar um legado ou memória da pré-arte do cinema, num festival da 7ª arte. Com projecção nacional e internacional. Esta uma das explicações que apresentou na sessão de boas vindas aos convidados e público presente, no auditório do Centro Cultural, confiante de que o referido evento “ajude a promover e a divulgar todo o património paisagístico e artístico desta região.”
“Este 1º Festival Internacional de Foz Côa é uma grande aposta. Desde algum tempo que trazíamos no pensamento este evento como um possível projecto. A riqueza paisagística e humana desta região, que tanto tem entusiasmado as gentes das artes, desde a literatura à fotografia e ao cinema, justifica que os seus valores sejam devidamente apreciados, destacados e divulgados. O cinema, chamada 7ª Arte, contém aqui o que existe nas artes restantes, pois o cinema com a sua enorme capacidade de expressão, tem na sua linguagem versátil, potencialidades que as outras não possuem”
(...) "Este município é detentor de dois patrimónios da humanidade: as gravuras rupestres e o douro vinhateiro. Não obstante o compreensível orgulho que nos cabe por tais títulos, sentimos ser enorme a nossa responsabilidade. E porque assim o queremos e desejamos, estou convicto de que este evento, esta primeira edição do cinecoa é uma preciosa contribuição para uma maior divulgação e promoção do nosso concelho e da nossa região” - Excerto das palavras do Presidente Eng. Gustavo Duarte - No vídeo seguinte poderá inteirar-se da parte restante do seu discurso
.
A sala do auditório, que, nos momentos iniciais da sessão inaugural, parecia não encher, acabaria por ficar esgotada e maravilhar o público com as pantominas do lendário, Charlie Chaplin que deslumbraria as gerações mais jovens e transportaria as mais velhas aos tempos da sua adolescência - Sem dúvida, uma viagem ao passado plena de inocência, de arte genuína e de humor.
VEJA NOS LINKS O PROGRAMA E OUTRA INFORMAÇÃO REFERENTE ESTE FESTIVAL Programação | CINECOA.***CINECOA | Festival Internacional de Cinema de Foz Côa**
Ele é o realizador mais velho do mundo. Mas também um dos realizadores portugueses, que mais se debruçou sobre a temática de Trás-os-Montes e Alto Douro - Por esse facto, a organização do evento, resolveu homenageá-lo, com a exibição de quatro filmes: "Douro, Faina Fluvial" (1931), "Vale Abraão" (1993), "Viagem ao Princípio do Mundo" (1996) e "O Estranho Caso de Angélica" (2010).
Também o CINECOA desejaria distinguir pessoalmente, Manoel de Oliveira porém, até ao momento, a sua presença ainda não foi confirmada, visto se encontrar a rodar um filme em França – Em todo o caso, com ou sem a sua presença física, o que conta é a intenção dos organizadores, que, no encerramento, logo à noite, não deixarão de lembrar a sua importantíssima obra em prol da 7ª Arte e o valioso contributo que deu à nossa região.
Tudo a correr de feição. Nota-se um entusiasmo e um esforço colectivo muito grande. Há sessões que têm acabado tarde, mas no dia seguinte, lá está o Pedro Daniel e os elementos da Fozcôactiva e o realizador João Trabulo, a darem o seu melhor. E, obviamente, já não falando dos vereadores e do Presidente, ora recebendo convidados, ora acompanhando-os ou assistindo a sessões – Fazendo as honras da casa e mostrando-lhes as belezas naturais e o património arqueológico e cultural - Porque, melhor do que possa ser escrito, o que conta é a impressão pessoal que se transmite.
De facto, o público tem aderido e o certame tem pernas para andar. Há sobejas razões para acreditarmos que daqui possa surgir um festival de cinema com projecção nacional e além fronteiras. Até porque, para director do evento, o município optou pela prata da casa, nem precisou de ir buscar gente capacitada noutras terras; delegou a responsabilidade , em João Trabulo . Reside em Lisboa mas é natural de Freixo de Numão e é possuidor de currículo e de provas dadas nas áreas da realização e produção cinematográfica. O qual, pelos vistos, não quer deixar os seus créditos por mãos alheias: elaborou um programa aliciante e tem sabido dar passos seguros, deixando para futuras edições as tradicionais mostras competitivas, que geralmente se revelam as mais polémicas. Filmes por Realizadores: João Trabulo |
O AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL E O Museu do Côa - ACOLHERAM UM PÚBLICO HETEROGÉNEO PARA AS VÁRIAS SESSÕES CINEMATOGRÁFICAS DA 1ª edição do Cinecoa – Festival Internacional de Cinema de Foz Côa
Pretexto para criatividade - Houve montras que souberam apelar à imaginação para darem à cidade o tom de festa da 7ª ARTE..
PASSEIO NO DOURO NA BARCA NOSSA SENHORA DA VEIGA - PROPORCIONADO A UM GRUPO DE FOTÓGRAFOS E ESPECIALISTAS DE CINEMA - DO POCINHO À FOZ DO CÔA - E DESTA VELHA ESTAÇÃO DA CP À DE FREIXO DE NUMÃO E REGRESSO
.
Reeditado - pelo facto de ter apagado inadvertidamente todos os vídeos da conta do Youtube.
Nenhum comentário:
Postar um comentário