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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Padre Américo – Fundador dos Meninos da Rua - Obra mais conhecida pela Casa do Gaiato" - “Olhe que não saem à rua por não terem nada que vestir» - Do Livro “O Barredo” –-Vamos recordar o seu maravilhoso exemplo de fraternidade e de amor ao próximo no dia 21 nos Templos do Sol, na Celebração do Solstício do Verão

"O Barredo” – Um dos livros do  Padre Américo Lugar de mártires, de heróis, de santos... Na linha do "Pão dos Pobres", os casos do livro "O Barredo" são em tudo e por tudo uma repetição viva e actual dos referidos naquele outro... É para demonstrar que a vida do Pobre não muda.» (O Autor»  -O devoto franciscano foi ainda autor do “Pão dos Pobres”- Obra da Rua – Isto é a Casa do Gaiato” – Ovo de Colombo” – Viagens – Doutrina” – “Porta Aberta”



Vamos recordar o seu maravilhoso exemplo de fraternidade e de amor ao próximo  no dia 21 nos Templos do Sol, aldeia de Chãs - V.N. de Foz Cõa  - Na Celebração do Solstício do Verão 2017 , que começará com o tradicional cortejo alegórico a partir das 17. 30 H   - 

Fundador da Obra dos Meninos da Rua -. Sacerdócio dedicado a recolher crianças sem família ou de famílias carenciadas. – Percursor das oito Casas do Gaiato existentes (cinco em Portugal, duas em Angola e uma em Moçambique) ainda continuam a acolher crianças e jovens carenciados ou privados das suas famílias  




OH! CRISTO!... E NAQUELES DIAS A POBREZA DAS INFELIZES CRIANÇAS NOS SUBÚRBIOS DE LISBOA E PORTO! -- NÃO SÓ NAS COLÓNIAS!.. - AS ETERNAS SOFREDORAS «Olhe que não saem à rua por não terem nada que vestir» - In O Barredo” do Padre Américo – Em Homenagem ao Autor do Pão dos Pobres - Fundador da Casa do Gaiato - 23-10 -1887 a 16-06-1956 «Quem tiver olhos que veja e quem tiver ouvidos que oiça», está nas Escrituras Sagradas; mas o mundo com M grande contínua surdo e cego à única doutrina que o poderia salvar; espera remédio donde ele nunca poderá vir: dos homens."

Fundador da Obra dos Meninos da Rua -. Um sacerdócio dedicado a recolher crianças sem família ou de famílias carenciadas. – Percursor das oito Casas do Gaiato existentes (cinco em Portugal, duas em Angola e uma em Moçambique) ainda continuam a acolher crianças e jovens priva Fundador da Obra "Os Meninos de Rua", colocando o seu altruísmo ao serviço dos mais necessitados


"Pobres sempre os houve - disse Jesus Cristo. Mas isto não é Pobreza, é muito mais que isso, é a desgraça mais pungente e mais horrível, ao nosso lado, enquanto os nossos filhos vivem bem agasalhados do frio e da chuva, sob os tectos das nossas casas.


Que venham ver todos esses Filósofos e esses Pensadores da Igualdade e da Fraternidade Humana, no que deram as suas doutrinas, ou por outra, que remédio trouxeram à Miséria, através de tanto progresso, de tanta luz, tanta ciência, tanta igualdade.

Ah o pobre, o malfadado orgulho humano que não quer ver que a «vaidade» nunca enxugou uma lágrima,

Todas aquelas crianças, todas, têm aspecto doentio e são muito, muito mais de atender do que as outras que se vão buscar ó estrangeiro. Nisto levanta-se uma voz: «Venha aqui, padre». Era um quarto interior com janela para o saguão. Uma enxerga nua e duas criancinhas nuas. «Olhe que eles não saem à rua por não terem nada que vestir» - foi a magoada notícia de uma vizinha - «tenha pena padres». A mãe estava. É uma rapariga nova. O pai tinha saído: «Anda ó pé do rio». Como este, quantos não andam assim - quantos! Oh rio Douro, o que tu levas pró mar!




