PEDRA DA CABELEIRA DE NOSSA SENHORA
EM CHÃS, CELEBRA EQUINÓCIO DA PRIMAVERA,
DIA 20 DE MARÇO, AO NASCER DO SOL
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planalto do maciço dos Tambores, a curta distância da aldeia de Chãs, é uma vez mais o cenário mítico para assinalar a entrada das estações do ano. Exceptuando o Inverno, que é o tempo em que o frio se instala e os dias se tornam cinzentos e frios - o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objectivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, certamente legamos as nossas raízes étnicas e culturais mais profundas.
EM CHÃS, CELEBRA EQUINÓCIO DA PRIMAVERA,
DIA 20 DE MARÇO, AO NASCER DO SOL
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planalto do maciço dos Tambores, a curta distância da aldeia de Chãs, é uma vez mais o cenário mítico para assinalar a entrada das estações do ano. Exceptuando o Inverno, que é o tempo em que o frio se instala e os dias se tornam cinzentos e frios - o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objectivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, certamente legamos as nossas raízes étnicas e culturais mais profundas.
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Em cerimónia simples, mas de expressivo simbolismo, pendor místico e histórico, a saudação à entrada da Primavera - a mais desejada e florida estação do ano - vai ser assinalada, no próximo dia 20, entre as 07.00 e a 07.30 da manhã, frente ao portal do antigo altar sacrificial do santuário rupestre, conhecido por Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, com momentos de música e poesia, bem-dizendo e festejando os dias primaveris e gloriosos que se anunciam.
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O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce। E é, justamente, esse momento, esplendoroso, que poderá ser uma vez mais observado. Graças as duas colaborações fundamentais: à compreensão dos proprietários dos terrenos, onde os dois megálitos se localizam (a Pedra do Solstício e a Pedra do Equinócio), nas pessoas da médica Teresa Marques e do seu marido, Fernando José Baltazar), bem como da inestimável colaboração de António Lourenço, da Junta de Freguesia de Chãs, bem como outras boas vontades: nomeadamente, Silvério Baltazar, Fernando Baltazar e Jacinto Lucas....
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Como já vai sendo habitual, o convite é dirigido não só à população da aldeia, do concelho e da região, mas também a estudiosos, investigadores, aos adoradores do sol e a todos aqueles que se interessem em aprofundar o passado histórico e cultural destas terras, em celebrar os ciclos da natureza, as tradições e os seus cultos ancestrais? E, de facto, vários especialistas, de reputada craveira, já por ali passaram e nos deram valiosos contributos? Desde Adriano Vasco Rodrigues - quem primeiro se debruçou sobre a importância do referido monumento, a Sá Coixão - a que o nosso concelho deve o levantamento da carta arqueológico dos principais sítios de reconhecido interesse, bem como importantes escavações? Aos técnicos do Parque Arqueológico, que nos acompanharam nos primeiros eventos e cuja Directora do PAVC, Alexandra Lima, já nos garantiu disponibilidade de cooperação।
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Mas também outros especialistas, de reconhecido mérito e prestígio, ali estiveram। Refiro-me ao astrónomo Máximo Ferreira ao sociólogo, Moisés Espírito Santo. Cujas observações, no plano interpretativo da toponímia da área, nos disponibilizou, já um curiosíssimo artigo, que contamos publicar numa das próximas edições de O Fozcoense. Além da presença destas figuras, que nos deram valiosos testemunhos, também já ali esteve o escritor e radiestesista, Tom Graves - Um conceituado investigador inglês, que vive na Austrália, e que se deslocou, de tão longe, para, expressamente, estudar e conhecer aqueles monumentos megalíticos, assim como outros vestígios arqueológicos existentes. E, na verdade, pelo que pudemos constar, ao acompanharmos-lo, durante os três dias em que nos honrou com a sua visita, surpreendeu-nos com interessantíssimas análises e descobertas Mas, para nossa satisfação, também já outros reputados estudiosos, nos manifestaram o desejo da sua colaboração - tais como Mila Simões de Abreu (a tão popular heroína do Côa, docente da UTAD e, actualmente, convidada na famosa Universidade de Cambridge), bem como, Fernando Coimbra, da Universidade Conimbricense. Claro que todos estes meritórios contributos, são motivo de regozijo para nós. No entanto, estamos abertos a todas as opiniões, sejam elas quais forem, de modo a fazer-se luz sobre um passado, todo ele ainda envolto em muitas brumas e mistérios.
Jorge Trabulo Marques - Da Comissão Organizadora.
Texto a publicar na edição de 15 de Março – no jornal O Fozcoense
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