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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Hoje Sexta-feira Santa - Estou vivo e abro os braços à minha Cruz! Evocando e celebrando a paixão e morte de Cristo, o Bom jesus







Hoje é Sexta-feira Santa! Estou vivo e abro os braços à minha Cruz! Evocando e celebrando a paixão e morte de Cristo, o Bom jesus! - Inquieto e meditativo às trevas que têm vindo a cobrir o Mundo . Suplicando cura, paz e tranquilidade! – Que erradique o fantasma que varre a Humanidade! - E a liberte dos ventos agoirentos …que fazem ecoar silvos terríveis nas urgências das sirenes, que espalham o pânico, quando atravessam as nossas cidades, amontoando corpos enfermos nas enfermarias dos hospitais!

Que sopram e agitam os funéreos ciprestes dos cemitérios!

Agradecendo ao Cosmos e ao Criativo Deus,  e do mais fundo de mim, o Milagre da Vida! A maravilha de continuar a ser um dos viventes  sob o imenso teto ou majestosa cripta dos Céus!  Evocando o dia em que, o filho de José e Maria,  nativo da Galileia, nascido em palhal de humilde casebre na minúscula aldeia de Nazaré, depois de uma vida dedicada a defender os pobres e oprimidos,  que, mais tarde a sua religião, iria trair, esquecendo os seus louváveis princípios  pondo-se ao lado da nobreza e dos poderosos,

condenando à chama dos “sagrados ofícios”  nos pelourinhos da cruel e impiedosa inquisição, quem não se submetesse ao totalitário domínio regido pelo insano arbitro da intolerância e submissão! Sim, a tudo isto se opusera, Jesus Cristo, em sua sábia doutrina! Enfrentando os enganadores e opressores, que lucravam  com a escravidão, a ingenuidade, o servilismo e a fé do povo!

Vida breve, mas profícua e exemplar, a de Jesus Cristo!  – Ei-lo, por isso, ainda novo, enfrentando a incompreensão! A barbaridade de iniquas leis imperiais! Em Sinédrio liderado e sentenciado por Herodes e Pôncio Pilatos, que o condenavam a ser morto e crucificado  e a ser banido e sepultado num dos sepulcros  escavados em ermo rochoso do Monte Calvário por um fariseu, membro da mesma criminosa teia,  patife do mesmo vil e cruel Sinédrio conhecido por José de Arimateia.

E, assim, naquele fatídico dia, para lá foi sendo conduzido,  deixando, em cada passo, à posteridade dos séculos e milénios, um nobre exemplo de amor ao próximo e de infinita bondade: o da expiação da sua vida pelo amor e salvação da Humanidade! Arrastando a passos lentos, o seu manto de púrpura  Imposto aos condenados do todo-poderoso Império,  ladeado e chicoteado por ferozes soldados de Roma, que o achincalhavam com o título de "Rei dos Judeus", coroado de espinhos que o feriam e o sangravam!

Dele iam zumbindo como insaciáveis vampiros  ávidos de humilhação e de algozes martírios!  Armados de finas lanças e de temíveis chicotes, que, mesmo antes de o crucificarem e matarem, já da sua fronte ferida e do seu rosto magoado, lhe causavam sangrentas escorrências como as contas de um lacrimoso rosário simbolizando o doloroso tormento de um imenso e penoso sofrimento! Tudo, por se designar servo e filho do eterno Deus!  Não reconhecendo outro Reino senão o Divino! Por amor à Liberdade e à Humanidade! –  Pelo simples facto de se apresentar com uma doutrina,  nos sermões que apregoava aos fiéis que o seguiam, radicalmente livre da vil tirania e da vida escrava  de leis castradoras, humilhantes e opressivas, defendendo que o verdadeiro Reino, não era o terrestre proclamado por César o da escravidão e da crueldade!  Mas o consagrado pela Graça  do Divino Espírito Santo símbolo da Libertação. Do Amor e da Fraternidade!  E da celestial intemporalidade!

Jorge Trabulo Marques

Lisboa , 02-04-2021

 Recordando a Procissão e o Auto da Paixão de Jesus Cristo,  em Abril de 2015, rm  V- Nova de Foz Foz Côa


Sexta-Feira Santa,  o dia em que o mundo católico recorda  o julgamento, a paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos atos religiosos – Vila Nova de Foz Côa, onde a população é maioritariamente católica, também aqui tem mantido a tradição  – Este ano,  pelas razões sobejamente conhecidas, sem a tradicional procissão o Auto da Paixão de Cristo, que percorre  em alguns dos principais pontos da cidade.

Passos mais ou menos cadenciados, orações e cânticos, sons de banda filarmónica  entrecortados por   silêncios  ou algumas palavras furtivas, emprestaram ao ato momentos de impressionante pendor religioso e místico.



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A tradição já não é como antigamente. Os sinos deixavam de tocar e os únicos sons que se ouviam eram o das matracas.  E também já lá vai o tempo dos  longos jejuns  e da abstinência de carne, salvo quem comprasse as bulas. Hoje a procissão é acompanhada por uma banda filarmónica,  a de Freixo de Numão, por sinal a única no concelho, mas nem por isso deixa de continuar a ser um ritual que apela  - mesmo para quem não professe o catolicismo – para os sentimentos mais profundos sobre a  meditação dos mistérios da vida e da morte.





 

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