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terça-feira, 11 de abril de 2017

Páscoa da Paixão, Morte e da Ressurreição – Cristo tem piedade! As armas cantam o ódio e assassinam – Grito de fé e poético de D. Manuel dos Santos, Bispo da Diocese de S. Tomé e Príncipe - Em nome de Deus… “Os guerreiros da noite autonomeados purificadores da humanidade cantam o ódio e assassinam quem canta a vida, raptam, violam, matam e vestem-se de branco com as Aks escondidas … Calendário astronómico, com raízes ancestrais pagãs rege calendário móvel litúrgico de uma duas mais importantes festividades da Igreja Católica

Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador 

A Igreja Católica celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, como fórmula dos seus fieis  intensificarem  a vida espiritual,  através do exemplo deixado por Aquele que se deixou crucificar e morrer pregado numa cruz, em nome de uma fé e de um doutrina, que preconizava o despojamento, a humildade, o  amor ao próximo como a si mesmo, os valores da harmonia e paz,  a entrega ao recolhimento e à meditação, postura e  sacrifício que pode ser ao mesmo tempo rejuvenescedora e purificadora, como  via de ascese  e da espiritualidade, da transposição da efemeridade terrena para o chamado caminho, que vai  além da morte, o da ressurreição e da vida e eterna




Na perspetiva Cristã, este são os dias em que os seus  fieis são chamados para o comprometimento com uma nova vida, mais fraterna e solidária e para a superação através da oração e do esforço: quem ama sofre, pois mas só o amor revigora, redime e permanece.
 É também este  o significado que  se pode depreender das palavras do mais alto guia espiritual da igreja: “Quaresma o tempo favorável para os nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor – que, nos quarenta dias passados no deserto, venceu as ciladas do Tentador – indica-nos o caminho a seguir  Diz na sua Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 20

QUARESMA PASCAL  SOB O CORO DE HOSANAS NOS TEMPLOS CRISTÃOS E O ECO DAS BOMBAS SOB OS CÉUS LÍMPIDOS E PUROS DAS  AREIAS DO DESERTO – REGADAS DE SANGUE E DESTRUIÇÃO. 

Por estes dias, nos relatos da Paixão de Cristo. surgem expressões, como  o beijo de Judas ou a  traição de Judas a Cristo – Na verdade, nos tempos que correm, má muitos falsos Messias, evidenciando os mais larvares sorrisos, artificiais e hipócritas,  sim, há por este mundo fora, tato nos países subdesenvolvidos , como da mais avançada tecnologia, muitos conspiradores,  muitos judas e  tirano, capaz de venderem a alma ao diabo, de traírem a sua ideologia e o seu povo, movidos pela vil ganância e pelo egoísmo. Não olhando a  meios para atingirem os seus mais desumanos e cruéis objetivos, fomentando a exploração dos povos, oprimindo-os, delapidando as suas riquezas, seja pela via das armas, pela afronta criminosa e hostil, seja das formas mais engenhosas e disfarçadas.



Sim, ao longo dos tempos, a existência humana, com a toda a sorte de vicissitudes e atribulações, nunca deixou de ser dominada por lobos disfarçados de cordeiros ou de falsos profetas, não se importando de semear e a guerra e a destruição – E as noticias que abrem telejornais ou preenchem as manchetes dos jornais, é do que mais falam: de  violência e morte - . E, quem o fomenta, é sob o pretexto da defesa de uma corrente religiosa ou ideológica – Sim, mas tal como diria, Raul Brandão, “um herói não pode ser um político. Os heróis ou os santos só em momentos excecionais é que são compreendidos pelos homens vulgares. E, a bem dizer, o mundo atual é governado por vaidosos, gananciosos, corruptos e perigosos  medíocres -  E quantas  vezes em nome de crenças ou de um Deus em que prefiguram mais o papel de um Grande Satã de que o de uma  entidade Divina ou Sobrenatural orlada  pela centelha da Bondade e da Esperança

