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terça-feira, 29 de junho de 2021

Solstício do Verão 2021 - Recebido em Vila Nova de Foz Côa e Chãs, em tarde luminosa, alegre, poética, musical e fraterna - Abrilhantado por Olinda Beja e Os Mirandum - Gaiteiros de Miranda

Jorge Trabulo Marques - Jornalista  e coordenador do evento

MANHÃ TURVA E CINZENTA  -  TARDE COM BOAS ABERTAS E  FASICANTE DE LUZ   - Que culminou com um poente límpido e  luminoso 

 Tantas e tão dispares e calorosas, foram as emoções, naquela tarde luminosa e brilhante, do passado dia 21, em contraponto  aos dias nublados e de aguaceiros dos dias  anteriores,  mais parecendo antever a despedida de um outono cinzento e chuvoso, de que  antevéspera da tão desejada estação mais quente e luminosa  do ano, sim, razão pela qual,  só agora, uns dias depois,  é que, finalmente,  viemos dar noticia de como celebrámos, uma vez mais, a já tradicional  celebração do“Stonehenge português”  - Se bem, que, na nossa página do Facebook, já o viéssemos divulgando.

MACIÇO DOS TAMBORES E, MANCHEIA E QUEBRADAS – Arredores da aldeia de Chãs -  Lugares de calendários pré-históricos onde coração pulsa e vibra de emoção – Numa tarde maravilhosa, com sorrisos de muita alegria, de um fraternal e saudável e caloroso convívio - Abrilhantado com os Gaiteiros Os Mirandum e a honrosa presença da peregrina e embaixatriz, Luso- São-Tomense, a escritora e poeta, Olinda Beja, acompanhada à viola pelo mestre Luis D´Almeida


O Solstício de Verão 2021, no Hemisfério Norte, ocorreu  no dia 21 às 04h32min, com alguma chuva em quase todo o continente, à exceção do Algarve e, pelos vistos,  também, aqui pelas chamadas terras quentes da região de Vila Nova de Foz Côa, em que o dia foi coroado por uma tarde quente e esplendorosa.

OLINDA BEJA - RECITAL DE TERRAS, DE MARES E DE SAUDADE “Adeus, Terra de Foz Côa! Terra de Vinho e de Pão!.. Aqui deixo a minha alma! E também o meu coração” - 

Palavras calorosas e poéticas, entre muitas outras, de Olinda Beja, a embaixatriz Luso-Santomense, que declamou, cantou e encantou, acompanhada à viola pelo mestre Luís de Almeida – Com belos poemas de longe e de perto - Uns inspirados e dedicados a estas terras durienses, outros das suas raízes e memórias de África, bem como das terras beirãs, Mangualde, distrito de Viseu, que a adotaram desde criança


Sim, momentos verdadeiramente inesquecíveis, que assinalaram a tarde mais longa do ano, no passado dia 21, na celebração do Solstício do Verão, nos Templos do Sol, na aldeia de Chãs. que começaria com um recital, integralmente preenchido com versos da sua autoria, no Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, cujo registo temos o prazer de aqui lhe recordar neste vídeo, graças ao apoio prestado pelo Município Fozcoense, que ali se fez representar pelo Dr João Paulo Lucas Donas Botto Sousa, Vereador da Cultura e também pelo vereador Fernando Augusto Mimoso Fachada, cujo evento se iniciaria com uma troca de brindes: pelo lado de Olinda Beja, com a oferta do seu livro "Um Grão de Café" - E, pelo município, um livro de poemas de Manuel Daniel, falecido em Janeiro passado, natural de Meda, residente em Foz Côa, há vários anos, que que iria ser homenageado na Pedra dos Poetas.



Findo o recital, que surpreendeu e encantou, vivamente, o auditório, após uma breve arruada do Grupo de Gaiteiros Os Mirandum, pela avenida principal da cidade, rumou-se de seguida para a freguesia de Chãs, onde se realizou o tradicional cortejo evocativa e as demais cerimónias previstas da Celebração do Solstício do Verão - 
O nosso abraço amigo a todos os que nos deram o prazer da sua amável presença, bem como ao Município Fozcoense, pelo valioso apoio que nos prestou.


