Casino Estoril- 39 Artistas dos Países lusófonos de pintura, escultura, desenho, fotografia e gravura – Acontecimento cultural e social : Nuno Lima de Carvalho, obreiro da iniciativa diz que a exposição integra alguns dos nomes de referência mundial e reforça os laços da Lusofonia - da CPLP

(o autor deste site é o mesmo de http://www.odisseiasnosmares.com/2012/02/cao-grande-em-sao-tome-grande-escalada.html)

Lili Caneças - Também lá esteve, irradiou simpatia  e falou da exposição - Não deixe de ver o vídeo mais à frente, bem como  os breves apontamentos com Nuno Lima de Carvalho e os artistas, Lívio de Morais e João Carlos Barros -  -Por Jorge Trabulo Marques - jornalista profissional

EXPOSIÇÃO DOS ARTISTAS LUSÓFONOS - GRANDE ACONTECIMENTO CULTURAL DO OUTONO

Nuno Lima de Carvalho, diretor da Galeria de Arte do Casino Estoril, está de parabéns! Uma vez mais é a  alma de tão expressiva exposição, que reúne trabalhos de 39 artistas, oriundos de Portugal,  Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor-Leste -  E, foi  tal a área mobilizada, que houve mesmo necessidade de estender  o habitual Salão da Galeria a uma outra sala contígua.  Oportunidade, realmente, a não perder - Vale a pena dar por  lá um giro - Encerra a 26 de Novembro




A exposição dos artistas dos países lusófonos, no Casino Estoril, inaugurada no passado domingo, patente ao público até 26 de Novembro, foi de facto um acontecimento cultural de grande importância - 
A que não faltou presença social assinalável, desde anónima à colunável - Embora as televisões e os jornais, não reservem grande atenção às artes (a não ser às telenovelas, aos folhetins da criminologia, às polémicas de faca e alguidar, na política), nem por isso deixaram de ali aparecer muitos rostos conhecidos, empresários, académicos, artistas e seus amigos e admiradores - Há sempre quem  não prescinda de outros valores, reclame  outras exigências intelectuais.


Ninguém ali andava de rótulo na testa mas deu para ver que havia um público diversificado e muito atento às várias dezenas de  trabalhos artísticos ali expostos - A nível políticos, só lá vimos o Embaixador da Guiné - Talvez a visitam mais tarde, com mais descrição. Os tempos vão de crise e não são propiciadores a grandes aclamações populares.

Trata-se, de facto, uma vasta mostra, muito bem representada: - das tais exposições, de maravilhar o olhar,   tal a diversidade de coloridos, de formas e de técnicas - Quem visitar o Casino Estoril, com este objetivo,  asseguramos-lhe que não dá por perdido o seu tempo. 






Talvez  perca  tempo e dinheiro só se for nos jogos de fortuna e azar. Há quem tenha sorte mas esta não pode ser escolhida. Enquanto,  os bons momentos de recrear o espírito com as obras de arte ou  nalgum concerto musical, esses, sim, estão ao alcance do critério de cada um, não dependem de fatores aleatórios. E, o  Casino Estoril, tem pelo menos esse mérito. além do jogo para os viciados, proporciona bons espetáculos e exposições. 






Além disso, até os próprios  artistas que ali estão representados, acreditamos que vão sair dali ainda  mais dignificados, independentemente dos valores materiais arrecadados pela venda das suas obras  - Até pelo impacto da exposição, junto dos milhares de visitantes que por ali passam e do prestígio que a Galeria goza..  Por outro lado, não esquecer  que é sobretudo através das iniciativas culturais e desportivas que melhor se estreitam e reforçam os laços da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Seja através do desporto, seja  da música e das artes plásticas. Estas expressões falam a linguagem universal e estão acima de todos  os circunstancialismos  conturbados ou não.

Alberto Chissano esteve representado na Exposição dos Artistas Lusófonos, no Casino Estoril – Nuno Lima de Carvalho, recorda a obra e o amigo.

