Jorge Trabulo Marques - Jornalista
MONUMENTO AO BOMBEIRO VOLUNTÁRIO - Sonho que se arrastava desde há 9 anos - O Presidente do Município, João Paulo Sousa, eleito nas últimas autárquicas, declarou vivamente o seu apoio: afirmando que, desde o dia 26 de setembro “há uma nova pessoa! Um novo Presidente da Câmara”
A expressiva e singular escultura, assente em dois blocos de granito, foi descerrada no primeiro dia da Primavera, no passado dia 20 de Março, pelo Presidente da Associação Humanitária. António Lourenço, o Presidente da Câmara Municipal, João Paulo Sousa, bem como do Comandante Operacional do Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda, António Fonseca
O ato decorreu momentos depois do pároco de Foz Côa, o Reverendo sacerdote, Diogo Dias Martinho, ter procedido à sua bênção – Ele que aceitou a nobre tarefa de prestar o seu apoio espiritual na qualidade Capelão à tão dedicada e octogenária Humanitária Associação, a caminho dos 88 anos de existência – Sim, no mesmo dia, em que, no salão nobre, iria também tomar posse um novo Comandante do Corpo de Bombeiros, Rui Manuel Varelas Ramalho.
Finalmente, os Soldados da Paz da Capital da Amendoeira, Património da
Humanidade do Alto Douro Vinhateiro e das Gravuras Rupestres, já têm o seu
monumento.
A cerimónia teve lugar ao final da tarde do passado dia 20 de Março, que este ano coincidiu com o Dia Internacional da Felicidade – E, de facto, foram momentos muito alegres e felizes, aqueles que se viveram junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários de V. N de Foz Côa, que depois se prolongariam na sessão de vários discursos no salão nobre, referente à tomada de posse do novo Comandante desta instituição, o bombeiro Rui Manuel Varelas Ramalho, bem como da assinatura do Padre Diogo Dias Martinho, Pároco de V N Foz Côa e diretor do jornal O Fozcoense, que generosamente aceitou passar a ser o Capelão do Corpo de Bombeiros de Foz Côa
Eram cinco e meia da tarde, num domingo de céu nublado mas de um tempo suave e ainda sem as chuvas que haveriam de começar pelo sul do país, quando o corpo de bombeiros voluntários começou por se perfilar frente ao monumento em homenagem ao “Bombeiro Voluntário”, com a presença do Presidente do Município, João Paulo Lucas Donas Botto Sousa, do Comandante Distrital de Operações de Socorro da Guarda, Representante do Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda Presidente da Junta de Freguesia de V N Foz Côa, além de outras entidades, familiares e amigos dos Soldados da Paz
“Hoje é dia de renovação e de esperança no nosso Corpo de Bombeiros” - Palavras de António Pimentel Lourenço, Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa, proferidas no seu discurso, na hora em que prestava homenagem aos bombeiros, à Associação Humanitária, a todos os anteriores comandantes e a todos os órgãos sociais, sublinhando, que, “um dos objetivos dos bombeiros é poder contribuir para a felicidade de quem mais precisa e nos rodeia. A felicidade está à nossa espera.
Hoje começa mais uma Primavera, ocasião de uma nova esperança, do renascimento do reino vegetal, que desejamos seja também do reino animal, do início de uma nova vida em sociedade.
Hoje é também o Dia Internacional da Felicidade, que se comemora desde o ano de 2013, após a aprovação pela ONU. Este dia visa promover a felicidade das pessoas e mostrar como esse sentimento é fundamental para o bem estar dos povos. A felicidade só é real, quando partilhada.
Em Junho de 2013, propusemos ao Presidente da Câmara Municipal a construção de um monumento ao bombeiro, à semelhança do que já na altura, existia na maioria dos concelhos, para ser inaugurado em Junho de 2014, quando esta Associação completasse 80 anos de vida. Tiveram lugar outras diligências e o Sr. Presidente da Câmara ficou de oportunamente nos indicar o local público para a sua implantação, o que não veio a acontecer.
