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sábado, 30 de agosto de 2025

Freguesia de Chās, de Foz Côa:deve trazer Vida ao Adro, Criar Emprego e Servir a Populaçāo.Sim, cada vez mais deserta e envelhecida .


Diz Olimpio Sobral, e diz muito bem, que, a freguesia de Chās, é uma aldeia marcada pelo isolamento e pela ausência de serviços básicos.
Atualmente a aldeia não dispõe de mercearia e tem acesso ao transporte público apenas duas vezes por semana para a sede do concelho. Muitos residentes, especialmente os mais idosos, enfrentam dificuldades diárias para aceder a bens essenciais ou deslocar-se à sede do concelho.

Desta forma os moradores passariam a ter acesso facilitado a produtos alimentares e de primeira necessidade, num espaço próximo, com preços equiparados aos praticados por cadeias como o Meu Super ou o Intermarché, mediante uma eventual parceria com um desses grupos.
É necessário reanimar o adro, um lugar outrora cheio de vida. O adro da aldeia, onde se localiza a casa em causa, foi em tempos o coração da vida da freguesia. Era ali, no soto do Sr. Antoninho e da senhora Teresa que as pessoas, jovens e idosos, se encontravam e conversavam, dentro e fora da merciaria, enquanto tomavam uma bebida ou faziam compras.

Hoje, esse mesmo adro está silencioso, quase esquecido. Tornou-se apenas um espaço de passagem, vazio de gente e de vida. É urgente inverter esta tendência. A instalação de um bar mercearia ali teria um efeito imediato na reconstrução do espírito popular, tornando-o novamente um espaço de encontro, proximidade e partilha.
Uma Nova Vida para a Escola que o Tempo Esqueceu Num recanto cada vez mais esquecido da aldeia, a antiga escola primária, da freguesia de Chās, permanece de pé, mas mergulhada no silêncio. Há muito que as vozes das crianças deixaram de ecoar pelo pátio. O edifício, agora votado ao abandono, acumula sinais visíveis de degradação: paredes a descascar, o mato a invadir o recreio outrora vibrante. É o retrato de um território a perder população e vivacidade. Mas o que hoje parece ruína poderia, com ambição e visão, transformar-se num novo ponto de partida.

A localização da escola, o seu valor simbólico, e as infraestruturas tornam-na uma peça estratégica numa política de revitalização do mundo rural. Com imaginação e investimento, este edifício poderia acolher uma pequena unidade hoteleira de charme, orientada para o turismo de natureza, um destino para quem procura tranquilidade, autenticidade e um contacto mais genuíno com a ruralidade.

O projeto poderia ainda incluir um espaço comum de convívio, com pequenas atividades culturais ou oficinas criativas que envolvessem a populaçao jovem e idosa, um espaço que reunisse jovens e idosos, visitantes e habitantes, tradição e inovação. Dar nova vida à escola seria, acima de tudo, dar nova vida à aldeia. Seria recusar que os edifícios públicos se tornassem ruínas mudas daquilo que fomos. Seria afirmar que a memória também se constrói com futuro.

A freguesia poderia reforçar a sua oferta turística com a instalação de bungalows ou unidades de alojamento ligeiro junto à piscina existente, aproveitando a envolvência natural. Tal infraestrutura diversificaria o turismo local, tornando-o mais atrativo para públicos jovens, caminhantes, cicloturistas ou famílias em busca de experiências diferenciadoras e sustentáveis. Os instrumentos de apoio existem como os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e num tempo em que aldeias do interior procuram reinventar-se, com criatividade e determinação, esta escola poderia ser precisamente o símbolo da mudança possível. Com vontade política, participação cívica ativa e diálogo aberto, seria possível transformar o abandono em oportunidade.

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