CELEBRAÇÃO DO EQUINÓCIO DO OUTONO 2O12
ALDEIA DE CHÃS (FOZ CÔA) SANTUÁRIO DA PEDRA DA CABELEIRA DE NOSSA SENHORA - TAMBORES-MANCHEIA
Hora de Verão - 22 de Setembro - 08.00-08.30 horas
Participe - Celebre connosco a Estação das Colheitas e dos Frutos. De forma simples, livre e descomprometida mas com o coração e o peito abertos, avidos de esplendorosa consolação, de purificadora energia e sublime beleza! Não vamos envolver-nos em despesas, pois os tempos vão difíceis, a festa fica ao critério de cada um: se tiver um instrumento pode utilizá-lo. Só na Primavera e no Verão, contaremos com os gaiteiros ou outro tipo de música adequada. Mas vamos estar lá e ler (e pedir para ler) alguns poemas alusivos ao momento. Se puder. não falte: a imagem que poderá contemplar, estamos certos, valer-lhe-á por um milhão de palavras - Sim, se lá for, não se arrependerá da magia telúrica do local e do esplendor solar que não deixará de lhe harmonizar a alma, deslumbrar-lhe os sentidos, maravilhar o seu olhar.
Jorge Trabulo Marques
O privilégio de um momento que consuma e que liberta,a que se deve? Não ao tempo que é só fluir anónimonão a nós próprios que desamparados vacilamossem o poder de suscitar os sortilégiosde uma duração de formosura extremaE Deus esse ausente absoluto não derrama a beleza da sua graçasobre as cabeças devastadas que em vão esperam o bálsamo de uma | transparente pausaNós desejamos esse momento solar em que a luz elide o tempoe instaura o vagaroso instante de uma deslumbrada lucidezque não quer ser mais que o absoluto fulgor em que a vida é uma | coluna e uma chamaMas o nosso desejo não possui o dom de gerar a rosa viva que dir-se-ia uma dádiva e é talvez a reminiscência do primeiro | jardimporque é a representação da nudez tão plácida e intensa tão | verdadeiramente nuacomo se o corpo se revelasse no esplendor do seu silêncio | de adolescência pura
António Ramos Rosa - In O Alvor do Mundo
Poema escrito, 23 de Março de 1993 - Com a luz equinocial de outra estação, que divide da mesma maneira por igual o dia e a noite
O privilégio de um momento que consuma e que liberta,
Poema escrito, 23 de Março de 1993 - Com a luz equinocial de outra estação, que divide da mesma maneira por igual o dia e a noite
Nenhum comentário:
Postar um comentário