Esta Direção, dando sequência à vontade da direção de 2013, decidiu implantar o monumento, que se justifica, de homenagem ao bombeiro voluntário, na fachada principal desta Associação Humanitária e disso demos conhecimento ao Município. - Declarou, António Lourenço - Esperando que a nova presidência camarária, a venha a comparticipar.
O monumento é sóbrio, mas simbólico. Nele estão representados todos os bombeiros. Não posso, nem devo, deixar de lembrar todos aqueles que nas décadas de 30 ou 40, com as dificuldades daqueles tempos e da 22 grande guerra, deram início aos bombeiros em Foz Côa. Igualmente lembro todos os que nas décadas de 60 e 70, quando se construía este Quartel, tudo derem e fizeram para proteger e socorrer a população deste concelho, de forma abnegada e totalmente gratuita.
Creio que o Município se associa nesta homenagem ao bombeiro voluntário de ontem, de hoje e de amanhã. Nessa medida, esta Direção espera que o Município ajude a comparticipar os custos do referido monumento
Existe uma crise de voluntariado no nosso meio, como existe em todo o país. Precisamos dinamizar e incentivar o espírito de voluntariado em geral e particularmente no ingresso de novos jovens nos bombeiros, aumentando o número de elementos no nosso Corpo de Bombeiros.
Hoje posso, felizmente, anunciar a disponibilidade de mais um jovem ao serviço dos bombeiros. Convidei há dias o Sr. Pe Diogo Dias Martinho, Pároco de V N Foz Côa e aceitou passar a ser o Capelão do Corpo de Bombeiros de Foz Côa. Irá, daqui a pouco, formalmente tomar posse do cargo.
Hoje é dia de renovação e de esperança no nosso Corpo de Bombeiros. Depois de ter sido indigitado pela Direção desta Associação, tem vindo a preparar-se, inclusive com a frequência de um curso de Quadro de Comando na Escola Nacional de Bombeiros, com aproveitamento, vai em breve, o bombeiro Rui Manuel Varelas Ramalho, tomar posse de Comandante do nosso Corpo de Bombeiros.
Está empenhado e determinado em contribuir, em conjunto com todos e os corpos sociais, para um melhor serviço de proteção e socorro. A toda a população do concelho de Foz Côa. É um jovem de Foz Côa, bombeiro desde O ano de 2002, com uma costela de Santa Comba, que conhece as terras e as gentes do concelho.
Contamos com o habitual apoio do Sr. Comandante Distrital, ao Rui Ramalho, nas suas novas funções de Comandante do nosso Corpo de Bombeiros. Contamos também com o apoio, experiência e ensinamentos dos Comandantes dos Corpos de Bombeiros nossos vizinhos” – Estas algumas das palavras do discurso de António Lourenço
O representante do Presidente
da Federação dos Serviços de Emergência do Bombeiros do distrito da Guarda,
Davide Santiago, elogiou o novo comandante e defendeu uma
maior interligação das Câmaras Municipais com as Associações Humanitárias - Lembrando
o trabalho heroico dos bombeiros na Guerra da Ucrânia.
Depois de explicar as
razões da ausência do Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito da
Guarda, que não pôde estar presente por razões de saúde, enalteceu as
qualidades do novo comandante, referindo, que, “pode haver dirigentes,
pode haver órgãos sociais, mas hoje uma associação tem de ter dinâmica, tem que ter um bom
comandante e esse comandante, tem que ter a ousadia de saber comandar Homens”,
reconhecendo nele essas capacidades e desejando-lhe as maiores felicidades nas novas funções
“Hoje em dia, as
Associações Humanitárias dos Bombeiros, sofrem dificuldades, nomeadamente no
recrutamento de pessoas, de voluntários, e, a nível financeiro, como agora
podemos ver com o aumento dois combustíveis, com esta crise que não sabemos
onde é que vai parar, quando é que a
guerra vai acabar; a verdade é que são os nossos amigos da Ucrânia, os bombeiros, o elemento de socorro às populações”.
