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sexta-feira, 25 de abril de 2025

25 de abril é inadiável! - Governo de Montenegro quer juntar com o 1º de Maio O Papa Disse: "O espírito da liberdade é um vento que não pode ser engarrafado" --Não o engarrafem - Entrevista ao Capitão de Abril, Teófilo Bento que liderou às 03.05 da manhã do dia 25 de Abril a tomada das instalações da RTP, no Lumiar. – Faleceu, em 29 de Julho de 2020 aos 75 anos,

                               Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador 





O 25 de Abril de 1974, devolveu-nos a liberdade e derrubou o fascismo e autoritarismo - Diz o Papa: o Espírito é um vento que não pode ser “engarrafado”, Ele cria e torna livres - O Montenegrismo quer adiar as celebrações - Não faz sentido adiar o inadiável. O Papa Francisco afirmou que não pode haver paz sem respeito pelas liberdades fundamentais: “Não é possível haver paz onde não há liberdade religiosa ou onde não há liberdade de pensamento nem de expressão, nem respeito pela opinião dos outros


A hipocrisia está presente em várias das nossas instituições hoje. Inclusive dentro das igrejas. Foi assim no tempo de Jesus e é também assim na nossa realidade eclesial hoje. Jesus condena veementemente a hipocrisia, como vemos no texto do Evangelho de Hoje. Falando aos seus discípulos e também a uma numerosa multidão, Ele alerta quanto ao nosso jeito de ser hipócritas ao estilo dos fariseus de seu tempo: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”. (Lc 12,1) Inadmissível para aqueles e aquelas que fazem a sua opção de caminhar com Jesus, e trazer dentro de si o espírito da hipocrisia. Ao inves de seguir as luzes do Espirito Santo, alguns de nós, optam por seguir os holofotes da hipocrisia. De todas as hipocrisias, a religiosa é a pior delas. Palavras de Francisco Carlos Machado


Assalto à RTP pelo Capitão Teófilo Bento – Nas 72 Longas  Horas, apoiado por um pequeno grupo de soldados, apenas vocacionados para os serviços internos do quartel – Houve muita ansiedade, alguma confusão e disparos, com a entrada de uma patrulha da PSP por uma das portas laterais


"O Bento foi um "puro", um homem bom, com grande humor e forte sentido solidário. Um genuíno Capitão de Abril, de todos os tempos, sempre fiel aos valores que nos lançaram na epopeia coletiva, de que o Teófilo, os seu camaradas da EPAM e todos nós nos continuamos a orgulhar", - É nestes termo que foi recordado pela Associação 25 de Abril,  no dia do seu falecimento  em 29 de julho de 2020.

Promovido, mais tarde, a Coronel do Exército, Teófilo Bento, então Capitão, foi o herói da tomada das instalações da RTP, às 03.05 da manhã do dia 25 de Abril  -    Foram 72 longas horas, de ansiedade e até de alguma confusão e disparos, apoiado por um pequeno grupo das chamadas tropas logísticas, mais conhecidas por “padeiros”, vocacionadas para serviços internos no quartel de que a intervir em operações, portanto, sem a preparação da que têm tropas operacionais. Na breve entrevista que nos concedeu, confessa-nos  o que ele considerou  ter sido um autêntico “jogo de poker”, tendo a sua vida chegado a estar a linha de fogo por um dos seus próprios soldados, quando uma patrulha da policia de Segurança Pública, logrou entrar por uma das portas laterais da instalações  – Horas desgastantes e de risco, que, no final, o levariam a ser conduzido para o hospital 

UM TRANSMONTANO DE ORIGEM HUMILDE E UMA VIDA SUBIDA A PULSO

Natural de  Picote, concelho de Miranda do Douro.  – Eis alguns passos da sua vida, contados numa entrevista concedida ao Jornal Nordeste, em 2011

"Até aos seis anos vivi em Picote, depois transferi-me para Sendim, ou seja, os meus pais é que se transferiram. O meu pai era Guarda Fiscal. Podia começar já por dizer que pertencia a uma família em que havia dinheiro, porque a maior parte das famílias, como se sabe, nessa altura, não conhecia a cor do dinheiro.

