Hoje é
Sexta-feira Santa! Estou vivo e abro os braços à minha Cruz! Evocando e
celebrando a paixão e morte de Cristo, o Bom jesus! - Inquieto e meditativo às
trevas que têm vindo a cobrir o Mundo . Suplicando cura, paz e tranquilidade! –
Que erradique o fantasma que varre a Humanidade! - E a liberte dos ventos
agoirentos …que fazem ecoar silvos terríveis nas urgências das sirenes, que espalham
o pânico, quando atravessam as nossas cidades, amontoando corpos enfermos nas
enfermarias dos hospitais!
Que sopram e agitam os funéreos ciprestes dos cemitérios!
Agradecendo
ao Cosmos e ao Criativo Deus, e do mais
fundo de mim, o Milagre da Vida! A maravilha de continuar a ser um dos viventes
sob o imenso teto ou majestosa cripta
dos Céus! Evocando o dia em que, o filho
de José e Maria, nativo da Galileia,
nascido em palhal de humilde casebre na minúscula
aldeia de Nazaré, depois de uma vida dedicada a defender os pobres e
oprimidos, que, mais tarde a sua
religião, iria trair, esquecendo os seus louváveis princípios pondo-se ao lado da nobreza e dos poderosos,
Vida breve,
mas profícua e exemplar, a de Jesus Cristo! – Ei-lo, por isso, ainda novo, enfrentando a
incompreensão! A barbaridade de iniquas leis imperiais! Em Sinédrio liderado e
sentenciado por Herodes e Pôncio Pilatos, que o condenavam a ser morto e
crucificado e a ser banido e sepultado
num dos sepulcros escavados em ermo
rochoso do Monte Calvário por um fariseu, membro da mesma criminosa teia, patife do mesmo vil e cruel Sinédrio conhecido
por José de Arimateia.
E, assim,
naquele fatídico dia, para lá foi sendo conduzido, deixando, em cada passo, à posteridade dos
séculos e milénios, um nobre exemplo de amor ao próximo e de infinita bondade: o
da expiação da sua vida pelo amor e salvação da Humanidade! Arrastando a passos
lentos, o seu manto de púrpura Imposto
aos condenados do todo-poderoso Império, ladeado e chicoteado por ferozes soldados de
Roma, que o achincalhavam com o título de "Rei dos Judeus", coroado
de espinhos que o feriam e o sangravam!
Dele iam zumbindo como insaciáveis vampiros ávidos de humilhação e de algozes martírios! Armados de finas lanças e de temíveis chicotes, que, mesmo antes de o crucificarem e matarem, já da sua fronte ferida e do seu rosto magoado, lhe causavam sangrentas escorrências como as contas de um lacrimoso rosário simbolizando o doloroso tormento de um imenso e penoso sofrimento! Tudo, por se designar servo e filho do eterno Deus! Não reconhecendo outro Reino senão o Divino! Por amor à Liberdade e à Humanidade! – Pelo simples facto de se apresentar com uma doutrina, nos sermões que apregoava aos fiéis que o seguiam, radicalmente livre da vil tirania e da vida escrava de leis castradoras, humilhantes e opressivas, defendendo que o verdadeiro Reino, não era o terrestre proclamado por César o da escravidão e da crueldade! Mas o consagrado pela Graça do Divino Espírito Santo símbolo da Libertação. Do Amor e da Fraternidade! E da celestial intemporalidade!
Jorge Trabulo Marques
Lisboa , 02-04-2021
Recordando a Procissão e o Auto da Paixão de Jesus Cristo, em Abril de 2015, rm V- Nova de Foz Foz Côa
Sexta-Feira Santa, o dia em que o mundo
católico recorda o julgamento, a paixão, crucificação, morte e sepultura
de Jesus Cristo, através de diversos atos religiosos – Vila Nova de Foz Côa,
onde a população é maioritariamente católica, também aqui tem mantido a
tradição – Este ano, pelas razões sobejamente conhecidas, sem a
tradicional procissão o Auto da Paixão de Cristo, que percorre em alguns dos principais pontos da cidade.
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