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Por Jorge Trabulo Marques
Este post foi revisto posteriormente - para publicação das imagens alusivas às celebrações do Solstício do Verão , que decorreram nos dias 20 e 21 de Junho de 2008 - assim como o texto da reportagem
O Verão entra oficialmente na Sexta-feira dia 20, às 23h57m. - Esta é a leitura que interessa especialmente à ciência. E também a todos os que se interessam pelo estudo dos observatórios astronómicos pré-históricos e pela sua ligação à cultura religiosa .
É precisamente com o objectivo de evocar esse duplo significado, que este ano, estão previstos dois eventos distintos: um destinado à observação astronómica por alunos da Escola Coronel Adão Carrapatoso, outro, preenchido com uma cerimónia de pendor místico, com música e louvores às forças da natureza, por pagãos de Portugal e de outros pontos da Europa...
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O Verão entra oficialmente na Sexta-feira dia 20, às 23h57m. - Esta é a leitura que interessa especialmente à ciência. E também a todos os que se interessam pelo estudo dos observatórios astronómicos pré-históricos e pela sua ligação à cultura religiosa .
É precisamente com o objectivo de evocar esse duplo significado, que este ano, estão previstos dois eventos distintos: um destinado à observação astronómica por alunos da Escola Coronel Adão Carrapatoso, outro, preenchido com uma cerimónia de pendor místico, com música e louvores às forças da natureza, por pagãos de Portugal e de outros pontos da Europa...
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Enquanto em Stonehenge, os neodruídas, milhares de seguidores e de curiosos, se reúnem à volta do famoso círculo de pedras, ao nascer do sol, para saudarem a entrada do dia maior do ano, em Portugal, o Verão, é festejado, ao pôr-do-sol, pelos devotos do paganismo ibérico, junto a um antigo altar de pedra localizado no patamar de uma vertente rochosa de uma zona castreja, sobranceira ao Graben da Ribeira dos Piscos॥
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Estamos abertos à participação de todas as correntes e credos, conquanto possam valorizar o espírito evocativo ou científico dos nossos eventos - Este ano contamos com a participação da Associação Cultural Pagã – Constituída , não apenas por adeptos do panteísmo ou culto da Natureza, mas por muitos investigadores e académicos, que se interessam pelo estudo das antigas religiões pré-cristãs, que amavelmente aceitou honrar-nos com a realização do seu XI encontro anual, que habitualmente tem decorrido num antigo templo do Alandroal, dedicado ao culto Endovélico, com grande empenho e apoio do Município..
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Não é desejo da Comissão Organizadora, transformar o local, na romagem especial deste ou daquele culto ou religião.
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CHÃS CELEBROU O SOLSTÍCIO DO VERÃO, COM OUTRAS FESTIVIDADES EUROPEIAS
A saudação ao dia maior do ano, nos Tambores, em Chãs, a que se associou uma associação panteísta e a participação de um grupo de gaiteiras e de pauliteiros de Miranda do Douro, foi realmente um acontecimento muito belo e de especial pendor místico. O astro solar brilhou em pleno e a própria Natureza e todos aqueles que se alegram e sentem irmanados com as suas maravilhas e a sua riqueza, vibraram, certamente, em uníssono por tão esplendorosa dádiva – Sentindo a sua alma em festa, evocando, com alegria e espiritualidade, tradições ancestrais de um passado que importa preservar.