PÁSCOA E NATAL – DUAS FESTIVIDADE RELIGIOSAS QUE BUSCARAM NAS CELEBRAÇÕES PAGAS, A SUA ORIGEM

A Páscoa e o Natal, são as duas principais festividades cristãs, com raízes muito anteriores ao nascimento de Jesus Cristo e à sua doutrina, entroncam nas celebrações pagãs do solstício do Inverno e do equinócio da Primava, logo, portanto, com forte pendor astronómico: a festa da Natividade, tem data fixa, porém apenas a três ou quatro  dias, em que o sol, no seu movimento aparente,    atinge as posições máxima e mínima de afastamento (altura) em relação ao equador, máxima no solstício de Verão e mínima no solstício de Inverno, enquanto, a celebração da Páscoa, com data móvel, definida de acordo com o chamado “Cálculo Eclesiástico”, no ano de 325 durante o Concílio de Nicéia, o calendário cristão, rege-se igualmente pelo calendário astronómico, ou seja, o dia de Páscoa,  ou ressurreição de Cristo, ocorrida  três dias após sua morte, tem lugar no primeiro domingo depois da lua-cheia do Equinócio da Primavera.

Como facilmente se poderá compreender, os verdadeiros valores humanos e de pendor místico, quer sejam observados sob o ponto de vista das convicções religiosas ou apenas no plano platónico, do culto à Mãe-natureza, à celebração das estações do ano,  são indissociáveis dos ciclos das estações, em harmonia com as leis na Natura

UM EXEMPLO PASTORAL EDIFICANTE

Nem sempre os pastores das igrejas, são o melhor exemplo dos sermões que debitam no alto dos seus púlpitos ou das palavras bíblicas que expressam junto aos sagrados altares, todavia, é difícil que tais situações se passem quando,  além de fé e da sua intrínseca religiosidade, palpita a ferve poética,  corre no sangue das veias ou pulsa nos coração a voz da poesia, o sentimento da sensibilidade que faz da palavra alimento, transformação e energia,  


É, pois, o notável exemplo dado por D. Manuel dos Santos, o Bispo Português à frente dos destinos da Diocese  de S. Tome e Príncipe, que, desde há vários anos, vem abraçando, com todo louvável esforço, abnegação  e sacrifício. O qual, além de digno vigário da doutrina de Cristo, é também  aquele  que faz " dos poemas que foram nascendo  da fé feita meditação da Palavra, oração e partilha. Muitos brotaram  no silêncio da véspera , nas horas da noite que antecederam o sono, quando meditava a Palavra para a missa do dia seguinte. Meditava e escrevia as ressonâncias nascidas da Palavra. E nasceram orações, meditações, poemas de fé e de vida" 


EM NOME DE DEUS

Há corpos mutilados,
ensanguentados,
amontoados
no centro dos círculos dos homens
e estes cantam e dançam
embriagados pela violência
bebendo o sangue de corpos mortos
gritando urros de contentamento histérico…
as armas uma vez mais  falaram  a sua voz de morte
aniquilando  os poemas da liberdade

Os guerreiros  da noite
autonomeados purificadores da humanidade
embebedam-se nos uísque  que proíbem aos demais
dançam a morte negando  a outros as suas danças
cantam o ódio e assassinam quem canta a vida
raptam, violam, matam…
e vestem-se de branco
com as Aks escondidas
e rezam a Deus
e rezam a Deus
e rezam a Deus!!!!

Os sacerdotes de Jerusalém
os fariseus e saduceus
o tribunal  de Sinédrio
todos apontam o dedo a Cristo
e condenam-no à morte
em nome da Lei
Segundo a nossa Lei, Ele Deve morrer! (Jo 19,7)

A Lei , dirá  São Paulo, torna-se instrumento de morte
quando se idolatriza!

A Bíblia, o Alcorão, os Vedas….
transformam-se  num ídolo
quando servem para oprimir
para escravizar
para matar…

Nenhum Livro
nenhuma Lei
nenhuma Palavra de Deus
pode estar acima da vida de uma pessoa.

Deus não pode ser reduzido a um livro
a sua palavra não pode estrar prisioneira das nossas letras.

Um Deus que oprime
que esmaga a pessoa humana
que semeia o ódio e a violência
não pode ser Deus

Criamos Deus à nossa imagem e semelhança
arvoramo-nos em intérpretes da sua vontade
transformamos a “Lei” em caminho de opressão
e com ela aniquilamos um irmão!