Alberto Chissano esteve representado na Exposição dos Artistas Lusófonos, no Casino Estoril – Nuno Lima de Carvalho, recorda a obra e o amigo. -Alberto Chissano nasceu em Manjacaza, na Província de Gaza em 1934 e pôs termo à sua vida em 1994.Foi no Núcleo de Arte e pela mão do pintor Malagantana que este começou a trabalhar a madeira numa só peça. Quase todas as suas obras transmitem o sofrimento e a miséria por que o povo passou durante o período de guerra. Órfão de pai desde o nascimento, foi educado pela mãe e pelos avós. A avó, uma curandeira famosa, ensinou-lhe a observar com atenção a natureza que o rodeava e transmitiu-lhe um vasto mundo simbólico que, de certa forma, influenciou a sua arte. Outra das influências marcantes no seu trabalho é a cultura tradicional changana que conheceu de perto. Alberto Chissano

NADIR AFONSO O ABSTRACCIONISMO geométrico – a sua pintura reconhece-se à DISTÂNCIA - quem não se dá conta dessa GEOMETRIA poética  e colorida na estação do metro dos restauradores?

Outro dos grandes pintores que integra a Exposição Artistas dos Países Lusófonos – “Nadir Afonso, é natural de Chaves (1920). Personalidade multidisciplinar, pintor, ensaísta e arquiteto. Estudou pintura em Paris. É autor de uma teoria estética, tendo publicado em vários livros onde defende que a arte é puramente objetiva e regida por leis de natureza matemática, que tratam a arte não como um acto de imaginação, mas de observação, perceção e manipulação da forma. Nadir Afonso alcançou reconhecimento internacional e está representado em vários museus. As suas obras mais famosas são a série Cidades, que sugerem lugares em todo o mundo. Com 92 anos de idade, ainda trabalha ativamente na pintura". Nadir Afonso 

NEVES E SOUSA – POETA E PINTOR – NASCEU EM MATOSINHOS MAS A SUA PINTURA E A SUA POESIA  FOI FORTEMENTE INFLUENCIADA PELA SUA VIDA EM ANGOLA

A Galeria de Arte do Casino Estoril, dedicou-lhe uma grande exposição nos anos 80, a que tivemos oportunidade de assistir – Dois dos seus belíssimos quadros fazem parte do conjunto das obras expostas ““Poeta e pintor português, Albano Silvino Gama de Carvalho das Neves e Sousa nasceu em 1921, em Matosinhos,faleceu em 1995, em São Salvador da Baía, no Brasil.Desde muito cedo foi viver para Angola e, depois de 1975, para o Brasil. Cursou pintura na Escola Superior de BelasArtes, no Porto, vindo a pintar temáticas africanas e temáticas locais angolanas. Albano Neves e Sousa

Diogo Navarro de Castro nasceu em 1973, em Moçambique. Em 1979 vem viver para Lisboa. Estudou pintura (Soc. Nac. Belas Artes), técnica de gravura, design gráfico e realidade virtual. Nos últimos quinze anos dedicou-se exclusivamente à pintura. Participou em 50 exposições colectivas e em 25 individuais. A sua obra está representada em algumas colecções particulares e públicas – Vai ter uma exposição individual, na Sala Veado, l no Jardim Botânico, de 8 de Novembro a 1 de Dezembro - Diogo Navarro - Jardim Botânico

ISMAEL SEQUEIRA - CERAMISTA E PINTOR - PREDOMINÂNCIA DOS AMARELOS E RUBROS SOLARES  NOS SEUS QUADROS  - TALVEZ PELO FACTO DA  SUA  ILHA SER DEMASIADO MARCADA PELOS  VERDES?  - LÁ O CREPÚSCULO É RÁPIDO MAS DEIXA TONALIDADES  QUE INCENDEIAM E PACIFICAM A ALMA  - SERÁ ESTA A SUA INFLUÊNCIA?

ISAMEL SEQUEIRA - "Nasceu em 1969 na cidade de São Tomé. Começou a pintar desde muito novo, tendo participado numa exposição comemorativa do aniversário da independência do país, com 13 anos apenas Em 1982 conheceu Protásio Pina e Cesaltino da Fonseca, expoentes máximos das artes plásticas em São Tomé e Príncipe na época, que dirigiam o sector de produção de cerâmica na olaria de Almerim, onde aprendeu a trabalhar barro e cerâmica. Influenciado por Protásio, começou a pintar a óleo. Mais tarde, trabalhou com mestres coreanos em pintura de cenários e montagem de quadros humanos para espectáculos e jogos de ar livre. – Enxerto de ISMAEL SEQUEIRA 

HÁ PINTORES E ESCULTORES QUE SÃO APENAS O QUE FAZEM – E HÁ OUTROS QUE FAZEM AINDA MAIS DO QUE PINTAM, FOTOGRAFAM  OU ESCULPEM – 

Sim, há artistas que permanecem mudos e silenciados, como se o parto de dar  à luz um quadro, fosse essa a sua única e modesta obrigação. E depois apenas se dessem ao trivial trabalho de o exporem onde lhe fosse dada oportunidade.

