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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Passeio à Quinta da Ervamoira - A pérola vinícola da maior concha geológica do Rio Côa - No concelho de Foz Côa - Um passeio a não perder por Chãs ou Muxagata, em qualquer altura do ano


Começo por recordar um recente passeio na companhia do santomense, meu amigo Elísio Sacramento e de sua esposa, que se maravilharam com estes amplos e belos espaços, bem como da visita dos fotojornalistas, Arlindo Homem e António Vale, além de Manuel Goncalves e sua esposa, em anos anteriores, que igualmente daqui partiram maravilhados, bem como de todas as encantadoras panorâmicas agrícolas, que puderam desfrutar, ao longo dos cerca de 6 Km, em calçada à portuguesa, da aldeia de Chãs àquela propriedade.
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A Quinta, há muito denominada Quinta de Santa Maria, situa-se em pleno Parque Arqueológico do Vale do Côa, estendendo os seus 200 ha pelas freguesias das Chãs e Muxagata, na margem esquerda deste
rio..
.É administrada pela firma Adriano Ramos Pinto (Vinhos)S.A, entidade a quem coube a feliz iniciativa de associar ao interesse económico, a defesa do Património Natural, Arqueológico. Etno-arqueológico e Vitivinícola, tendo ali erguido um interessante museu do sítio.

Naturalmente que, para que tudo isto fosse possível, pelo menos duas boas vontades e de modo muito especial, se empenharam: os proprietários da Quinta e as equipas de trabalho coordenadas pelo arqueólogo, Gonçalves Guimarães. E, naturalmente, para que a mesma não fosse submersa pela projetada barragem, o envolvimento dos arqueológos do Vale do Côa e do movimento estudantil e cível em defesa de todo o antiquíssimo património arqueológico e paisagístico. 


Pessoalmente, sou dos que tenho pelas margens deste rio, um amor quase ilimitado - Por ali caminhei, muitas vezes, em criança, e até lá dormi umas quantas vezes, na casa da Quinta (hoje museu), no tempo das debulhas, que duravam várias semanas, ou quando o meu pai ali ia crestar os cortiços que lá tínhamos, junto à horta, uma herança do meu avô paterno, deixada a todos os filhos. A terra não era da família, mas ali perdurou, como rendeiros, durante mais de dois séculos. 

Sim, foi lá que nasceu o meu pai, e já o pai do seu pai, ou seja, o meu avô e o meu bisavô paternos. No fundo, uma dinastia que se perpetuou, quase até aos nossos dias, herdada dos pais para o filho mais
velho

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