EM MEMÓRIA DOS PORTUGUESES QUE TOMBARAM NOS HORRÍVEIS CAMPOS DE BATALHA, EM FRANÇA - AQUI LHE DEIXO ESTAS IMAGENS E TEXTOS PARA RECORDAR E REFLECTIR - E A COMOVENTE SOLIDÃO DO PRESIDENTE MARCELO REBELO DE SOUSA - ANTE O SILÊNCIO SEPULCRAL DE TANTAS VIDAS CEIFADAS NA FLOR DA IDADE
“O cemitério militar português de
Richebourg é um cemitério militar da Primeira Guerra Mundial, localizado no
território do município de Richebourg, no departamento francês de
Pas-de-Calais. É o único cemitério militar exclusivamente português em
França.[1]
O cemitério é um dos "locais
funerários e memoriais da Primeira Guerra Mundial (Frente Ocidental)" que
integraram, em Abril de 2014, a lista indicativa de França para futuras
candidaturas a património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura. O cemitério, juntamente com a fronteira Capela de Nossa
Senhora de Fátima, em Lorgies, está em sétimo lugar da lista, que integra
oitenta
locais.https://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio_militar_portugu%C3%AAs_de_Richebourg
PORTUGAL TEM DE FAZER MAIS ALGUM ESFORÇO - "Cemitério português de Richebourg ainda não é património Mundial da UNESCO
07 Julho 2018 às 16Ainda
não foi desta vez que o Cemitério Militar Português de Richebourg é inscrito na
lista de Património Mundial da UNESCO.
A candidatura não foi apresentada por Portugal, mas sim pela França e pela
Bélgica, englobando 139 cemitérios militares, necrópoles e monumentos
evocativos na Bélgica e em França, lugares funerários e memoriais da Grande
Guerra de 1914-1918. https://www.jn.pt/mundo/jn-comunidades/interior/cemiterio-portugues-de-richebourg-ainda-nao-e-patrimonio-da-unesco-9563542.html
O ANO PASSADO E ESTE ANO – A CANDIDATURA DO CEMITÉRIO MILITAR PORTUGUÊS
DE RICHEBOURG – FOI ABORDADA PELA IMPRENSA PORTUGUESA – MAS HÁ QUE FAZER ESFORÇOS CULTURAIS MAIS EFICAZES
No cemitério militar português de Richebourg, estão enterrados cerca de
1800 soldados portugueses da Grande Guerra de 1914-1918
Lusa 22 de Junho de 2018, 23:05 O cemitério militar português de
Richebourg, integrado na candidatura franco-belga dos memoriais da Frente
Ocidental da I Guerra Mundial, pode vir a ser classificado como património
mundial da UNESCO, na reunião que se inicia domingo, no Bahrein.
O Comité da UNESCO reúne-se até 4 de Julho, em Manama, no Bahrein, para
escolher os novos locais que vão passar a fazer parte da lista de Património
Mundial, após análise das 30 candidaturas existentes, segundo o site da
organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O cemitério militar português de Richebourg, onde estão enterrados
cerca de 1800 soldados portugueses da Grande Guerra de 1914-1918, poderá ser
classificado como Património Mundial, quando se assinala o centenário da
Batalha de La Lys - a pior derrota militar portuguesa - ao estar integrado na
candidatura conjunta "Lugares funerários e memoriais da I Guerra Mundial -
Frente Ocidental", apresentada pela Bélgica e pela França. - Excerto de https://www.publico.pt/2018/06/22/culturaipsilon/noticia/cemiterio-militar-portugues-em-franca-entre-candidatos-a-patrimonio-mundial-da-unesco-1835617
Cemitério português de Richebourg em lista para
candidatura à UNESCO
Fev- 1- 2017 Cemitério de Richebourg é um cemitério
militar exclusivamente português em França, onde foram sepultados soldados
mortos na I Grande Guerra
cemitério militar português de Richebourg,
França, com 1.831 campas de soldados lusos da I Guerra Mundial, faz parte de
uma "lista indicativa" para candidatura a Património Cultural da
UNESCO.
