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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Morreu Francisco Pinto Balsemão. Recordando a entrevista que me concedeu, antes da SIC e a homenagem nos Templos do Sol. Chãs-Foz Côa, em.23-09-2022.Faleceu "de causas naturais", acompanhado pela família nos seus últimos momentos", esta terça-feira, dia 21


Jorge Trabulo Marques - Jornalista

  Francisco Pinto Balsemão, o príncipe da comunicaç


 Morreu Francisco Pinto Balsemão. Recordo a entrevista que me concedeu, antes da SIC e a homenagem nos Templos do Sol. Chãs-Foz Côa, em.23-09-2022.Faleceu "de causas naturais", acompanhado pela família nos seus últimos momentos", esta terça-feira, dia 21


Francisco Pinto Balsemão «foi Primeiro-Ministro dois anos e meio, entre Janeiro de 1981 e Junho de 1983. Um período curto na sua vida, mas importante para Portugal, pois presidiu aos últimos Governos que asseguraram a transição da revolução para a democracia». - Declarou António Costa, na sessão de homenagem a Francisco Pinto Balsemão, por ocasião dos 40 anos da tomada de posse do VII Governo Constitucional da Democracia Portuguesa, na residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa.



Jorge Trabulo Marques - Jornalista




Na Celebração do Equinócio do Outono sexta-feira, 23-09-2022 às 08h nos Templos do Sol , aldeia de Chãs, de Foz Côa ,foi uma das personalidades homenageadas Francisco Pinto Balsemão e António Gouveia - Cerimónia abrilhantada com sons de viola de arco de João Canto e Castro e de violoncelo por João Paulo Dinis

Além de celebrarmos a chegada do Outono, o dia em que as trevas da noite se igualam à claridade do dia, com alguns momentos poéticos,  abrilhantados pelos sons da viola de arco  de  João Canto e Castro  e de violoncelo João Paulo Diniscom o apoio do Município de V. N. de Foz Côa,  serão prestadas simbólicas homenagens a  a duas personalidades de reconhecido mérito à causa pública e democrática, com profundos laços ao distrito da Guarda, à nossa região:     aos exemplares percursos de vida de Francisco Pinto Balsemão e António Gouveia – Independentemente da possibilidade de poderem ou não estar presentes, nem por isso deixaremos de os saudar neste local sagrado. 

Sua filha e esposo - 21-06-2022
Adriano V Rodrigues 2014

 Na celebração do solstício do Verão, do passado dia 21 de Junho, prestamos homenagem ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues – Arqueólogo, Etnógrafo e Historiador, 94 anos, que, por motivos de saúde e da sua avançada idade, se fez representar por sua filha e esposo -  

Foi este prestigiado investigador, o primeiro  a debruçar-se sobre o estudo  da Pedra da Cabeleira, nos anos 50, que classificou  como local de culto ou de sacrifícios -  Referência emblemática no distrito da Guarda, que, por motivos de saúde, se fez representar pela sua filha Miriam Rodrigues, na companhia de seu amado esposo

Foi ele quem trouxe à luz do conhecimento científico os primeiros contributos do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, a que já nos referimos em postagens anteriores - Sem os quais, dificilmente teríamos sido entusiasmados a desvendar os segredos, que a dita pedra ainda guardava


Francisco Pinto Balsemão, o príncipe da comunicação social em Portugal, que, embora tendo nascido em Lisboa, no dia 1 de setembro de 1937, tem profundos laços familiares ao distrito da Guarda,, visto o seu pai Henrique Patrício Pinto Balsemão , ter nascido no dia 9 de Setembro de 1897 na cidade da Guarda..

Recordo estas palavras: "Já dirigimos o convite a Francisco Pinto Balsemão, que, amavelmente, teve a gentileza de nos responder com as carinhosas palavras, que a seguir tomo a liberdade de transcrever, justificado a sua impossibilidade – Em todo o caso, mesmo na sua ausência ou de alguém que o possa representar, não deixaremos de ali o saudarmos e lhe desejarmos dias felizes e tranquilos.

Caro Jorge Trabulo Marques,
Estou de acordo que agora é tempo de dar lugar à memória e sinto-me honrado e agradecido por me querer incluir na lista das personalidades já homenageadas.
Acontece que, apesar dos 85, a minha agenda está cada vez mais saturada, contra a vontade dos colaboradores mais próximos e amigos que me aconselham a não ir a todas.
É só por isso que não consigo aceitar o seu convite, mas creia que fica registado com a marca de gratidão.

Com os melhores cumprimentos.

Tenho acompanhado de perto o percurso jornalístico, politico e empresarial do Dr. Francisco Pinto Balsemão, tendo-o já tido a honra e o prazer de o entrevistar por duas vezes, quando trabalhei na extinta RDP-Rádio Comercial: uma vez, na galeria de arte do Casino do Estoril, sobre uma exposição de pintura de Isabel Torres, filha do seu grande amigo, César Torres.