Pelo contrário, a pintora e fotógrafa, Adelaide de Freitas é realmente um caso de singular comunicabilidade - Não a conhecíamos pessoalmente, mas naqueles escassos momentos de convívio, de vários registos das imagens, em que ela mudava de pose, como que cabriolando,  enquanto o diabo esfregava um olho, foi o bastante para vermos, que além de pintora é também a personagem cativante e comunicativa, singularmente extrovertida - Das tais figuras  que parecem ter vindo a este mundo por missão - para nos trazerem humor e originalidade !  Daí não passarem despercebidas - Se bem que, só porventura, a frieza da objetiva da máquina fotográfica lhe sabia apanhar e captar todo o seu virtuosismo mímico.


Personagem, essa, sim, de legenda, que poderia perfeitamente levar ao rubro ou ao delírio da imaginação, o mais dotado cartunista ou genial autor de banda desenhada, em encontrar o seu modelo ideal! - Há, pois,  nesta figura feminina, ao mesmo tempo andrógena,  esbelta, de perfil quase atlético, como que o rosto  de uma Mona Lisa acabada de ressuscitar  do quadro em que foi aprisionada por  um tal excêntrico Leonardo Da Vinci - E se libera da sua condição de múmia controversa e dá asas à sua  liberdade, mandando às urtigas os doentios analistas que jamais deixaram de se  intrigar com a sua privacidade: em saber se é rosto de mulher ou de de homem disfarçado, o adorado amante do seu criador: máscara da homossexualidade camuflada e reprimida, dos tempos das trevas e do garrote da  inquisição.
   
Apresentando-se, pois,  aos novos tempos,    já não a figura misteriosa, muda e silenciada, mas alma viva,  de corpo inteiro, muito além dos traços com que enigmaticamente foi pintada, dando largas a uma clausura de séculos:  irrompendo de olhar criativo e observador, simultaneamente subtil, meio, maroto, cúmplice, sensual e penetrante! 

Terá sido, a madeirense Adelaide de Freitas, a eleita dessa inesperada metamorfose?! ... É bem possível.  A mente humana não encontra limites para revelar os seus prodígios nas diversas  fases no tempo. Pois só assim se constrói a grande epopeia humana civilizacional - A bem dizer,  tudo tem o seu tempo - Há o tempo para nascer e para morrer. E também  para novas descobertas e novos milagres  de vida. A ovelha Doll nasceu do enxerto de celas vivas, enquanto, a ressurreição de Mona Lisa, talvez a  partir dos ínfimos grãos de sublimes essências, concebidas em tempos idos para serem extraordinariamente usadas por pincéis de mestres geniais nos frescos de catedrais e telas - Por isso, não se estranhe  - e quando menos se espera  - , que, de um momento para o outro,  nos possamos deparar com a descoberta de  processos alquimicos,  ainda mais surpreendentes e prodigiosos,  porque não?! .... Sim,  muito para  além do milagre operado pelo revolucionário padrinho da colonagem, John Gurdon  

Na verdade, há, em Adelaide Freitas,   algo de uma juventude que parece eternizar-se, numa espécie de  permanente dualidade adulta e juvenil, que é transmitida imediatamente  a quem  dela se acerca ou é atraído para o raio da sua sedutora centrifugação:  num misto de surpresa e de empatia natural, que cativa e aproxima, parecendo conduzir-nos às praias dos pescadores que fotografou e transformou em espantosas peças de arte   - Sim, fácil de depreender para quem arte (as várias formas de arte) é algo mais do que  mostra uma tela ou se esculpe em qualquer matéria sólida – madeira, metal, ou pedra. É também o outro lado da irreverência e o extravasar do que se sente, no ato criativo, quando se executa o trabalho (o júbilo que subitamente irrompe e cresce. Irreprimível, incontido; o sentimento que aflora – Mas também quando a alma se eleva, enobrece  e transborda de prazer e de alegria, quando a obra , emoldurada e exposta, completa o seu círculo.