O
cemitério português, no norte de França, é um dos "locais funerários e
memoriais da I Guerra Mundial (Frente Ocidental)" que integraram, em abril
de 2014, a "lista indicativa" de França para futuras candidaturas a
património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO).
Num
conjunto e 80 locais referentes à Grande Guerra, o cemitério de Richebourg
L'Avoué aparece em sétimo lugar, assim como a Capela de Nossa Senhora de
Fátima, em Lorgies, mesmo em frente do cemitério.
Em décimo lugar, aparece a acrópole nacional de Notre-Dame-de-Lorette, um cemitério militar junto ao qual se encontra o Memorial Internacional de Notre-Dame-de-Lorette, uma escultura monumental em forma de círculo - "Anneau de la Mémoire" - onde estão inscritos os nomes de 579.606 soldados de 40 nacionalidades mortos na Grande Guerra, incluindo 2.266 nomes portugueses. – Excerto de https://www.dn.pt/sociedade/interior/cemiterio-portugues-de-richebourg-em-lista-para-candidatura-a-unesco-5640916.html
Em décimo lugar, aparece a acrópole nacional de Notre-Dame-de-Lorette, um cemitério militar junto ao qual se encontra o Memorial Internacional de Notre-Dame-de-Lorette, uma escultura monumental em forma de círculo - "Anneau de la Mémoire" - onde estão inscritos os nomes de 579.606 soldados de 40 nacionalidades mortos na Grande Guerra, incluindo 2.266 nomes portugueses. – Excerto de https://www.dn.pt/sociedade/interior/cemiterio-portugues-de-richebourg-em-lista-para-candidatura-a-unesco-5640916.html
A
GUERRA
Que
vejo além? ruínas e destroços,
o
incêndio a miséria e tanta dor ...
entre
montões
Num
campo há duas bandeiras:
qual
delas a mais querida?
Uma
é de oiro bordada,
outra
é de seda tecida.
Numa
pegava um soldado,
noutra
um soldado pegava.
Qual
deles o mais ousado?
Se
um valente, o outro é bravo.
Num
campo há dois regimentos:
Qual
possui mais munições?
Um
é cheio de espingardas,
outro
é cheio de canhões.
Num
um soldado gritava,
noutro
gritava um soldado.
Um
ao outro respondiam:
«À
morte os do outro lado!»
«Viva
a guerra e viva a morte!»,
diz
em coro o batalhão,
com
os olhos revirados,
com
balas no coração.
Alto
sobem as bandeiras:
qual
delas terá mais sorte?
Mais
alto sobe a ceifeira
com
a gadanha da morte.
Já
se acabou a batalha,
já
se acabou a batalha...
qual
deles mais derrotado?
Um
todo cheio de feridos,
o outro é seu igual:
todo
cheio de aleijados.
Num
morrera o soldado,
num
morrera o soldado
Nus
de entulho e ossos:
E'
Liêge e Luvaine: que pavor!
O
que ouço alemã que voz me traz o vento
que
vem do norte, e fere o coração
E'
como o estertorar do último alento
e
a voz atroadora do canhão.
Que
emanações são estas que ora sinto
que
a brisa em seu eterno giro espalha ?
é
um mito de horror, cheiro indistinto ...
E'
o cheiro dos campos da batalha.
Quem
impele nações contra nações,
que
assolou tudo e todo o mundo aterra?
E'
um monstro gerado de ambições,
e
esse monstro cruel chama-se a Guerra.
Emília Pomar de Sousa Machado.
Nasceu
em Cacilhas, 1 de julho de 1857 – Lisboa, 15 de novembro de 1944, foi uma
escritora e poetisa espírita portuguesa.
Filha
de Júlio Pomar, um comerciante de origem galega, estabelecido em Cacilhas, com
um armazém de azeite.