Eram tempos difíceis nessa altura. O dinheiro era escasso, o que potenciava muitas famílias necessitadas…

Eram famílias necessitadas na generalidade. Em Sendim havia duas ou três famílias ricas, havia depois estas ditas remediadas, em que o chefe de família poderia ser Guarda Fiscal, tinha uma remuneração e, já tinham possibilidades de adquirir coisas com dinheiro que a maior parte das pessoas não tinha. Sem querer, isso faz-me lembrar que, li uma história da evolução económica da Europa, em que dei por mim a fazer uma comparação muito estreita entre a economia, a sociedade da idade média e a sociedade que eu conheci quando miúdo, em Picote e em Sendim. Eram os mesmos instrumentos de trabalho, os mesmos sistemas de troca de bens; trocavam-se sardinhas por ovos, por exemplo. Recordo-me de a minha mãe me contar que levava dois sacos de trigo a Carviçais, primeiro ao Pocinho e depois a Carviçais; isto é, onde chegava o comboio, para trazer sal. Isto, só para dizer, como era a situação nessa altura agora, se quiserem, comecem a fazer comparações com os dias de hoje.

Que outras recordações é que guarda da sua meninice, da sua juventude?

Além das dificuldades referidas que eram muito notórias, principalmente antes de as barragens aparecerem e começaram a dar algum trabalho, o que potenciou que algum dinheiro começasse a circular, fez com que as pessoas despertassem e descobrissem a existência de outros mundos e, também contribuiu para que nos apercebêssemos do mundo fechado em que vivíamos, o que levou, precisamente, a que milhares de transmontanos emigrassem para a França, clandestinamente, isto é, sem autorização. Quando eram apanhados, eram devolvidos, muitas vezes, em condições extremamente difíceis, porque até as pessoas da minha idade se lembram. Chamavam-se passadores as pessoas que auxiliavam esses indivíduos a dar “o salto”, assim se chamava o transferir-se para França, tentando, portanto, ganhar algum dinheiro.

Muitos transmontanos deram “o salto", realmente…

Sim, é verdade! Há pouco disse-me que esta entrevista tinha um nome que era “À procura da Liberdade”; deixe-me falar sobre isso. 
É evidente que a liberdade, como a fome, como outras situações extremas, como a guerra por exemplo, só quem a viveu… ou melhor, no caso da liberdade, só quem não a teve é que sabe o que é não ter liberdade. Por mais metáforas, por mais palavreado, por mais frases que se utilizem, é difícil caracterizar uma situação extrema e a falta de liberdade é realmente uma situação extrema. 
Já dei algumas entrevistas em que dizia que, só com o passar do tempo, me fui apercebendo do que era a falta de liberdade; a privação de liberdade para ganhar o seu pão, a sua vida, levou tanta gente a emigrar, clandestinamente, porque não lhes era permitido sair livremente. As pessoas não tinham liberdade para procurar melhores condições de vida.

Senti, por volta dos anos 60, ao acabar o curso na academia militar, onde era aspirante, uma necessidade premente de sair daqui, de conhecer outras culturas e resolvi fazer uma coisa que era habitual: viajar para o estrangeiro, normalmente França, Inglaterra… recorríamos a algumas associações que nos arranjavam trabalho. Trabalhava-se durante as férias o que nos dava o suficiente para viver, não diria que dava para pagar as despesas todas, mas auxiliava muito e era uma nova experiência. 
Eu fui para Inglaterra. Estamos no ano de 69, precisamente no ano que apareceu a minissaia, tínhamos tido notícia dela, é evidente que em Lisboa não havia, em Portugal não havia mas, tínhamos tido notícia dela. Foi nessa altura que fui para a Inglaterra onde trabalhei num hotel. Inicialmente pensei que era para trabalhar como porteiro para ganhar umas boas gorjetas, mas afinal era trabalho não especializado, internamente, lá no hotel. 
Foi uma experiência interessantíssima mas, o que mais me impressionou e, era esta a ideia que queria vincular, foi que eu tive a sensação de que tocava na liberdade. A liberdade via-se em tantas coisas… na minissaia, via-se na forma das pessoas trajarem, Londres já nessa altura era um cidade muito cosmopolita, havia indianos, havia tudo. Enfim, faziam o que queriam, cada um vestia-se como queria vivenciando os seus usos e costumes, havia “speakers corners” onde se reunia muita gente e se falava contra tudo e contra todos. Pegavam no caixote, subiam para cima dele, expunham as suas ideias livremente, de tal maneira que, se tinham audiência estava bem, se não tinham, não havia problema; às vezes, via-se um indivíduo a falar para três ou quatro pessoas, outras vezes a falar para um conjunto de pessoas. Realmente, todas essas coisas e, mesmo a actuação da polícia, ensinavam liberdade.