Indubitavelmente, quem assim é, dificilmente passa despercebida.  - Todos os grandes artistas gostam de fazer o seu marketing,  mesmo que seja pelo silêncio - Adelaide Freitas, também sabe despertar as atenções. Os tempos vão confusos, e não se pode correr o risco de ser esmagado e esquecido na mesma trapalhada e confusão: há pois que dar o sinal de  alarme!– Para já não dizer, de tocar a rebate! Seja por um sorriso, seja por um olhar matreiro ou cúmplice, um simples mas afectuoso aperto de mão, beijo inesperado aos amigos e admiradores  ou entretanto conquistados - Até na  pose mais insólita e extravagante perante a ousadia do  fotógrafo ou do repórter que se intriga e não quer deixar de participar na singularidade  do instante e de o registar para a posteridade.

MAS, AFINAL, QUEM É, ENTÃO, A PINTORA ADELAIDE DE FREITAS?

O catálogo é mais completo, mas socorremo-nos desta cábula que fomos respigar da Net "Desde criança, fascinei-me pelo desconhecido, pelos espaços extra galácticos, em busca de respostas para além deste Sistema Solar e sua Vida. Daí que, como artista plástica, pinto sempre sobre o mesmo tema, vida extraterrestre, quer em espaços longínquos ou mesmo bem próximo do nosso mundo. Onde intitulo a minha obra, "OS 

MEUS EXTRATERRESTRES".  Adelaide de Freitas
Também, desde criança, sempre me atraio a beleza da arte pela fotografia. Por conseguinte, desenvolvi alguns temas em fotografia. Entre os quais, "ESPELHOS DE LISBOA". Porque para mim Lisboa reflete-se por onde eu estou e passo. Pois cada existência é um espelho vivo da realidade de Lisboa." – Excerto de Adelaide de Freitas - Rolf Waeber

OBRAS DE AUTORES VIVOS E FALECIDOS 

Representados os seguintes artistas: Angola: Armanda Alves, Dora Iva-Rita, Guilherme Mampuya, José ZAN Andrade, Júlio Quaresma, Neves e Sousa e Rui Manuel Jordão; Brasil: Calasans Neto, Carybé, Floriano Teixeira e Renato Rodyner; Cabo Verde: David Levy Lima e Kiki Lima; Guiné-Bissau: João Carlos Barros e Manuela Jardim; Moçambique: Butcheca, Chissano, Diogo Navarro, Hugo Ferrão, Lívio de Morais, Malangatana, Malenga, Ntaluma, Roberto Chichorro, Shikhani e Vasco Manhiça; Portugal: Adelaide Freitas, António Joaquim, Armanda Passos, Carlos Ramos, Gabriel Seixas, Nadir Afonso, Paulo Ossião e Rogério Timóteo; S. Tomé e Principe: Ismaël Sequeira, José Chambel e René Tavares; Timor-Leste: Abel Júpiter, Maria Dulce e Nhu Lien.

De recordar que "A galeria do Casino Estoril acolheu, ao longo dos seus 50 anos de funcionamento, exposições colectivas ou individuais, de artistas nascidos nos países em que se fala a língua de António Vieira e Camões, alguns deles já falecidos como Malangatana e Chissano, moçambicanos e Carybé, Calasans Neto e Floriano Teixeira, brasileiros e ilustradores dos livros de Jorge Amado.

LILI CANEÇAS   - ENCANTADA COM A EXPOSIÇÃO

Lili Caneças é frequentadora das Exposições de Nuno Lima de Carvalho, no Casino Estoril –  Tem no  Director da Galeria de Arte, uma das pessoas que muito a admira, pelo que não deixa de a convidar – Não se julgue que pelo facto de ser  famosa mas pelos momentos de agradável convívio que proporciona, até porque também já se conhecem há muito tempo e pelo gosto que tem pelas artes  plásticas .Toda a gente sabe que é uma mulher simpática e comunicativa – O que talvez não saibam é que é uma pessoa muito bem informada e observadora –  Foi ali para ver os quadros de pintores amigos, falar com eles  e de outras artistas  que admira, tendo ficada muito bem impressionada pela exposição dos Artistas dos Países Lusófonos

De seu nome Maria Alice Custódio Carvalho Monteiro –Nasceu na Guarda, no dia 4 de Abril, de 1994 – Mas ninguém lhe dá a idade do BI. Segundo diz a biografia, trata-se, com efeito,  de  uma das mais conhecidas personalidades do jet-set em Portugal. "Frequentou durante 3 anos o curso de Filologia Germânicas da Faculdade de Letras de Lisboa da  Universidade Clássica de Lisboa.. Foi hospedeira da TAP Air Portugal no Aeroporto de Lisboa, de onde saiu para casar com o empresário Álvaro Caneças com quem teve dois filhos e de quem viria mais tarde a divorciar-se.