HOMENAGEM AO POETA MANUEL DANIEL NA PEDRA DOS POETAS -  

A celebração do Solstício do Verão, 21 de Junho 2021, culminou com uma singela homenagem na Pedra dos Poetas, altar que ele, em 2008, ali recordava a memória do poeta Fernando Assis Pacheco - Despediu-se da vida em Janeiro passado - Ou seja, 4 meses depois de ter estado na celebração do Equinócio do Outono

Foi proferida a  leitura de um dos seus poemas por Olinda Beja e palavras de tributo à sua memória  pelo Vereador da Cultura do Município Fozcoense  João Paulo Lucas Donas Botto Sousa e  por António Lourenço, ex-Presidente da Junta da Freguesia de Chãs e atual Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntário de Vila Nova de Foz Côa. 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Celebração do Solstício do Verão 21-06-2021 No “Stonehenge de Portugal” - Chãs- Vila Nova de Foz Côa - Com poemas da poeta e escritora, Luso-São-Tomense Olinda Beja e homenagem o poeta Manuel Daniel, vitima do Covid-19, peregrino dos Templos do Sol

Jorge Trabulo Marques - Coralista e investigador 



PROGRAMA DA CELEBRAÇÃO DO SOLSTÍCIO DO VERÃO 2021 21 de Junho  - Chás - V.N. de Foz Côa e Chãs

15.30  - Respeitando as normas sanitárias da Covid-19,  o  dia maior do ano  vai ser  celebrado a partir das 15. no auditório do Centro Cultural de  cidade de V. N. de Foz Côa, com um recital de poesia  da Olinda Beja - A grande embaixatriz na DIÁSPORA da literatura Luso- São-Tomense,  acompanhada à viola por Luís d’Almeida


Às 17.h30 –  Prevista à parida do Centro  para o Adro da Igreja de Chãs

LOCAL DE CONCENTRAÇÃO O ADRO DA IGREJA DA FREGUESIA DE CHÃS  

-

18.h-18.15 – Concentração e Desfile Aldeia-Templos do Sol Ao Som  do Grupo de Gaiteiros Os Mirandum

19.00 –    No Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Sra. –  Com Poemas de Olinda Beja – Declamados pela autoraacompanhada por sons de Viola de Luís d'Almeida   - Os visitantes distribuir-se-ão pelo interior do recinto e ao fundo do Altar

19.45     Partida para o  Altar da Pedra do Solstício  - Leitura de Poemas da Convidada-  Exibição musicais de Viola e dos Gaiteiros, até  à  observação do Alinhamento Sagrado, com o pôr-do-Sol  - 20.44

Seguir-se-á a Romagem à Pedra dos Poetas, com a presença de Olinda Beja e Participantes,  onde será recordada a memória do poeta Manuel Daniel

 E onde terminarão as cerimónias poéticas e evocativas

Evento patrocinado pelo Município de V.N de Foz Côa,  o apoio da Junta de Freguesia de Chãs e a benevolência dos proprietários dos sítios 

De manhã, é celebrado ao nascer do sol em Stonehenge, o
 famoso monumento de mais de 4000 anos localizado nas planícies de Wiltshire, no sudoeste da Inglaterra. O monumento é formado por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta toneladas

E, ao pôr do sol, nos Tambores-Mancheia - aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa,  com performances  dos "Miranduns", depois de exibições nas ruas da aldeia
Pelas 20h44 horas, os participantes na ação podem testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício - também já conhecida pelo Stonehenge Português - numa imagem de grande simbolismo histórico e místico - Trata-se de um imponente bloco granítico de forma arredondada, com três metros de diâmetro e a configuração do globo solar e da esfera celeste, que se supõe ter sido posto de observação astronómico e local de culto por antigos povos que habitaram a área -Desde o neolítico e calcolítico, civilizações de que existem abundantes vestígios




A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e  voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,  a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em  perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.