Assisti, sem querer, a uma cena que me impressionou. Uma altura em que eu passava peloPiccadilly's Circus, um sítio em que se juntavam os hippies que, também nessa altura, estavam na moda. Eu passava muitas vezes por ali e via esse pequeno largo cheio deles; tinha umas escadas internas e o pessoal sentava-se por ali, de qualquer maneira e, houve um dia em que passei e percebi que devia ter havido uma decisão da polícia para evacuar. Já tinham evacuado, praticamente, a praça toda, estavam apenas dois casais, que estavam instalados, rodeados por dois polícias, notoriamente, a tentar convencê-los a saírem de lá e eles, provavelmente, inventando explicações e mais explicações, estou a dizer inventando, porque eu estive, sem exagero, meia hora a assistir à cena e dizia para mim próprio: isto, em Portugal, seria impossível. Verifiquei, sei lá, qualquer má resposta que ofendeu a polícia, ou que a polícia achou mais incorrecta. Pegaram neles pelas costas e meteram-nos em duas carrinhas e foram embora, primeiro impressionou-me a eficácia da polícia. Isto só para dizer que tudo era diferente e tudo me dizia que era quase como se tocasse a liberdade, o que não existia em Portugal.

Realmente, essa sua experiência deve tê-lo marcado profundamente. Temos, no entanto, que voltar um pouco atrás no tempo para lhe perguntar de que forma o marcou o facto de ter nascido nesta região?


Penso que o ter participado no “25 de Abril” teve um pouco que ver, ou talvez muito, com o ter nascido nesta região. Como disse, sou filho de um guarda-fiscal, sou um filho já tardio, tinha dois irmãos muito mais velhos que, por acaso, estiveram em África mas, tinham regressado antes dos acontecimentos que se verificaram, os acontecimentos relacionados com a guerra ultramarina. O regresso, de pelo menos um deles, deveu-se ao falecimento do meu pai. A minha mãe viu-se com um miúdo de oito anos para criar. A única coisa que sabia fazer era a lida da casa. Como o meu pai era guarda-fiscal e, numa aldeia, isso significava mais que ser remediado, quase significava ser duma classe alta, porque havia dinheiro, a minha mãe fez das tripas coração, virou-se como se costuma dizer. Ela ainda está viva, tem 98 anos, está num lar em Miranda, mas foi sempre uma pessoa que me marcou muito porque fez realmente um esforço fabuloso para conseguir educar-me com aquilo que ficou. Quase diria que teve de inventar formas de fazer dinheiro para me educar. Tive o azar de ser de uma aldeia, de não ter feito o exame de admissão na devida altura, o que me obrigou a ir para um colégio em vez do liceu que ficava mais caro e, assim, estudei em Miranda e diga-se de passagem que ao fim do primeiro ano já estava a dizer que não queria estudar mais, porque via os miúdos que estavam a trabalhar na barragem e não tinham que ir preparar as lições para casa. Aí valeu o meu irmão, regressado de África por causa da morte do meu pai que disse: se tivesses tirado más notas, talvez, assim como tiraste boas notas tens de continuar a estudar. Também lhe devo muito a ele, como é evidente, por causa disso. Fui criado de maneira a perceber as dificuldades que existiam em casa. Fiz o 2.º e 5.º anos, vim fazer exames a Bragança e, depois do 5.º, tive de mudar para o Porto. 

Eu não podia vir para o liceu, como disse e tudo isso ficava bastante caro. Fiz os estudos equivalentes ao terceiro ciclo e aí voltei a Bragança. Tive sempre uma ligação com Bragança e quando chegou a altura de ir para a universidade escolhi a academia militar fundamentalmente por questões económicas. Percebia, perfeitamente, que não podia ir para a universidade. Até gostaria de ter ido para engenharia, mas percebia perfeitamente que não tinha condições financeiras para tal. Ouvi dizer que na academia militar pagavam um salariozinho, enfim, davam subsídio, davam alimentação e não pagava pensão. Foi isso que condicionou a minha ida para a vida militar, não foi efectivamente a minha vocação especial. Foi mais uma condição económica que, diga-se de passagem, aconteceu a muita gente que depois veio a participar no “25 de Abril”, vieram a ser capitães de Abril. Temos que nos lembrar que nessa altura já tinha começado a guerra. A frequência na academia era alimentada, fundamentalmente, por classes ricas. Enfim toda a tradição da nobreza, mas quando começou a guerra deixaram isso para os pobres e os pobres preferencialmente, do interior, por isso é que nessa altura a frequência na academia militar era de Trás-os-Montes e das Beiras.as que me está a impressionar - Excerto de  