Profissionalmente, criou uma linha de jóias que comercializou através de um canal de televendas. Foi comentadora do reality show O Bar da TV na SIC e m 2003. Em 2005 participou do reality show Quinta das Celebridades. Foi  colunista social l em vários jornais e revistas. Foi comentadora no programa Você na Tv, ao lado de  Cinha Jardim e Flávio Furtado na TVI na rubrica Dizem Elas e Ele (de onde no inicio de 2009 foi despedida juntamente com Cinha Jardim).- Net

RENATO RODYNER – E A REVOLUÇÃO DOS BEIJOS - deu nas vistas

"Renato Rodyner é hoje um artista plástico reconhecido internacionalmente. Recebendo influências do Brasil da sua juventude e de Portugal que o acolheu há 15 anos, a sua pintura caracteriza-se por uma mudança constante. Além da pintura a televisão é outra das paixões de Renato Rodyner."

"A Arte de Renato Rodyner é intensa e vibrante. Remete-nos para uma revolução de emoções, estrondo de cor e de traços que devolvem o olhar  sempre renovado de um discurso permanentemente aberto e imprevisto" Renato Rodyne

NUNO LIMA DE CARVALHO E O SEU CONTRIBUTO PARA A LUSOFONIA – TEXTO DO CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO

“Nós os portugueses”,  - diz o diretor da Galeria de Arte do Casino Estoril, no catálogo da exposição dos Artistas Plásticos Lusófonos – “não nos damos conta da importância do que é a lusofonia, da dimensão e significado desse projecto, que se traduziu no lançamento de uma comunidade cujas fronteiras se estendem a vários continentes e que integram mais de 200 milhões de indivíduos que falam  a língua de António Vieira e Camões.

Foi longo e difícil e processo histórico, que conduziu à instituição, em 17 de Julho de 1996, da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), instituição onde para além dos objectivos de cooperação política e económica, cabe, também,  a realização de eventos e projectos, de carácter científico, cultural e artístico, dos países que integram a CPLP.

NUNO LIMA DE CARVALHO – MALANGATANA – E A SAUDADE DE UM GRANDE PINTOR E AMIGO - JÁ NOS DEIXOU  MAS A SUA OBRA CONTINUA VIVA

Pintor moçambicano, Valente Malangatana Ngwenya nasceu a 6 de junho de 1936, em Matalana, no sul de Moçambique,e faleceu a 5 de janeiro de 2011.  (...)No tempo do colonialismo, Malangatana foi preso pela polícia colonial acusado de ligações com a Frelimo. Não seprovando esse envolvimento, foi liberto quase dois anos depois da sua prisão. Na área política, exerceu o cargo dedeputado pelo partido FRELIMO entre 1990 e 1994, e é um dos membros da FRELIMO na Assembleia Municipal deMaputo.Essencialmente autodidata, produziu uma vasta obra no campo da pintura e é hoje um dos artistas africanos maisconhecidos internacionalmente Excerto .Malangatana - Infopédia

NUNO LIMA DE CARVALHO UM ENTUSIASTA PELA LUSOFONIA

Fui, desde a primeira hora, um partidário entusiasta do projecto de Lusofonista, hoje uma realidade, que não teria vingado se não fosse o trabalho importantíssimo desenvolvido por pessoas como José Aparício de Oliveira,  ao  tempo, Embaixador do Brasil em Portugal, que inspirado nas ideias de Agostinho da Silva, correu Seca e Meca, como escreveu José Alberto Braga, seu biógrafo, tendo recebido do Presidente do Brasil Itamar Franco, a “missão de vingar a concretização da Comunidade  dos Países de Língua Portuguesa. Sensibilizou os presidentes de todos os países lusófonos e obteve o apoio de muitas centenas de instituições, jornalistas, grandes empresários e intelectuais desses países, como apreciáveis camadas das populações dos países lusófonos, sobretudo as camadas mais cultas

Recordo a conversa que um dia mantive com Aparício de Oliveira, em que lhe dei conhecimento da minha intenção de apresentar, com mais frequência, na Galeria de Arte do Casino Estoril, artistas  dos países de expressão portuguesa e, um dia, organizar com eles, uma grande colectiva, projecto que o embaixador  classificou de muito positivo. Tal projecto só hoje se concretiza, com a apresentação de trabalhos de autores que são referências nos nossos países, alguns deles falecidos, como Malangatana e Chissano, de Moçambique; Carybé, Floriano Teixeira,  Carlos Bastos, Calasans Neto e Volpi, do Brasil e, Neves e Sousa, de Angola,  como também, artistas da actual geração de percursores de modernidade, nos seus países.