Saio da porta do número indecifrável. As duas juntaram-se outras; e, agora, são muitas as rneretrizes que me espreitam.

Mais labirintos. É tudo à beira-rio. Um quarto, aonde habitam pai, mãe e nove filhos. «Pagamos 170$00 por mês». Ontem morreu a mais velha, tuberculosa. «Foi ali, padre». Ali ... era uma enxerga. «Ficámos empenhados ... » Como se lê muitas vezes em «Aqui, Lisboa!», também esta família da Régua veio por aí abaixo". In Os Barredos - do Padre Américo.



MARAVILHOSO EXEMPLO DE FRATERNIDADE HUMANA E DE AMOR AO PRÓXIMO

Religioso português, Américo Monteiro de Aguiar nasceu a 23 de outubro de1887, em Galegos, uma localidade próxima de Penafiel, e faleceu a 16 de julhode 1956, no Porto. 
A sua família dedicava-se ao comércio, pelo que, por imposição paterna,Américo Aguiar seguiu a carreira comercial. Durante dezoito anos (1905-1923)trabalhou em Moçambique. 
Um ano depois de ter regressado da colónia portuguesa foi para Espanha,onde se tornou noviço franciscano. A sua nova carreira, dedicada aosacerdócio, estava escolhida. Em 1925 regressou a Portugal e entrou para oSeminário de Coimbra. Quatro anos mais tarde  era sacerdote.

Obras literárias como O Pão dos Pobres , Isto é a Casa do Gaiato e Doutrina ,caracterizam a imagem que hoje se tem de Américo de Aguiar.
Devoto a Deus, o Padre Américo preocupou-se, desde o início da sua carreira,em garantir melhores condições de vida aos mais desfavorecidos. Foi nessesentido que, em 1940, fundou a primeira Casa do Gaiato, uma instituição queainda hoje se dedica a recolher crianças sem família ou de famílias carenciada


 Como meio mais eficaz de dar a conhecer a sua obra, os seus ensinamentos eos seus propósitos, o sacerdote fundou o jornal "O Gaiato", que também serviapara angariar fundos investidos na sua causa. O seu estilo de escrita era diretoe esclarecedor, fazendo sempre referência à pobreza e miséria dos muitos queajudava e pretendia ajudar pelo país fora. 

No ano de 1951 lançou a ideia que denominou de "Património dos Pobres". Oobjetivo era o de promover, junto de todas as freguesias e de todas as paróquias, a ajuda aos mais pobres de cada região. A sua área de ação, emborase tenha estendido a várias zonas do país, foi principalmente o Porto, cidadeonde acabaria por falecer, com quase 69 anos de idade. 
A sua luta contra a pobreza e a exclusão social, todavia, não desapareceu comele. Sob a orientação dos seus seguidores foi fundada, em 1957, a casa do"Calvário", uma outra instituição criada para receber doentes incuráveis e abandonados pelas famílias. – Extraido de Artigo de apoio Infopédia - Padre Américo – Mais informação em Américo Monteiro de Aguiar – Wikipédia, a enciclopédia livre

terça-feira, 23 de maio de 2017

Incêndios do Verão poderão ser catastróficos - Bombeiros de Vila Nova de Foz Côa, recebem nova ambulância do município e na terra onde ainda se cultiva o voluntariado – Finalmente deixaram de prestar socorros com viatura avariada – A oferta decorreu no dia da cidade: dos 716 anos de foral outorgado por D. Dinis

Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação  e análise


INFELIZMENTE NÃO NOS ENGANÁMOS NAS  NOSSAS PALAVRAS  (Atualização)  Tragédia em Pedrógão Grande: 62 mortos confirmados – Governo declara Luto nacional - Pormenores mais à frente 





Dentro de um mês entra oficialmente o Verão mas os calores já  se fazem sentir nos dias mais claros e límpidos:  - Os  primeiros sinais de que, os dias de estio vão ser escaldantes, catastróficos, semeados de tragédias, já se avistam nos fumos tingidos de negro e de vermelho no horizonte  -   Com os homens da paz a debaterem-se com a mais que presumível devastação de vastas áreas ardidas. Isto, porque, muitas das aldeias (quase desertas) ou habitações,  já nem sequer são limpas dos  matos que as envolvem.

