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domingo, 6 de outubro de 2013

Escola Agrícola de Santo Tirso - Antigos alunos no 5 de Outubro - O fraternal convívio de amizade numa escola centenária - Para recordar velhos tempos e manter a memória viva de uma instituição que marcou várias gerações e as preparou para a vida – Orgulho-me de ser possuidor de um diploma passado pela então Escola Prática de Agricultura Conde São Bento - Santo Tirso – Atual Escola Profissional Agrícola Conde São Bento- santo Tirso


Jorge Trabulo Marques  - Filho de Maria Joaquina Trabulo e de Manuel Joaquim Marques - Tendo adoptado apelido de Trabulo na vida jornali´sitica e literária 
Louvor Militar em S. Tomé 



Vindos dos vários pontos do país, os antigos alunos da Escola Agrícola, Conde de S. Bento, em Santo Tirso, reuniram-se, uma vez mais, no tradicional almoço do 5 de Outubro, sob as arcadas dos vetustos  claustros da instituição  do ensino, que, em tempos, foi igreja matriz e um convento - .  A tradição, já não é o que era. Este ano houve menos participação. O programa, em anos anteriores, era mais aliciante, havia convívio e festa, com espetáculos, que faziam do dia um acontecimento na cidade. Graças aos patrocínios de empresas, ligadas ao sector agrícola. Porém o agravar da crise económica, também ali se refletiu duramente. 


FUI ANTIGO ALUNO - E PARTICIPEI COM MUITA ALEGRIA NESTE CONVÍVIO  ANUAL


Também lá estive, e com muito gosto, com enorme prazer e orgulho - Foi esta escola que me preparou para a vida; estou certo que não seria o que hoje sou, se não tivesse ali  estudado. O mesmo pensam, creio,  todos quantos ali estudaram.

- Aliás, foram esses os desabafos que ali ouvi. De antigos alunos que não quiseram deixar de marcar a sua presença neste dia. Claro, e julgo que é também   o sentimento que  perdurará em todos aqueles que,  por esta ou aquela razão, ali não puderam comparecer, mas que dificilmente terão esquecido o tradicional convívio. Inclusivamente, aqueles, que,  depois dali saírem, completaram cursos superiores, se licenciaram e doutoraram, se tornaram excelentes engenheiros e professores universitários. - "Foi-me até mais fácil", comentava-se, entre outras expressões. Sim. constatei que também houve quem não deixasse de  ir ali reviver aqueles verdes anos da sua juventude. Quem não dispensasse esse fraternal convívio. E manifestasse um inabalável carinho por esta instituição,  longe de se ter deixado ofuscar por complexos de superioridade. Sentindo-se perfeitamente identificado, com o espírito e a formação que recebeu da sua Escola Agrícola. Orgulhoso pelas portas que se lhe abriram: ou a um grau académico superior ou para outras atividades, que não propriamente as que ali aprendeu. Durante aquelas horas de amistoso e fraternal convívio, não  se falou senão de  profundas e inesquecíveis recordações, que  moldaram vidas, carreiras, as mais diversas profissões - E com sucesso. 



























A ELIMINAÇÃO DO FERIADO PODERÁ VIR A COMPROMETER O NOSSO TRADICIONAL CONVÍVIO DE 5 DE OUTRO?.... ESPEREMOS QUE NÃO MAS  PARA EVITAR QUE ISSO ACONTEÇA HÁ QUE TRANSITÁ-LO, TALVEZ, PARA O DOMINGO SEGUINTE  OU  PRIMEIRO DOMINGO DE SETEMBRO





Afinal, os feriados (civis e religiosos) não servem apenas para assinalar ou celebrar festas da igreja ou acontecimentos históricos,  também são aproveitados pelos cidadãos para momentos de lazer, de reflexão e de saudável convívio, tão indispensáveis ao refazer de forças e à recreação do espírito,  mas que a crescente desumanização do liberalismo, no seu insaciável egoísmo e   ânsia desmedida do lucro,  impondo as suas leis agressivas de proteção ao grande capital, estendendo os seus tentáculos opressivos, tanto no país, como no resto da  Europa  e em todo o mundo, só contribui para aumentar  ainda mais o desemprego, a depressão, o  descontentamento, o desconforto social, agravando as condições laborais e a produtividade,  reduzindo o grosso das populações à condição de meros escravos.




E o resultado está à vista: não havendo capacidade de consumo nas famílias, não podendo pagar a renda de casa e suprir às necessidades mais básicas, também o comércio e a indústria, se ressente, as empresas vão à falência, encerram-se fábricas, torna-se imparável a legião de milhões de desempregados e de marginalizados - Tal como dizia o José Luís (Corneta) na mesa onde me sentei: "sempre fomos governador por indivíduos corruptos que nos lixaram toda a vida" Ou então como acrescentava, o Gonçalves, nas suas tiradas filosóficas: "os problemas que hoje não compreendemos, amanhã não passarão de brincadeiras de crianças" - Entretanto, os amigos da "Primavera Árabe", vão sacando os milhões dos barris de  petróleo e se divertindo com os  canhões da próspera  indústria de guerra, semeando a fome, a miséria e a destruição.




