orge Trabulo Matrques - Jornalista e coordenador das celebrações - Veja os videos
O Verão está a chegar! É já o dia 21 - Venha celebrar connosco o solstício do Verão – O pôr do sol do dia maior do ano - No dia em que o Sol atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do Equador. Assinala o começo do Estio, que termina a 22 de Setembro
De manhã, ao nascer do sol, é celebrado em Stonehenge, no condado de Wilshire, Inglaterra, e, ao pôr do sol, desde 2003, nos Tambores-Mancheia - aldeia de Chãs, concelho de V. N de Foz Côa,
O cortejo em direção do majestoso megálito pré-histórico, parte do adro da aldeia, às 18.30. Os participantes da celebração podem testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício, numa imagem de grande simbolismo histórico e místico, às 20.45, monumento sobranceiro ao maravilhoso vale da Ribeira Centeeira
Trata-se de um imponente bloco granítico de forma arredondada, com três metros de diâmetro e a configuração do globo solar e da esfera celeste, que se supõe ter sido posto de observação astronómico e local de culto por antigos povos que habitaram a área -Desde o neolítico e calcolítico, civilizações de que existem abundantes vestígios - Porém, observado de perfil voltado a ponte, o referido monumento assume a estranha forma de um curioso busto humano.
Este é o dia mais longo do ano do hemisfério norte. Vai ser festejado, ao pôr-do-sol, com música celta, louvores e rituais às forças da natureza, numa zona castreja, com a já tradicional cerimónia mística, junto a um dos calendários pré-históricos, que estão alinhados com o inicio das estações do ano
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"Eu sou a Luz do Mundo, diz o Senhor" |
Desde a antiguidade que os povos atribuíam ao sol um poder mágico e terapêutico e lhes votavam os seus cultos. Alguns desses rituais e festividades coincidiam com as mudanças ocorridas na natureza, especialmente nos solstícios e nos equinócios, e revestiam-se de uma forte ligação à agricultura e à fertilidade. Além disso acreditava-se que nesses dias sagrados os seus deuses lhes conferiam proteção e benesses especiais, a troco de oferendas e sacrifícios. Para os adoradores do sol da atualidade estas celebrações são a busca de uma fonte de equilíbrios e de harmonia com a Natura, em perfeita comunhão com as transformações dos ciclos energéticos das estações do ano.
O sol, ao pôr-se a vários quilómetros no horizonte - na margem oposta ao vale, sobranceiro ao monte dos Tambores, estende os seus raios em perfeito alinhamento com a crista de uma gigantesca estrutura megalítica e no mesmo enfiamento de um pequeno círculo cavaco na rocha, proporcionando uma imagem de raro esplendor e significado.
O Evento tem contado com a presença de vários estudiosos e personalidades e o apoio do Município Foz-coense e a Junta de Freguesia local, a cujas entidades, desde já agradecemos o renovado patrocínio. -Nomeadamente ao Presidente João Paulo Lucas Donas Botto Sousa, um entusiasta destas celebrações - tal como o seu antecessor, Gustavo Sousa Duarte, ao qual também devemos vários apoios- Além da Junta de Freguesia, bem como do amável e da inexcedível e habitual colaboração de António Lourenço, José Lebreiro, Agostinho Soares, Carlos Palma, assim como da excelente colaboração fotográfica de Adriano Ferreira e de Pedro Daniel.
Só quem se encontre no local, e nos momentos em que os raios solares atravessarem de extremo a extremo o eixo da curiosa câmara, poderá ter a plena consciência de estar perante a revelação de uma fabulosa visão, de um verdadeiro hino à Natureza! – à Terra, aos Céus, ao Cosmos
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