Hoje na nossa terra continua a ser Sexta-Feira da Paixão
Cristo continua a ser condenado à cruz
e os sacerdotes e doutores da Lei
continuam a dizer :
Nós temos uma Lei
E segundo essa Lei Ele deve morrer!

Meu Deus é amor
e só quem ama permanece em Deus !  (1Jo 4,16)
Só quem perdoa  e estende a mão
só quem  semeia palavras de paz  e perdão
está  em Deus  e constrói o seu Reino

S. Tomé,  29 de Agosto de 2012

Tal como já nos referimos,  neste site, deu-nos a honra e o  prazer de participar na celebração do Equinócio  do Outono, em  23 de Setembro de 2015 - E, de facto,  embora, tendo encarado a sua deslocação, mais no sentido de caráter desportivo e de curiosidade científica, de que, propriamente movido por  qualquer outro intuito, ele foi realmente a grande alma do evento: pela sua espontaneidade, espiritualidade, sentido de humor e alegria - Disse poemas de sua autoria, cantou, contou histórias e cantou. 














Tu és a Luz
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor
Quem me segue não anda nas trevas,
mas terá a luz da vida (Jo. 8.12)

Nos caminhos escuros da noite
nas veredas das montanhas esquecidas
Tu me guias, Tu és a  luz!

Nas horas de angústia e de medo
nos momentos de solidão e dor
Tu me guias, Tu és a luz!

Nas tempestades do mar do silêncio
nas horas de abandono e tristeza
Tu me guias, Tu és a Luz

Nas veredas da sede e do cansaço
nos desertos  de areia e de miragens de enganos
Tu me guias, Tu és a Luz!

Eu sei que quem te segue
pode morrer numa cruz
mas descobre caminhos de vida
caminhos de luz!

São Tomé, 17 de Março de 2013

Do livro  Poemas de Vida e Fé


ALINHADOS COM O O FIM E O INÍCIO DE CADA UMA DAS  ESTAÇÕES  DO ANO



Local mágico, pleno de história e de misticismo, dos tais lugares  da terra onde a beleza e o esplendor solar  podem repetir-se à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.

Video registado na véspera do solstício do Verão

São conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – No maciço dos Tambores


SETE ALINHAMENTOS 


No Maciço dos tambores, até à presente data, foram descobertos sete alinhamentos: Pedra da Cabeleireira de Nª Senhora, atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios; a Pedra  do Solstício, alinhada com o pôr do sol do Solstício do Verão; "As Portas do Sol, alinhada com o nascer do sol  do Solstício do Inverno e o pôr do sol do Verão;  Pedra Phallus Impudicus, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno ;a Pedra da Ursa Maior com as sete fossetes, alinhada com os Equinócios e com simbologia ou enquadramento com  Ursa Maior e a Pedra Caranguejo,  atravessada pelos raios solares do pôr do sol dos equinócios


 D. MANUEL DOS SANTOS - A FÉ FONTE DE LUZ NOS CAMINHOS DA ORAÇÃO E DA POESIA 

D. Manuel António Mendes dos Santos, Bispo de São Tomé e Príncipe, nomeado pelo Papa Bento . e ordenado na manhã de 17 de Fevereiro, de 2007, no Santuário de Fátima, pelo Cardeal D. José Saraiva Martins, concedeu-me a feliz oportunidade  de me receber na sua residência, na capital das Ilhas Verdes do Equador, depois de me dar a honra e o prazer da sua visita na exposição “Sobreviver no Mar dos Tornados – 38 dias à deriva, inaugurada no passado dia 28 de Julho, no Centro Cultural Português – 

Durante esse gratificante   e honroso encontro, com o mais alto dignatário da Igreja Católica, neste  maravilhoso país, pude também conhecer um homem generoso e magnânimo, culto e devotado ao ensino da língua portuguesa, com enormes preocupações, tanto religiosas  como sociais, de apoio e ajuda alimentar às famílias mais carenciadas, nomeadamente, às crianças e idosos.  