NÃO HÁ OUTRA ESCOLA COMO A DE S.BENTO, EM SANTO TIRSO


Situada nas antigas instalações de um antigo Mosteiro Beneditino, sendo noutros tempos, lugar de aprendizagem e de culto, fica-se com a sensação que paira ainda por ali, como que um certo  pendor místico, qual legado missionário ou messiânico, que teima em manter-se, que  jamais se perdeu  - Quer como instituição de aprendizagem, teórica e prática (atualmente  proporcionando vários cursos de educação e formação, profissionais e de especialização), quer pelo pendor histórico e religioso que parecem transmitir os seus claustros e os velhos fontanários. Não é fácil esquecer esta Escola. Tanto naquilo que tinha de bom, como na férrea disciplina que nos era imposta - Com castigos, dia inteiro, a trabalhar ao lado dos sacrificados jornaleiros! Coitados!... Mesmo, nas manhãs de geada,  calçando modestas socas. Pois o dinheiro da jorna era fraco e não dava para outro calçado. Comendo uma côdea de pão, que iam acompanhando com uma malguita de vinho verde, à laia de sopas de cavalo cansado.Nesse tempo, não faltava trabalho de sol a sol - e pago por quanto?!... Será que estamos a ficar ainda pior que antigamente?!... Pelos vistos, é para onde resvala a crescente desumanização no  trabalho.


 Havia horários para tudo, para as aulas e para uma hora de estudo depois das aulas. Era pouco. Quem não estivesse atento aos professores, quase não tinha tempo de rever a matéria, a menos que o fizesse ao Domingo. Precisando de manter boas classificações - pois quem tivesse média acima de 14, não pagava pensão nem propinas - , muitas vezes ia estudar para os balneários, à luz de uma vela. Escassos tempos de recreio e muitas aulas práticas.  A  rigidez da disciplina, o  regulamento interno, quem o desconhecia e o infringia?!....Filhos de famílias humildes e honestas, vínhamos aptos a suportar tudo - Não era por esse facto que nos sentíamos  oprimidos, menos livres ou menos felizes.   











Ah, e então as formaturas da Mocidade Portuguesa!...  Em treino ou  aos domingos e dias santos, marchando de bandeira à frente, em direção à capela para ali nos plantarmos, lateralmente, junto ao altar, com as devidas honras no momento mais solene da Eucaristia.  - Então nos dias mais frios do Inverno, mas que grande frete!... Era de ficar enregelado. Envergando calção curto e uma simples camisa. De volta e meia, toca a perfilar e marchar, como se fizéssemos  parte de autênticas paradas militares - Fui chefe de Quina - Lá encontrei agora o meu Comandante de Castelo, o Manuel Augusto, com a mesma postura sóbria mas paternal, que nos infundia respeito, confiança e autoridade, em franca camaradagem com o José Martins, o praxante mais simpático, amável e afectuoso, com o mesmo sorriso de sempre, filho do saudoso, Sr. Martins, o homem que tocava a sineta e zelava pela portaria.




No entanto, a dureza da disciplina, pessoalmente  diluiu-se-me  no conjunto das melhores recordações. Exceptuando um episódio de algum modo marginal à nossa escola, por parte de um adulto que, aproveitando-se da sua condição religiosa, residindo contíguo ao nosso internato,  e sendo-lhe por isso facultada a entrada, longe de se imaginarem os seus propósitos,  quis fazer o que não devia fazer. Mas, pronto, isso já vai... .  As vicissitudes, o que é fácil não deixa memórias nem faz grande preparação para a vida. 







Tal como na Escola Primária, onde nos obrigavam a decorar todas as linhas férreas com as suas estações e apeadeiros, os rios de Portugal e seus afluentes, também ali tínhamos de empinar, nos livros de cada cereal, árvore de fruto ou hortícola, de cada cultura agrícola ou tropical, das máquinas, aves e animais, seus nomes até ao mais ínfimo pormenor. Porém, todo aquele nosso esforço e  sacrifícios, a mim já não me pesa na memória,  passou quase ao esquecimento; sobra-me apenas - e creio que a todos que ali estudaram - um sentimento de grande companheirismo,  de saudade e boas recordações. - Professores e alunos, pessoal auxiliar, seja quem for, que ali tenha lecionado, recebido ensinamentos ou simplesmente quem ali ia  ganhar a jorna ou algum dia a visitou, dificilmente deixará de manter  memórias vivas. De algum modo, sentindo-se rendido ao encanto  e à  singularidade que o lugar  infunde e continua a infundir.



