
Em Pequim e em outras grandes cidades do norte, o número de dias por ano com o clima propício a nevoeiros extremos subiu de 45 para 50 no período de 1982 a 2015, em comparação com as três décadas anteriores, um salto de 10%. A tendência deve piorar se o aquecimento continuar a aumentar.Os episódios persistentes de neblina prejudicial à saúde devem tornar-se 50% mais frequentes e durar quase o dobro do tempo durante a segunda metade deste século, apontaram os cientistas. E concordam que o maior perigo é a poluição de partículas microscópicas, com menos de 2,5 micrómetros de diâmetro. https://www.ambientemagazine.com/alteracoes-climaticas-pioram-gravidade-da-poluicao-na-china/
Poluição gerada pelas fábricas mata mais de 100.000 chineses por ano -Estudo calcula pela primeira vez o impacto do comércio internacional sobre a saúde dos cidadãosComprar produtos feitos na China sai muito barato para moradores dos países ricos e terrivelmente caro para os chineses. A enorme poluição atmosférica gerada pela indústria chinesa, e deslocada pelo vento, está associada a mais de 3.100 mortes prematuras por ano na EuropaOcidental e nos Estados Unidos, de acordo com um novo estudo internacional. No entanto, o consumo voraz de produtos chineses na UE e nos EUA está ligado a cerca de quase 110.000 mortes prematuras por ano na China pela poluição do ar causada pela produção. Os moradores dos países ricos têm computadores, celulares e brinquedos baratos, e as multinacionais ganham mais dinheiro, mas em troca de centenas de milhares de mortes prematuras na China.O novo estudo, liderado pelo economista Dabo Guan, é o primeiro a calcular os impactos na saúde transfronteiriça do comércio internacional e da poluição atmosférica deslocada. O trabalho, publicado na quarta-feira na revista Nature, utiliza dados de poluição por partículas finas (PM2,5), tomados em 2007 em todo o mundo. Essas partículas, com menos de 2,5 milésimos de milímetro, penetram no mais profundo dos pulmões, os alvéolos, e podem atingir a corrente sanguínea, provocando doenças respiratórias e cardiovasculares.
Dos 3,45 milhões de mortes prematuras relacionadas com esse tipo de poluição naquele ano, cerca de 12% (411.000) estavam relacionadas com poluentes atmosféricos emitidos em outra região do planeta. E os autores vinculam 22% das mortes (762.400) à produção de bens e serviços em uma região para serem consumidos em outra. https://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/29/ciencia/1490806329_742990.html
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