Dantes, as pessoas idosas, trabalhavam nos campos até caírem na cova; agora, mesmo antes de envelhecerem, acolhem-se nos lares até apodrecerem, abandonando-se a  um estado de torpor e de preguicite  e não querem saber das suas casas.

Infelizmente,este é panorama que vem sucedendo, desde há vários anos a esta parte, cabendo depois o perigosos fardo  aos corajosos voluntários  de exporem as suas vidas  no combate aos  fantasmagóricos sinistros 



Porém, estes abnegados e generosos espíritos, nem sempre contam com os justos apoios – E muitas das pessoas e entidades, só  se lembram deles quando as zonas que habitam são ameaçadas pelas chamas , os vêm a enfrentar as labaredas ou quando  são solicitados a prestarem os socorros de urgência. - Em Foz Côa, a população têm-os em apreço, admira a sua dedicação, e, no centro histórico da cidade e arredores, ou quando as suas viaturas deixam o quartel para uma urgência, por onde passam, toda a gente se lembra deles e nutre um sentimento de estima e admiração. No entanto,  nos bastidores das politicas caseiras , tem havido tricas e divisões, e é pena que sejam eles a sofrerem o ricochete de certas desavenças.

INFELIZMENTE NÃO NOS ENGANÁMOS NAS  NOSSAS PALAVRAS 


(Atualização)  Tragédia em Pedrógão Grande: 62 mortos confirmados – Governo declara Luto nacional



Este fogo é já considerado uma das maiores tragédias da história moderna portuguesa. Às 14h30 de domingo havia 62 mortes confirmadas, com previsão de que o número ainda venha a subir. A essa hora, o fogo ainda estava ativo e cercava algumas aldeias remotas nos concelhos de Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos. Havia registo de mais de 50 feridos, alguns em estado grave.

O Governo deliberou, por votação eletrónica, decretar três dias de luto nacional, a começar este domingo e a terminar esta terça-feira. Em causa está o número elevado de mortes provocadas pelo incêndio de grandes dimensões que lavra desde sábado em Pedrógão Grande, distrito de Leiria. A informação foi apurada pelo ECO junto de fonte governamental.

O luto nacional decreta que a bandeia nacional seja colocada a meia haste, assim como quaisquer outras bandeiras hasteadas com ela. É uma medida simbólica em homenagem às dezenas de mortos que o incêndio provocou, podendo trazer também algumas implicações para as agendas oficiais Governo decreta três dias de luto nacional pelas vítimas do fogo em  ...http://www.dn.pt/sociedade/interior/57-mortos-no-incendio-em-pedrogao-grande-8570918.html

Tragédia em Pedrógão Grande: O que se sabe até ao momento  - Um novo balanço do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande dá conta de 62 mortos. O número de feridos sobe para 62, de acordo com o balanço feito pelas 23h00. http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/tragedia-em-pedrogao-grande-o-que-se-sabe-ate-ao-momento

EPISÓDIOS DE HEROICIDADE Pedrógão Grande: Salvou a família numa carrinha em fuga por entre as chamas


É nestas alturas que o sentimento mais nobre de coragem de solidariedade se revela – Eis um dos exemplos: Um homem de 33 anos de idade, cuja casa, no concelho de Figueiró dos Vinhos, ficou "totalmente destruída" pelo fogo, no sábado, salvou-se a si e à família fugindo das chamas numa carrinha. http://www.dn.pt/sociedade/interior/pedrogao-grande-salvou-a-familia-numa-carrinha-em-fuga-por-entre-as-chamas-8571859.html


Mais da metade das vítimas (30) morreu carbonizada dentro de seus carros em uma estrada tomada pelo fogo. Entre os feridos, 18 foram levados para hospitais. Quatro bombeiros e uma criança estão feridos com gravidade.

