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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Celebração do Equinócio da Primavera - 2024 - Templos do Sol - Aldeia de Chãs, V.N. de Foz Côa, 20 de Março, 07H00 - 07h30 2024 -Venha partilhar junto ao altar do santuário rupestre o esplendor oferecido por uma das maiores maravilhas de calendários solares, pré-históricos, alinhamentos sagrados em perfeita sintonia com o primeiro dia das quatro estações do ano, herdados dos antigos povos que se ali se fixaram e dos quais existem abundantes vestígios, nomeadamente desde o neolítico e calcolítico. - Além das gravuras rupestres do paleolítico, existentes nos núcleos das proximidades e do termo desta freguesia, no Rio Côa e Ribeira dos Piscos

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

 O Equinócio da Primavera - momento em que a Terra é iluminada pelo Sol de igual forma no hemisfério sul como no hemisfério norte - , vai ser celebrada, no próximo dia 20, no recinto amuralhado do Santuário Sacrificial da Pedra da Cabeleira, saudando o sol da estação mais florida do ano

O cerimonial evocativo ocorre entre as 07:00 e as 07.30, no lugar dos Tambores, freguesia de Chãs, onde existe um imponente megálito pré-histórico, com mais de quatro metros de altura. É considerado um local mágico e dos poucos lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios. O que se espera venha a ocorrer, se as condições atmosféricas o permitirem, no momento em que a cripta do imponente penedo é atravessada pelos raios solares da manhã.



A esposa de António Ponces de Carvalho, e ele próprio, bisneto do grande poeta português, deram-nos o prazer e a honra de se associarem, na celebração do Equinócio do Outono, em 23 de Setembro de 2019, que decorreu, nos arredores da aldeia de Chãs, freguesia do Concelho de V. N. de Foz Côa,  junto ao altar sacrificial  do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, ladeado pela chamada Pedra da Audição, ou das orações, com duas grutas, uma das quais fazendo lembrar uma enorme orelha, como que escutando e concentrando as vibrações vindas da imensidade do Universo ou espalhando as vozes, os cânticos ou orações, de quem ali ergue a sua voz com uma ressonância surpreendente..  https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2019/09/celebrado-o-equinocio-do-outono-23-09.html

A gruta do enorme megálito, em forma de semi-arco e com cerca de 4,5 metros de comprimento, está orientada no sentido nascente-poente, é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce. Situa-se num na zona planáltica de um vasto afloramento granítico, conhecido pelo maciço dos Tambores, próximo ao antigo Castro do Curral da Pedra, na vertente do qual se ergue outro impressionante megálito, apontado ao solstício do Verão, a que chamam Pedra do Sol, ou o “Stonehenge Português”. .Fica ainda dentro do perímetro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, nomeadamente de dois dos principais núcleos de gravuras paleolíticas: Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca – este no termo da própria freguesia, margem esquerda do Côa.


Os dois monumentos pré-históricos, fazem parte dos chamados alinhamentos sagrados, com a mesma orientação de muitas igrejas da antiguidade, ou, recuando ainda mais no tempo, como outros observatórios pré-históricos, existentes em várias partes do mundo, com os quais também já foi notícia internacional. Todos eles em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente os Equinócios e os Solstícios.

Os investigadores, que mais se têm debruçado sobre o estudo da área e deste sítio, como Adriano Vasco Rodrigues, e Sá Coixão, admitem a possibilidade dos imponentes megálitos terem sido cultuados por antigos povos que viviam da agricultura do vale sobranceiro, que escolheram o afloramento granítico que ali se ergue, como verdadeira fortaleza natural, para seus abrigos e celebrarem os seus rituais





Alguns especialistas, ligados às ciências exotéricas, defendem que estes centros de culto, que geralmente se apresentam em forma de círculo ou amuralhados, como é o caso da Pedra da Cabeleira , são locais de cura, atravessados por linhas ou energias geodésicas especiais, que os saberes e a experiência de antigas civilizações, que viviam em estreita ligação com a Natureza, escolheram para seu benefício próprio e, ali, se dirigirem às suas divindades. De referir que as duas vertentes do vale são atravessadas pela falha sísmica do “graben" de Longroiva, nome de antiga vila de origem celta ,a que a freguesia de Chãs, já pertenceu, e onde existe uma das mais antigas estâncias termais do país.

O convite é dirigido não só à população da aldeia e às gentes do concelho e redondezas, convidando-as a evocar as festas dos ciclos da natureza dos seus antepassados, fazendo com que as mesmas continuem a fazer parte do seu património cultural, como também a todos aqueles que se interessam pelo estudo e pesquisa do passado longínquo da História do Homem e das particularidades desta região, cheia de um passado riquíssimo, contribuindo com o seu testemunho e partilhando num acontecimento de rara beleza e significado

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