Desejamos, pois, que tudo decorra em paz e harmonia, confiantes de que os puríssimos ares destes amplos e belos espaços, hajam como agentes energéticos, sejam mais purificadores do corpo, enriquecedores do espírito e da alma, de que agentes adversos. Dependerá do comportamento de cada um, cujo ambiente, aliás, ali tem sido sempre sublime, alegre e apaziguador

Os participantes, convidados e demais peregrinos, poderão tomar parte no cortejo de cariz celta, evocando, uma vez mais e desde há quase 20 anos, antigas tradições dos povos que ali viveram, se abrigaram e ergueram os seus monumentais calendários solares, símbolos da fertilidade e dos ciclos das estações, num belíssimo desfile, ao som de um grupo de gaiteiro de Miranda do Douro, que partirá às 18.30 do adro da igreja, rumo aos Templos do Sol, maciço dos Tambores, onde poderão testemunhar, às 20h45 a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício, precisamente ao pôr-do-sol do dia maior do ano no Hemisfério Norte

Na verdade, sítios há que são uma tentação, um verdadeiro centro de emanações e de eflúvios, propensos ao deleite, ao esquecimento e à sublimação. Muitas destes espaços graníticos, são um permanente convite, áurea unção e arroubamento aos sentidos. 

O POETA MANUEL DANIEL – DESPEDIU-SE 4 MESES ANTES DA SUA MORTE DOS TEMPLOS DO SOL - “Este, meus amigos, é um ato de iminente cultura popular! - Declarava então - Vamos recordá-lo, no próximo dia 21, um distinto filho da nossa região, falecido em Janeiro passado, vitima da Covi-19, e que, nos deu o prazer e honra de estar presente em várias das celebrações dos Equinócios e Solstício, a última das quais, em 21 de Setembro, do ano passado, quatro meses antes da sua morte - No Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nº Sra, em Chãs - V. N. de Foz Côa, na celebração do Equinócio do Outono


VIEMOS AQUI ESPREITAR A HISTÓRIA –


Este, meus amigos, é um ato de iminente cultura popular! Isto é um modo de sentir, aquilo que, de mais vivo e mais puro existe na Terra e pode ser compreendido por todos os homens! “ – Começou por sublinhar, Manuel Daniel - Poeta, dramaturgo, jornalista e advogado, homem culto e humanista, talento  multifacetado e de rara sensibilidade, autor de uma vasta obra literária, natural de Meda, concelho limítrofe  do termo desta aldeia, figura muito querida e prestigiada  na nossa região, atualmente invisual, residente em V.N. de Foz Côa, desde há vários anos, onde  casou, exerceu advocacia e continuou a dedicar-se à causa pública.

Profundo estudioso, um homem de cultura, tendo dedicado muitos anos da sua vida à função pública e à vida autárquica, cujos olhos, desde há alguns anos, tinham deixado de ver a luz do dia, despediu-se da vida,–aos 86 anos - Faleceu no Hospital da Guarda, onde havia sido internado, há cerca de 15 dias, donde partirá, esta amanhã, diretamente para o cemitério de Vila Nova de Foz Côa, cujo funeral está previsto para as 11 horas. O meu abraço solidário e amigo à sua esposa, filhos e netos -

Uma vida intensa e multifacetada, pautada pela dedicação mas também pela descrição. Desde, há alguns anos, vinha debatendo-se com extremas limitações da sua vista, por ter ficado completamente cego, no entanto, nem por isso, dentro do que lhe era possível e com apoio amigo da família, lá ia compondo os seus versos e editando livros. Em cujos poemas perpassa o que de melhor têm a poesia portuguesa - Dominando com mestria os mais diversos géneros poéticos e neles se expressando, a par de um profundo sentimento de religiosidade, o amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos, suas inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida e o destino do Homem

Os seus belos versos faziam parte das tradicionais celebrações evocativas nos Templos do Sol , onde tivemos a alegria e o prazer de contar com a sua amável presença, por várias vezes, sendo a última no Equinócio do Outono, dia 22 de Setembro 2020, onde foram lidos poemas de sua autoria e o homenageámos. - Ele que também, até, já havia participado na homenagem, que prestámos, na Pedra dos Poetas, Fernando Assis Pacheco, cuja imagem aqui recordamos - Justamente no mesmo local, onde o então jornalista e poeta, erguera os braços, um mês antes da sua morte, aquando de uma reportagem no Vale do Côa.