São quatro frente de fogo ativas na região, que fica próxima a Coimbra e entre as duas maiores cidades portuguesas: Lisboa e Porto.
O aviso vermelho indica situação meteorológica de risco extremo, segundo o jornal Público, enquanto o laranja, o segundo mais grave em uma escala de quatro, aponta para um risco entre moderado a elevado – Mais pormenores em http://g1.globo.com/mundo/noticia/incendio-florestal-deixa-mortos-e-feridos-em-portugal.ghtml




ESTRANHAMENTE - Defesa da Floresta Contra Incêndios. O Município de Pedrógão Grande, através do Gabinete de Proteção Civil e Defesa da Floresta Contra Incêndios informa: A GNR, no âmbito da defesa da floresta contra incêndios vai efetuar dia, 27 de abril de 2017, uma fiscalização nas freguesias do concelho de Pedrógão Grande  Municipio de Pedrógão GrandDo Municipio de Pedrógão Grande


OFERECERAM-SE  MILHÕES À BANCA USURÁRIA - TODAVIA, ESQUECEM-SE AS CORPORAÇÕES DOS BOMBEIROS - 


De facto, Portugal já está arder em variadíssimos pontos de Norte Sul - E ainda o Verão mal começou. As profundas alterações climáticas, com a China e a Índia a poluir drasticamente a atmosfera para exportarem toda a gama de  quinquilharias para o ocidente, por via do liberalismo selvagem que permite que as fábricas europeias sejam instaladas onde  não se respeitam nem os mais elementares direitos humanos nem as mais básicas normas ambientais - Para depois nos invadirem com o seu comércio e esmagarem  o comércio local.

'Apocalipse' na China: poluição coloca meio bilhão de pessoas em alerta vermelho
21 dezembro 2016  -Quase meio bilhão de pessoas estão vivendo sob uma densa poluição no norte da China desde o final de semana passada, o que levou autoridades a colocarem 21 cidades e a capital, Pequim, em alerta vermelho. http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38393259


FOI HÁ 716 ANOS MAS HÁ MILÉNIOS DE HISTÓRIA  - As raízes do património histórico de Vila Nova de Foz Côa, perdem-se na noite dos tempos,  com os homens do paleolítico a servirem-se de elementares machados de pedra ou com outras lacas a desenhar a face lisa de placas de xisto, nos vales profundos do Coa, do Douro e outros afluentes, fazendo deste santuário o maior museu de arte rupestre ao ar livre, hoje Património da Humanidade

Sim, Vila Nova de Foz Côa, conhecida já pela capital de dois patrimónios da Humanidade – o das Gravuras Paleolíticas  do Vale do Côa  e o Douro Vinhateiro, em área é um dos concelhos maiores da região, com 14 freguesias e 7 anexas, em 398 kM2, mas, como todos os centros urbanos do interior, do Portugal profundo, com acentuada tendência ao despovoamento, já reduzida a menos de 4000 habitantes, depois de já ter o triplo.   – A sede do concelho foi elevada a cidade em 12 de Julho de 1997, mas o seu dia histórico é comemorado a 21 de Maio, data em que,  o Rei D. Dinis, em 1299,  lhe outorgou o foral,  renovado pelo mesmo monarca em 24 de Julho de 1314 e reformado pelo Rei D. Manuel em 16 de Julho de 1514

                     FINALMENTE HÁ NOVA AMBULÂNCIA


De entre as várias iniciativas recreativas, desportivas e culturais  - desde um Festival de poesia, à projeção de filmes, concertos musicais e outros eventos, que vêm preenchendo a agenda municipal, é de sublinhar a cerimónia que, no dia 21,  fez convergir  para a Praça do Município e  ao lado da belíssima e monumental Igreja matriz, o corpo de Bombeiros  Voluntários de Vila Nova de Foz Côa – Isto, porque,  haviam razoes para ali se dirigirem com muita satisfação



“O feriado municipal da Cidade, foi oportunidade para se inaugurar e benzer a nova ambulância de transportes de doentes, uma oferenda do executivo municipal á Associação Humanitária dos Bombeiros de Foz Côa.” – Lê-se na sua página do Facebook, donde recolhemos duas fotografias, assim como de outra página, de uma das cidadãs do concelho, freguesia de Chãs, Maria Amélia Lourenço, que tem dado muito do seu esforço e dedicação à nobre e humanitária associação, conjuntamente com o seu marido, António Pimentel Lourenço, ‎Presidente da Direção na Bombeiros Voluntários  de Vila Nova de Foz Coa, desde 2004.