 Nuno Lima de Carvalho – Recorda o Pintor Carybé e Jorge Amado

O Diretor da Galeria do Casino Estoril recorda seu velho amigo, Carybé – De seu Hector Julio Paride Carybe, importante artista plástico (pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista) argentino, naturalizado brasileiro. Nasceu na cidade argentina de Lanús em 7 de fevereiro de 1911, e faleceu em Salvador (Bahia) em 2 de outubro de 1997.  -Apaixonado pela Bahia, Carybé tornou-se conhecido com suas obras que valorizavam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, as belezas naturais e arquitetónicas da Bahia. – Carybé –

GALERIA DE ARTE DO CASINO ESTORIL - MEIO SÉCULO AO SERVIÇO DA PROMOÇÃO DAS ARTES

"Ao longo dos últimos anos, a Galeria de Arte do Casino Estoril tem estado sempre aberta, não apenas a pintores, gravadores e fotógrafos dos países lusófonos, mas também, a escritores como Jorge Amado, Zélia Gattai e João Ubaldo Ribeiro, que aqui procederam  ao lançamento  dos seus livros, tendo a Galeria realizado o ano passado, em que o autor dos “Capitães de Areia” celebrou o seu centenário, uma exposição em sua homenagem. Foi no Casino Estoril, que em Outubro de 1983 se fez o primeiro evento cultural de Moçambique, uma quinzena que envolveu importantes exposições de Artes Plásticas, Literatura, Filatelia, Fotografia e Artesanato. Realizaram-se também semanas culturais do Brasil com reciprocidade em Angola".

"Na presente exposição participam artistas da Lusofonia: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique,  Portugal, S. Tomé e Príncipe e Timor, países irmanados  por inúmeras afinidades culturais, mas acima de tudo,  por uma língua comum,  fazendo de oito pátria, uma só pátria, também com uma bíblia única, os Lusíadas."

Miguel Torga escreveu (Diário X): “Sim, a língua é uma pátria, e como consola lembrá-lo certas horas! Enche o coração de paz a certeza de que nenhuma marginalidade margina os cultores da palavra, centros geográficos de cada nação, queiram ou não os imperadores do silêncio”. Hoje, mais do que nunca estamos na hora"

"Nenhum moçambicano está interessado em guerras ou em perturbações" – Diz o Pintor Moçambicano Lívio de Morais, há 40 anos em Portugal

"Pintor, escultor, ensaísta, investigador de arte africana, professor liceal reformado e presidente da Assembleia de Freguesia do Cacém, Lívio de Morais nasceu em 1945 na província da Zambézia. 

Mais tarde, partiu para Maputo (então Lourenço Marques) e depois para Portugal, onde se licenciou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
Apesar da sua longa vivência europeia, as suas raízes continuam bem visíveis na sua obra, devido à recorrência de dois temas: as máscaras africanas e as mulheres. o» -Excerto de . Pintor Lívio de Morais quer ser conhecido no seu país

Guineense João Carlos Barros – O Arquiteto Pintor - Há 30 anos em Portugal

Nasceu em Bissorã, na Guiné-Bissau a 24 de Março de 1959.

Desde miúdo revelou aptidão para desenhar e pintar, o que o levou, de forma autodidacta, a aperfeiçoar-se nas técnicas do desenho e da pintura. Em 1982 veio estudar para Portugal, tendo-se licenciado em arquitectura. Desde então em Portugal tem trabalhado como arquitecto e como professor de Educação Visual, no ensino básico e secundário .Desde muito cedo revelou um irreprimível vontade de desenhar e pintar que o levou a dedicar-se em 2000 à pintura de forma mais regular e profissional. Tem como principais referências Picasso e Malangatana. Do seu curriculum constam a elaboração de capas de discos para músicos guineenses. É também autor de cartazes para eventos culturais e do logótipo da Guineaspora. Realizou algumas exposições individuais e participou em várias colectivas. – Excerto de

http://lusofonias2008.blogspot.pt/2008/08/joo-carlos-barros.html

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