Lembrando que, quando
há alguma dificuldade, as pessoas, têm uma expressão: chamem os bombeiros!
– Frisando, que, como dirigente no vizinho concelho de Trancoso, conhece essa
dificuldade, tendo apelado para que, “as camaras municipais e as
associações têm de trabalhar em interligações, reconhecendo que só
assim “levaremos o barco a bom porto”.
Comandante Operacional do
Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, António Fonseca
- Sublinhou que as Associações Humanitárias “ são fundamentais e a
reserva do futuro” – Defendo que “há valores que temos de defender
até ao fim. Mas a defesa desses valores, neste caso, a liberdade e a
democracia, tem um custo!”
Começou por referir que
era “com alguma mágoa, que, ao fim de duas décadas”, iria “deixar
de acompanhar esta casa,
provavelmente no final deste ano”, manifestando, no entanto, o desejo
de continuar a vir, “porque tenho
muita ligação, a este território”
Tal como disse, o
Sr. Representante da Federação, os
Serviços de Emergência, são imprescindíveis e fundamentais, e temos certificado
isso no dia a dia quando olhamos as noticias e vemos que a paz e de todo o esforço de guerra, em que a
Ucrânia, está empenhada, nós vemos, diariamente, os seus bombeiros a fazerem parte desse
esforço na outra vertente, que é dar o mínimo de estabilidade à população, dar
a imagem de que, o Estado Ucraniano, consegue, no mínimo, controlar as coisas,
disponibilizando socorro a quem precisa
E, estas casas,
digamos, na sua vivência simples, muito ligadas ao sentido local, são
fundamentais e são a nossa reserva para o futuro! Porque, o futuro, como se
costuma dizer, ninguém o conhece, e temos esta reserva, que é uma reserva da
sociedade, que se mantem empenhada, que está sempre pronta a intervir, em socorro de quem precisa
Recordando as palavras de
António Lourenço, Presidente da Direção, que foi no dealbar da segunda
guerra mundial, que, uma boa parte das associações humanitárias, aqui em
Portugal, se constituiu – Tendo frisado que “há valores que temos
de defender até ao fim! Mas a defesa desses valos, neste caso, a liberdade e a
democracia, tem um custo! Mesmo para nós, que não estamos lá na linha da
frente, mas temos um custo e sentimos isso no dia a dia”
E, não vale a pena, pensarmos que podemos conquistar a nossa liberdade, sem um custo, sem sairmos da nossa zona de conforto. E, relativamente à gerência desta instituição, também cada um de nós tem de sair da zona de conforto, temos que abdicar de alguma coisa: e, de uma vez por todas, ajudar a encontrar soluções e ser parte dessas soluções, em que nem sempre está tudo mal! Temos que dar hipóteses a que haja consensos, porque há valores mais importantes, que é necessário proteger - Concluiu.
PRESIDENTE DA CÂMARA – João Paulo Sousa – Enalteceu “o espírito dos nossos bombeiros” - Assegurando a contribuição do município a todas as iniciativas, a que propuserem… Defendendo um relacionamento frontal e não apenas por ofícios: “Olhos nos olhos!... Vamos deixar o passado! Vamos olhar para o futuro!... Mas tem que haver flexibilidade dos dois lados!”
Afirmando que, desde o dia 26 de setembro “há uma nova pessoa! Um novo Presidente da Câmara” – Apelando ao Presidente da Direção, António Lourenço, para não “ficar preso aos velhos costumes de lidar com o Presidente da Câmara - Isto pelo facto de, nos últimos anos, ter havido alguns desentendimentos, entre a presidência da autarquia e direção dos bombeiros, que, deixou de lhe prestar os apoios que tradicionalmente lhe prestava, vindo a debater-se com muitas dificuldades.