“SÓ ASSIM SEREMOS FELIZES”

Depois de quatro anos de falta de transferências da Câmara Municipal para os Bombeiros ontem fez-se alguma justiça com a oferta desta nova ambulância para este Associação. Desejo que a partir de ontem com este ato solene se tivesse aberto uma nova era para esta Associação que está ao serviço da população do nosso concelho sem olhar a raça nem cor .Todos precisamos deles quando menos pensamos .Com os olhos postos no futuro e como cidadã deste concelho apelo aos responsáveis dos destinos do nosso concelho que ajudem as instituições com o dinheiro que é de todos .Peço bom senso e sentimentos de justiça para saber distribuir a Deus o que é de Deus e a César o que é de César. Só assim seremos felizes e é Isto que a população espera dos seus representantes .Assim Deus nos ajude.Vamos acreditar que ontem se deu o pontapé de saída para um futuro melhor” – Palavras de consolação e desabafo de Maria Amélia Lourenço, no Facebook..

 AGORA JÁ NÃO VAI SER  PRECISO IR PEDIR AJUDA AO CONCELHO VIZINHO - Pelo menos enquanto não avariar 


"Foz Côa: Bombeiros Com Ambulância Avariada Têm que Pedir Ajuda aos “Vizinhos Este era o titulo de um artigo publicado, em 18 de Janeiro do corrente ano,  no site da Associação Bombeiros Para Sempre . Que dizia o seguinte:
 
"Desde dia 3 de janeiro que os Bombeiros Voluntários de Foz Côa, distrito da Guarda, têm a ambulância de socorro alocada ao INEM avariada, o que tem condicionado o desempenho nos serviços de emergência médica. Um número de ocorrências atípicas nestas primeiras duas semanas do ano, em que só no dia 14 tiveram 50 chamadas, tem mobilizado os bombeiros da Mêda e de Torre de Moncorvo (Bragança) para que nenhum pedido fique sem resposta, e tem levantado também perguntas por parte dos utentes.


(…)os Bombeiros de Foz Côa têm uma área de abrangência significativa, contudo o número de ocorrências não costuma ser, mas este ano tem sido atípico”, explicou ao início desta manhã o comandante Rafael Almeida, que conta ao BPS que só no dia 14 deste mês tiveram cerca de 50 saídas de emergência. Muitas das solicitações acontecem em dose dupla, o que tem levado “a uma recusa do segundo pedido” visto que aquela corporação só dispõe de outra ambulância do mesmo género. O comandante da corporação entende que “é normal que a população ao aperceber-se que, muitas vezes, são os bombeiros da Mêda ou de Moncorvo a resolver estas situações, nos questionem”. Foz Côa: Bombeiros Com Ambulância Avariada Têm que Pedir Ajud

UMA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA QUE JÁ PASSOU DOS 80   - A SERVIR A COMUNIDADE E A MOLDAR O ESPÍRITO DE BEM SERVIR – REPLETO DE HISTÓRIAS E DE IMAGENS, ALGUMAS DAS QUAIS RECORDADAS NUM LIVRO 

A efeméride, com que foram  recordados,  os 80 anos de existência da Associação  Humanitária dos Bombeiros Voluntários de V. Nova de Foz Côa, teve honras de um excelente opúsculo, profusamente ilustrado e documentado, do qual fomos extrair algumas imagens e excertos de alguns textos, que aproveitamos  para aqui citar

"Estamos a saudar e a celebrar 80 anos de vida da Associação ao serviço das populações, na área da proteção e do socorro. Não podemos deixar de recordar os primeiros, como os que se lhes seguiram, dirigentes associativos, comandantes e bombeiros. 

