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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

EQUINÓCIO DO OUTONO 2010 - RECEBIDO AO NASCER DO SOL NA PEDRA DE NOSSA SENHORA DA CABELEIRA, MONTE DOS TAMBORES, ALDEIA DE CHÃS - FOZ CÔA


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TEMPLOS DO SOL - VOLTAM A SER LUGAR DE PEREGRINAÇÃO E DE ESPLENDOR SOLAR, TAL COMO HÁ MILÉNIOS
- ocasião única para uns inesquecíveis momentos de meditação e de recolhimento - Venha deleitar o espírito, esquecer-se, pelo menos por um dia, de algumas agruras ou vicissitudes da vida e extasiar o seu olhar ante o sublime e o belo. Desta vez não lhe prometemos outro espectáculo senão aquele que os seus olhos, poderão desfrutar, em silêncio, ante a entrada dos raios solares através do gracioso portal do alinhamento sagrado. Associe-se à renovação de mais um Ciclo do Planeta Terra, no Hemisfério Norte. Não perca a rara oportunidade. O Sol, quando nasce, é para todos. Mas existem, no entanto, lugares especiais, onde o seu brilho é como que abençoado e santificado, marca realmente toda a diferença! - Algo tão extraordinário e mágico na sublimidade da sua ascensão, que não deve ser desperdiçado, nem por um instante!


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Se quer reviver a mesma imagem que os nossos ancestrais veneravam, o mesmo esplendor solar contemplado pelos povos, que se abrigavam nas cabanas ou por entre as concavidades das rochas, em estreita convivência com a natureza e conhecedores de muitos dos seus segredos, não deixe de estar presente, entre as O8.OO e O8.3O, dia 23, em mais um acto evocativo, no Monte dos Tambores, onde será assinalada a entrada do Equinócio do Outono.

Não tinham relógios nem calendários, como hoje os temos, mas nem por isso deixavam de saber quando uma estação terminava e outra começava. Erguiam enormes blocos ou aproveitam-se de outros já existentes e adaptavam-nos para as suas observações astronómicas. Fazendo deles, além de verdadeiros monumentos, também os seus locais de culto e de cura. Muitos caíram no esquecimento ou foram destruídos. Porém, outros, ainda subsistem em vários pontos do Globo: o mais famoso é Stonehenge e, em Portugal, os templos do sol, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, onde são celebrados os ciclos do ano e evocados, tempos idos.

They had no clocks or calendars, as we have today, but nonetheless failed to tell when one season ended and another began. Stood huge blocks or take advantage of other existing and adapted them to their astronomical observations. Making them but true monuments, also their places of worship and healing. Many fell by the wayside or been destroyed. However, others remain in various parts of the world: the most famous is Stonehenge, and Portugal, the temples of the sun, the mass of the Drums, Chãs village, where they celebrated the cycles of the year and evoked bygone days..  Tradutor Google

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Imagem do recinto da Pedra da Cabeleira, no Monte dos Tambores e da Amalgama Companhia de Dança - na Celebração da Primavera 201
Vem aí a estação em que, aqueles que se entregam ao amanho da terra, poderão sentir a recompensa de um longo e árduo ano de trabalhos na cada vez mais difícil actividade agrícola. As manhãs já começaram a refrescar e os dias vão igualar-se às noites no próximo dia 23. A Primavera cobriu-se de flores, o Verão amadureceu os frutos, e agora, com a despedida dos abrasivos dias do Estio, é o Outono que nos revisita e contempla, com o produto das saborosas colheitas.

As castanhas já fumegam nas panelas ou nas brasas. As uvas já se vindimam e os socalcos e valados não tarda que se transformem em verdadeiros quadros de garridas aguarelas. As folhas das amendoeiras, figueiras e de outras árvores, amarelecem e vão deixando cair as folhas - É a estação dos dourados tons nostálgicos, que se aproxima. E que propícia aos pintores e poetas, e também aos namorados, os momentos da mais saudável convivência e romanismo, inspiração poética, recolhimento e entrega com a própria natura..
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Jorge Trabulo Marques – da Comissão Organizadora das Celebrações










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Uma névoa de Outono o ar raro vela,
Cores de meia-cor pairam no céu.
O que indistintamente se revela,
Árvores, casas, montes, nada é meu.


Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono.
Sim, sinto-o eu pelo coração, o como.
Mas entre mim e ver há um grande sono.
De sentir é só a janela a que eu assomo.


Amanhã, se estiver um dia igual,
Mas se for outro, porque é amanhã,
Terei outra verdade, universal,
E será como esta [...]


Fernando Pessoa




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