MUITA COISA MUDOU NO ENSINO - E NA NOSSA ESCOLA?










Sim, muita coisa desde então mudou. Aliás, no ensino em geral. Obtêm-se licenciaturas com menos tempo de duração  e com menos exigências. E, nesta Escola, como vão as coisas?... Quem poderá responder é quem ali anda tirar o seu curso - Não propriamente, quando o termina mas anos mais tarde - Só então poderá saber se terá valido a pena -  É pois nessa fase da vida que surgem   as boas ou más recordações -  Acredito, que, mais tarde, serão eles a organizarem estes convívios. Agora, pelo que me foi dado ver, o almoço anual do 5 do Outubro, é sobretudo participado por   antigos alunos, anteriores à  revolução - E porque será?... 

De certo, por várias razões. Uma das quais, talvez por via das grandes desilusões e da insegurança, da precariedade no emprego, que afeta as nova gerações. Na generalidade dos estabelecimentos de ensino. São muitos os canudos e poucas (e precárias) as ofertas de trabalho - Claro, já lá vai o tempo em que havia mais cursos profissionais, práticos, de que licenciaturas. Este também tem sido um dos maiores erros de como é encarado o ensino em Portugal. Para já não falar dos constrangimentos financeiros, que geram instabilidade, comprometem projectos educativos e a qualidade da aprendizagem.




UMA ESCOLA COM ELEVADO ÍNDICE DE EMPREGABILIDADE  –   OXALÁ SE MANTENHA -

 O Eng. Carlos Alberto da Silva Frutuosa, Presidente do Conselho Executivo da Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento, que também ali marcou a sua presença neste almoço-convívio, com os antigos alunos,  em declarações à imprensa, por altura das comemorações dos 100 anos da sua existência, que decorreram  de 14 de Março a 21 de Junho, do corrente ano, declarou que esta “instituição tem índices "superiores ao normal" de empregabilidade (30%) e continuidade para o ensino superior (50%).Escola Agrícola de Santo Tirso tem índice de empregabilidade ..

NÓS OS ANTIGOS ALUNOS TEMOS BOAS RECORDAÇÕES

Falando no plural - pois creio não estar errado - nós os antigos alunos, não esquecemos as insólitas praxes, as aulas técnicas e teóricas, de educação física e o desporto, o salão de estudo, os recreios, os professores e colegas, o refeitório e os  dormitórios, com os seus corredores, quartos e lavatórios, as brincadeiras, as festas da rosas e da natal, as excursões no final do ano lectivo,  os aprazíveis campos da quinta, com as suas hortas, os pomares, vinhas, searas e milheirais, os caminhos com as suas latadas, a boiça com os enormes pinheiros e sobreiros, fetos gigantes  e outras árvores florestais: agora passei por lá mas o campo de futebol estava quase irreconhecível, vi a mata mais arborizada, com novos caminhos e grandes montes de cortiça, que então  quase não era aproveitada. Oh, sim, e quem esquece os jardins, os lagos dos gansos  e patos(ainda por lá com a mesma eterna linguagem) as pocilgas e os galinheiros (agora numa área mais estruturada, com aves exóticas e repteis) a cavalariça e a vacaria, a adega e leitaria,   os fontanários, os banhos no Rio Ave, os agradáveis passeios, ali junto à margem,  os momentos contemplativos, sob a sombra das ramadas ou dos telheiros 


Oh, e  os trabalhos de campo!  As podas, o amanho das hortas, as debulhas e as vindimas, as aulas das alfaias e tratores - agora mais extensivas a outros cursos e disciplinas. Enfim, de tanta coisa, tantas recordações, muitas das coisas ainda visíveis. ... Por isso mesmo,  quem, algum dia,  deixará de se recordar  da   sua "escolinha", "Conde de S. Bento"?!.... . Esquecer?!.. Homessa!... São  das  tais raízes  e laços afectivos que nos unem, que nos são queridos e afetuosos, de tal modo  intensos e solidários, como se acaso constituíssem o prolongamento do lar paterno e materno de cada um de nós.

Na verdade, hoje como ontem, como há 50 ou mais anos, penso que paira no coração de todos que ainda vivem e lá estudaram, os mesmos sentimentos de uma grande família. Mormente para os alunos mais antigos: sim, porque, naquele tempo, não havia as facilidades que hoje há - Grande parte dos alunos,  era oriunda de famílias rurais de pequenas posses e das menos favorecidas nos meios urbanos: -  que não podiam ter acesso  ao liceu e outras instituições de ensino, não só porque  lhes  ficavam mais incomportáveis, como até pela confiança, pela identificação, que esta  Escola lhes oferecia.


