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sábado, 17 de novembro de 2018

TRIBUTO EM MEMÓRIA DOS COMBATENTES PORTUGUESES DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA - SEPULTADOS EM RICHEBOURG



EM MEMÓRIA DOS PORTUGUESES QUE TOMBARAM NOS HORRÍVEIS CAMPOS DE BATALHA, EM FRANÇA - AQUI LHE DEIXO ESTAS IMAGENS E TEXTOS PARA RECORDAR E REFLECTIR  - E A COMOVENTE SOLIDÃO DO PRESIDENTE MARCELO REBELO DE SOUSA - ANTE O SILÊNCIO SEPULCRAL DE TANTAS VIDAS CEIFADAS NA FLOR DA IDADE


“O cemitério militar português de Richebourg é um cemitério militar da Primeira Guerra Mundial, localizado no território do município de Richebourg, no departamento francês de Pas-de-Calais. É o único cemitério militar exclusivamente português em França.[1]
O cemitério é um dos "locais funerários e memoriais da Primeira Guerra Mundial (Frente Ocidental)" que integraram, em Abril de 2014, a lista indicativa de França para futuras candidaturas a património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O cemitério, juntamente com a fronteira Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Lorgies, está em sétimo lugar da lista, que integra oitenta locais.https://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio_militar_portugu%C3%AAs_de_Richebourg







PORTUGAL TEM DE FAZER MAIS ALGUM ESFORÇO  - "Cemitério português de Richebourg ainda não é património Mundial da UNESCO
 
07 Julho 2018 às 16Ainda não foi  desta vez que o Cemitério Militar Português de Richebourg é inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO. 

A candidatura não foi apresentada por Portugal, mas sim pela França e pela Bélgica, englobando 139 cemitérios militares, necrópoles e monumentos evocativos na Bélgica e em França, lugares funerários e memoriais da Grande Guerra de 1914-1918. https://www.jn.pt/mundo/jn-comunidades/interior/cemiterio-portugues-de-richebourg-ainda-nao-e-patrimonio-da-unesco-9563542.html



O ANO PASSADO E ESTE ANO – A CANDIDATURA DO CEMITÉRIO MILITAR PORTUGUÊS DE RICHEBOURG – FOI ABORDADA PELA IMPRENSA PORTUGUESA – MAS HÁ QUE FAZER ESFORÇOS CULTURAIS MAIS EFICAZES 

Cemitério militar português em França entre candidatos a Património Mundial

No cemitério militar português de Richebourg, estão enterrados cerca de 1800 soldados portugueses da Grande Guerra de 1914-1918

Lusa 22 de Junho de 2018, 23:05 O cemitério militar português de Richebourg, integrado na candidatura franco-belga dos memoriais da Frente Ocidental da I Guerra Mundial, pode vir a ser classificado como património mundial da UNESCO, na reunião que se inicia domingo, no Bahrein.

O Comité da UNESCO reúne-se até 4 de Julho, em Manama, no Bahrein, para escolher os novos locais que vão passar a fazer parte da lista de Património Mundial, após análise das 30 candidaturas existentes, segundo o site da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O cemitério militar português de Richebourg, onde estão enterrados cerca de 1800 soldados portugueses da Grande Guerra de 1914-1918, poderá ser classificado como Património Mundial, quando se assinala o centenário da Batalha de La Lys - a pior derrota militar portuguesa - ao estar integrado na candidatura conjunta "Lugares funerários e memoriais da I Guerra Mundial - Frente Ocidental", apresentada pela Bélgica e pela França. - Excerto de https://www.publico.pt/2018/06/22/culturaipsilon/noticia/cemiterio-militar-portugues-em-franca-entre-candidatos-a-patrimonio-mundial-da-unesco-1835617

Cemitério português de Richebourg em lista para candidatura à UNESCO
Fev- 1- 2017 Cemitério de Richebourg é um cemitério militar exclusivamente português em França, onde foram sepultados soldados mortos na I Grande Guerra

cemitério militar português de Richebourg, França, com 1.831 campas de soldados lusos da I Guerra Mundial, faz parte de uma "lista indicativa" para candidatura a Património Cultural da UNESCO.

O cemitério português, no norte de França, é um dos "locais funerários e memoriais da I Guerra Mundial (Frente Ocidental)" que integraram, em abril de 2014, a "lista indicativa" de França para futuras candidaturas a património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Num conjunto e 80 locais referentes à Grande Guerra, o cemitério de Richebourg L'Avoué aparece em sétimo lugar, assim como a Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Lorgies, mesmo em frente do cemitério.
Em décimo lugar, aparece a acrópole nacional de Notre-Dame-de-Lorette, um cemitério militar junto ao qual se encontra o Memorial Internacional de Notre-Dame-de-Lorette, uma escultura monumental em forma de círculo - "Anneau de la Mémoire" - onde estão inscritos os nomes de 579.606 soldados de 40 nacionalidades mortos na Grande Guerra, incluindo 2.266 nomes portugueses. – Excerto de https://www.dn.pt/sociedade/interior/cemiterio-portugues-de-richebourg-em-lista-para-candidatura-a-unesco-5640916.html
A GUERRA

Que vejo além? ruínas e destroços,
o incêndio a miséria e tanta dor ...
entre montões

Num campo há duas bandeiras:
qual delas a mais querida?
Uma é de oiro bordada,
outra é de seda tecida.