As dificuldades das associações de bombeiros de norte a sul, são conhecidas.
Foz Côa, com a grande diminuição dos serviços de transporte de doentes/ dispersas por 3 entidades) e sem a necessária comparticipação da Câmara Municipal, mais se notam as dificuldades.

AJUDANDO A DESCOBRIR O SENTIDO ALTRUÍSTA AOS JOVENS

“A Direção da O Núcleo de Juvebombeiros de Vila Nova de Foz Côa, que visa a agregação, integração de novos jovens e a elaboração e desenvolvimento de atividades lúdicas e culturais, tem levado a cabo diversas ações, contribuindo para ajudar os jovens a descobrir um sentido altruísta, humanitário e voluntário, para qualquer causa, podendo e devendo ter um papel socialmente ainda mais ativo.”
Ficou para trás um esforça enorme, iniciado em 1933 e provavelmente nunca terminado. 

Ficou para trás a persistência dos homens que formaram as suas sucessivas Direções e daqueles que, com mais ou menos oficialização dos seus cargos, foram comandantes do Corpo Ativo, como os Srs. Seguro Pereira, José dos Santos Branquinho, Antero Sequeira Alonso, Amílcar Fernandes Chéu e Francisco Aguiar Gouveia. 

Ficou para trás a abnegação de centenas de homens, cujos nomes se não podem perder no tempo nem na história, porque, mais ou menos humildes, foram pessoas generosas que, nas horas de perigo, se esqueceram de si e dos seus e foram ao encontro dos que cerecíarn de proteção e de socorro. 

Não se podem esquecer quantos vieram ao encontro desta Associação, através da sua participação no Corpo Ativo, na Fanfarra, na Banda Musical ou na Escola de Música, atividades que são um índice claro do que os Bombeiros são capazes de realizar.
Como referia em 1984 o Sr. Dr. Manuel Pires Daniel: "Quem pode esquecer um José Joaquim Fonseca Pinheiro, um General Margarido, um Dr. Manuel Gonçalves dos Santos, um Major José Pais, um Dr. Jorge Caldeira? Quem se não há-de lembrar de um Júlio António Lopes, de um José Augusto Pinto ou de um José Joaquim Torres Teles? ….

BOMBEIROS POR EMPREGO - NA SOCIEDADE DE CONSUMO  JÁ TUDO TEM O SEU PREÇO – MAS TAMBÉM NÃO DEVIA SER NECESSÁRIO ESMOLAR PARA SOBREVIVER


Naturalmente que não é em todas as terras que os bombeiros se prestam ao voluntariado – Nos grande meios urbanos, muitos deles estão lá como forma de emprego  - Vejam-se estes exemplos: As vinte e oito corporações de bombeiros do distrito de Santarém ameaçam fazer um boicote às escalas de serviço no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF 2017) no verão. Esta tomada de posição é um protesto contra a redução de dez por cento no pagamento das comparticipações diárias aos operacionais,.  http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/bombeiros-ameacam-boicote-em-santarem?ref=Bloco_CMAoMinuto  

A época de incêndios ainda está longe da chamada fase Charlie, a mais crítica, mas o descontentamento que lavra entre os bombeiros voluntários já levou algumas corporações a ameaçar ficarem de fora do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), caso o Governo não reforce o financiamento que lhes destinou.  Mero pretexto Meios para combater fogos levam bombeiros a ameaçar boicote .


FOZ CÔA - VISTA  PELO  ESCRITOR AMÂNDIO CÉSAR (excertos)  - QUE, CONQUANTO AQUI NÃO TIVESSE NASCIDO, AQUI CRESCEU E AMOU ESTA TERRA   - Tive o grato prazer de o conhecer  1921 - 1987