Entrevista com Coronel Teófilo Bento - Capitão de Abril

nordestecomcarinho.blogspot.c

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Descoberta do Brasil - 22 de Abril de 1500 – Vista por dois grandes historiadores -José Hermano Saraiva e Almirante Max Justo Guedes – “Ícone da História Naval Brasileira e da História da Cartografia” - Ambos reconhecem, que, não foi por Vicente Pison, mas por Pedro Álvares Cabral - Registos gravados do meu arquivo

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador 


  Video neste post


A descoberta do Brasil, não foi obra do acaso: quando partiu do Tejo, com uma armada para se dirigir à Índia, já tinha conhecimento prévio da existência de terras a sul das descobertas por Colombo: "Ele não ia aventura a descobrir terras: era uma viagem definitiva. Com tudo planejado; a época de saída absolutamente planejada – Defende, Max Justo Guedes,(Rio de Janeiro, 6 de agosto de 1927 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 2011), um dos mais notáveis historiadores da cartografia luso-brasileira, autor de mais de meia centena de estudos e ensaios carto-bibliográficos dispersos em inúmeras publicações, numa breve entrevista que, em Outubro de 1989, honrosamente me concedeu para a Rádio Comercial, por ocasião da reedição da obra “O Descobrimento do Brasil” Um estudo baseado, não apenas nas pesquisas que efetuou, como se navegava na época, mas também na sua experiência marítimo


O depoimento de José Hermano Saraiva (1919-2012), foi por mim registado, por altura das comemorações do descobrimentos portugueses - Defende, igualmente, que  não foi o navegador espanhol Vicente Pison, mas os portugueses, que descobriram o Brasil 

Professor liceal e universitário, advogado, ministro, embaixador e um brilhante investigador nas áreas do direito e da história. Membro de várias instituições académicas, autor de uma obra muito extensa e internacionalmente reconhecida. Depois de 1974, dedicou-se à apresentação da história de Portugal, quer através de uma abundante produção de obra escrita, quer em sucessivos ciclos de programas televisivos, o que lhe valeu uma popularidade apenas tornada possível pela inabitual combinação de grande erudição e raro poder de comunicação. https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Hermano_Saraiva

Comandante  Max Justo Guedes – 1927- 2011 - Considerado o “Ícone da História Naval Brasileira e da História da Cartografia” - Ouça a entrevista 

Na Marinha, dirigiu o setor de Patrimônio Histórico e Cultural, reorganizou e equipou  o Serviço de Documentação Geral da Marinha; promoveu a implantação de museus (Museu do Forte da Barra de Santo António – BA; criou os Navios-Museu; Museu da Caravela – Campinas; Espaço Cultural da Marinha – RJ); propôs e coordenou incontáveis colóquios internacionais, preparou edições críticas e publicou coletâneas que são fundamentais para o conhecimento da história brasileira, como por exemplo, os volumes da  História Naval Brasileira.  – Excerto Nosso Contra-Almirante Max Justo Guedes (1927-2011 .




segunda-feira, 21 de abril de 2025

O Papa Francisco faleceu hoje aos 88 anos de idade Deverá decretar Luto Nacional - Escrevi estas palavras há 10 dias O argentino Jorge Mário Bergoglio, nos comandos da Igreja Católica, desde 13 de Março de 2013, mas que deverá resignar do cargo ainda este ano. Tem os dias contados - Os 88 anos pesam demasiado, face à debilidade da sua saúde O Cardeal Tolentino Mendonça, autor de Nenhum Caminho Será Longo", na calha a suceder ao Papa Francisco Assim o desejo- Mas o lobi do Vaticano é poderoso e Portugal fica no extremo da Europa -

                                                              Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Postei estas palavras há 10 dias https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2025/04/o-papa-francisco-faleceu-hoje-aos-88.html

Vaticano: Morreu o Papa Francisco (1936-2025) às 07h35 locais (menos uma hora em Lisboa), na Casa de Santa Marta, onde resdia, informou o Vaticano.