Numa pegava um soldado,
noutra um soldado pegava.
Qual deles o mais ousado?
Se um valente, o outro é bravo.

Num campo há dois regimentos:
Qual possui mais munições?
Um é cheio de espingardas,
outro é cheio de canhões.

Num um soldado gritava,
noutro gritava um soldado.
Um ao outro respondiam:
«À morte os do outro lado!»

«Viva a guerra e viva a morte!»,
diz em coro o batalhão,
com os olhos revirados,
com balas no coração.

Alto sobem as bandeiras:
qual delas terá mais sorte?
Mais alto sobe a ceifeira
com a gadanha da morte.

Já se acabou a batalha,
já se acabou a batalha...
qual deles mais derrotado?
Um todo cheio de feridos,
 o outro é seu igual:
todo cheio de aleijados.

Num morrera o soldado,
num morrera o soldado

Nus de entulho e ossos:
E' Liêge e Luvaine: que pavor!

O que ouço alemã que voz me traz o vento
que vem do norte, e fere o coração

E' como o estertorar do último alento
e a voz atroadora do canhão.
Que emanações são estas que ora sinto
que a brisa em seu eterno giro espalha ?

é um mito de horror, cheiro indistinto ...
E' o cheiro dos campos da batalha.
Quem impele nações contra nações,
que assolou tudo e todo o mundo aterra?

E' um monstro gerado de ambições,
e esse monstro cruel chama-se a Guerra.

Emília  Pomar de Sousa Machado.

Nasceu em Cacilhas, 1 de julho de 1857 – Lisboa, 15 de novembro de 1944,  foi uma escritora e poetisa espírita portuguesa. 
Filha de Júlio Pomar, um comerciante de origem galega, estabelecido em Cacilhas, com um armazém de azeite.
Emília Pomar conhecia italiano, francês, espanhol e latim. Traduziu do francês o romance "O crime de João Malory", de autoria de Ernesto Doudet, publicado em folhetins no jornal "O Sul do Tejo", em 1885.
Foi colaboradora da revista "Luz e Caridade", de Braga, por cerca de três décadas.https://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlia_Pomar_de_Sousa_Machad




POR AMABILIDADE DE ÁLVARO JOSÉ FERREIRA – DE  LUGAR AO SUL: Primeira Grande Guerra: centenário do armistício


Cemitério militar português de Richebourg l'Avoué, no departamento de Pas-de-Calais, França.

Contém 1 831 sepulturas de combatentes portugueses, dos quais 238 estão por identificar, provenientes dos cemitérios de Le Touret, de Ambleteuse e de Brest (França), de Tournai (Bélgica) e também da Alemanha, neste caso de prisioneiros de guerra aí falecidos. A transladação dos restos mortais decorreu entre 1924 e 1938.



Quem tiver um mínimo de sensibilidade não pode deixar de ficar impressionado ante os cemitérios militares, cartesianamente ordenados, existentes no Norte de França e na Bélgica, ao longo da faixa territorial que foi o cenário da frente ocidental da Primeira Grande Guerra. Aos soldados que morreram no teatro de guerra ou em campos de prisioneiros não era possível perguntar, post-mortem, qual o local preferido para a 'última morada', mas é de presumir que quase todos preferissem 'repousar' nas freguesias onde residiam, perto das famílias. Alguém das cúpulas dirigentes teve a clarividência de optar pela solução dos cemitérios de guerra, homogéneos e em larga escala, e o significado subjacente a esta opção não é despiciendo para os vivos que os contemplam. Em boa verdade, é aos vivos que se destina a mensagem que estas gigantescas necrópoles transmitem. Mensagem essa que pode resumir-se nestes termos: «Guerra é destruição e morte. Tenham juízo e tomem a Paz como um valor supremo! Amem a Vida!»


Nesse esforço de promoção da paz e da concórdia entre todos os seres humanos, as canções também desempenham um papel importante e é com um belo espécime de produção endógena que comemoramos o centenário do armistício que pôs fim às hostilidades, na Europa, da hecatombe bélica que causou cerca de oito milhões de mortos e ainda maior número de deficientes e incapacitados. Tem por título "Dois Soldados" e faz parte do álbum "Canções de Amor e Guerra" (2002), de João Lóio, um cantautor que tem sido votado a um criminoso ostracismo por quem administra a lista de difusão musical, vulgo 'playlist', da Antena 1.



Dois Soldados - Letra e música: João Lóio
Intérprete: João Lóio
CD "Canções de Amor e Guerra"
 João Lóio, 2002)

Num campo há duas bandeiras:
qual delas a mais querida?
Uma é de oiro bordada,
outra é de seda tecida.

Numa pegava um soldado,
noutra um soldado pegava.
Qual deles o mais ousado?
Se um valente, o outro é bravo.

Num campo há dois regimentos:
Qual possui mais munições?
Um é cheio de espingardas,
outro é cheio de canhões.

Num um soldado gritava,
noutro gritava um soldado.
Um ao outro respondiam:
«À morte os do outro lado!»

«Viva a guerra e viva a morte!»,
diz em coro o batalhão,
com os olhos revirados,
com balas no coração.

Alto sobem as bandeiras:
qual delas terá mais sorte?
Mais alto sobe a ceifeira
com a gadanha da morte.

Já se acabou a batalha,
já se acabou a batalha...

qual deles mais derrotado?
Um todo cheio de feridos,
o outro é seu igual:
todo cheio de aleijados.

Num morrera o soldado,
num morrera o soldado








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