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Esta festividade, que teve lugar pela primeira vez em 2004, na sequência da descoberta de dois alinhamentos solares com o Equinócio e o Solstício, tem vindo, de ano para ano, a despertar atenção dos media e a figurar no calendário das celebrações, que na mesma data se realizam em várias pontos da Europa - E até do globo, como acontece com a entrada do Outono e da Primavera।
Decorreu no passado dia 20 e 21 de Junho: o primeiro dia, que marcou o início da estação estival, foi reservado, exclusivamente, à observação astronómica e homenagem aos poetas mortos, na Pedra Fernando Assis Pacheco, com a deposição de uma coroa de flores. Cerimónia simples mas plena de significado, tal como a que se seguiu, quando o pôr-do-sol ficou em perfeito alinhamento com a crista do imponente megálito, ali existente, e o círculo cravado na rocha, no mesmo enfiamento. Honrou-nos com a sua presença, o Prof. Jorge Silva, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária, que ali foi recebido pelo Presidente da Junta de Freguesia, António Lourenço...
A saudação ao dia maior do ano, nos Tambores, em Chãs, a que se associou uma associação panteísta e a participação de um grupo de gaiteiras e de pauliteiros de Miranda do Douro, foi realmente um acontecimento muito belo e de especial pendor místico. O astro solar brilhou em pleno e a própria Natureza e todos aqueles que se alegram e sentem irmanados com as suas maravilhas e a sua riqueza, vibraram, certamente, em uníssono por tão esplendorosa dádiva – Sentindo a sua alma em festa, evocando, com alegria e espiritualidade, tradições ancestrais de um passado que importa preservar.
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Esta festividade, que teve lugar pela primeira vez em 2004, na sequência da descoberta de dois alinhamentos solares com o Equinócio e o Solstício, tem vindo, de ano para ano, a despertar atenção dos media e a figurar no calendário das celebrações, que na mesma data se realizam em várias pontos da Europa - E até do globo, como acontece com a entrada do Outono e da Primavera।
Decorreu no passado dia 20 e 21 de Junho: o primeiro dia, que marcou o início da estação estival, foi reservado, exclusivamente, à observação astronómica e homenagem aos poetas mortos, na Pedra Fernando Assis Pacheco, com a deposição de uma coroa de flores. Cerimónia simples mas plena de significado, tal como a que se seguiu, quando o pôr-do-sol ficou em perfeito alinhamento com a crista do imponente megálito, ali existente, e o círculo cravado na rocha, no mesmo enfiamento. Honrou-nos com a sua presença, o Prof. Jorge Silva, Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária, que ali foi recebido pelo Presidente da Junta de Freguesia, António Lourenço...
MOISÉS ESPÍRITO SANTO - O MAIOR ESPECIALISTA PORTUGUÊS DA SOCIOLOGIA DAS RELIGIÕES - UM DOS CONVIDADOS DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL PAGÃ .
Tal como estava previsto, o ponto alto das celebrações, teve lugar dia 21, Sábado, a partir do meio da tarde, com a participação dos Grupos de Gaiteiras (Las Trailarailas) e Pauliteiros, de Duas Igrejas, que, ao longo de duas horas e antes de integrarem o cortejo, desfilaram pela aldeia, visitaram o Lar de idosos de Nossa Senhora de Assumpção e proporcionaram um excelente espectáculo no adro da Igreja. Porém, a cerimónia mais aguardada, decorreu junto à Pedra do Solstício, onde, cerca de meia centena de adeptos e convidados da AFI - Associação Cultural Pagã, realizaram o ritual da despedida do sol, evocando antigas divindades locais, em harmonia com as forças da Natureza, irmanados com a Luz que dá vida, que ilumina a Terra, cantando, bem-dizendo, pedindo protecção e riqueza para os habitantes desta aldeia e as suas colheitas. Foi realmente um momento muito belo, seguido com muita atenção por todos quantos presenciaram a cerimónia.
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Hospedaram-se, de véspera, em Foz Côa e, a meio da manhã de Sábado, os membros e convidados da referida Associação Cultural, instalaram-se em duas tendas junto ao Castro do Curral da Pedra – Suportando um calor, verdadeiramente tórrido! No programa do seu XI encontro, anual, que contou com a presença de reputados académicos e investigadores, estavam previstos dois momentos distintos: o de confraternização, nas proximidades de um local que eles próprios consideravam de profundas raízes históricas, como é a área daquele antigo recinto castrejo, onde também realizaram a primeira cerimónia mística – O momento seguinte foi o da celebração do solstício, junto ao templo pré-histórico – Tal como, certamente, o teriam feito os antigos povos, sob a magnitude de tão esplendoroso cenário!