Neste vídeo, entre outras imagens, recordamos a presença do  pastor e poeta, Dom Manuel Mendes dos Santos, Bispo da Diocese de S. Tomé e Príncipe,  natural de Sanjoanino,  Viseu,  na celebração do Equinócio do Outono de 2015, onde declamou e cantou alguns dos seus belos poemas, 


OLINDA BEJA - Poeta, romancista, contadora de histórias, Olinda Beja tem divulgado, através de conferências e recitais de poesia, a cultura de S. Tomé e Príncipe por vários países, nomeadamente Brasil, Austrália, Timor, Marrocos, França, Espanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Cabo Verde…

Nasceu em Guadalupe, S. Tomé, a 12 de Fevereiro de 1946, filha de José de Beja Martins (português) e de Maria da Trindade Filipe (santomense), tendo ido viver para .Portugal, ainda criança (S. Tomé e Príncipe). Estudou em Portugal, mas, um dia, resolveu voltar à sua bela ilha e, a partir de então, tem assumido o papel de Embaixadora da Cultura Santomense.

Tem trabalhos publicados na Alemanha (Universidade de Frankfurt e Universidade de Berlim) sobre a língua materna de S. Tomé, bem como poemas dispersos em revistas nacionais e estrangeiras, em livros didáticos dos Ministérios Português e Francês da Educação, em várias antologias dos mais diversos países, salientando-se a antologia publicada em junho de 2015 em Buenos Aires (Argentina) e cujo título “Ligarás tu corazon com el mio” é um verso de um poema do livro “À Sombra do Oká”.

Tem poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, árabe, chinês (mandarim) e esperanto.

Escreve livros, conta e canta histórias sempre que o seu coração lhe pede.

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português-Francês) pela Universidade do Porto e pela Universidade Aberta em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Foi professora do ensino secundário em Portugal e de Língua e Cultura Portuguesas (e lusófonas) na Suíça.

Dedicou-se à escrita desde muito jovem, publicando até ao momento atual mais de duas dezenas de obras : Bô Tendê? (poemas); Leve, Leve (poemas); 15 Dias de Regresso (romance); No País do Tchiloli (poemas); A Pedra de Villa Nova (romance); Pingos de Chuva (conto); Quebra-Mar (poemas); A Ilha de Izunari (ficção); Água Crioula (poemas); Pé-de-perfume (contos); Aromas de Cajamanga (Poemas); O Cruzeiro do Sul (poemas); Histórias da Gravana (contos, obra finalista, em 2011, no grande prémio PT Literatura); A Casa do Pastor (contos), Um Grão de Café (conto infanto-juvenil – faz parte do Plano Nacional de Leitura), À Sombra do Oká (poemas – Faz parte do Plano Nacional de Leitura); Tomé Bombom (conto juvenil); Chá do Príncipe (contos), Simão Balalão (conto infanto-juvenil).

Com o livro À Sombra do Oká recebeu em S. Tomé e Príncipe o Prémio Literário Francisco José Tenreiro 2012-2013.






sexta-feira, 4 de junho de 2021

Celebração do Solstício do Verão 21-06-2021 – Templos do Sol - Chãs-Vila Nova de Foz Côa - Numa tarde plena de luz, poesia, música e espiritualidade - Em Foz Côa e Chãs - Desde as 15.30 até ao pôr-do-sol


Jorge Trabulo Marques - Jornalista e dinamizador do evento  - 
Celebração do Solstício do Verão 2021 – Templos do Sol – Chãs-Vila Nova de Foz Côa  - Com momentos de Poesia e Música