Mais tarde, na Redação do Expresso, que então se situava nas proximidades da Praça Marquês Pombal e pronunciar-se-ia sobre a concessão das televisões a operadores privados cujo registo sonoro ainda conservo no meu vasto arquivo e que tomei a liberdade de editar num dos meus blogues e no Youtube- Sem dúvida, o grande pioneiro dos media em Portugal, antes e depois da Revolução de Abril.

BALSEMÃO: Defendia, que o grupo mais bem posicionado para a concessão de um cana privado de televisão, era o que ele liderava.

Já lá vão uns anos decorridos, à volta da discussão da nova lei da Comunicação social, que, depois de aprovada, viria a permitir a concessão de canais televisivos a grupos privados.

Na corrida, estava o Grupo liderado por Pinto Balsemão, Proença de Carvalho e a Igreja Católica – As concessões viriam a ser atribuídos, ao Grupo Impresa, de Balsemão, que arranca com as emissões da SIC, em Outubro de 1992, constituindo-se como o 1º canal de televisão privada em Portugal. E à Igreja católica, que, começa as suas emissões, em Fevereiro de 1993, sob a sigla de Televisão Independente ( TVI), que, naquela altura tinha o nome de "4" por ser a 4ª rede nos canais de televisão portugueses.

BALSEMÃO O PRINCIPAL DOS PROTAGONISTAS NA HISTÓRIA DAS TELEVISÕES PRIVADAS

Tal como já tive oportunidade de referir a história dos canais privados, em Portugal, desde a aprovação da lei até ao inicio das emissões, teve os seus episódios e protagonistas – Ao recordar-se esse tempo, um dos nomes, que ressalta, imediatamente, sobretudo para quem acompanhou de perto as discussões e polémicas, à volta desta questão, é o de Francisco Pinto Balsemão – Sem dúvida, o grande pioneiro dos media em Portugal, antes e depois da Revolução de Abril. E contnua a ser quem lidera o grupo mais poderoso da Comunicação Social Portuguesa, ombreando com os mais importantes grupos internacionais.

Naturalmente que, a ser atribuída a concessão de canais de televisão a grupos privados, Francisco Balsemão, pese o facto de ter sido primeiro-ministro e cofundador de um partido, era quem, à partida reunia mais créditos para chamar a si esse justificado direito e responsabilidade. Esta era pois um dos argumentos de peso que jogava a seu favor. Todavia, conquanto os dois Governos de Cavaco, liderados pela AD, obtivessem a maioria absoluta, o processo foi-se arrastando e levou algum tempo a que passasse das intenções à prática.

Nesse interregno – já não nos ocorre em que data – na altura em que trabalhávamos como repórter na Radio Comercial-RDP – pessoalmente tomámos a iniciativa de nos dirigir à redação do semanário Expresso, que era ainda ali próximo da rotunda do Marquês Pombal, parta ouvir Francisco Pinto Balsemão, acerca deste candente assunto
Francisco Pinto Balsemão iniciou a sua colaboração com o Diário Popular, que era controlado pelo seu tio, Francisco como ele. Nesse jornal vespertino exerceu a função de secretário da Direção.

Foi professor associado convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, entre 1987 e 2002. Foi membro do Conselho Consultivo da Universidade de Lisboa (2007-2009), presidente do Conselho da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Maio 2009) e membro do Conselho Consultivo do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão) desde Abril de 201

  Francisco Pinto Balsemão, o príncipe da comunicação social em Portugal, que, embora tendo nascido em Lisboa, no dia  1 de setembro de 1937, tem profundos laços familiares ao  distrito da Guarda,, visto o Seu pai Henrique Patrício Pinto Balsemão , ter nascido no dia 9 de Setembro de 1897 na cidade da Guarda..

Já dirigimos convite a Francisco Pinto Balsemão, que, amavelmente, teve a gentileza de nos responder com as carinhosas palavras, que a seguir tomo a liberdade de transcrever, justificado a sua impossibilidade – Em todo o caso, mesmo na sua ausência ou de  alguém que o possa representar, não deixaremos de ali o saudarmos e lhe desejarmos dias felizes e tranquilos.

 Caro Jorge Trabulo Marques,

Estou de acordo que agora é tempo de dar lugar à memória e sinto-me honrado e agradecido por me querer incluir na lista das personalidades já homenageadas.

Acontece que, apesar dos 85, a minha agenda está cada vez mais saturada, contra a vontade dos colaboradores mais próximos e amigos que me aconselham a não ir a todas.

É só por isso que não consigo aceitar o seu convite, mas creia que fica registado com a marca de gratidão.

Com os melhores cumprimentos.

O mérito de  Francisco Pinto Balsemão, quer no jornalismo quer na vida empresarial e politica, sim, do antigo  Primeiro-Ministro, é publicamente   conhecido, dispensa ser pormenorizado,  pelo que esta nossa iniciativa,  em homenagearmos o seu nome e o seu exemplar percurso,  é   mais um gesto simbólico, num lugar muito especial do nosso país e no mesmo  mês em que acaba de completar os seus 85 anos.