“Queridos irmãos e irmãs, com profunda dor devo anunciar a morte do nosso Santo Padre Francisco. Às 07h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja. Ensinou-nos a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão pelo seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, entregamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino”, informou o cardeal Kevin Farrell, camerlengo.https://agencia.ecclesia.pt/portal/vaticano-morreu-o-papa-francisco/

Português entre os possíveis sucessores do Papa Francisco: Conheça a lista dos potenciais candidatos Tolentino de Mendonça, de Portugal, não consta nos 12 primeiros lugares, contudo está presente na lista de possíveis escolhas para suceder a Francisco. O cardeal português está ligado à ala progressista da igreja e criou uma grande afinidade com o Papa Francisco.https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/portugues-entre-os-possiveis-sucessores-do-papa-francisco-conheca-a-lista-dos-potenciais-candidatos/

BIOGRAFIIA DO PAPA FRANCISCO

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital argentina no dia 17 de Dezembro de 1936, filho de emigrantes piemontese, numa família de origem italiana, e licenciou-se em Química.
Com 22 anos, iniciou o seu noviciato na Companhia de Jesus, primeiro no Chile e depois em Buenos Aires, onde, em 1963, terminou o curso de Filosofia.
Em 2013 foi eleito Papa da Igreja Católica e Chefe de Estado do Vaticano com o nome de Francisco I, após a abdicação do Papa Bento XVI.
É o primeiro papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro papa jesuíta da Históri




Antes de seguir carreira religiosa, Bergoglio formou-se engenheiro químico. Escolheu depois o sacerdócio, quase uma década após perder um pulmão por uma doença respiratória e de deixar seus estudos de química, ingressando em um seminário no bairro de Villa Devoto.

Em março de 1958, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, congregação religiosa dos jesuítas, fundada no século XVI."

A ascensão religiosa de Jorge Mario Bergoglio coincidiu com um dos períodos mais obscuros da Argentina: a ditadura militar que governou o país entre 1976 e 1982. Ele foi acusado de retirar proteção de sua ordem a dois jesuítas que foram sequestrados clandestinamente pelo governo militar por fazerem trabalho social em bairros de extrema pobreza. Ambos os padres sobreviveram a uma prisão de cinco meses.

Jorge Trabulo Marques -Meus resgistos fotográficos ao autor de “Nenhum Caminho Será Longo”, “Rezar de Olhos abertos”, entre outras obras de inspiração poética e religiosa, numa sessão de autógrafos em junho de 2015 na Feira do Livro de Lisboa.

José Tolentino Mendonça é natural de Machico, zona leste da ilha da Madeira, onde nasceu em 1965, sendo que a família se mudou pouco depois para Angola.


É referido que " a revolução de 1974 e consequente independência da colónia africana trouxe-os de volta à Madeira, indo a família morar no forte de São João Baptista, na ponta leste da baía de Machico, que durante anos foi residência de um grupo de retornados de África.
José Tolentino Mendonça ingressou no seminário, no Funchal, aos 11 anos, iniciando assim um percurso que o fez sacerdote e arcebispo, mas também poeta e professor, humanista e homem de cultura, desempenhando funções de arquivista e bibliotecário da Santa Sé.

A 01 de setembro, o Papa Francisco anunciou, após o ‘Angelus’, que Tolentino de Mendonça seria criado cardeal em 05 de outubro, juntando-se aos outros atuais cardeais portugueses José Saraiva Martins, Manuel Monteiro de Castro, Manuel Clemente e António Marto, os dois últimos com direito de voto num eventual conclave para a eleição do Papa, tal como sucederá com o próprio.

BIOGRAFIIA DO PAPA FRANCISCO






 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Lady Laura - Minha entrevista à Mãe de Roberto Carlos, que faleceu, neste dia 17-04-2010, aos 96 anos. Única entrevista que concedeu em sua vida. Acompanhava sempre o querido filho mas gostava de passar despercebida . De seu nome Laura Moreira Braga, mais conhecida como Lady Laura. A maior paixão da vida do mais popular cantor do Brasil, que sempre lhe dedicou e compôs lindas músicas Uma das quais a que deu o seu nome.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista  


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Roberto Carlos, o artista latino-americano que teve mais discos vendidos  no mundo  - Um dos músicos brasileiros de maior sucesso, com canções como "Emoções", "A Montanha" e "Calhambeque",