Vila hospitaleira, sem dúvida, «mas esteve sempre dividida em partidos exaltados que à mais leve provocação se não poupam a hostilidades de toda a ordem, - vinganças, perseguições, pancadas, facadas, tiros, incêndios e mortes!» Certamente aclimatado ao sedativo verde minhoto, Pinho Leal esqueceu-se da braveza desta paisagem sem repetições; disperso pelas muitas terras que descreveu, faltou-lhe a perspectiva para cada uma; experimentado na doblez do carácter dos homens que conheceu e com quem contactou, sentiu-se estranho perante esta humanidade diferente; historiando ao de leve o Portugal Antigo e Moderno, relegou, com certeza o Portugal eterno, na perenidade das virtudes marcadas da ruça. Sobretudo não se lembrou de duas constantes: o homem e a terra. Esta moldando o seu habitante ao seu clima; aquele afeiçoando cada contorno à sua natural maneira de ser, mas ambos constituindo uma realidade que se completa, que se interpenetra, que é um todo que não pode ser estudado em fracções, uma de cada vez.

SUORES E FRUTOS

"A riqueza não lhes caiu do Céu - pródigo em calores infernais ou em frios  polares - mas avaro em tudo o resto. O pão de cada dia - o pão nosso que a Deus todos os dias rogam nos dai hoje vem-lhes da terra, a terra que biblicamente amanham com o suor de seus rostos. Bem sei - e de mais, quem o não sabe? – que eventualmente há o minério, designação geral dada à riqueza que jaz no mais recôndito seio da terra, quando a humanidade em conjunto perde a cabeça e decide derimir, pelo extermínio, aqueles problemas que podiam ser resolvidos pela boa vontade e pela boa fé; isso é, em nossos dias, quase cíclico. 

E também houve, em tempos que já lá vão e não tornam, a montagem da linha férrea que à Vila trouxe proventos, então, e até - quem o diria? ! - a criação de mais um hotel (assim se chamavam às casas de pasto) naquela terra sem turismo visível. Mas tudo isto são gotas de água, mais ou menos passadas, para mitigarem uma sêde ardente. Constante, constante real e verdadeira só a terra; daí que não espante a ninguém que o nome de tantas famílias seja, com exactidão, o nome dos produtos mais comuns à sementeira anual: Trigo, Centeio, Cevada, Serôdio, por exemplo, homologação que ultrapassa a simples e possível influência judaica.


Na realidade, se não fosse a terra, o que seria desta gente toda que desconhece - e que bem que isso é - os processos malthusianos de obstar à continuidade e proliferação da espécie? Suas velhas indústrias estrebucham na agonia, se é o mesmo que não morreram já. Os carretões foram, em grande parte, substituídos pela velocidade, comodidade, rapidez e baixo preço da camionagem; a manufatura da cordoaria - criação de larga visão de fomento do Marquês de Pombal, perante a riqueza da veiga da Vilariça que produzia cânhamo tão bom e tão abundantemente que nos libertava das onerações advindas da importação do cordame da Rússia - à semelhança da de Moncorvo, não pôde competir com a fabricação mecanizada e em série de outros centros industriais, nascidos e florescentes posteriormente; o fabrico do calçado grosso par a os homens da lavoura não tarda que estiole também ou então desapareça, dado que não aguentará a competição com os centros fabriqueiros, onde a máquina substituiu o braço, e o labor directo do homem, com vantagens - sem dúvida - diversas; a própria preparação do sumaagre, para a extinta indústria de costumes regionais, ou para a restante .laboração fica dispendiosa se a compararmos com o preço de seus substitutos químicos, modernos. "



Amândio César ( 1921 em Arcos de Valdevez, Portugal; 1987 em Lisboa) foi um poeta, ficcionista, ensaísta e crítico literário português, desenvolveu ainda, em Braga e em Lisboa, a atividade de jornalista comprometido com o Estado Novo. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi professor do ensino técnico. Foi um dos elementos do grupo Poesia Nova e o fundador da revista Quatro Ventos (Braga, 1954-1957). Como ensaísta e crítico literário, dedicou parte da sua atividade à divulgação das literaturas brasileira e africana de expressão portuguesa, nomeadamente a angolana, sempre de um ponto de vista "colonial" ou "ultramarino" mas sem discriminar os que politicamente lhe não eram pares Extraído de Amândio César - - Livro - «Angola 1961» - autor: Amândio César - Guerra do Ultramar