Uma vez mais, abrangendo a própria sede do concelho, tal como já sucedeu, noutras oportunidades, nomeadamente, nas palestras subordinadas ao tema, comonias, bem como, em anterior evento, com a caravana de jornalistas da Associação da Imprensa Estrangeira, vindos de Lisboa, que, antes das cerimónias evocativas, tiveram oportunidade de visitar o Museu do Côa, o núcleo das gravuras dos Piscos, Muxagata, bem como a Quinta da Ervamoira, após o que se dirigiram para se integrarem nas festividades programadas, em Chãs -
PROGRAMA DA CELEBRAÇÃO DO SOLSTÍCIO DO VERÃO 2021 21 de Junho - Chás - V.N. de Foz Côa e Chãs
15.30 - Respeitando as normas sanitárias da Covid-19, o dia maior do ano vai ser celebrado a partir das 15. no auditório do Centro Cultural de cidade de V. N. de Foz Côa, com um recital de poesia da Olinda Beja - A grande embaixatriz na DIÁSPORA da literatura Luso- São-Tomense, acompanhada à viola por Luís d’Almeida
Às 17.h30 – Prevista à parida do Centro para o Adro da Igreja de Chãs
LOCAL DE CONCENTRAÇÃO O ADRO DA IGREJA DA FREGUESIA DE CHÃS
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18.h-18.15 – Concentração e Desfile Aldeia-Templos do Sol Ao Som do Grupo de Gaiteiros Os Mirandum
19.00 – No Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Sra. – Com Poemas de Olinda Beja – Declamados pela autora, acompanhada por sons de Viola de Luís d'Almeida - Os visitantes distribuir-se-ão pelo interior do recinto e ao fundo do Altar
19.45 Partida para o Altar da Pedra do Solstício - Leitura de Poemas da Convidada- Exibição musicais de Viola e dos Gaiteiros, até à observação do Alinhamento Sagrado, com o pôr-do-Sol - 20.44
Seguir-se-á a Romagem à Pedra dos Poetas, com a presença de Olinda Beja e Participantes, onde será recordada a memória do poeta Manuel Daniel
E onde terminarão as cerimónias poéticas e evocativas
Evento patrocinado pelo Município de V.N de Foz Côa, o apoio da Junta de Freguesia de Chãs e a benevolência dos proprietários dos sítios
ALINHAMENTO SAGRADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DE VERÃO - MACIÇO DOS TAMBORES - ALDEIA DE CHÃS- VILA NOVA DE FOZ CÔA
A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo, a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.
Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direcionado. Feita a observação, na face oposta ou lateralmente, toma a forma de enigmáticos bustos humanos.
Como já vai sendo tradição, o último ato evocativo terminou na Pedra dos Poetas, uma pequena fraga em forma de altar, onde o jornalista e poeta, Fernando Assis Pacheco, ergueu os braços, depois de ter visitado a Pedra da Cabeleira e o Castro do Curral da Pedra, ali próximos, como forma de agradecimento aos deuses que foram venerados nestes lugares, Um mês depois, e quando por ali deambulávamos, ao ouvirmos num pequeno transístor, a notícia da sua morte, pegámos um cinzel, com que habitualmente por ali esculpíamos alguns desenhos (muito antes de se falar das gravuras rupestres, já ali tínhamos centenas de desenhos gravados no granito de carácter místico e iniciático), sim, com a mesma ferramenta, cinzel e maceta, fixamos naquele caprichoso e rústico altar, no espaço configurado por um pequeno triângulo, as iniciais do seu nome -
OLINDA BEJA - Poeta, romancista, contadora de histórias, Olinda Beja tem divulgado, através de conferências e recitais de poesia, a cultura de S. Tomé e Príncipe por vários países, nomeadamente Brasil, Austrália, Timor, Marrocos, França, Espanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Cabo Verde…
Nasceu em Guadalupe, S. Tomé, a 12 de Fevereiro de 1946, filha de José de Beja Martins (português) e de Maria da Trindade Filipe (santomense), tendo ido viver para .Portugal, ainda criança (S. Tomé e Príncipe). Estudou em Portugal, mas, um dia, resolveu voltar à sua bela ilha e, a partir de então, tem assumido o papel de Embaixadora da Cultura Santomense.
Tem trabalhos publicados na Alemanha (Universidade de Frankfurt e Universidade de Berlim) sobre a língua materna de S. Tomé, bem como poemas dispersos em revistas nacionais e estrangeiras, em livros didáticos dos Ministérios Português e Francês da Educação, em várias antologias dos mais diversos países, salientando-se a antologia publicada em junho de 2015 em Buenos Aires (Argentina) e cujo título “Ligarás tu corazon com el mio” é um verso de um poema do livro “À Sombra do Oká”.
Tem poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, árabe, chinês (mandarim) e esperanto.
Escreve livros, conta e canta histórias sempre que o seu coração lhe pede.
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português-Francês) pela Universidade do Porto e pela Universidade Aberta em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Foi professora do ensino secundário em Portugal e de Língua e Cultura Portuguesas (e lusófonas) na Suíça.
Dedicou-se à escrita desde muito jovem, publicando até ao momento atual mais de duas dezenas de obras : Bô Tendê? (poemas); Leve, Leve (poemas); 15 Dias de Regresso (romance); No País do Tchiloli (poemas); A Pedra de Villa Nova (romance); Pingos de Chuva (conto); Quebra-Mar (poemas); A Ilha de Izunari (ficção); Água Crioula (poemas); Pé-de-perfume (contos); Aromas de Cajamanga (Poemas); O Cruzeiro do Sul (poemas); Histórias da Gravana (contos, obra finalista, em 2011, no grande prémio PT Literatura); A Casa do Pastor (contos), Um Grão de Café (conto infanto-juvenil – faz parte do Plano Nacional de Leitura), À Sombra do Oká (poemas – Faz parte do Plano Nacional de Leitura); Tomé Bombom (conto juvenil); Chá do Príncipe (contos), Simão Balalão (conto infanto-juvenil).
Com o livro À Sombra do Oká recebeu em S. Tomé e Príncipe o Prémio Literário Francisco José Tenreiro 2012-2013.
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