à amplidão dos grandes espaços, aos silenciosos caminhos e atalhos,
trilhos milenares, que vos hão-de levar ao reino misterioso
das Quebradas e dos Tambores, vasto planalto sulcado
por cerros morros, semeado por negros penedos,
rasgado por rudes penhascos,
ladeado por muralhas de ladeiras escalvadas,
denegridos flancos muito agrestes, muito abruptos,
coroados por esfíngicos bustos, desnudadas fragas,
hercúleos titãs, figuras míticas e trágicas,
há muito divinizadas por homens de outrora
e pelos olhares sagrados dos seus deuses
que, em rituais bárbaros, os adoravam e invocavam!
Vinde Ver esses antigos sacrários! Vinde Visitá-los
Às 08.00 - 0830 horas
O gigantesco templo megalítico, conhecido tradicionalmente por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, tem aproximadamente 4,5 metros de altura, por 4 de comprimento, e 2,60 de largura. Ao centro e junto à sua base de apoio, é atravessado por uma câmara, que abre em arco, com 2,08 de largura, por 85 cm de altura, terminando com uma abertura um pouco mais baixa e larga. A referida gruta, em forma de semi-arco, está orientada no sentido nascente-poente e é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol ali aponta os seus raios ao erguer-se sobre o vasto afloramento granítico, conhecido pelo maciço dos Tambores, próximo ao antigo Castro do Curral da Pedra, na vertente do qual se ergue outro impressionante megálito, apontado ao solstício do Verão, a que chamam Pedra do Sol, ou o “Stonehenge Português”. .Ambos os monumentos pré-históricos, situam-se na aldeia de Chãs e dentro do perímetro do Parque Arqueológico do Vale do Côa, nomeadamente de dois dos principais núcleos de gravuras paleolíticas: Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca – este no termo da própria freguesia, margem esquerda do Côa.
EM ACÇÃO DE GRAÇAS PELA LUZ QUE TUDO VIVICA, AMADURECE E TRANSFORMA
Equinócio do Outono – dia 22 - momento em que o dia e a noite se repartem e a Terra é iluminada pelo Sol de igual forma no hemisfério sul como no hemisfério norte – Vamos celebrá-lo junto ao portal do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, às 08.00, momento em que os raios solares começam atravessar a sua graciosa cripta.
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