É um profundo estudioso do passado histórico destas ilhas, que aprendeu a conhecer muito antes de ser nomeado Bispo – Ou seja,  o atento  historiador e também o poeta, autor de dois interessantes livros de poesia – “Momentos de Verde e Mar”: uma viagem de sentimentos e de sensações pelo mar e o verde da Ilha, por onde  perpassa  o sentir do homem que nasceu “marinheiro  em serra fria e nua/ Com naus de granito, lavrando as encostas redondas” (…) “onde a neve se acoita nos Invernos gelados” – E também autor de “Poemas de Vida e de Fé” – Livro este,  embora também nunca  arredio  do espaço envolvente onde a inspiração brota, em versos indissociáveis  do espaço geográfico, ambiental e paisagístico, onde se situa o seu criador,  mais eminentemente de cariz espiritual, a deambular pelos mistérios da fé, onde a poesia se solta, fecunda e livre,  moldada pelo silêncio e oração, de quem busca a luz que ilumina ”nos caminhos escuros da noite” nas veredas das montanhas  esquecidas”; “nos momentos de solidão e dor”; “nas horas de abandono e tristeza” ou “ nas “veredas  da sede e do cansaço”,   o guia e a luz que “descobre caminhos de vida/caminhos de luz!”  

Na verdade, tanto num livro como no outro,  persiste o testemunho do quanto são poderosas e determinantes as  origens, a influência das mais genuínas raízes da terra  natal,  os sentimentos  matizados por outra realidade,  no espaço e no tempo, livros estes  em cujos  versos  perpassam os mais belos momentos poéticos,  que não ficam atrás nem do regionalismo universal  de  Torga nem  do saudosismo de um António Nobre  - E até da metafísica do  Guardador de Rebanhos. Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa), quando lemos, de  “Manuel António dos Santos, estes belos versos

Fui guardador de rebanhos
sou guardador de rebanhos
corri atrás de cabras e ovelhas
que chamava pelo seu nome
todas tinham um nome
e eu chamava-as pelo seu nome
se não tivessem nome
não existiam nem eram minhas
mas existiam e tinham um nome
e eram minhas.


Excerto - São Tomé, 6 de Setembro 2009




Manuel António Mendes dos Santos, nasceu a 20 de Março  de 1960, em São Joaninho, pequena aldeia de Castro do Concelho de Castro Daire, distrito de Viseu,
Frequentou os Seminários da Diocese de Lamego até aos 18 anos. Nessa altura, ingressou na Congregação dos Missionários claretianos, tendo sido ordenado sacerdote, na sua terra natal, em 13 de Julho  de 1985.

Em Dezembro de 1993, teve a primeira experiência de África, ao desembarcar em Luanda, Angola, a caminho de São Tomé e Príncipe, país onde desenvolveu a sua ação missionária até Abril de 1995, seguindo, uns meses depois, para Roma,  a fim de continuar estudos de especialização.

Regressa a Portugal, em 1997, assumindo a paróquia de São Sebastião,  na cidade de Setúbal. Em Abril de 2001 é escolhido como Superior Provincial da sua Congregação, cargo que desempenhou até 1 de Dezembro de 2006, altura em que foi nomeado Bispo de São Tomé e Príncipe.

É neste país de África que tem atualmente a sua residência, ao serviço de Deus e das pessoas. “ – Mais pormenores em Agência Ecclesia - Novo Bispo escreve à Diocese de São 




Na manhã de 17 de Fevereiro, no Santuário de Fátima, foi ordenado bispo D. Manuel António Mendes dos Santos, nomeado bispo de São Tomé e Príncipe.
O bispo ordenante principal foi o Cardeal D. José Saraiva Martins.
D. Giovanni Angelo Becciu, núncio apostólico em Luanda, e D. Damião António Franklin, arcebispo de Luanda e presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe, foram os dois outros bispos ordenantes, na presença de quase todo o episcopado português, incluindo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, e de dezenas de sacerdotes.

Testemunharam a ordenação do novo Bispo de São Tomé, realizada no Centro Pastoral Paulo VI, mais de duas mil pessoas.

No momento da homilia, o Cardeal Saraiva Martins recordou as três funções dos bispos – ensinar, governar e santificar – e pediu a D. Manuel António dos Santos que trabalhe “para o bem da Igreja e de modo especial da Igreja de S. Tomé e Príncipe, onde, desde há oito décadas, os Missionários do Coração de Maria se dedicam à evangelização de um povo”. Mais pormenores em Ordenação Episcopal de D. Manuel António Mendes dos 



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