Oportunidade também para lembrarmos um exemplo raro de talento e empatia popular «Segundo a ABPD, Roberto Carlos é o artista solo com mais álbuns vendidos na história da música popular brasileira. Seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos - incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Tendo realizado milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior, sua popularidade o tornou conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei, contando com um dos maiores fã-clubes do mundo»Roberto Carlos

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista - 



Clike e ouça a voz de Lady Laura


Afinal, a primeira entrevista de Lady Laura, mãe de Roberto Carlos, que faleceu em  17 Abril de 2010 , aos 96 anos – ocorreu, em 1982, em Portugal,  pouco antes de tomar o avião, no aeroporto de Lisboa, de regresso ao Brasil, com o seu filho, após vários espetáculos em Lisboa, Portimão e Porto  - Sim, no termo da sua primeira viagem a  Portugal  - Por certo - quando falou à Revista CONTIGO - já não se lembraria do breve diálogo que teve com o inesperado repórter que se lhe dirigiu com um  pequeno gravador na mão, depois de ter entrevistado Roberto Carlos, cujo registo, num dias destes, conto igualmente recordar

Portanto, não foi no Brasil, em 2004 - no dia das mães, por ocasião dos 45 anos da carreira artística de Rei da música popular brasileira, mas muito antes   - Depois de tantos anos decorridos de um diálogo, tão imprevisto e casual, que nem sequer chegara a ouvir ou a ver publicado, de facto, não era fácil recordar-se - Mas foi divulgada no programa radiofónico Ora Hora! - da então Rádio Comercial - RDP, apresentado por Luís Pereira de Sousa

Daí que  não se recordasse - quando declarou   - através de um telefonema - feito para sua casa pela  Revista CONTIGO -  "Olha, jamais dei entrevista. Durante toda a carreira do meu menino, essa certamente será a primeira e a única. Não que eu não goste da imprensa, ao contrário, vocês sempre me tratam com muito carinho. É que não sou celebridade, famoso é o meu filho. Então vamos lá", concorda ela, que quebra o silêncio no ano em que seu caçula completa 45 anos de carreira Excerto de Entrevista de Lady Laura a Contigo........A primeira entrevista de Lady Laura - portal clube do rei .. .

A  entrevista, registada num pequeno gravador de cassetes áudio,  num ambiente movimentado, mas a sua voz é perfeitamente audível e o que mais importa   é o registo de uma memória - A voz inesquecível da mulher mais importante na vida do maior ídolo da música brasileira da atualidade. 

Existem muitas imagens mas, pelos vistos,  não há testemunhos da sua voz no mundo da WEB – Isto porque,  Laura Moreira Braga, nascida em Mimoso do Sul, 10 de Abril de 1914 e falecida no  Rio de Janeiro, a 17 de Abril de 2010), sim, mais conhecida por Lady Laura (título de uma composição de Roberto Carlos/Erasmo Carlos), não gostava de dar  nas vistas.

Aliás, isso mesmo  me declarou, quando lhe disse que a sua presença tinha passado despercebida dos jornalistas. Porém, quis um feliz acaso que, depois de ter gravada uma breve entrevista ao seu filho, pudesse também, ato contínuo registar  as palavras de sua mãe. E, curiosamente, tudo podia ter ficado reduzido a umas curtas declarações, quando, quase logo no começo de suas tão carinhosas expressões, lhe colocava uma pergunta que por certo não fazia parte dos pensamentos do seu coração.



A CANÇÃO DE MUITO  AMOR E TERNURA DE UM FILHO PARA UMA MÃE MUITO DEDICADA E AMOROSA


"A canção ‘Lady Laura’, composta pelo Rei em 1976, em momento de solidão num hotel de Nova York, se tornou uma das que mais fazem sucesso fora do Brasil

Apesar de lúcida, Lady Laura vivia sob os cuidados de duas empregadas e só saía aos domingos para assistir à missa na Igreja Nossa Senhora do Brasil.

Foi Lady Laura, que era devota de Nossa Senhora, Cosme e Damião e São Judas Tadeu, quem passou a forte religiosidade para o cantor. Ela era uma das pessoas que mais incentivaram a carreira artística de Roberto Carlos.

