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Jorge Trabulo Marques - A Primavera é recebida na Sexta-feira, ao nascer do sol, com uma Festa do Equinócio, marcada para o recinto amuralhado do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, em Vila Nova de Foz Côa।.
O templo sacrificial, orientado no sentido nascente-poente, ergue-se no alto de um maciço rochoso, próximo de um antigo castro, no perímetro do Parque Arqueológico - Tem a forma de um gigântico crânio, atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no momento em que o Sol nasce
Situa-se nos arredores da aldeia de Chãs, no monte dos Tambores, cenário mítico, e já habitual, para assinalar a entrada da estação mais florida do ano A cerimónia evocativa, decorre entre as 07:O0 e as 07।30, com momentos de poesia e sons de música celta por um grupo de gaiteiros de Miranda do Douro।
Se as condições atmosféricas o permitirem, a organização admite que os participantes "poderão ali viver momentos de raro esplendor, alegria e misticismo, tal como, em tempos idos, os antepassados, que ali se fixaram, os teriam vivido, quando ali celebravam e saudavam os seus ídolos.
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É um local mágico, pleno de história e de misticismo, dos poucos lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.
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São conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo.. Dos que restam, muitos deles são fabulosos testemunhos de um passado distante, estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como locais especiais locais de cura e de culto.
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Moisés Espírito Santo, deslumbrado pelo fascínio e misticismo do lugar, já aqui se deslocou por duas vezes: no Solstício do Verão e no Equinócio do Outono - Num estudo que fez sobre a toponímia da área, e que ofereceu à comissão organizadora das celebrações, o conhecido Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, associou os vários nomes dos da área envolvente ao culto do sol
O autor da Sociologia das Religiões, diz ter dado particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras dos calendários. Frisando que, o que ali observou e pôde interpretar “não consta nos livros de História de Portugal” onde - segundo afirma -, “crassa ignorância e uma verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos. Os historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer – acrescenta o investigador - “que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos», conclui o Catedrático, citando Estrabão”.
O estudo e as opiniões do Mestre da Sociologia Rural, da Toponímia antiga, e de várias dezenas de trabalhos de investigação, vem, assim, ao encontro das teses que defendem que, os antigos povos, além de terem as suas crenças, tal como hoje os vários povos as têm, não eram tão atrasados quanto se julga: pois também dispunham dos seus próprios calendários astronómicos, edificados em enormes estruturas de pedra – para se orientaram com as sementeiras e as suas colheitas, saudaram as estações do ano, os deuses da fertilidade, dos céus e da Terra. E, desses recuados tempos, ainda hoje ali se erguem dois imponentes megálitos.
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A iniciativa conta com o apoio da junta de freguesia local e pretende celebrar os ciclos da Natureza, evocando antigas tradições desapreciadas dos povos que ali viveram. E ao mesmo tempo recolher contributos científicos, multidisciplinares, para um melhor aprofundamento do passado histórico e místico daquela área.
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A Comissão Organizadora das Celebrações nos Templos Pré-históricos dos Tambores, diz-se satisfeita com os resultados até agora alcançados. E com as opiniões e os contributos dos vários especialistas e investigadores que têm visitado o local e presenciado os fenómenos. A imprensa estrangeira também já ali esteve e deu a conhecer as imagens para todo o mundo. Havendo já quem classifique aqueles alinhamentos sagrados como o “stonehenge português”.
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.Além dos primeiros estudos de Adriano Vasco Rodrigues, que classificou, o recinto da Pedra da Cabeleira, como "local de culto ou de sacrifícios" e do levantamento arqueológico da área, levado a acabo por Sá Coixão e por técnicos do Parque Arqueológico, já ali se deslocaram, entre outros, Gonçalves Guimarães, Lima Garcia, o astrónomo Máximo Ferreira, e, mais recentemente, Moisés Espírito Santo, a que nos referimos, bem como o autor do famoso livro - Agulhas de Pedra, A Acupunctura da Terra – o escritor e radiestesita, Tom Graves, que veio expressamente da Austrália para visitar o local.
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A Comissão Organizadora das Celebrações nos Templos Pré-históricos dos Tambores, diz-se satisfeita com os resultados até agora alcançados. E com as opiniões e os contributos dos vários especialistas e investigadores que têm visitado o local e presenciado os fenómenos. A imprensa estrangeira também já ali esteve e deu a conhecer as imagens para todo o mundo. Havendo já quem classifique aqueles alinhamentos sagrados como o “stonehenge português”.
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.Além dos primeiros estudos de Adriano Vasco Rodrigues, que classificou, o recinto da Pedra da Cabeleira, como "local de culto ou de sacrifícios" e do levantamento arqueológico da área, levado a acabo por Sá Coixão e por técnicos do Parque Arqueológico, já ali se deslocaram, entre outros, Gonçalves Guimarães, Lima Garcia, o astrónomo Máximo Ferreira, e, mais recentemente, Moisés Espírito Santo, a que nos referimos, bem como o autor do famoso livro - Agulhas de Pedra, A Acupunctura da Terra – o escritor e radiestesita, Tom Graves, que veio expressamente da Austrália para visitar o local.
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