Foi, de facto, um dia memorável! – Pois a festa prologar-se-ia ainda pela noite adentro, no adro da igreja, animada pelo Grupo de Concertinas de Souropires (Pinhel), com febras e sardinha assada, a cargo dos mordomos da Festa de Nossa Senhora de Assumpção. Estamos certos que foi realmente um acontecimento cultural inesquecível: não só para aqueles que nos deram o prazer e a honra de nos visitarem, mas também para as gentes da aldeia.
Entre os convidados da referida Associação, que integrava pessoas vindas do Brasil, Espanha, França, Reino Unido e outros países, contava-se a presença de Moisés Espírito Santo, Professor Catedrático Jubilado da Universidade Nova de Lisboa, “considerado, por alguns académicos, um dos etnólogos e sociólogos portugueses mais representativos a partir da década de oitenta do século XX e uma referência científica na área de Sociologia das Religiões, com uma obra categorizada pela Bibliotéque Nationale de France”. Mostrou-se muito encantado pelo que viu e pelas nossas iniciativas. E no e-mail que já nos enviou, referiu-nos a sua “disponibilidade” para nos ajudar. Prometendo que “pelo menos no equinócio aí estarei. Podemos fazer um trabalho juntos, artigo, etc. Vale a pena. Um abraço do Moisés” - Obrigado, uma vez mais, Caro e Distinto Professor. Creia que foi para nós uma agradável surpresa a sua visita. Será bem-vindo! Dar-nos-á muito prazer vê-lo ali de novo: agora para partilhar a alegria de um nascer do sol fantástico, atravessando com os seus raios a majestosa cripta do lendário santuário rupestre.
Reiteramos, igualmente, os nossos mais sinceros agradecimentos à Dra. Isobel Andrade, da Associação Cultural Pagã, aos grupos das gaiteiras e pauliteiros de Duas Igrejas; grupo de Concertinas de Souropires. E a todos quantos nos apoiaram – Já o destacamos no cartaz. Mas não queremos deixar de frisar a preciosa ajuda da Junta de Freguesia de Chãs, o empenhamento especial de António Lourenço e Amélia Lourenço, sem o qual nada faríamos; o apoio da Junta de Freguesia de Foz Côa; do Prof. Fernando Baltazar e Silvério Baltazar, igualmente sempre prontos ajudarem-nos; de Fernando José Baltazar e de sua esposa, Dra. Teresa Marques, que nos autorizaram a celebração nos seus terrenos. À Câmara M. de Miranda do Douro, que pôs um autocarro à disposição para o transporte dos jovens artistas – Á Câmara M. de Meda, por outras diligências muito prestáveis. Ao José Alegre, da LogoContraste, que concebeu o cartaz; à Quinta Calcaterra e a todos os outros amigos, a que já nos referimos (ou que preferiram o anonimato) e que nos dispensaram o seu valioso apoio. Nas próximas festividades, lá estaremos, mesmo perante a insensibilidade do presidente do nosso município, que deixou de nos apoiar por não nos submetermos aos seus ditâmes partidários. Jorge Trabulo Marques..
OUTROS MOMENTOS DA CERIMÓNIA - CORTEJO, HOMENAGEM A FERNANDO ASSIS PACHECO - NA PEDRA DOS POETAS - ANIMAÇÃO NA ALDEIA E VISITA AO LAR DOS
IDOSOS
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DE VÉSPERA TAMBÉM HOUVE ACTIVIDADES E VISITAS JUNTO À PEDRA DO SOLSTÍCIO - E JÁ O ALINHAMENTO ERA QUASE PERFEITO.
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