A tradicional celebração do Equinócio da Primavera – além da do Equinócio do Outono - decorre junto altar sacrificial de uma das mais espantosas maravilhas da pré-história em Portugal -- O período megalítico não é tão antigo como o paleolítico mas é surpreendentemente mais espantoso e monumental - Pena que arqueologia, quase unicamente valorize o património histórico mais pela antiguidade de que pela sua beleza e monumentalidade - E menospreze as maiores maravilhas do nosso país!
A cerimónia tem início às 07.00 horas da manhã, momento em que o sol atravessa a gruta do enorme penedo . Equinócio é um momento astronómico em que a duração do dia é igual à duração da noite. Fenómeno astronómico, em que o dia e a noite se repartem entre as trevas e a luz, a partir do qual os dias vão crescendo até 20 de Junho, solstício do Verão.
Maravilha Pré-Histórico de Portugal, que mereceu especial atenção de dois distintos investigadores, que, um espaço de dois dias e no passado mês de Janeiro partiram a caminho da Eternidade: Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro investigador a debruçar-se sobre o estudo deste monumental santuário rupestre, conhecido por Peda da Cabeleira de Nª Srª - E

Bispo Dom Manuel dos Santos
Tal como temos dito, o monumental e majestoso megálito, que é suposto ter servido de antigo local de culto e de posto de observação astronómico, está orientado no sentido nascente-poente e possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada no seu eixo no momento em que o Sol se ergue no horizonte, nos equinócios da Primavera e do Outono, proporcionando uma imagem de invulgar esplendor .
Nos templos do Sol, saudamos os ciclos da Natureza, com momentos de poesia, iluminados pelo esplendor solar e por sons musicais, sempre que nos é possível, mas também honramos e recordamos os belos exemplos humanos nas mais diversas facetas culturais e socia
Diversas têm sido as personalidades e estudiosos, que nos têm dado o prazer da sua presença - Além das colaborações do nosso município e da autarquia, do arqueólogo Sá Coixão, do Prof. Moisés Espírito Santo, do astrónomo Máximo Ferreira, do poeta Manuel Pires Daniel, Dom Manuel dos Santos, então Bispo de S. Tomé, do investigador inglês Tom Graves, bisnetos de João de Deus, entre outras figuras. - Isto para já não falar dos nossos habituais colaboradores, nomeadamente, António Lourenço, José Lebreiro, Agostinho Soares, Pedro Daniel e Adriano Ferreira - E, por vezes, da junta de Freguesia e do Município
s.
A primeira referência a este enorme fraguedo, foi feita por Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo publicado em 1982, sobre a História Remota de Meda., de cuja investigação aqui transcrevemos, com a devida vénia, um pequeno excerto: “Também na freguesia de Chãs, que foi outrora anexa de Longroiva e agora pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, localizei, a curta distância da povoação, na Lapa de Nossa Senhora, no interior de um penedo com forma de crânio, um nicho contendo algo que parece a pintura de uma cabeleira humana”
“O penedo tem o seu assento sobre uma vasta superfície rochosa granítica. A face poente está desbastada como uma enorme testa. Na parte interior rasga-se uma abertura com cerca de um metro de diâmetro, que dá entrada para uma espaçosa câmara com o exterior por outra abertura rasgada na face ocidental.
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