Emília
Pomar conhecia italiano, francês, espanhol e latim. Traduziu do francês o
romance "O crime de João Malory", de autoria de Ernesto Doudet,
publicado em folhetins no jornal "O Sul do Tejo", em 1885.
Foi
colaboradora da revista "Luz e Caridade", de Braga, por cerca de três
décadas.https://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlia_Pomar_de_Sousa_Machad
POR AMABILIDADE DE ÁLVARO JOSÉ FERREIRA – DE LUGAR AO SUL: Primeira Grande Guerra: centenário do armistício
Cemitério militar
português de Richebourg l'Avoué, no departamento de Pas-de-Calais, França.
Contém 1 831 sepulturas
de combatentes portugueses, dos quais 238 estão por identificar, provenientes
dos cemitérios de Le Touret, de Ambleteuse e de Brest (França), de Tournai
(Bélgica) e também da Alemanha, neste caso de prisioneiros de guerra aí
falecidos. A transladação dos restos mortais decorreu entre 1924 e 1938.
Quem tiver um mínimo de
sensibilidade não pode deixar de ficar impressionado ante os cemitérios
militares, cartesianamente ordenados, existentes no Norte de França e na
Bélgica, ao longo da faixa territorial que foi o cenário da frente ocidental da
Primeira Grande Guerra. Aos soldados que morreram no teatro de guerra ou em
campos de prisioneiros não era possível perguntar, post-mortem, qual o local
preferido para a 'última morada', mas é de presumir que quase todos preferissem
'repousar' nas freguesias onde residiam, perto das famílias. Alguém das cúpulas
dirigentes teve a clarividência de optar pela solução dos cemitérios de guerra,
homogéneos e em larga escala, e o significado subjacente a esta opção não é
despiciendo para os vivos que os contemplam. Em boa verdade, é aos vivos que se
destina a mensagem que estas gigantescas necrópoles transmitem. Mensagem essa
que pode resumir-se nestes termos: «Guerra é destruição e morte. Tenham juízo e
tomem a Paz como um valor supremo! Amem a Vida!»
Nesse esforço de promoção
da paz e da concórdia entre todos os seres humanos, as canções também
desempenham um papel importante e é com um belo espécime de produção endógena
que comemoramos o centenário do armistício que pôs fim às hostilidades, na
Europa, da hecatombe bélica que causou cerca de oito milhões de mortos e ainda
maior número de deficientes e incapacitados. Tem por título "Dois
Soldados" e faz parte do álbum "Canções de Amor e Guerra"
(2002), de João Lóio, um cantautor que tem sido votado a um criminoso
ostracismo por quem administra a lista de difusão musical, vulgo 'playlist', da
Antena 1.
Dois Soldados -
Letra e música: João Lóio
Intérprete: João
Lóio
CD "Canções
de Amor e Guerra"
João Lóio, 2002)
Num campo há duas
bandeiras:
qual delas a mais
querida?
Uma é de oiro
bordada,
outra é de seda
tecida.
Numa pegava um
soldado,
noutra um soldado
pegava.
Qual deles o mais
ousado?
Se um valente, o
outro é bravo.
Num campo há dois
regimentos:
Qual possui mais
munições?
Um é cheio de
espingardas,
outro é cheio de
canhões.
Num um soldado
gritava,
noutro gritava um
soldado.
Um ao outro
respondiam:
«À morte os do
outro lado!»
«Viva a guerra e
viva a morte!»,
diz em coro o
batalhão,
com os olhos
revirados,
com balas no
coração.
Alto sobem as
bandeiras:
qual delas terá
mais sorte?
Mais alto sobe a
ceifeira
com a gadanha da
morte.
Já se acabou a
batalha,
já se acabou a
batalha...
qual deles mais
derrotado?
Um todo cheio de
feridos,
o outro é seu
igual:
todo cheio de
aleijados.
Num morrera o
soldado,
num morrera o
soldado
Nenhum comentário:
Postar um comentário