O fundador do "Expresso" e da SIC, antigo primeiro-ministro, Francisco José Pereira Pinto Balsemão, tido como muito, muito trabalhador charmoso, educadíssimo, e nada esbanjador, nasceu a 1 de setembro de 1937 em Lisboa é o único filho de Henrique Patrício Pinto Balsemão, nascido em 9 de Setembro de 1897, na  freguesia de Alfaiates, no concelho de Sabugal, distrito da Guarda e de  Maria Adelaide van Zeller de Castro Pereira, natural de Sintra, 11de Agosto de 1897

Em 2022, a SIC assinala o seu 30º aniversário. No mesmo ano, Francisco Pinto Balsemão completa 85 anos e, no ano seguinte, o semanário "Expresso" celebrará meio século no mercado.

Nos últimos anos do Estado Novo, mais precisamente após as eleições legislativas de 1969, torna-se deputado independente à AN pelo círculo da Guarda, berço da família paterna, representando a Ala Liberal, juntamente com José Pedro Pinto Leite, Sá Carneiro, Magalhães Mota, Mota Amaral, Miller Guerra, entre outros, que lutavam pela abertura do regime à democracia. Demitiu-se desse cargo após a saída de Sá Carneiro, em 1973.

Após o 25 de Abril de 1974, ao lado de Francisco Sá Carneiro e Joaquim Magalhães Mota, Pinto Balsemão foi um dos três membros fundadores do Partido Popular Democrático (PPD), actual PSD.  Foi deputado eleito à Assembleia Constituinte, de 1975 a 1976, e seu vice-presidente, e à Assembleia da República, eleito em 1979, 1980 e 1985. 

 

 Com a vitória da Aliança Democrática nas legislativas de 1979, estreou-se no governo, como Ministro de Estado Adjunto do Primeiro-ministro no VI Governo Constitucional (1980-1981), chefiado por Francisco Sá Carneiro. Com a morte deste, em dezembro de 1980, no trágico Acidente de Camarate, Pinto Balsemão viria a ocupar o cargo de primeiro-ministro do VII Governo Constitucional (1981) e do VIII Governo Constitucional (1981-1983), ainda com o apoio da AD (coligação entre o PSD, o Centro Democrático Social e o Partido Popular Monárquico).

Durante a campanha para as legislativas de 1969,  pelo distrito da Guarda, de origem paterna mas que ainda mal conhecia, “nos seus discursos, falava do problema da «efetiva aplicação dos direitos, liberdades e garantidas» ou da «possível instauração de partidos políticos». E embora não fosse tão rebelde como Sá Carneiro, para lá caminhava, recorda Joaquim Vieira, na biografia que editou por sua iniciativa.

Mas dele e dessas andanças pelo distrito da Guarda,  ainda há quem se recorde, e muito bem. É o caso de António Gouveia

António dos Santos Aguiar Gouveia, mais conhecido por António Gouveia,Eng Técnico Agrícola,  é um dos autarcas da região duriense  e da beira-transmontana,  distrito da Guarda, nascido a 1 de Janeiro de 1944  em Vila  Nova de Foz Côa,  aquele que mais tempo esteve à frente dos destinos do município foz-coense, ao qual se devem as principais obras estruturantes do concelho e  a sua grande dedicação, na presidência da Santa Casa da Misericórdia de  Foz Côa

O seu nome, na polémica das gravuras, foi muito falado, mas, segundo já confessou, para ele – e também para a grande generalidade da população do concelho, desconhecia a importância da então chamada arte rupestre, considerando que, só mais tarde, enquanto deputado na AR, na troca de impressões com o Diretor do Museu da AR, é  que ele lhe deu a noção de toda essa descoberta.  Tendo concluído que era um património de grande interesse para a região e uma descoberta histórica.

No entanto, apesar da polémica, a população voltou a elegê-lo para o quarto mandato e com larga maioria, sinal de que as pessoas achavam que ele estava em condições de continuar a servir os interesses dos concelho

Reencontrámo-lo, por um feliz acaso, na sua cidade natal, em finais do passado mês de Agosto - No espontâneo e breve diálogo, que  tivemos o prazer de estabelecer com ele,  recordou-nos  a memória de Soares Carneiro, com o qual partilharam as mesmas preocupações, enquanto deputados da AN, pelo círculo da Guarda, antes de ingressar na vida autárquica, que se prolongaria ao longo de 16 anos,  desde 1985-2001

Agora, com os problemas da sua saúde, próprios da sua idade, mas, sobretudo, por via do desgaste de quem muito se dedicou à causa pública, notámos que os melhores dias são aqueles que o transportam às suas mais recuadas memórias

 "Corri todas as aleias, participando nos seus convívios e nas suas festas espetaculares, recordando que tinha em cada fozocense um amigo" - Confessou-nos 

Convidámo-lo a participar na celebração do Equinócio do Outono, no próximo dia 23, pelas 08 horas – Mostrou-se disponivel, embora por razões de apoio familiar, com o condicionamento de ultimamente ter ter passado a residir mais tempo em Coimbra de que em Foz Côa, prometendo-nos, no entanto,  ir fazer os possíveis por nos honrar com a sua presença




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