Solstício de Verão 21-06- 2021 – Vai ser  celebrado a partir das 15.30   do maior dia do ano, no auditório do Centro Cultural de  cidade de V. N. de Foz Côa, com um recital de poesia  da  escritora e poeta luso São-Tomense, Olinda Beja, acompanhada à viola por Luís d'Almeida,  após o que  se realizarão as cerimonias evocativas na aldeia de Chãs, com o tradicional cortejo, até aos Templos do do Sol, desde o adro da Igreja, previsto  para às 18.00.18.15 , abrilhantado pelo grupo de Gaiteiros Os Mirandum - de Miranda do Duro  -  Num misto de muita alegria, de fraternal e calorosa convivência civica e cultural,  plena de enriquecedora espiritualidade. - Pormenores do programa, mais à frente, neste post 

Uma  vez mais, abrangendo a própria sede do concelho, tal como já sucedeu, noutras oportunidades,  nomeadamente, nas palestras subordinadas ao tema, comonias, bem como, em anterior evento, com a caravana de jornalistas da  Associação da Imprensa  Estrangeira, vindos de Lisboa,  que, antes das cerimónias evocativas, tiveram oportunidade de visitar o Museu do Côa, o  núcleo das gravuras dos Piscos, Muxagata, bem como a Quinta da Ervamoira, após o que se dirigiram para  se integrarem nas festividades programadas, em Chãs -  



PROGRAMA DA CELEBRAÇÃO DO SOLSTÍCIO DO VERÃO 2021 21 de Junho  - Chás - V.N. de Foz Côa e Chãs

15.30  - Respeitando as normas sanitárias da Covid-19,  o  dia maior do ano  vai ser  celebrado a partir das 15. no auditório do Centro Cultural de  cidade de V. N. de Foz Côa, com um recital de poesia  da Olinda Beja - A grande embaixatriz na DIÁSPORA da literatura Luso- São-Tomense,  acompanhada à viola por Luís d’Almeida


Às 17.h30 –  Prevista à parida do Centro  para o Adro da Igreja de Chãs

LOCAL DE CONCENTRAÇÃO O ADRO DA IGREJA DA FREGUESIA DE CHÃS  

-

18.h-18.15 – Concentração e Desfile Aldeia-Templos do Sol Ao Som  do Grupo de Gaiteiros Os Mirandum

19.00 –    No Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Sra. –  Com Poemas de Olinda Beja – Declamados pela autoraacompanhada por sons de Viola de Luís d'Almeida   - Os visitantes distribuir-se-ão pelo interior do recinto e ao fundo do Altar

19.45     Partida para o  Altar da Pedra do Solstício  - Leitura de Poemas da Convidada-  Exibição musicais de Viola e dos Gaiteiros, até  à  observação do Alinhamento Sagrado, com o pôr-do-Sol  - 20.44

Seguir-se-á a Romagem à Pedra dos Poetas, com a presença de Olinda Beja e Participantes,  onde será recordada a memória do poeta Manuel Daniel

 E onde terminarão as cerimónias poéticas e evocativas

Evento patrocinado pelo Município de V.N de Foz Côa,  o apoio da Junta de Freguesia de Chãs e a benevolência dos proprietários dos sítios 


 

ALINHAMENTO SAGRADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DE VERÃO - MACIÇO DOS TAMBORES - ALDEIA DE CHÃS- VILA NOVA DE FOZ CÔA


Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou o esplendoroso  globo solar projetando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e vai repetir-se ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam.


A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo, a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.

Porém, o enorme megálito que a mesma imagem documenta, deverá ser observado segundo a posição que parece ter sido ali erigido, retocado e direcionado. Feita a observação, na face oposta ou lateralmente, toma  a  forma de enigmáticos bustos humanos.



O enorme penedo está orientado no sentido nascente-poente e possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada no seu eixo no momento em que o Sol se ergue no horizonte, proporcionando uma imagem invulgar




Na verdade, sítios há que são uma tentação, um verdadeiro centro de emanações e de eflúvios, propensos ao deleite, ao esquecimento e à sublimação. Muitas destes espaços graníticos, são um permanente convite, áurea unção e arroubamento aos sentidos. 

