A noite do fim do ano assume sempre um significado especial. Para os mais novos é o cimentar da juventude, que se robustece. Enquanto para os mais velhos, é um degrau que pesa nas suas vidas. E eu encontro-me já nesta fase. No entanto, não tenho por agora ainda razões para me preocupar. Haja saúde. mas esta não depende totalmente da nossa vontade. Porém, querendo, também podemos evitar muita coisa. Pelo contrário, o avançar da idade, é também o tempo em que se reflecte profundamente no curso da vida. Eu faço por reflectir na vida: nas razões pelas quais a vida foi criada. Do homem, de todos os seres e do próprio Universo. Será que é obra do acaso e não tem nenhuma finalidade? Eu creio que existe algo programado e que tudo tem a sua missão. E o homem, como ser pensante, que raciocina, que já atingiu um grau evolutivo mais avançado, não deve abdicar da sua condição.
Há porém aqueles que procuram aturdir-se com o álcool e com a música barulhenta e certas diversões para não pensarem demasiado na vida. Sim, pensar chega a ser algo pesado. E quem pensa muito tem mais dificuldades em sentir-se feliz.
É por isso que esta noite do fim do ano é aproveitada, por muitos, para se aturdirem. Também já houve tempo em que assim procedi. E sinto pena desse tempo perdido. Não saí à rua na noite de Natal, nem no dia de Natal. Aliás, passei quase dois dias sem me deitar. A escrever. Alheio ao que ia lá por fora. Tal como aconteceu esta noite. Também não me interessa nada do que se passa lá por fora.
DEIXAREMOS O CICLO DO TIGRE - NA ASTROLOGIA CHINESA - E INICIAREMOS, NO DIA 3 DE FEVEREIRO, O CICLO DO COELHO ... TODOS AQUELES QUE SE SINTAM PRISIONEIROS, COM A FALTA DE LIBERDADES NOS SEUS PAÍSES OU NOS SEUS CORAÇÕES, VÃO SENTIR UMA NECESSIDADE IRREPRIMÍVEL DE FUGA, DE EVASÃO, DE SE EXPANDIREM E DE LIBERTAÇÃO.
Sinto que o meu cérebro se desposou de algo que subitamente lhe aflorou mas que já não lhe pertence. E a vidência é algo que não se força, acontece de forma natural. A vidência não surge sempre que nos apetece. E o que vou escrever nem sei será propriamente já vidência. Não é a mesma coisa de certos fenómenos que já descrevi neste blogue. Em todo o caso, não há como que apelar a uma certa navegação. Vou ver o que a minha sensibilidade me reserva.Espero que a minha mente retome o fio à meada. Se agora não conseguir, oxalá o alcance num dos próximos dias.
No campo do desporto, a equipa do Futebol Clube do Porto continuará a ser a melhor equipa portuguesa da actualidade e uma das maiores da Europa. O treinador Jorge Jesus, é bom demais para estar ao serviço de Luís Filipe Vieira. Este não o merece. Não vai ter tarefa fácil. Mas os cifrões é que mandam..
O nosso Cristiano Ronaldo, vai continuar a brilhar nos campos de futebol, mas José Mourinho, vai ter pela frente grandes dificuldades de relacionamento com a direcção do clube, independentemente da prestação da equipa que treina. Continuo a pensar que a mentalidade latina - sobretudo espanhola e portuguesa - é-lhe muito adversa e não se compaginam com o seu espírito solto e avançado. Já disse noutro poste onde ele se sente melhor, pese certo chauvinismo tradicional para com os portugueses. Só que ele é especial. E do signo coelho, dificilmente se deixa caçar. Sabe tornear os obstáculos. Mas há duas taças que vejo brilhar nas suas mãos.
E, afinal, o que bom nos trará o ano 2011? - Não vou deter-me em pormenores. Apesar de tudo, no domínio da ciência (descoberta de novos medicamentos, e vacinas para a sida e cancro; a continuação de boas novidades na área da investigação das novas tecnologias, grandes avanços nos transportes) , temos pelo menos de continuar a acreditar que vão continuar haver progressos muito importantes.
Por cá, no campo da política, prefiro não me pronunciar. A única coisa que poderei dizer é que, em termos de saúde, o ano não vai ser muito favorável a José Sócrates, à sua família . Mas é apenas mero pressentimento. O avinhar é mistério supremo e a vida a Deus pertence. Tanto assim que é bom sonhar: sonhar que a saúde nunca nos falta e se é eterno. E, por hoje, vou ficar-me por aqui. São quase seis da manhã. As postagens têm a hora do Brasil, mas eu tenho a mente e os pés por cá.
Desta vez não me desloquei à minha aldeia a peregrinar e meditar, solitariamente, por sagrados lugares: passar a noite no solar dos ventos uivantes (local privilegiado dos sabbathes da antiga irmandade das "Filhas do Anjo da Luz") ou deambular por outros ermos e canadas. Essa purificação faz-me falta. Vou ver se lá dou um saltinho em Janeiro.
