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sábado, 15 de setembro de 2012

EQUINÓCIO DO OUTONO 2012 - 22 DE SETEMBRO - NA PEDRA DA CABELEIRA: - SAÚDE O CLARÍSSSIMO BRILHO QUE DÁ A ÚLTIMA TONALIDADE E SABOR AOS FRUTOS, COM OS ESPLENDOROSOS RAIOS DO NASCER DO SOL DA ESTAÇÃO MAIS ROMÂNTICA E NOSTÁLGICA DO ANO








  CELEBRAÇÃO DO EQUINÓCIO DO OUTONO 2O12

 

 

ALDEIA DE CHÃS (FOZ CÔA)  SANTUÁRIO DA PEDRA DA CABELEIRA DE NOSSA SENHORA - TAMBORES-MANCHEIA

Hora de Verão - 22 de Setembro - 08.00-08.30 horas

 

  

Participe -  Celebre connosco a Estação das Colheitas e dos Frutos.  De forma simples, livre  e descomprometida mas com o coração e o peito abertos,  avidos de esplendorosa consolação, de purificadora energia e sublime beleza! Não vamos envolver-nos em despesas, pois os tempos vão difíceis, a festa fica ao critério de cada um: se tiver um instrumento pode utilizá-lo. Só na Primavera e no Verão, contaremos com os gaiteiros ou outro tipo de música adequada. Mas vamos estar lá e ler (e pedir para ler) alguns poemas alusivos ao momento. Se puder. não falte:   a imagem que poderá contemplar,  estamos certos, valer-lhe-á  por um milhão de palavras - Sim, se lá for, não se arrependerá da magia telúrica  do local e do esplendor  solar que não deixará de lhe harmonizar a alma, deslumbrar-lhe os sentidos, maravilhar o seu olhar.

  Jorge Trabulo Marques

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 












O privilégio de um momento que consuma e que liberta,
a que se deve? Não ao tempo que é só fluir anónimo
não a nós próprios que desamparados vacilamos
sem o poder de suscitar os sortilégios
de uma duração de formosura extrema
E Deus esse ausente absoluto não derrama a beleza da sua graça
sobre as cabeças devastadas que em vão esperam o bálsamo de uma
                                                                                    | transparente pausa
Nós desejamos esse momento solar  em que a luz elide o tempo
e instaura o vagaroso instante de uma deslumbrada lucidez
que não quer ser mais que o absoluto fulgor em que a vida é uma
                                                                               |  coluna e uma chama
Mas o nosso desejo não possui o dom de gerar a rosa viva
que dir-se-ia uma dádiva e é talvez a reminiscência do primeiro
                                                                                                  |  jardim
porque é a representação da nudez tão plácida e intensa tão
                                                                     | verdadeiramente nua
como se o corpo se revelasse no esplendor do seu silêncio
                                                                          | de adolescência pura

António Ramos Rosa  - In O Alvor do Mundo

Poema escrito, 23 de Março de 1993 - Com a luz equinocial de outra estação, que divide da mesma maneira por igual o dia e a noite

Como singela homenagem a António Ramos Rosa, de quem tenho o grato prazer de ser seu amigo e ter tido a oportunidade do convívio de agradáveis e inesquecíveis momentos. Ele o poeta da claridade, o autor do Estar Só é Estar no Íntimo do Mundo, de A Festa do Silêncio do Para um Amigo Tenho Sempre  ou  É por Ti que Escrevo - Entre tantos outros lindos poemas

"A sua obra poética é extensa, tendo-se estreado com o livro «O Grito Claro», primeira obra da colecção de poesia «A Palavra» dirigida pelo poeta algarvio e seu amigo de longa data Casimiro de Brito. Nos últimos anos a escrita do autor tornou-se mais centrada na linguagem, facto de que é paradigma o livro "Génese" (Roma Editora). António Ramos Rosa, poeta maior, com a dimensão global que a sua obra atingiu, tem favorecido e contribuído, no panorama nacional, para a afirmação e visibilidade da poesia do Algarve. InANTÓNIO RAMOS ROSA: POEMAS, POESIA, ANÁLISE DA OBRA ...

Sim, ele o maior  poeta vivo português, nascido em plena estação do Outono,  a quem desejo calorosamente que complete os seus 88 anos no dia 17 de Outubro (e perdure muito para além deles) com saúde e a mesma lucidez e sensibilidade com que nos tem maravilhado com os seus belos versos


 

Equinócio – Wikipédia, a enciclopédia livre

 





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