 
Como já vai sendo tradição, o último ato evocativo terminou na Pedra dos Poetas, uma pequena fraga em forma de altar, onde o jornalista e poeta, Fernando Assis Pacheco, ergueu os braços, depois de ter visitado a Pedra da Cabeleira e o Castro do Curral da Pedra, ali próximos, como forma de agradecimento aos deuses que foram venerados nestes lugares, Um mês depois, e quando por ali deambulávamos, ao ouvirmos num pequeno transístor, a notícia da sua morte, pegámos um cinzel, com que habitualmente por ali esculpíamos alguns desenhos (muito antes de se falar das gravuras rupestres, já ali tínhamos centenas de  desenhos gravados no granito de carácter místico e iniciático), sim, com a mesma ferramenta, cinzel e maceta,  fixamos  naquele caprichoso e rústico altar, no espaço configurado por um  pequeno triângulo,  as iniciais do seu  nome - 

A homenagem,  com a presença da esposa e filhos, sucederia anos mais tarde. Depois desta cerimónia, todos os anos, ali  evocamos nomes grados da cultura da nossa região ou do país - E, ali estivemos, pois, uma vez mais, num misto de recolhimento e de contemplação, no tão singelo como já mítico altar, distinguindo figuras queridas destas terras, a cujas biografias nos referimos em postagens anteriores.

OLINDA BEJA - Poeta, romancista, contadora de histórias, Olinda Beja tem divulgado, através de conferências e recitais de poesia, a cultura de S. Tomé e Príncipe por vários países, nomeadamente Brasil, Austrália, Timor, Marrocos, França, Espanha, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo, Cabo Verde…

Nasceu em Guadalupe, S. Tomé, a 12 de Fevereiro de 1946, filha de José de Beja Martins (português) e de Maria da Trindade Filipe (santomense), tendo ido viver para .Portugal, ainda criança (S. Tomé e Príncipe). Estudou em Portugal, mas, um dia, resolveu voltar à sua bela ilha e, a partir de então, tem assumido o papel de Embaixadora da Cultura Santomense.

Tem trabalhos publicados na Alemanha (Universidade de Frankfurt e Universidade de Berlim) sobre a língua materna de S. Tomé, bem como poemas dispersos em revistas nacionais e estrangeiras, em livros didáticos dos Ministérios Português e Francês da Educação, em várias antologias dos mais diversos países, salientando-se a antologia publicada em junho de 2015 em Buenos Aires (Argentina) e cujo título “Ligarás tu corazon com el mio” é um verso de um poema do livro “À Sombra do Oká”.

Tem poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, árabe, chinês (mandarim) e esperanto.

Escreve livros, conta e canta histórias sempre que o seu coração lhe pede.

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português-Francês) pela Universidade do Porto e pela Universidade Aberta em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Foi professora do ensino secundário em Portugal e de Língua e Cultura Portuguesas (e lusófonas) na Suíça.

Dedicou-se à escrita desde muito jovem, publicando até ao momento atual mais de duas dezenas de obras : Bô Tendê? (poemas); Leve, Leve (poemas); 15 Dias de Regresso (romance); No País do Tchiloli (poemas); A Pedra de Villa Nova (romance); Pingos de Chuva (conto); Quebra-Mar (poemas); A Ilha de Izunari (ficção); Água Crioula (poemas); Pé-de-perfume (contos); Aromas de Cajamanga (Poemas); O Cruzeiro do Sul (poemas); Histórias da Gravana (contos, obra finalista, em 2011, no grande prémio PT Literatura); A Casa do Pastor (contos), Um Grão de Café (conto infanto-juvenil – faz parte do Plano Nacional de Leitura), À Sombra do Oká (poemas – Faz parte do Plano Nacional de Leitura); Tomé Bombom (conto juvenil); Chá do Príncipe (contos), Simão Balalão (conto infanto-juvenil).

Com o livro À Sombra do Oká recebeu em S. Tomé e Príncipe o Prémio Literário Francisco José Tenreiro 2012-2013.