Esforço-me por alcançar a extrema lucidez. Gosto de estar muito lúcido. Abomino o álcool e tudo quanto me possa perturbar a mente. E esta, abre-se e expande-se, não se julgue que dormindo e comendo muito. O sono é reparador das células mas – sendo prolongado – é entorpecedor, amolece e atrofia a lucidez e a clarividência. É por isso que chego a estar, às vezes, dois a três dias sem me deitar. É pena perder-me em questões de âmbito mais temporal. Sim, não posso ficar alheio aos problemas que nos afectam: vejo com preocupação a neurose para onde caminha a actual sociedade. E sinto que sou apenas um pequeno grão de areia no meio de um imenso areal. Nada posso fazer. Sim, não me posso render a cruzar os braços.
Forjei alguma da minha intuição mediúnica, na cultura africana ancestral. Esta é por natureza positivista e baseada no culto dos rios, dos mares, da terra, das planícies, montes e montanhas, dos animais, flores e frutos, em perfeita união e harmonia com o espírito dos seus magos e mártires. E do lugar. Se assim não fosse, ter-lhes-ia sido muito difícil sobrevir, face a tantas agressões e vicissitudes ao longo dos tempos. Sobretudo depois de que o europeu ocupou as suas terras . Ela é a matriz da humanidade. Aprendi boas coisas com as minhas amigas e amigos africanos. Que muito contribuíram, até, para que, em determinadas façanhas marítimas, não soçobrasse à fome, à sede e à solidão e ao mais completo abandono.
Não sou sou propriamente um fatalista, mas um crente fervoroso na evolução da vida. E na reencarnação do espírito por várias fases. No entanto, por outro lado, acredito que, está de tal maneira já tudo programado, no calendário do tempo, que as coisas tem que seguir o seu curso, o seu programa pré-destinado. Pelo planeta terra já passaram várias civilizações e, aquela em que vivemos, não será a última. Terá o seu auge e a sua decadência. Ainda não chegamos lá. Mas vamos-nos aproximando a passos largos.
E, já agora, que a mente parece querer voltar abrir-me uma janela, referindo-me à humanidade, afinal, que novidades nos trará este Novo Ano?! …Como é fácil de depreender, os problemas ambientais continuarão agravar-se devido às alterações climáticas:cheias devastadoras, nevões nunca vistos (sim, ainda não ficam por aqui), tufões e derramamentos. Muitas noticias irão abrir os telejornais, e não as melhores, naturalmente. Porque, hoje em dia, a notícia só é notícia, se for negativa. Infelizmente, dá-se prioridade ao sensacionalismo e ao negativismo. É um dos primeiros sinais de que nos estamos aproximar do cume. A partir daí é só rolar monte abaixo.
Ainda há um certo caminho pela frente de ascensão mas já faltou mais. Bom, a mente diz-me que a China e o Brasil vão ser os países que mais vão crescer economicamente. Na zona euro, o barco alemão, continuará no comando mas o euro sofrerá um rude golpe, pese algumas boas vontades. Não será nenhuma catástrofe. Ainda vai aguentar-se por mais algum tempo. Porém, quando as coisas assentam em razões artificiais e não visam o bem comum, mais cedo ou mais tarde, acabam por sucumbir. A Portugal e a Espanha, é tempo de reflectirem que só lhes restará (mais dia menos dia), além de nos inserirmos numa liga de futebol (Portugal teria a ganhar mais), criar-se uma moeda única: esta sim, assente em fundamentos históricos, de situação geográfica e tinha a sua lógica. A outra é contra-natura e só favorece o eixo franco-alemão.
A união europeia foi criada com o objectivo de fortalecer as economias da Alemanha e da França e não para favorecer os países periféricos e mais pobres. A Inglaterra é uma ilha e olha para o resto da Europa como se não fizesse parte dela e se situasse ao seu lado. Sente-se mais identificada com o irmão americano. Aproveita-se mas não está disposta a sacrificar-se muito por ela. Os ingleses, mais velhos, ainda não sararam completamente o seu ódio aos alemães e as novas gerações, acham que a sua segurança reside neles e na bengala estendida do lado de lá do Atlântico.
Bom, não venho aqui armado em adivinho a debitar previsões. E tão pouco me quero arvorar em profeta da desgraça. O que discorro espontaneamente, creio que é um pouco misto de sensibilidade intuitiva e vidente, racionalista e analítica . O meu maior receio – ao longo do novo ano – não é o ruir ainda das economias de alguns países, como Portugal, mas o ruir de algo mais grave. Sim, prevejo que o número 2011, não será propriamente o mesmo que o 2001, mas não andará muito longe. Vai ruir muita coisa, com um castelo que se desmorona ou um baralho de cartas que se desfaz.
ii
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