Na hora dos discursos, o Presidente da Câmara Municipal de V. N de Foz Côa,
João Paulo Sousa, prestou também a sua calorosa homenagem aos bombeiros do
nosso concelho.
Depois de manifestar o seu agrado pelas palavras do discurso do comandante distrital, que começou por dizer “que já deu posse a vários comandantes: simbolicamente, essa expressão de dar posse a vários comandantes num curto espaço de tempo, retrata que há lutas que, muitas vezes passam e que não estão dentro das próprias florestas nos combates aos incêndios”- frisou
Sublinhando que “é importante percebermos qual é o espírito dos
bombeiros, o espírito de todo o processo de nós estarmos todos do mesmo lado”
- E era justamente a mensagem que
desejava fazer passar ao Presidente da Direção, António Lourenço, afirmando que
“Houve um novo amanhecer a partir do dia 26 de Setembro; eu não nego o
meu passado! Mas quero que o Senhor Presidente da Direção saiba que há aqui uma
nova pessoa!”
“Foi com muito gosto que eu recebi o convite para fazer a inauguração do monumento ao Bombeiro Voluntário!”
Mas eu perguntaria ao Sr. Presidente da Direção, se me dirigiu a mim,
anteriormente, para me dizer se eu o poderia ajudar nalguma dificuldade.
Essa não é a forma de atuar com o Presidente da Câmara: a forma de atuar
com o Presidente da Câmara, é ir ter com o Sr. Presidente da Câmara: o novo
presidente da Câmara apoia esta iniciativa? … E cá estarei eu para dizer que
sim! E não através de um papel.. Mais!... Não podemos continuar presos a velhos
espantalhos.
São estes dois exemplos que me parece que devem ser ultrapassados! Porque a disponibilidade é total!... Eu estive 12 anos, como vice-Presidente da Câmara e nunca deixei de olhar olhos nos olhos”- Estas algumas das palavras do discurso do Presidente, João Paulo Sousa.
Rui Manuel Varelas Ramalho - Novo Comandante do Corpo de Bombeiros – Prometeu dar o melhor do seu esforço esperando contar com o apoio de todas as entidades: bombeiros e autarquia.
Depois de se congratular com a presença dos seus familiares, companheiros e amigos, recordou pertencer a este Corpo de Bombeiros, desde 2002, tendo desempenhado diversas tarefas importantes, que veio a integrar a equipa de intervenção permanente, sublinhando que, neste momento, “estou empenhado em contribuir para o melhor serviço da proteção e de socorros à população do concelho de Vila Nova de Foz Côa”, pelo que espera contar com a colaboração desta Associação Humanitária, do Comandante Distrital, das operações de Socorros, da EMTP, do INEM e da Câmara Municipal, da junta de freguesia e da população que servimos e a que pertencemos – Agradecendo, por fim, à direção desta Associação, “a confiança que depositaram em mim, com a minha nomeação para o cargo de comandante do Corpo de Bombeiros
Padre Diogo Dias
Martinho – “O preço da paz tem que ter um
lugar mais ativo nas nossas vidas” – Defendeu nas breves
palavras que preferiu nas funções de Capelão desta Associação Humanitária
“É lógico, como dizia
o Sr. Comandante Distrital das Operações, a paz não se faz com a inércia,
esperando que não haja guerra: a paz faz-se com empenho, com muito empenho! E
eu estou profundamente convencido, que a paz, que conduz à solidariedade à
harmonia integral, tem obrigatoriamente de passar pela paz nos corações; tem de
se começar pela paz nos corações”. - Declarou
Falando em nome
daquele que salva! Temos aqui o Comandante que vem salvar!,Não puxo à brasa à sardinha,
digo o que coração manda – E que o meu coração manda, diz que o preço da paz
tem que ter um lugar mais ativo nas nossas vida” - Esperando “que o nosso esforço seja
realmente notório daquilo que o dom de parte das nossas operações
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