Na gravação da canção ‘Lady Laura’, em 1978, Roberto chorou no estúdio e a música foi repetida várias vezes. A mãe nunca abandonou o filho desde o dia em que Roberto cantou pela primeira vez no rádio, aos 9 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Roberto também homenageou a mãe em seus iates. No início dos anos 80, após o lançamento da música, o cantor batizou sua embarcação de Lady Laur
a.
 G1 - Morre aos 96 anos Lady Laura, mãe do cantor Roberto



Lady Laura - Compositor: Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Tenho às vezes vontade de ser
Novamente um menino
E na hora do meu desespero
Gritar por você
Te pedir que me abrace
E me leve de volta pra casa
Que me conte uma história bonita
E me faça dormir

Só queria ouvir sua voz.
Me dizendo sorrindo:
Aproveite o seu tempo
Você ainda é um menino


Laura Moreira Braga, nascida em Mimoso do Sul, 10 de Abril de 1914 e falecida no Rio de Janeiro, a 17 de Abril de 2010), sim, mais conhecida por Lady Laura (título de uma composição de Roberto Carlos/Erasmo Carlos), não gostava de dar nas vistas.

Acompanhava o seu amado filho, com todo o seu carinho mas discretamente. Aliás, isso mesmo me declarou, quando lhe disse que a sua presença tinha passado despercebida dos jornalistas. Porém, quis um feliz acaso que, depois de ter gravado uma breve entrevista ao seu filho, pudesse também, ato contínuo registar as palavras de sua querida mãe

Declarou-me que chorou de emoção quando ouviu cantar seu filho na rádio" Lady Laura, mãe de Roberto Carlos.

Foi casada com o relojoeiro Robertino Braga, também nascido em Mimoso.

Alguns anos depois de casados e já com três filhos, o casal se mudou para Cachoeiro de Itapemirim, também no Espírito Santo, onde nasceu Roberto Carlos, o último filho do casal. Ela tocava violão na adolescência. Foi ela quem, em 1954, matriculou seu caçula, Roberto Carlos, no Conservatório de Música de Cachoeiro, onde o garoto aprendeu seus primeiros acordes musicais.

Ela queria que ele fosse médico, mas ele com apenas 9 anos, já cantava nas rádios capixabas e decidiu ser cantor.

Nascida dia 15 de abril de 1915, em Mimoso-MG, Laura Moreira Braga. era a filha caçula de onze irmãos. Ainda pequena, foi entregue por seus pais Ana Luiza (Vovó Don'Ana) e Joaquim Moreira, para ser criada por sua irmã mais velha Jovina. (Foto: J. Ferreira da Silva / Arquivo Blog RCB)

Dindinha, como Jovina era conhecida, já era casada com o marceneiro Humberto Cristhofori quando recebeu Laura em sua casa. Com a chegada de Ester, filha de Jovina e Humberto, estava formada a família e todos se mudaram para a cidade de Iconha, no Espirito Santo. Lá chegando, ao procurarem uma casa para alugar, foram informados de que havia uma disponível de propriedade de Robertino Braga.

Robertino Braga nasceu em 27 de março de 1896. Na época, ele era um ourives. Ganhava a vida viajando de cidade em cidade comprando e vendendo joias. Possuía uma casa grande e espaçosa em Iconha. Conheceu Humberto e alugou sua casa para a família Cristhofori. Como ele viajava muito, só precisaria mesmo de um quarto para quando passasse por Iconha.

Laura ainda menina era excelente aluna, uma criança dócil e amável. Com dom para costura aprendeu o ofício com Dindinha, que era uma costureira exemplar. Muito bonita e vaidosa, não custou a chamar a atenção de Robertino que a cortejou. Namoraram e se casaram em meados de 1931.

Após o casamento o jovem casal se mudou para Cachoeiro de Itapemirim por sugestão de Anphilófio, irmão mais velho de Robertino, que os ajudou a construir a casa onde seus quatro filhos nasceriam.

No ano seguinte a família aumentava com o nascimento do primogênito Lauro (07 de março de 1932). Depois mais um menino, Carlos Alberto (07 de julho de 1933), seguido mais adiante pela única filha Norma (02 de julho de 1935 - mesmo dia do aniversário de James Lima, presidente deste blog. Mas James nasceu em 1994 rs).

Quando Roberto Carlos nasceu (1941), o casal já não esperava por filhos, mas teve muito carinho com aquele caçula, que viria a se tornar o maior ídolo de todos os tempos no Brasil. O Blog RCB tem, em seu planejamento, uma matéria programada para o dia 9 de outubro, sobre os irmãos de Roberto Carlos.