Tais factos criaram sentimentos muito fortes, na amizade, na solidariedade e até  nas cumplicidades:  aí daqueles que, por esta  o aquela razão, se metesse com os "charruas" da Escola Agrícola.  Saltavam-lhe logo  três ou quatro em cima. Havia uma grande rivalidade com os  alunos da Escola Comercial e Industrial e das Caladinhas - Mais privilegiados de que nós (até porque não precisavam de vergar a mola com a sachola) mas ai daquele nos quisesse humilhar!. Talvez por isso mesmo, pela dureza das condições (pois trabalhava-se e estudava-se)  e também pela disciplina espartana, que nos era imposta, sobretudo ao regime de internato, é que a Escola formou e marcou, indelevelmente, todos aqueles que ali tiraram os seus cursos - Especialmente, as gerações antes do 25 de Abril - Terão, sido, certamente, poucos os casos de alunos que não triunfaram  na vida - Seja a nível do curso, que ali tiraram, seja por outras opções, que vieram a tomar. A Escola preparou-os para tudo: para o que desse e viesse . Pessoalmente, estou, pois, muito grato aos ensinamentos que ali aprendi - e até à espartana disciplina que nos era imposta. Não é que aplauda tais métodos pedagógicos. Mas pior do que isso, é a bandalheira, o facilitismo e o sentido de irresponsabilidade que prevalece, atualmente, em todos os graus de ensino.

AS ESCOLAS SÃO TODAS IGUAIS, MAS TAMBÉM SÃO TODAS DIFERENTES – A ESCOLA AGRÍCOLA DE SANTO TIRSO, É ÚNICA NA SUA MÍSTICA E OUTRAS SINGULARIDADES










Não haja a menor dúvida,  "As escolas são todas iguais, mas também todas diferentes. Umas mais do que outras. A nossa é diferente porque é AGRÍCOLA e ser agrícola comporta um determinado número de especificidades e uma mística que só quem teve o privilégio de por aqui ter passado pode compreender. 

O mosteiro do séc. XVII, os espaços verdes, a área agrícola, o internato e fundamentalmente o carácter humano que existe em cada um de nós, dá origem a uma comunidade onde dá gosto viver e aprender”. Esta é a opinião  de Carlos Frutuosa, diretor desta escola.  E também creio que a da generalidade dos alunos, que ali estudam ou que por  ali passaram

UM POUCO DE HISTÓRIA DA ESCOLA

Tal como referi, “ as instalações da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento, estão integradas   no antigo Mosteiro de S. Bento construído no século X, mas - segundo diz a informação distribuída, por ocasião  do  1ª centenário da sua existência, “o que se vê hoje é hoje é o resultado de reconstruções dos séculos XVII e XVIII. Em 1834 são extintas as ordens religiosas e o mosteiro, assim como as suas terras, passaram então para o Estado que as vendeu a José Pinto Soares. 

Este conjunto foi, em 1882, adquirido por Manuel José Ribeiro, Visconde de S. Bento, elevado a Conde em 1886. Em 1894, José Luís de Andrade, sobrinho do Conde de S. Bento e usufrutuário dos seus bens, cede à Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso o usufruto da quinta de Dentro e de Fora e da Coutada de Burgães, para aí se criar a Escola Asilo Agrícola do Conde de S. Bento que visava receber órfãos e abandonados do concelho, aos quais seria ministrado o ensino primário agrícola. Em 1911, a Misericórdia cede o usufruto ao Estado.

Em Junho de 1913, por decreto assinado por Manuel de Arriaga, é criada a Escola Profissional de Agricultura Conde de S. Bento, Diário do Governo Nº 146/1913, de 25 de junho, mantendo desde então a tradição do Ensino Agrícola.

Em Outubro de 1915, o estabelecimento passou a chamar-se Escola Prática de Agricultura Conde S. Bento(decreto-lei nº 2016, de 9 de outubro). O ensino ministrado sofre uma remodelação. Os cursos passam a ter uma componente de formação geral e outra de prática agrícola o que confere o diploma de “capataz agrícola”. Simultaneamente funcionava uma Escola Prática Rural que ministrava o ensino primário que servia de iniciação à profissão agrícola.

Nova reestruturação ocorre em 1934 no ensino agrícola. Em resultado a Escola passa a formar “feitores agrícolas”, formação que tem a duração de quatro anos, em que o último é um tirocínio feito na própria Escola.

O ensino agrícola sofre novas mudanças entre 1957 e 1992, destacando-se a lecionação de cursos gerais e complementares (1973), do curso profissionalizante de Técnico Agrícola nos ramos agropecuária e indústria alimentar com a duração de 3 anos (10º, 11º e 12º – 1980), e de cursos Técnico-Profissionais (1983), permitindo o acesso ao Ensino Superior"

Jorge Trabulo Marques - Jornalista profissional e antigo aluno

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